sábado, setembro 03, 2005

SENTIR DEUS...


SENTIR DEUS...

O jovem professor entrou na sala de aula e encontrou os seus pequenos alunos debatendo, calorosamente, sobre Deus.

Como poderiam acreditar que Deus existe se não conseguiam vê-lo, nem tocá-lo?

Percebendo o nível da discussão filosófica das crianças, o professor pediu licença e propôs a eles uma experiência.

Colocou sobre a mesa dois copos transparentes com água e perguntou se eles podiam notar algo de diferente entre um e outro.

Os pequenos responderam, em uma só voz:

- Nenhuma diferença. Ambos contem água limpa.

Então o jovem deu a cada um deles uma colher, pedindo-lhes que provassem um pouco do conteúdo de cada copo.

Quando todos haviam experimentado tornou a perguntar:

- E então, ainda afirmam que são iguais?

E a resposta foi outra:

- Não, num dos copos a água é doce, no outro não é.

Aí o jovem educador disse:

- Acontece o mesmo com relação a Deus. Para perceber a sua existência é preciso experimentá-lo. Não podemos vê-lo nem tocá-lo, mas podemos senti-lo.

E percebendo que a classe estava ávida para saber mais a respeito dessas questões, o professor continuou com seus argumentos.

- Deus não pode ser tocado com as mãos, nem medido com fita métrica, pesado na balança, ou visto com os olhos físicos.

- Mas podemos sentir Deus ao tocar as pétalas de uma flor, sua textura aveludada, seu perfume, sua coloração única...

- Não podemos medir Deus, mas podemos saber a sua grandiosidade nas dimensões do universo, nos astros a girar no firmamento, nas manhãs claras e belas, na organização dos seres infinitamente pequenos.

- Não podemos pesar Deus, mas podemos perceber sua força geradora e protectora, nas leis que regem e sustentam constelações, nebulosas e galáxias, suspensas no espaço sem fim.

- Podemos observar o criador no impulso das ondas que agitam os oceanos, no instinto dos animais, na dança das estações.

- Não conseguimos ver Deus com os olhos, mas podemos sentir Deus nas múltiplas expressões do bem e do belo, do amor criativo e activo, na chama de esperança que vibra na alma de cada filho Seu.

- Deus é invisível, mas a sua presença é evidente nas várias expressões do dinamismo da vida:

- No sangue que corre nas nossas veias...

- No oxigénio que respiramos...

- No Sol que dardeja ouro sobre a terra, possibilitando a vida...

- Na Lua, satélite silencioso e solitário, que vigia o planeta durante as noites...

- Na chuva, que cai de mansinho acordando as sementes que dormem sob o solo generoso...

- Na brisa leve que conduz o pólen e permite a geração das flores.

- Ah!... As flores...

- As flores são a assinatura do próprio Criador no quadro da natureza...

- O observador atento não enxerga só com os olhos do corpo...

- Como disse o poeta ao seu pequeno príncipe:

- "O essencial é invisível aos olhos". Porque os olhos são extremamente limitados.


- Os filósofos, os poetas, os artistas, os profetas e, porque não… os cientistas, vêem mais com a alma que com os olhos.

- Para enxergar bastam os olhos, mas para ver é preciso um sentido a mais...

Pense nisso, e experimente sentir Deus.

(Equipe de Redacção do Momento Espírita, sob inspiração de palestra de Cristian Macedo, no Centro Espírita Ildefonso Correia, Brasil, em 14/02/2005.)

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