EXPIAÇÃO E EVOLUÇÃO
O traje tem o tipo da costura a que se filia, mas a pessoa que o veste nada tem de comum com o sinal da fábrica.
O vaso revela o estilo do oleiro, no entanto, o líquido que transporta, apesar de lhe respeitar a contextura, é de essência diversa.
O corpo, igualmente, traz a marca dos pais que o entretecem na oficina da hereditariedade, todavia, o espírito que o maneja é muito diferente, na constituição psicológica, embora, muitas vezes, lhes comungue as tendências.
Cada criatura renasce, transportando consigo a herança dos próprios actos.
Regenerações e tarefas que a desencarnação interrompe alcançam recomeço em existência seguinte.
A expiação alinha os quadros de enfermidade e infortúnio que começam do berço e a evolução desdobra realizações e esperanças que se afloram na meninice.
Justo compreender que há reencarnações, equivalendo a estágios de reajuste e resgate, iniciativa e continuidade, lição e sacrifício, com lutas correspondentes a ministérios e provas, dívidas e créditos, progresso e aperfeiçoamento, recuperação e missão.
A História apresenta-nos jovens prodígios, quanto Pascal, escrevendo um tratado das secções crónicas de Euclides, e Mozart, compondo uma ópera, um e outro, antes dos quinze anos de idade, na experiência física.
Hoje como ontem, é possível encontrar, entre menores delinquentes, as mais avançadas vocações para a crueldade, tanto quanto na rua, legiões de pobres crianças empolgadas no desequilíbrio.
Saibamos iluminar a mente infanto-juvenil na chama e responsabilidade do conhecimento superior. Esse o dever de todo o adulto.
Infância é o dia que alvorece.
Mocidade é o dia em movimento.
Educando-nos, para conseguir educar, conduziremos jovens e adultos à edificação do porvir, através da responsabilidade de viver, porque a morte, por escritura da Justiça Divina, surgirá para cada um.
In: Nascer e Renascer (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)
quinta-feira, setembro 08, 2005
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