Senhor Jesus,
Sobre a Terra de agora, ansiosa e agitada,
Que a Ciência domina,
Muitas ideias novas pela estrada,
Sonegam-te, no mundo a Presença Divina...
O homem super-culto,
Nas invenções geniais e nos feitos de vulto,
Experimenta, experimenta...
Entretanto, Senhor, por mais que se lhe permite
Revelações dos céus, sem pausa e sem limite,
Ei-lo na indagação
Em que não se contenta...
Projectando satélites no Espaço
E entesourando láureas da cultura
Nem por isso largou-se
Do tédio, do azedume, do cansaço
De alma triste e insegura...
Toda a Terra é um arsenal de máquinas potentes...
Sondas, computadores...
Investiga-se os mundos exteriores,
Conclama-se ao progresso
Todos os continentes...
Mas a guerra campeia,
O cérebro sem fé como que se incendeia
E a violência se espalha mundo afora...
É por isso, Jesus, que te pedimos:
Fica connosco, nos nossos vales,
Enquanto tantos génios
Pairam em altos cimos,
Brilhando sem saber onde os bens e onde os males!...
Conserva-nos a fé por luz acesa
E ajuda-nos a ver na terrestre grandeza
Com a bênção de amor em que nos guardas
As longas retaguardas
Dos irmãos despojados de esperança,
A fim de os socorrer em teu nome...
Atenua, Senhor, a mágoa dessas vidas
Que a tristeza consome
Na dor que não descansa.
Ergue de novo, os corações caídos
Em desesperação
A buscarem na cinza os ausentes queridos
Que a morte lhes furtou em processo violento,
Ajuda-nos a ver o sofrimento
Que o radar não percebe e o motor não consola...
Substitui, Jesus, pelo apoio da escola
A sombra do presídio que segrega
Os irmãos que a revolta ainda inspira e carrega
Para os despenhadeiros da existência...
Fica connosco,
Mestre, e faz-nos prover
De auxílio e reconforto
O sentimento amargo e semi-morto
Da multidão sem paz, a chorar e a sofrer...
Na fé que o teu amparo nos descerra
Deixa-nos atingir o coração da Terra!...
Faz que o Sol da Caridade
A irradiar-te as bênçãos de alegria,
Envolva, dia a dia,
O pão que nutre o Bem de Toda a Humanidade.
Não nos deixes a sós
E ensina-nos, Senhor,
A encontrar finalmente em cada um de nós
O caminho de luz do teu reino de amor!...
Maria Dolores
terça-feira, janeiro 08, 2008
domingo, janeiro 06, 2008
AMA E ESPERA
Emudece o teu pranto. Cala o grito
De revolta na dor que te encarcera,
Por mais negra, mais rude, mais sincera,
A mágoa estranha de teu peito aflito.
Em toda a Terra há lágrimas e conflito,
Ruínas do mundo que se desespera...
Ama e sofre, trabalha e persevera
Na esperança de paz e de infinito.
Peregrino do campo atormentado,
Rompe os elos e as trevas do passado,
Fita a luz do porvir resplandecente.
Muito além do terrível sorvedouro,
Nas estradas liriais de acanto e louro,
O sol do amor refulge eternamente.
Cruz e Souza
Psicografia na reunião pública, dia 4/9/1946, no Centro Espírita de Lavras, cidade de Lavras, Minas Gerais.
(De “Através do tempo”, de Francisco Cândido Xavier – espíritos diversos)
De revolta na dor que te encarcera,
Por mais negra, mais rude, mais sincera,
A mágoa estranha de teu peito aflito.
Em toda a Terra há lágrimas e conflito,
Ruínas do mundo que se desespera...
Ama e sofre, trabalha e persevera
Na esperança de paz e de infinito.
Peregrino do campo atormentado,
Rompe os elos e as trevas do passado,
Fita a luz do porvir resplandecente.
Muito além do terrível sorvedouro,
Nas estradas liriais de acanto e louro,
O sol do amor refulge eternamente.
Cruz e Souza
Psicografia na reunião pública, dia 4/9/1946, no Centro Espírita de Lavras, cidade de Lavras, Minas Gerais.
(De “Através do tempo”, de Francisco Cândido Xavier – espíritos diversos)
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