Emudece o teu pranto. Cala o grito
De revolta na dor que te encarcera,
Por mais negra, mais rude, mais sincera,
A mágoa estranha de teu peito aflito.
Em toda a Terra há lágrimas e conflito,
Ruínas do mundo que se desespera...
Ama e sofre, trabalha e persevera
Na esperança de paz e de infinito.
Peregrino do campo atormentado,
Rompe os elos e as trevas do passado,
Fita a luz do porvir resplandecente.
Muito além do terrível sorvedouro,
Nas estradas liriais de acanto e louro,
O sol do amor refulge eternamente.
Cruz e Souza
Psicografia na reunião pública, dia 4/9/1946, no Centro Espírita de Lavras, cidade de Lavras, Minas Gerais.
(De “Através do tempo”, de Francisco Cândido Xavier – espíritos diversos)
domingo, janeiro 06, 2008
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