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“Onde quer que eu vá, sempre aconselho as pessoas a serem altruístas e bondosas. Tento concentrar toda a minha energia e força espiritual na disseminação da bondade. É o que há de mais essencial.”
Tenzin Gyatso, o 14° Dalai Lama
Foi meu pai, eterno apaixonado por história, que me falou pela primeira vez sobre o Dalai Lama.
Eu era um menino de cinco ou seis anos, mas lembro-me que me apaixonei pela incrível aventura de um outro garoto de quinze anos, filho de camponeses... garoto que tinha sido escolhido de uma forma que podia, então, ser considerada inacreditável: os monges mais velhos tinham-no finalmente "encontrado" como reencarnação de um Lama anterior e empossado como líder espiritual e político de uma distante e soberana nação montanhosa no Himalaia, o Tibet.
Nação que acabava de ser brutalmente invadida e anexada à China pelas tropas de Mao Tse Tung, em absoluta violação das leis internacionais. Nenhuma nação de expressão mundial se insurgiu na época – e muito menos agora – contra esta sangrenta ocupação de uma nação soberana e pacífica, abuso que continua sem solução até hoje visto a importância comercial da China, que coloca em último plano a lei da soberania internacional dos estados e os direitos humanos como um todo.
Pouco se ouvia falar dele, sob a rígida censura chinesa, sendo obrigado a viver recluso no seu próprio palácio. Poucos anos depois participou de uma fuga espectacular pelas geleiras do Himalaia, conseguindo finalmente asilo em Dharamsala, no norte da Índia, onde instalou o seu governo de exílio, construiu escolas para transmitir os milenares ensinamentos budistas e de onde iniciou sua peregrinação mundial em prol da libertação do Tibet, da paz e da amizade entre os povos.
Sou dos que comemoraram este facto – a fuga para a liberdade – como se fosse o fim de uma guerra mundial e, a partir deste momento, nunca mais deixei de acompanhar, com cada vez mais entusiasmo, sua história extraordinária que lhe valeu o premio Nobel da Paz de 1989.
O que me encanta neste ser de Luz é a simplicidade, a alegria, a enorme e contagiante compaixão que o deixa à vontade em qualquer momento, em qualquer nação, com qualquer pessoa, seja ela humilde ou poderosa. Sua capacidade de motivar as pessoas e mostrar a elas o rumo da Unidade, do perdão, da acção pacífica e respeitosa é absolutamente ímpar.
Sua imagem mais recorrente na mídia é no momento em que ele cumprimenta as pessoas, curvando-se com as mãos juntas na altura do peito, enviando energia de amor a partir do coração, reconhecendo e saudando o Deus que existe no outro.
Descobri apenas recentemente que o nome Dalai Lama, na linguagem tibetana, significa "Oceano de Sabedoria" e sinto que este conceito se encaixa tão bem nesta lenda viva de 70 anos que, no meu entender, manifesta o verdadeiro líder mundial de nosso tempo, acossados como estamos por uma horda, um bando de governantes hipócritas e desqualificados. Indivíduos falsos e cínicos que dirigem a humanidade de forma ambiciosa, egoísta e catastrófica, aproximando-nos perigosamente do caos total e até da destruição do Planeta.
Não é por acaso que o Tibet, talvez o único país no mundo governado pela justiça, a fraternidade e o amor incondicional foram sumariamente aniquilados. A lei do mais forte, ainda. A lei que diz que os aspectos económico/comerciais são sempre os que mais contam; custe o que custar.
Mas, não obstante esta dolorosa situação na qual se encontra seu povo, o exilado Dalai Lama continua firme na sua corajosa missão que o coloca de facto como líder mundial na defesa dos direitos humanos e da paz mundial.
Mantendo o farol da dignidade, da verdade, transmitindo a quem tem ouvidos para ouvir que, sem a harmonia e a congregação dos povos, a paz da alma não poderá ser atingida e que os meios para reconectar a humanidade só podem ser pacíficos e que exigem esforço, coragem e sacrifício.
Ensinando e mostrando como cada aspecto do nosso sofrimento – dor, infelicidade e até envelhecimento e morte – tem suas raízes no desconhecimento de nossa natureza verdadeira.
Teremos finalmente a oportunidade de estarmos perto dele e sentirmos sua amorosa energia ao vivo, no final de Abril, durante a sua intensa programação de três dias aqui em São Paulo.
Vamos nos encontrar no dia 29 de Abril, sábado, na esquina da Av. Pedro Álvares Cabral com Rua Abílio Soares, em frente ao Parque do Ibirapuera (vagas ilimitadas com entrada franca) para compartilharmos essa energia de amor incondicional, de que estamos todos necessitados.
Acesse: http://www.dalailama.org.br/programacao
quinta-feira, março 30, 2006
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