Temos hoje, em toda parte da Terra, um problema essencial a resolver, a aquisição da paz de espírito, em que se desenvolvem todas as raízes da solução aos demais problemas que sitiam a alma.
Que directrizes, porém, adoptar na obtenção de semelhante conquista?
Usar a força, impor condições, armar circunstâncias?
Não desconhecemos, no entanto, que a tensão apenas consegue impedir o fluxo das energias criadoras que dimanam das áreas ocultas do espírito, agravando conflitos e mascarando as realidades profundas de nossa vida íntima, habitualmente manifestas.
A paz de espírito, ao contrário, exclui a precipitação e a inquietude, para se deter e se consolidar na serenidade e no entendimento.
Para a adquirir, por isso mesmo, urge entregar as nossas síndromes de ansiedade e de angústia à providência invisível que nos apoia.
As ciências psicológicas da actualidade nomeiam esse recurso como sendo "O poder criativo e actuante do inconsciente", mas, simplificando conceitos, a fim de os adaptar ao clima de nossa fé, chamamos-lhe "o poder omnisciente de Deus em nós".
Render-nos aos desígnios de Deus, e confiar a Deus as questões que nos surjam intrincadas no quotidiano, é a norma exacta da tranquilidade susceptível de nos garantir equilíbrio no mundo interno para o rendimento ideal da vida.
Colocar na conta de Deus a parte obscura de nossa caminhada evolutiva, mas sem desprezar a parte do dever que nos compete.
Trabalhar e esperar, realizando o melhor que pudermos. Fé e serviço, calma sem ócio.
Pensemos nisso e alijemos o fardo dos agentes destrutivos de ódio, ressentimento, culpa, condenação, crítica ou amargura que costumamos arrastar no barro da hostilidade com que tratamos a vida, tanta vez arruinando tempo e saúde, oportunidade e interesses.
Fundamentemos a nossa paz de espírito numa conclusão clara e simples: Deus que nos tem sustentado, até agora, nos sustentará também de agora em diante.
Em suma, recordemos o texto evangélico que nos adverte sensatamente:
"Se Deus é por nós, quem poderá ser contra!"
In: “Alma e Coração” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)
domingo, abril 02, 2006
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1 comentário:
Lindo, perfeito, harmonioso. Chico Xavier e Emmanuel são verdadeiros exemplos de amor cristão.
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