domingo, agosto 28, 2005

Referendos sobre aborto e constituição europeia…

Ouvido pelo Fórum TSF, o Dr. Guilherme d’Oliveira Martins, dirigente do PS, face ao calendário apertado de 2005, disse que dificilmente haverá espaço para estas duas consultas populares.

Os Partidos da oposição, que se situam à esquerda do PS (BE e PCP), vieram já dizer de sua justiça, manifestando-se contra, ou seja, pela negativa, arguindo o BE que, ao PS, falta coragem.

Não vamos comentar o referendo à Constituição Europeia, pois que, sem dúvida alguma, ela virá para unir e congregar todos os povos da Europa, quiçá mesmo, para ser o primeiro instrumento que levará à futura Federação dos Estados Unidos da Europa. Assim, tudo o que UNIR, será sempre bem-vindo.

Comentamos sim, o anunciado referendo à despenalização voluntária da gravidez, a pedido da mulher, nas primeiras 12 semanas de gestação.

Nosso comentário, fruto de nossa liberdade para podermos opinar, igual à liberdade dos que discordam, apesar de não ser compreendido por alguma franja da nossa sociedade, assenta em alguns pressupostos. Vejamos quais:

- Haverá alguém que defenda o aborto, pelo aborto? Achamos que não! Tal defesa, a existir, representaria que o seu defensor, ou defensora, de Humano pouco teria, ou que, não conformava a sua existência pelos Princípios que defendem e tutelam a Vida, esse Bem sagrado que se recebe por autorização divina, em ordem a alcançarmos degraus mais altos na escala hierárquica espiritual, nessa escada que teremos, obrigatoriamente de subir, se é que desejamos chegar à Glória de DEUS. Ora, não será a fazer abortos – a matar a Vida -que a ela se chega!

Contrapomos e defendemos o ensino sexual nas Escolas, em forma faseada consoante o grau etário dos alunos, ensino, porém, livre de falsos tabus ou obsoletos preconceitos, desde a Pré-Primária até à Universidade, aqui inserido em Cadeira Humanística. Cadeira que iria tão longe quanto o Homem docente fosse capaz.

Depois, mesmo que não se aceite esta verdade, o facto é que, em nossas várias existências (entenda-se: encarnações sucessivas), tudo passa e/ou tem a ver com o Eu espiritual.

Quando falamos do nosso Eu Espiritual, estamos a falar de Quem nós Somos enquanto Ser espiritual; Ser criado por Deus à Sua Imagem e Semelhança, invisível aos olhos da matéria (excepto para os videntes); Ser espiritual que se chama Espírito, mas que, na voz do Povo, é chamado de: Alma. A Alma existe, mas não se confunde com o Espírito.

O que é então o Espírito, neste caso, Espírito Humano? Perguntar-se-á! Para melhor compreensão, diremos que é uma Parte, uma fracção de Deus – uma centelha Sua – que alcançou a individualização – exactamente a partir do momento em que chegou à espécie humana – que continua a busca de sua ascensão espiritual, a fim de regressar em definitivo ao seu Criador, ou seja, a DEUS.

Ao fim e ao cabo somos NÓS, cada um de nós, jornadeando, vida após vida, experiência após experiência, subindo ou tentando subir os degraus dessa escada, por forma a alcançarmos, o mais depressa possível, a PAZ, a LUZ, a FELICIDADE, por esse retorno ao amplexo do PAI.

Dissemos: subindo ou tentando subir, pois que, se não subirmos, marcaremos passo. Não regredimos, apenas marcamos passo e, numa nova vinda, quando ela nos for autorizada, reiniciaremos tal subida… ad aeternum!

Chegados aqui, por este breve resumo, perguntar-se-á:

A - Não haverá outra forma de subirmos a escada sem errar voluntariamente? O que é o aborto, senão um erro (crime) voluntário?

A resposta não se faz esperar:

B - Há!

A - Qual?

B - Ser Humano, ser Gente capaz de somar dois com dois e saber porque razão o resultado é: 4.

A - Custa muito fazer esta conta?

B - Para alguns, sim … muito mesmo!

A - Vamos condená-los por isso?

B - Não. Ninguém pode julgar e/ou condenar ninguém.

A - Então?

B - Vamos ajudá-los a compreender a Vida, no pressuposto que, com sua inteligência, alcancem o verdadeiro Rumo de Vida que os torne mais felizes e mais Humanos, dignos de serem chamados filhos de Deus.

B - Temos o dever sagrado se os ajudar! Eles, porém, em retorno, têm a obrigação de aprender, sob pena de chumbos existenciais constantes e, aí, apenas sofrimento e dor, terão com resultado.

B - Este tema leva-nos a grandes dissertações… que, nesta Sede, não podemos fazer.

B - O resto, o que ficou nas entrelinhas, fica por vossa conta e alçada, descobrir.

B - “Orai e Vigiai” … sempre!

B - Um Amigo eterno.

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