terça-feira, setembro 18, 2012


Carta 8

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CARTAS DE CRISTO

Traduzido por Almenara Editorial.

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Vim novamente para lhe falar sobre A VERDADEIRA NATUREZA DA EXISTÊNCIA. A VERDADE do SER é esta: você, que acredita somente no mundo material, está a viver inteiramente no mundo finito, terreno. Está a viver na dimensão da manifestação das suas crenças.
Aqueles cujas percepções espirituais e vidas foram elevadas nas suas frequências vibratórias para se fundirem com as frequências espirituais de vibração da dimensão espiritual, podem perceber que vivem em duas dimensões. Eles estão plenamente conscientes desta verdade, vivem segundo esta verdade e evoluem em frequências do ser cada vez mais elevadas. Eles já não estão presos pelas crenças humanas e vivem no entendimento de que estão no infinito no qual não há limitações. Quanto mais elevadas são as suas frequências vibratórias de consciência, mais conscientes estão de que vivem no infinito e de que só eles mesmos põem limites ao que podem aspirar. Aqueles cujas percepções foram elevadas deste modo enquanto ainda estão nos seus corpos, percebem que há somente uma dimensão do verdadeiro “ser individual”, e essa dimensão é a “Actividade da Consciência Divina”.
Eles também podem chegar a compreender plenamente que há uma dimensão além, a da Consciência Universal, na qual o Universal reside em perfeito equilíbrio e que não pode ser invadida por ninguém, pois nessa dimensão qualquer individualidade seria imediatamente absorvida pela Unidade do Ser. Quando uma alma atinge, em compreensão e realização, o nível mais elevado das frequências vibratórias da consciência – a Consciência Crística, – pode olhar para baixo e contemplar os níveis de vibração que se elevam ou descem até à humanidade na Terra. Ela sabe, com amor e compaixão, que a humanidade está aprisionada nas vibrações inferiores da Consciência Divina que estão ocultas no impulso Egocêntrico. Este impulso é totalmente inconsciente da Verdade do Ser, que é a verdadeira identidade da alma e a verdade terrena do ego. Ele não tem a menor consciência do imenso propósito por trás da sua existência e da missão final que deve empreender.
A tarefa da alma recém-nascida é a de experimentar, por meio do seu corpo, a Psique e tudo o que essas frequências inferiores têm a oferecer, e de crescer em consequência dos acontecimentos e experiências mentais/emocionais que surgem de seus pensamentos e sentimentos. A alma deve aprender, por meio de experiências e erros, o estado de consciência que a torna enormemente feliz ou carregada de dor e tristeza, o que dá início a diversas limitações físicas.
O propósito da vida na terra não é o de descobrir um meio de experimentar alegria e felicidade inalteráveis, ainda que isso seja o desejo de cada alma. Felicidade e alegria sublimes dificultariam o progresso da alma em direcção às vibrações espirituais superiores da consciência.
Finalmente, depois de muitas vidas de “altos e baixos”, de confortos e infortúnios, a psique despertará para a verdade de seu ser e compreenderá que tem dentro de si mesma o potencial para recorrer à Consciência Divina a fim de obter discernimento, entendimento e conhecimento, bem como para elevar as vibrações da sua consciência espiritual às de saúde, bem-estar, protecção, crescimento interior, alimento espiritual e irradiar para os outros a própria natureza da Consciência Divina. Como disse antes, a CONSCIÊNCIA é VIDA e a VIDA é CONSCIÊNCIA. Onde há VIDA CONSCIÊNCIA. Onde há CONSCIÊNCIA VIDA.
TUDO na existência é definido pelas frequências vibratórias da consciência: a Luz, o Som, a Cor, todos os fenómenos físicos, vivos ou inanimados. Se pode mudar as frequências vibratórias de alguma coisa, pode mudar a aparência disso – seja som, cor, gás, líquido ou órgãos físicos. Quando os órgãos físicos apresentam um aspecto de má saúde, é porque as frequências vibratórias normais desse órgão foram reduzidas e a VIDA dentro dele foi diminuída.
A ciência apresenta o universo como “matéria” que possui consciência, mas a verdade é que O universo é CONSCIÊNCIA que adquiriu a aparência de “matéria” como consequência de um declínio para as frequências vibratórias inferiores de consciência. Essa é a verdadeira realidade da existência, nada mais.
Toda a sua existência é uma questão de frequências vibratórias. Quanto mais elevadas são as percepções espirituais e a aderência ao pensamento espiritual, mais velozes são as frequências vibratórias pessoais no corpo; a vitalidade eleva-se e a doença, por fim, desaparece.
A comunidade científica acredita que você vive inteiramente na dimensão humana, que compreende o sistema solar e as galáxias de estrelas. A ciência acredita que o raciocínio humano é o ponto mais alto de referência inteligente em qualquer momento, tendo evoluído como resposta às mudanças ambientais e às condições climáticas, e que é puramente o produto da actividade cerebral. Segundo a ciência, as suas emoções são totalmente reais e válidas, o que se pensa e se sente é indiscutível e isso constitui a única “realidade” da existência. A normalidade é avaliada segundo a média dos pensamentos, acções e respostas ao meio. Isto é percebido como a “realidade” humana.
Qualquer talento que transcende o rendimento “médio” da mente “média” é considerado como sendo “genial” e originário de poderes mentais pouco usuais. Considera-se que o rendimento “abaixo da média” deve-se ao atraso mental resultante de alguma causa física – genética, trauma de nascimento, etc. A ciência acredita que a dimensão física é o começo e o fim da existência. A ciência é tão contrária a qualquer possibilidade de crenças que possam iludi-la que aceitará como “real” qualquer fenómeno, com a condição de que possa ser calculado, estimado e provado por instrumentos.
Se pensar a respeito disto, cuidadosamente, compreenderá que o que a ciência sustenta como um facto é, na realidade, somente uma crença originada de conclusões tiradas pelo uso dos seus cinco sentidos. Assim é com qualquer outro aspecto da sua existência. Na sua dimensão terrena, os factos acontecem segundo após segundo, mas no momento em que se produzem tornam-se crenças-recordações e as recordações não são sempre precisas. Quaisquer sentimentos e pensamentos que tenha sobre o passado não são factos, mas pontos de vista e crenças – e, portanto, não são factos nem são a Realidade por trás deles. Isto aplica-se a todas as facetas da existência. A Verdade é: você vive numa dimensão terrena composta inteiramente pelas suas crenças que surgem das suas respostas ao que ocorreu há cem, mil ou dez mil anos. Houve um tempo em que as pessoas acreditavam que a Terra era plana. Portanto, elas pensavam viver num mundo plano e tinham medo de navegar muito longe indo de um lado a outro do oceano, pois havia o perigo de cair pela borda do mundo. Para essas pessoas, há somente 400 anos, o mundo era plano. Hoje, graças ao conhecimento, o mundo é acessível em todas as direcções.
As pessoas no passado (como as do presente) dirigiam as suas vidas segundo “as lendas dos antepassados”, o poder dos ancestrais e outras histórias. Acreditaram nelas de maneira tão intensa que as limitações impostas por essas crenças restringiram as suas ações e actividades. A dança, por exemplo, era considerada imoral e perversa por certas seitas “cristãs”. Portanto, esse prazer foi erroneamente negado a muita gente que podia ter vivido grande alegria e libertado muita tensão ao dançar.
Com a religião passa-se o mesmo. As crenças são a própria substância da religião. Elas estão baseadas em acontecimentos antiquíssimos que não são mais do que lendas. As crenças podem ter sido relevantes para a mentalidade geral desses tempos, mas há muito que se tornaram irrelevantes num mundo de contínuas mudanças. Ainda assim, são estritamente observadas e converteram-se em objecto de culto, festividades, celebrações, choro e – mais destrutivamente – tornaram-se a razão pela qual os homens se matam entre si e causam terríveis desgraças a mulheres e crianças.
Certas religiões afirmam que “Deus está em toda a parte e em todas as coisas”, mas também afirmam de maneira dogmática que ninguém conhece a “mente de Deus”, ou as razões pelas quais o povo se mata entre si – pode ser que isto esteja nos planos de Deus, dizem. Com atitudes mentais compostas de tal conjunto de crenças ilógicas, onde é que a humanidade pode, no tempo actual, encontrar alguma certeza de beleza, alegria, saúde, bem-estar e amor? As crenças religiosas apresentam-nos um “Deus” cuja “vontade” pode trazer vida e cura, ou, morte e destruição. Com tais crenças, a única certeza é a incerteza.
Com estas crenças, qualquer doença ou anormalidade pode ser justificada como sendo “a Vontade de Deus”. Porém, são as vossas CRENÇAS que controlam todas as expectativas do que a vida lhe pode trazer no futuro. É preferível o agnosticismo saudável, – que é um tipo de atitude mental que aceita que desconhece a natureza de “Deus” ou a existência de algum “deus”, mas que está aberta à convicção trazida pela iluminação, – do que as crenças fanáticas de meias verdades ou inverdades.
As pessoas são como toupeiras a viver em túneis, convencidas de que são capazes de “avaliar” toda a sua existência usando os seus sentidos do ouvir e cheirar, sua limitada visão e tacto. Assim, você pode descer na escala das formas de vida e constatar que milhares de espécies vivem vidas inteiramente definidas e delimitadas pelos seus sentidos. O que elas podem perceber como “real” constitui a sua “realidade” pessoal, o seu mundo particular.
Cada camada da existência experimentada pelas diversas espécies de seres vivos é diferente de qualquer outra dentro da dimensão terrena. Isto inclui a mente humana que está literalmente possuída pelas doutrinas e dogmas religiosos e aprisionada em teorias científicas e fórmulas matemáticas. As doutrinas religiosas foram concebidas pelo raciocínio humano num esforço para explicar os ensinamentos dos Mestres espirituais cujas mentes se moveram além da esfera humana do intelecto, adentrando as esferas celestiais da percepção inspirada na “Realidade Universal”. Os conceitos científicos também são produtos dos sentidos humanos racionalizando e dando nomes aos fenómenos examinados pela visão humana durante a experimentação.
Portanto, quando o raciocínio humano é capaz de deixar de lado tais crenças limitadas e elevar-se para entrar em contato com a “Realidade” que se acha além “do raciocínio, da lógica e da mais alta racionalização humana” que se denomina “conhecimento”, a mente entra nas esferas superiores da CONSCIÊNCIA DA VIDA. Ela está tomada pela “verdade universal” a qual está literalmente além do que a mente humana “normal” pode perceber, aceitar ou compreender. A mente humana não pode compreender nenhuma experiência que esteja além dos parâmetros electromagnéticos da existência terrena e do funcionamento do cérebro, – até que a iluminação da Consciência Divina entre na totalidade do sistema humano de mente, emoções e subconsciência, – momento esse em que a unidade e harmonia subjacentes são reveladas.
Quando são apresentadas percepções espirituais totalmente novas a uma mente que está religiosamente doutrinada, elas são percebidas como se viessem de “Satanás”, como se fossem pura loucura ou imaginação. Isto é natural, pois quando as emoções são intensamente despertadas e desafiadas, – o que ocorre quando se contradiz profundas crenças, – os impulsos magnético-emocionais de “ligação-rejeição” próprios do impulso egocêntrico entram imediatamente em acção. Qualquer tese ou suposição que provoquem um agudo mal-estar mental, angústia ou confusão na mente condicionada serão recusadas instantaneamente por uma barreira de “provas”, reunidas entre as crenças da mente condicionada, para apoiar tal rejeição. Mas as provas são apenas crenças.
Isto é um processo emocional-mental totalmente natural dentro da dimensão puramente humana. Portanto, se a minha VERDADE é oferecida àqueles cujas atitudes mentais estão firmemente estabelecidas e condicionadas pelo medo ou fortalecidas pela vontade humana de aderir a tais crenças programadas, é simplesmente natural que a VERDADE desperte emoções indisciplinadas e que seja violentamente recusada e talvez até com virulência.
Esta é uma descrição da actividade mental-emocional normal dentro da dimensão humana e não deve ser criticada, uma vez que uma mente condicionada sente-se completamente insegura e “à deriva”, ou “num lamaçal”, quando é confrontada por um conceito inteiramente novo. Estas metáforas humanas descrevem exactamente o que ocorre quando uma mente doutrinada é desafiada por uma percepção completamente nova sobre aquilo que antes ela considerava tão precioso, tão seguro, tão correcto!
Lendo estas CARTAS pela primeira vez poderá determinar onde está mental e emocionalmente. Está bloqueado no progresso espiritual por sua teimosa adesão às suas crenças actuais? Depois da devida reflexão é capaz de compreender que tudo o que está a defender tão fortemente é somente – crençacrença irracional? É absolutamente vital para o seu desenvolvimento espiritual que compreenda, enfim e plenamente, os princípios da sua mente humana e do funcionamento emocional. Pensa que sabe, mas não compreende completamente. Apenas poderá compreender se disso se afastar completamente, transcendendo, movendo-se até às dimensões de percepção e de experiência mais elevadas, entrando na VERDADE EM SI MESMA.
Somente então começará a perceber que você e todas as outras pessoas do mundo têm vivido e orientado as suas vidas quase que inteiramente pelas “crenças” humanas, – não pela VERDADE.
Muitas pessoas acreditam de todo o coração que ao rezarem pedindo para receberem tal coisa, viverem tal experiência ou receberem a boa orientação para certa situação, elas verdadeiramente receberão o objecto, a experiência ou a orientação que melhorará o seu bem-estar.
Elas acreditam que quando receberem a resposta à sua oração - se a receberem - se alegrarão sinceramente e seguirão imediatamente o conselho, independente de quais sejam as condições presentes, porque, vindo do Divino, só pode ser a resposta correcta que conduz à felicidade. No entanto, quando se deparam com o tão desejado objecto, experiência ou orientação, os que recebem a Graça Divina às vezes ficam tão perturbados e desorientados que são incapazes de aceitar a intromissão da Consciência Divina, exactamente como tinham pedido, e não sabem o que fazer diante disso.
Se a mente fica tão comprometida quando recebe o que pediu quando vem de uma forma inesperada – onde está a verdadeira FÉ e CRENÇA que a pessoa tinha, quando estava tão certa de possuir em abundância? Não vê que é a crença, e não a Verdade – que tem orquestrado todo o movimento na resposta à oração, – com a excepção, é claro, da intervenção da Consciência Divina? Esta intervenção é a única “realidade” em todo o procedimento – o resto é crença e esperança – uma ginástica mental que utiliza as experiências passadas para medir o presente. A sua única VERDADE é a Consciência Divina que conduz unicamente para o crescimento e perfeição – se confiar plenamente que ela irá fazê-lo. Faça aqui uma pausa para ler e reler os parágrafos anteriores, pois o que se passa na sua consciência é a base das suas experiências e da sua vida.
Pergunte a si mesmo: realmente PERCEBE – DÁ-SE CONTA – COMPREENDE que a Realidade é a fonte de todo o conhecimento e criatividade? Ou simplesmente aceita estas palavras formalmente e reconhece, apenas, a Consciência Divina de uma maneira mental e superficial?
Vive plena e completamente, minuto a minuto, no entendimento de que A CONSCIÊNCIA UNIVERSAL é a única Realidade e a Inteligência Mais Elevada a operar na criação? Depende consistentemente da Sua suprema e efectiva orientação, ou pensa que seria melhor viver segundo a sua própria vontade finita e os seus impulsos emocionais por vezes confusos?
Se recebe uma orientação directa para seguir um certo caminho, mas hesita e pergunta se essa orientação o dirige para onde de facto pensa querer ir, estará você, plenamente, entregue à Mais Alta Autoridade Inteligente – a Consciência Divina? Não é isto uma indicação de que o seu ego ainda está no controle?
Inclusive estas CARTAS, quando difundidas conforme o previsto, tornar-se-ão “crenças” e não a pura percepção espiritual daquilo “QUE É”, do qual se originam estas palavras.
Somente quando estas palavras forem levadas à meditação, depois de pedir pela iluminação espiritual, é que finalmente a “Realidade” espiritual que está por trás delas chegará como um raio de luz à mente. Quando isso acontecer, você SABERÁ que sabe.
Aqueles que tenham evoluído o suficiente para viver em duas dimensões, VOCÊS cujas mentes podem mover-se para além do reino do intelecto humano em direção à dimensão mais elevada da “Realidade Universal” , provavelmente encontrarão muitas pessoas no futuro que rejeitarão estas CARTAS como se fossem pura imaginação. Porém, não se entristeçam.
Recordem o que estou dizendo agora. VOCÊS residem em duas dimensões e ninguém pode passar além da dimensão do “mero intelecto” antes de ter cumprido os pré-requisitos da iluminação espiritual. Estes são: um verdadeiro despertar espiritual conduzindo a uma profunda iluminação das atividades do ego e da personalidade... seguido por arrependimento... arrependimento... arrependimento. Este é o ÚNICO CAMINHO. O arrependimento leva à rejeição da dimensão magnético – emocional de “rejeição-ligação” que, em suas formas mais destrutivas, os humanos descrevem como “pecado.” Quando uma pessoa adentra a dimensão espiritual e é impregnada com características da “VIDA” , a pessoa começa a compreender e por fim SABER que o impulso egoico humano de “olhar apenas para o eu ”, em realidade fecha a ALMA para o contínuo fluxo da VIDA DIVINA na mente, no coração, no corpo, nas relações e nas experiências diárias.
 “Pensar em si mesmo” é uma experiência terrena, humana.
A entrega total e sincera da personalidade ao “PAI – VIDA” remove a barreira entre a dimensão espiritual e a alma. A pessoa já não tem que “pensar em si mesmo”. Tudo o que a VIDA DIVINA é agora flui no corpo, na mente, no coração, nas experiências e nas relações do indivíduo. Tal pessoa vive guiada pelo “instinto” e segue o seu coração, o que se revelará perfeito no longo prazo.
A VIDA DIVINA SEMPRE ESTÁ AÍ PARA SER ACESSADA - sempre que a pessoa abandone sua vontade própria e se dirija a ELA em todas as suas necessidades
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Você deve lembrar que me refiro ao momento em que você penetra a dimensão humana do intelecto e ultrapassa sua confiança “nele” e nos meios materiais para conseguir o que quer da vida. Muitas pessoas acreditam que atingiram esse ponto do desenvolvimento espiritual, mas estão iludindo a si mesmas.
Quando uma pessoa abandona a lógica, – e sabe sem nenhuma dúvida, que pode confiar plenamente na orientação para alcançar objetivos inspirados, sua vida muda. Os benefícios fluem em sua vida quando você compreende totalmente que a Consciência Divina é a Realidade invisível – o Poder – trabalhando por trás das aparências exteriores de sua vida, movendo “a força da energia inteligente” para trazer satisfação às suas necessidades. Você não tem que negar as aparências nem dedicar o poder do pensamento à condição que procura resolver. Tudo o que você tem de fazer é entregar sua vontade pessoal e SABER que à medida que seu intelecto limitado abre espaço, a Realidade Infinita se move para ordenar sua vida de uma maneira totalmente nova, para se afastar de todos seus apoios do passado, para trazer a sua mente uma nova visão para uma nova tarefa e conduzir você para novas áreas de atividade. Mas, quando isso ocorrer, você deve estar preparado para “deixar-se levar” completamente. Você deve liberar seu apego às seguranças do passado e saber que seguranças maiores ainda e de uma natureza muito diferente o esperam quando seguir sua inspiração.
Uma vez que esse estado de existência espiritual/humana e bem-estar harmonioso dependem inteiramente da habilidade de a pessoa fazer um contato real com a Realidade Divina, é imprescindível voltar uma e outra vez ao estudo profundo da Realidade Divina em Si Mesma e da maneira pela qual o impulso egocêntrico trabalha sem cessar na consciência humana, bloqueando as diretrizes intuitivas da Vida Divina na mente. Neste momento você está vivendo uma existência obscura, pesada, em lugar de viver conscientemente dentro da “Consciência Divina”, adentrando NELA e permitindo que ela invada e alegre o seu pensar e as suas experiências na vida. Você permanece encerrado no quadro mental-emocional dos impulsos eletromagnéticos até que dirija o poder de sua vontade para dissolver conscientemente o tecido de suas crenças humanamente concebidas e chegue a ver com clareza que sua Realidade é a Consciência Divina – não sua família, nem sua conta bancária. Quando alcançar essa visão interior, entrará na LUZ e a LUZ habitará em você.
Por causa do mal-estar e o cabo-de-guerra entre a alma em evolução e o ego humano (que exige “parecer bom” mais do que “SER BOM” e que não suporta o pensamento de que poderia ser imperfeito), há pouca gente neste momento recebendo inspiração e compartilhando-a com outros, e que fale da necessidade de passar por um período de purificação interior. As pessoas modernas estão condicionadas aos serviços instantâneos, à luz instantânea, ao aquecimento instantâneo, a comida, bebida, roupa e entretenimento instantâneos. Assim, não são atraídas para uma VERDADE que implica em autossacrifício, trabalho duro e total dedicação para o objetivo. Além disso, muitos mestres estão ganhando muito dinheiro com suas atividades e devem apresentar uma “Verdade” que venda!
Se seus mestres actuais falassem de um caminho que permitisse atingir as dimensões mais elevadas por meio de transferência da iluminação mental pessoal, ainda assim seria necessário submeter-se ao intenso autoexame e à purificação das “emoções magnéticas” de ligação-rejeição.
Se você estiver no caminho ascendente para as dimensões espirituais mais elevadas, seu percurso se caracterizará por momentos de clara e brilhante autoinspeção e auto entendimento, frequentemente seguidos pela repugnância de si. Esse sentimento obscuro e doloroso é o contrário da emoção magnética. Onde antes o ego se agarrava a sua visão essencial de si mesmo como sendo maior e melhor que os outros, agora começa a vislumbrar o fato angustiante de que talvez seja não só um pouco, mas muito imperfeito. Qualquer pessoa que atinge esse nível de desenvolvimento se encontrará andando no caminho da verdadeira humildade. Retome a sua coragem quando observar que isso está acontecendo com você. Você estará se separando de restos das crenças passadas e errôneas a respeito de si mesmo e de sua personalidade ilusória. Lembre-se de que é a sua “intenção”, “motivação” ou “convicção” que proporciona a você o poder criativo para fazer tudo o que quer fazer.
No momento em que deseja de todo o coração mudar a tendência normal de seus padrões emocionais magnéticos, você coloca esse processo em movimento. Se definir claramente os objetivos que deseja alcançar e os mantiver sempre diante de sua visão, escrevendo-os ou guardando-os na mente, em breve descobrirá que as mudanças desejadas se efetuaram em sua consciência. Quando isso ocorrer, você sentirá a leveza de espírito e terá momentos de pura alegria. Estará comprovando que a VERDADE do SER conduz “os corações prisioneiros” à perfeita liberdade da vida espiritual.
Ao mesmo tempo, entenda que seu ego deve (pela necessidade de capacitá-lo a sobreviver), fazê-lo acreditar que você tem valor para si mesmo e para os outros. Qualquer sério desafio externo referente ao valor do eu é altamente destrutivo. Um medo desesperado e uma diminuição da confiança interna levarão você à certeza de que não tem valor para o mundo e o suicídio pode ser o resultado natural. Portanto seu progresso deve ser, e será, gradual. Ninguém jamais deveria esperar que as pessoas mudassem completamente com conselhos ou momentos de inspiração. O crescimento somente pode acontecer gradualmente, com uma revelação interior depois de outra. Uma verdadeira revelação interior ocupará a mente de uma pessoa com um ponto de vista totalmente novo e esse fará com que ela comece a abordar certas circunstâncias da vida de maneira diferente. Essa visão interior deve dirigir as ações da pessoa até que tenha sido completamente absorvida na consciência para toda a eternidade e torne-se parte da evolução da alma.
Por exemplo, um homem pode ter a ideia de que terá sucesso na vida se impuser sua vontade de maneira agressiva sobre aqueles que estiverem dentro de seu campo de ação. Ele pode acreditar que, se gritar, será ouvido melhor. Depois, talvez desperte para o fato de que ninguém gosta muito dele e de que seus empregados e “amigos” o evitam. Então talvez se torne ainda mais agressivo porque se sente humilhado. Ou então, se ele é uma alma em evolução, pergunte-se o que pode fazer a respeito de seu isolamento. No momento em que a VIDA DIVINA penetrar em sua consciência PSIQUE e fizer com que se dê conta de que ele mesmo afasta as pessoas com quem grita, terá um relâmpago de inspiração. Compreenderá que para ser feliz e ter sucesso deve tratar os outros como ele gostaria que o tratassem. Você poderia dizer que essa percepção não é necessariamente inspirada, mas apenas nascida do senso comum, que ele mesmo foi responsável por chegar a essa compreensão. No entanto não é assim. Os pensamentos do ego são ditados somente pelos impulsos de “ligação-rejeição” e qualquer nova sabedoria vem da “INTELIGÊNCIA AMOROSA”.
Esse poderá ser o último relâmpago de inspiração que terá, mas se ele verdadeiramente está em um caminho espiritual e buscando as dimensões mais elevadas de realização, gradualmente perceberá que essa primeira superação do “ego” não é suficiente. Ele começará a ver outros padrões de comportamento egoico dos quais não suspeitava e colocará outro objetivo fora do alcance no momento, mas que, em breve, com oração e reflexão, também atingirá. Dessa maneira, as frequências vibratórias de sua consciência se elevarão e ele se moverá gradualmente para os “Reinos Celestiais de Consciência” – o “Reino dos Céus”.
Outro exemplo pode ser o de uma mulher que só se sinta segura pela imutabilidade de seu estado atual. Ela tem medo de se expressar quando é tratada com desrespeito. Essa pessoa humilde, embora se sinta mais à vontade se refugiando no silêncio, sofrerá também com um profundo ressentimento porque sua personalidade passiva não é respeitada. Tal pessoa geralmente se volta para a religião em busca de conforto e segurança e porque não compreende as Leis da Existência. Ela provavelmente permanecerá imóvel em sua humildade até o fim de seu tempo na Terra.
De fato, por causa de minhas palavras registradas nos evangelhos – “Benditos sejam os mansos, porque eles herdarão a terra”, – a igreja ensinou que a humildade é recomendável e talvez essa mulher sinta que sua “humildade” é o caminho para a LUZ.
Entretanto, se essa pequena e humilde mulher encontrar a VERDADE referente ao seu “ser” e encontrar o caminho correto para fazer contato com a “Consciência Universal”, ela acabará por compreender claramente que, espiritualmente, é igual a todos os demais. Ela será inspirada para expressar-se bem e terá força para falar “sua verdade” de uma maneira mais confiante e atraente. As pessoas começarão a respeitar essa nova pessoa e ela estará manifestando o desenvolvimento espiritual interior que ganhou durante seus momentos passados em meditação.
Lembre-se de que você não está na Terra para “agradar a Deus” conforme diz sua igreja. Está na Terra para “expressar Deus” e para fazer um contato cada vez mais próximo com a Consciência Universal, até que fique livre da escravidão magnético-emocional.
Devo deixar claro que minhas palavras foram mal interpretadas no evangelho. Eu disse: “Bem-aventurados são aqueles de coração pacífico porque eles herdarão a terra”.
Se você contemplar o mundo, verá que aqueles países de “coração pacífico” prosperam e vivem em harmonia com seus vizinhos. Onde há confusão e assassinatos, essa turbulência é a manifestação direta da “consciência” de seus habitantes. Tal consciência destrói um país e gera pobreza e doença.
Às vezes, um país como o Tibete, que adora o seu próprio isolamento, rituais e crenças espirituais, pode estar sufocando a si mesmo sob o peso de suas próprias criações humano/espirituais. Seus habitantes necessitam ser forçados a sair para o mundo turbulento para pôr à prova suas crenças. Eles também levam “o que é real em seu pensar” para aqueles que estão sobrecarregados com reações magnético-emocionais à vida. Eles são, em parte, o meio para aliviar a dor experimentada na sociedade moderna.
Enquanto você estiver nesse caminho para a LUZ, para os Reinos Celestiais da “Consciência Divina”, sem dúvida terá experiências difíceis e agitadas antes de alcançar o seu verdadeiro objetivo. Você experimentará momentos de maravilhosa alegria e momentos em que o coração pesará e suas emoções o perturbarão, pois sentirá que há uma barreira impenetrável entre você e a Consciência Divina.
Talvez você tenha ouvido falar desses tempos escuros de aflição interior, quando uma pessoa já não sabe o que ela é, nem o que deveria fazer ou onde deveria ir. Depois, de repente, justamente quando esse isolamento espiritual torna-se insuportável e o buscador entrega o seu eu interior completamente, a Luz ilumina sua mente e a pessoa vê alguma verdade maravilhosamente profunda sobre a existência e percebe, com mais clareza, sua FONTE do SER. Então se enche de alegria porque “Deus falou”.
Sim, “a VIDA DIVINA” entrou em sua consciência e elevou-a em segurança para alcançar a consciência espiritual suprema dos Reinos Celestiais – o Reino dos Céus.
Portanto, o caminho para avançar é através dos momentos de profundas revelações. Esses momentos devem ser valorizados e guardados na memória, – do contrário todo o dedicado trabalho do eu se perderá e o buscador retrocederá continuamente para o início de sua busca.
A deve ser forte em todos os momentos. As hesitações são contra producentes. Quando eu desço aos seus planos ou dimensões de “consciência”, vejo sérios buscadores da Verdade elevarem-se durante algumas horas, alegremente contarem sua experiência para outros e então, um pouco depois, duvidarem do que antes tinham certeza de ter recebido. Isso atrasa o processo de desenvolvimento espiritual. Esses momentos de dúvidas devem ser energicamente combatidos e superados por meio da meditação e oração. Pois a DÚVIDA corrói o que você conhece e acredita!
A DÚVIDA é uma força negativa de consciência criativa direcionada contra a experiência da “VIDA DIVINA” que elevou seu espírito para o alto! Você cria dentro de si mesmo uma pequena guerra entre sua experiência da Consciência Divina e sua cegueira humana. Você provavelmente destruirá a memória desse momento Divino e apagará todos os vestígios de elevação espiritual e desenvolvimento que ele trouxe para sua consciência. Este conflito levá-lo-á a sentir-se cansado e desanimado. E, provavelmente, nunca compreenderá que você, sozinho, sem nenhuma ajuda, provocou essa transformação negativa em si mesmo!
Pessoas que estão no caminho espiritual fazem isso frequentemente a si mesmas e travam o seu desenvolvimento espiritual, nunca parando para perguntarem a si mesmas que direito têm elas para terem de recair nessa prática de auto indulgência. As pessoas utilizam a mente imprudentemente, arruinando as suas vidas e as vidas de outros com os pensamentos e as palavras que surgem de seus impulsos egocêntricos. É apenas a sua vida mental e as emoções perturbadas o que gera confronto e ferimentos, – ainda que não no seu rosto, corpo, mãos e pernas, – a menos que os confrontos acabem em abuso físico. E mesmo o conflito físico tem a sua origem na frustração do ego na mente e nas emoções, o que é transmitido aos membros do corpo para que a ira incontrolável seja descarregada. Desta maneira casamentos, – e amizades – começam com alegria e terminam em tristeza e rejeição mútuas, pois as pessoas acham impossível canalizar os seus impulsos egocêntricos para modos de expressão que preservem a vida e o amor.
Pais e filhos expressam amor mútuo até aos anos da adolescência; então o ódio entra em cena e azeda as relações quando os filhos se rebelam contra a autoridade e os pais reagem com o abuso auto justificado. Novamente, não há necessidade de tal conflito. Os pais devem compreender que cada geração luta para encontrar seu lugar no mundo adulto e para fazer as coisas de maneira mais inovadora do que os anciãos. Como é que os jovens podem florescer se forem aprisionados a uma escravidão juvenil?
O tempo em que os filhos se tornam jovens adultos é um “tempo de crescimento” para os pais, que devem então preparar-se para a etapa seguinte das suas vidas: o uso mais inspirado dos seus talentos latentes e depois a velhice, aceitando as suas loucuras e erros passados e, por fim, uma transição pacífica para a Luz eterna.
Por que brigar? Por que lutar? As pessoas que estão totalmente controladas pelo ego lutam com unhas e dentes pelos seus “direitos”. As pessoas que estão espiritualmente maduras solucionam os problemas a discutir com empatia. O que significa isto em termos humanos? Significa escutar o outro reconhecendo com palavras ou em silêncio, que a forma como a pessoa sentia ou sente certa situação é tão válida e digna de respeito quanto os seus próprios sentimentos. Quando estiver envolvido num sério confronto no qual nenhuma das partes esteja disposta a ceder um pouco de terreno, afaste-se e dê a si mesmo um tempo para compreender que está a travar uma “batalha da consciência”. A batalha não é somente o resultado do que ocorreu e se disse no “calor” do momento; o que realmente se passa é o resultado do que vós sois – em consciência. Isso implica no contexto e história de cada um. O conflito surge da personalidade em si, do tipo de impulso egocêntrico que cada pessoa possui, das percepções básicas do que é certo ou errado, das atitudes que cada um normalmente tem em relação aos demais e para a vida em geral. Portanto, quando se envolver num conflito, diga ao seu oponente que quer fazer uma pausa e acalmar a sua mente, a fim de poder escutar mais construtivamente.
E então, – seja sábio. Recorra à Consciência Divina e peça a intervenção da Consciência Amorosa nessa situação. Tente entender – e visualizar – que ambos estão na Luz da Consciência Divina, iguais na origem da vossa alma e no destino, – igualmente verdadeiros, humanos e únicos. Enquanto não puder mergulhar plenamente nesta compreensão, – neste estado mental – ainda não estará preparado para permanecer na Luz Divina para resolver amorosamente os seus conflitos e os seus sentimentos feridos. Então volte ao seu adversário e sugira que cada um possa ter cinco ou dez minutos para explicar o seu ponto de vista clara e calmamente, a sua percepção do que foi dito, do que realmente trata a disputa, de como os sentimentos foram feridos, de como o assunto deveria ser resolvido. Deixe o outro falar primeiro e entregue, novamente, a situação à Consciência Divina.
Se muitas acusações amargas forem feitas, tente acalmar o seu próprio ego e permaneça absolutamente silencioso e calmo. Isso será de grande ajuda para o outro, pois ele sentirá que está a ser ouvido. Isso removerá o sentimento de frustração. Racionalmente compreenda que está a ajudar o seu oponente, mas não acredite que está a ser superior!
Tente ver ao máximo até que ponto o que se está a dizer sobre si é verdadeiro. Seja o que for, se for válido, morda a sua língua e aceite. Alegre-se, – porque nesse instante teve um momento de revelação de sua própria consciência humana, dando-lhe a oportunidade de se livrar de uma faceta do impulso egocêntrico. De cada vez poderá livrar-se um pouco mais do impulso egocêntrico, permitindo que a sua alma tenha mais “espaço para respirar” e um controle mais activo de sua personalidade. Também aumentará as suas frequências vibratórias de consciência e sentir-se-á um pouco mais iluminado no seu interior. Desta maneira crescerá psicológica e espiritualmente.
Escute os sentimentos do outro. Tente restringir os seus próprios e seja empático com as emoções do seu oponente. Sinta a dor, a indignação e as angústias “dele”. Ponha de lado as suase sinta as dele.
Pergunte a si mesmo: se alguém tivesse dito ou feito para si o que você disse ou fez para outro, como se sentiria? Se puder pôr o seu ego de lado o suficiente para considerar isto, então está no caminho para a superação do tipo de impulso egocêntrico que o põe a “si mesmo” acima de qualquer outra consideração e que é incapaz de ver qualquer outro ponto de vista. Antes de falar, espere calmamente em silêncio até que os dez minutos do seu adversário tenham terminado completamente, – mesmo que ele conclua antes e isso signifique que os dois se mantenham em silêncio durante um tempo. Reconheça, tão amavelmente quanto seja capaz, que ouviu o que ele disse e que pode compreender por que está aborrecido. Nesse instante de auto controle, compreenda que ganhou um mínimo de controle sobre si mesmo e que deu o primeiro passo para curar a situação. Por outro lado, se realmente não compreendeu o que ele disse, então está a bloquear mentalmente alguma coisa do que ele está a dizer que você não quer ouvir ou receber. Portanto, de novo o seu ego está no controle. Controle-o por sua vez, e convide o outro a explicar-se um pouco mais, fazendo o melhor possível para se pôr no lugar dele. Sinta a sua dor. Compreenda a sua raiva. Quando tiver recebido o outro na sua compreensão e o tenha reconhecido, as defesas egocêntricas dele diminuirão e vê-lo-á começar a relaxar. Ambos se sentirão melhor. Tendo feito isto calmamente, devagar, com cuidado – dará, então, um quadro igualmente claro de como se sente nas circunstâncias. Não use palavras calculadas para humilhar o seu oponente e, assim, o perturbar. Lembre-se de que:
a) Está a fazer um esforço para controlar o seu ego como um primeiro passo para o amor incondicional;
b) Está a trabalhar para conseguir paz e entendimento entre os dois, não para ganhar pontos;
c) A sua resposta não deve conduzir a um novo conflito por ter usado palavras que o aborreceram de novo. Se fizer isso, – então o seu ego venceu a disputa contra si. E a sua psique perdeu.
Se cada um estiver a viver dentro das frequências espirituais de consciência, o seu oponente dar-lhe-á a mesma resposta de escuta, reflexão e reconhecimento de sua posição, como lhe deu a ele. Mas se ele vive inteiramente nas frequências terrenas de consciência, talvez você encontre dificuldades. Ele pode sentir que você está a tentar ganhar pontos sendo “santo”, “superior” ou de alguma maneira “maior”. Tranquilize-o, diga o quanto é doloroso existir um conflito entre vós, que está simplesmente a experimentar um método para se assegurar que vós, os dois, possam escutar-se um ao outro e, assim, alcançar uma verdadeira reconciliação e mútuo perdão, ao invés de algo superficial onde os sentimentos feridos continuem a contaminar a mente, o coração e o corpo.
Cada um deve conceder ao outro, com palavras gentis, o direito de discordar, – dando razões válidas para a discordância. Encontre em si mesmo a fortaleza para reconhecer que você, como um ser humano, não pode ter sempre a razão uma vez que, como todo o mundo, nasceu com um impulso egocêntrico controlador que o obriga a tomar e a defender fortemente a posição de “chefe da matilha”. Lembre-se de que, enquanto acredita que é o “chefe da matilha”, ele pensa a mesma coisa de si mesmo. Ele, humanamente, acredita que está, no mínimo, em nível igual ao seu, ou até superior. Seja o que for que o ego dele o faça pensar sobre si mesmo e seu ponto de vista, é exactamente o mesmo que o seu próprio ego lhe faz pensar sobre as suas opiniões e ideias. Quando puder introduzir a Consciência Divina no campo da sua consciência humana, literalmente receberá no seu interior – com aceitação compassiva e amor – a realidade humana de cada um de vós; dissolverá a negatividade que reinava entre vós e elevará as frequências vibratórias da sua consciência, o que o fará sentir-se mais leve e mais vibrante. Uma vez que isto o deixará em perfeita paz e não mais em conflito, é extremamente importante para seu o bem-estar.
Entretanto, se se recusar a escutar, a ser empático e a aceitar com amoroso perdão a “verdade” do outro, a rejeição criará uma energia emocional de “rejeição magnética” que unirá e reforçará outros resíduos de força energética de rejeição no campo electromagnético de consciência de todo o seu sistema. O “magnetismo de rejeição” esgotará o “magnetismo de ligação” entre as células e uma doença instalar-se-á. Este facto da existência é o terreno de toda a medicina psicossomática. As pessoas que continuamente culpam e julgam os outros e mantêm a mente totalmente fechada a respeito do seu próprio papel no conflito, acabam por experimentar algum tipo de colapso radical na sua estrutura física ou emocional. Se podem monitorar e trabalhar sobre essa tendência de exercerem o controle, de julgarem os outros e de se isentarem a si mesmas de toda a responsabilidade, e podem dar à vossa “alma” pleno domínio sobre a vossa personalidade, o colapso, seja de que tipo for, desaparecerá completamente.
Se durante um conflito com outra pessoa der tempo, espaço e compreensão e encontrar somente uma teimosa resistência na forma da contínua afirmação do sentimento pessoal ofendido, então está a lidar com a cegueira egocêntrica e a única coisa que poderá fazer é rir, dar-se por vencido e seguir adiante. Seguindo o seu caminho, perdoe e compreenda que o ego dela está a controlá-la. Você pode ter sido vencido, mas obteve uma vitória sobre o seu eu e absteve-se de introduzir vibrações negativas no seu campo de consciência. O pior que pode fazer para promover a discórdia é dizer a uma pessoa que “não deve sentir-se assim” ou que “ela não quer realmente dizer o que está a dizer”. Essas duas frases são uma grosseira violação da dignidade e do respeito que é devido a essa pessoa e você está a rejeitar a “realidade humana” dessa mesma pessoa. Você pode perguntar à pessoa: “Quer, realmente, dizer o que está a dizer?” Se a resposta for “sim” então isso deve ser aceite e a discussão deve continuar a partir desse ponto.
Nunca ignore o que outro está a tentar dizer-lhe porque não quer enfrentar o que está a ser dito. Isso é covardia e o seu ego marca pontos. Seja corajoso e escute, – com os dois ouvidos abertos para receber a verdade por trás das palavras.
Deve aceitar a “realidade” de uma pessoa, – esteja ou não de acordo, ainda que algum aspecto o assuste ou desagrade. Lembre-se: não conhece todas as circunstâncias a partir das quais essa consciência humana se tenha desenvolvido até à sua forma actual. Se julgar, criticar e condenar de qualquer modo, erguerá entre si e essa pessoa, uma barreira que não será removida, por mais que deseje esquecer tudo o que nela é negativo e que voltem a ser amigos no futuro. Sem se dar conta, aquilo que rejeitar ficará na sua consciência como base para discórdias futuras, que crescerão e por fim importarão mais do que o afecto. Involuntariamente, no futuro dirá coisas que reflectirão a sua desconfiança secreta ou descontentamento encoberto. Em lugar de aceitar as suas fraquezas com amor e de ajudar a pessoa a trabalhá-las e a superá-las, colocá-la-á em guarda contra si e ela nunca confiará em si completamente. O seu ego e o ego dela terão mantido uma batalha secreta da qual nenhum de vós terá consciência.
O amor pode transformar-se em ódio. Lembre-se: a sua vida é um ESTADO DE CONSCIÊNCIA no qual os pensamentos e os sentimentos estão depositados como numa caixa forte. Deixe que a aceitação e o amor sejam como o aço de que é feita a caixa. Quando encontrar uma pessoa por quem se sinta atraído, mesmo que por simples amizade, e descobrir que há elementos do vosso passado que são contrários aos vossos princípios, tem estas duas opções:
a) Permanecer em contacto com ela aceitando plenamente o seu passado e, se possível, em situações futuras apontando com lógica e amorosidade a característica, ajudando-a a crescer. Ou, se isso for impossível,
b) Afastar-se prontamente da situação, até que veja os problemas dela a partir de uma perspectiva de aceitação amorosa inspirada pela Consciência Divina e a encontre receptiva aos seus princípios.
Nunca acuse uma pessoa de agir impulsionada pelo ego. Todos os seres humanos são impulsionados pelo ego em maior ou menor grau. Nunca adopte uma postura que humilhe o outro!
Quando eu estava na Terra, recomendei repetidamente às pessoas que perdoassem e que se abstivessem de julgar, criticar e condenar.
A igreja tem interpretado isto erradamente, dando-lhe um significado de que você deve “agradar” a Deus amando os outros e abstendo-se de emoções negativas. Isto não é de modo algum o que eu quis dizer. Não há nenhum “Deus” que precise de ser “agradado” pelo seu comportamento. Você é o mestre do seu próprio destino e “colherá sempre o que semeou”. Todas as páginas anteriores foram direccionadas para lhe dar detalhes de como deve evitar semear ervas daninhas na sua horta, como permanecer saudável, feliz e próspero.
Chegará o tempo no seu desenvolvimento espiritual em que despertará para o enorme dom que tem na sua mente – o dom do pensamento criativo, inteligente – e tomará consciência da enorme responsabilidade que tem na maneira de usá-lo.
Há gente maravilhosa no seu mundo que tem usado a mente de tal maneira que alcançam revelação e crescimento nos desafios diários da vida. Passo-a-passo, a examinar, a analisar e a moverem-se para novos pontos de vista e para a compreensão mais elevada, essas pessoas moldam novos ideais para si mesmas. Elas adoptam esses ideais como orientação para o seu comportamento futuro. Por esses meios, elas têm sido capazes de purificar o seu pensamento, as suas palavras e acções, com o fim de redefinir o seu modo de conduta no mundo e a sua maneira de se relacionar.
Essas são pessoas que “se fazem por si mesmas”, – mas raramente se encontra quem não tenha tirado a sua força, visão, inspiração e estabilidade emocional da fonte mais alta – a Consciência Divina, ou da sua percepção do que possam chamar “Deus”.
Quando eu estava na Terra, contei às pessoas uma história – a parábola dos “Dez Talentos”. Um Senhor muito rico sairia a viajar durante algum tempo e entregou para cada um de seus três servos uma soma em dinheiro. Para um deu dez talentos, para outro cinco e para o último deu um talento. Quando voltou, perguntou a cada servo como tinha usado o dinheiro. Um disse que tinha dobrado o investimento do mestre, o outro disse que tinha ganhado a metade e o último disse que tinha guardado o dinheiro, por medo de perder o que recebeu. O mestre felicitou os dois primeiros por sua eficiência e engenhosidade, mas aborreceu-se com aquele que não tinha tentado fazer nada com a única moeda dada para os seus cuidados.
Cada um de vós, no mundo, tem a sua própria soma de “talentos” com a qual deve trabalhar. Se, por sua própria iniciativa, achar difícil descobrir a melhor maneira de tirar proveito do seu talento e recursos pessoais, – recorra à Consciência Divina através da meditação e pouco a pouco as ideias seguramente virão e serão perfeitamente adequadas para a sua própria personalidade. Ao mesmo tempo – considere como tem usado os seus talentos na sua vida. Tem estado inteiramente concentrado em criar felicidade e prazeres para si mesmo, – ou tem também dedicado tempo para a elevação e melhoria da vida dos demais?
É uma coisa terrível ter recebido mais talentos do que a média e acabar a sua existência tendo-os desperdiçado num modo de vida auto indulgente. Qualquer lição que tenha falhado em aprender, qualquer crescimento de que se tenha esquivado, qualquer desenvolvimento espiritual que tenha deliberadamente evitado, – são montanhas que criou para escalar nas suas próximas vidas. Elas obstruirão o seu caminho e terá de lidar com isso – espiritualmente – ou elas se repetirão em outra vida.
Não é necessário abrir um grande caminho no mundo, alcançar progressos, riquezas ou fama. Você pode usar os seus talentos como um pai, buscando os melhores meios de ter sucesso no seu trabalho de promover o bem-estar dos seus filhos. Que convite mais elevado do que esse de ser um “bom pai/mãe amorosa”, mais especialmente se tomar como modelo a Consciência Divina Pai - Mãe que se dirige inteiramente para o crescimento, nutrição, saúde e regeneração da mente e do corpo, para a protecção de todas as formas e para a satisfação de cada necessidade da mente, das emoções e do corpo, – num sistema de Lei e Ordem e de Amor Incondicional! Como pai/mãe - está à altura da Consciência da sua Fonte Divina do Ser?
Algumas das pessoas que têm feito o melhor uso dos seus talentos são servos – aqueles que cuidam dos filhos dos outros com dedicação e amor, que limpam a casa com atenção consciente em cada detalhe, que criam um ambiente pacífico, calmo e cuidadoso para o seu empregador, com amor e gentileza. Essas são as grandes almas, as que têm construído para elas os caminhos que conduzem directamente ao Reino dos Céus.
Por outro lado, há pessoas que têm usado os seus talentos com o propósito de destruir os demais a fim de alimentar a sua vaidade e o frio vazio que está nos seus corações. O uso das suas mentes leva-os à sua própria destruição. Pense nas pessoas ao longo da história e no tempo presente, que têm conduzido outros à rebelião por uma lavagem cerebral. Eles tornaram-se ditadores. Então pense no fim provável desses ditadores. Tais pessoas abusaram dos privilégios conferidos pelo “poder mental” e por fim pagaram o preço, mas não antes de terem destruído milhares de vidas sem nenhuma boa razão, pois nunca poderia haver uma “boa” razão para transformar países em desertos, destruídos pela guerra e arruinar economias prósperas.
Pense nas famílias onde o abuso mental e emocional prolifera. Trata-se de um uso repugnante do “poder mental”. Isso repercute sobre o abusador de muitas, muitas maneiras: má saúde, doenças, vícios, depressão e a perda da auto-estima.
Portanto, não utilize o seu cérebro, intelecto, visão, conhecimento e educação como uma plataforma para criticar, julgar ou condenar os outros que não estão à altura dos seus próprios padrões de eficiência ou bondade em qualquer área da sua vida.
Ao mesmo tempo, – uma vez que criticar, julgar e condenar é tão natural como respirar para o ego humano, não tente negar as suas percepções do que pode ser melhorado. Fazê-lo é negar a realidade do processo evolutivo. O propósito por trás da existência é o de experimentar – e melhorar a partir das suas experiências. Assim, não julgue, nem condene, nem rejeite as deficiências que observa nos outros, porém leve as suas percepções imediatamente à Consciência Divina e peça continuamente uma Solução Divina para o problema. Agarre-se ao entendimento de que seja onde for e quando for que a Consciência Divina entre num problema, o resultado final é sempre crescimento e desenvolvimento para todos os envolvidos.
Tente sempre ter em mente que está na Terra para fazer a Consciência Divina chegar à sua vida diária, relações e circunstâncias. Está aqui para usar a sua mente para este propósito específico.
Quando eu disse que vim para ajudá-lo a encontrar a “VIDA mais Abundante”, quis dizer que vim para ajudá-lo a trabalhar na sua escravidão emocional – magnética e assim encontrar e fazer um verdadeiro contacto com a VIDA DIVINA – a Fonte de seu ser. É deste contacto que vem a VIDA mais rica que transcende em muito a “vida física” que se obtém exclusivamente da alimentação. Deste contacto vem a direcção, protecção e um Caminho Divinamente Inspirado. Pode chamar isto de “O Caminho da Consciência Crística”.
Quando perceber alguma profunda verdade que antes estava oculta da sua consciência, deve aceitá-la e alegrar-se, pois a Consciência Divina entrou na sua consciência humana e falou na sua mente. Dê sinceras graças, guarde esse presente e reverencie-o. Nunca o dê por conquistado, ou bloqueará entradas futuras da INTELIGÊNCIA AMOROSA, e então perguntar-se-á por que se sente tão sozinho de novo.
As pessoas falam de serem transformadas pelo “Espírito interior”. O termo “Espírito interior” não é incorrecto. Eu fiz grandes esforços para tentar livrar a sua mente da velha terminologia cujo significado poderia ser inadequado para si. Ao mesmo tempo, desejo que compreenda que uma vez que assimile o que realmente quero dizer, (pois já fui tão mal-interpretado no passado que não quero que isso volte a ocorrer), não deve ficar preso pela terminologia em si. Desde que saiba o que o “Espírito interior” realmente é – a CONSCIÊNCIA da VIDA DIVINA a actuar a partir da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL INFINITA, e que isso não tem nada a ver com os “espíritos dos falecidos” - pode usar a terminologia que tenha mais significado para si, com a condição de que seja o significado que dei nestas Cartas. Voltemos agora à afirmação no início desta secção. Diz-se frequentemente que as pessoas podem ser “transformadas pelo poder do Espírito”. Tal transformação não é possível. Não há nada “real” no seu eu humano que possa ser transformado. A sua alma foi extraída da CONSCIÊNCIA da VIDA DIVINA e, portanto, é perfeita. A sua “personalidade” humana é efémera e composta apenas de impulsos magnético-emocionais de “ligação – rejeição”.
Assim, a Vida Divina deve gradualmente impregnar mais e mais a sua consciência para impulsioná-lo a livrar-se desses impulsos grosseiros, com o fim de revelar a Realidade espiritual. Talvez eu possa explicar melhor usando uma parábola. Uma menina de grande beleza estava oculta sob um espesso véu cinza no qual estava pintado um rosto feio. Assim, a verdade de seu ser estava guardada em segredo e poucos se aventuraram a aproximar-se dela pela sua aparência pouco atraente. Ela cresceu e deu conta de que a causa da sua solidão, tristeza, a perda da sua liberdade de movimento e saúde, se devia aos véus. Porém, ela estava tão acostumada àquela situação que acreditava não ser possível sobreviver sem eles. Entretanto, ela teve a sorte de encontrar um “mentor iluminado” de outro país, e, finalmente, foi convencida a descartar ao menos um véu. Depois de muito procurar pela força interior para fazer isso, implorou ao seu “mentor” que a ajudasse. Ele levantou as mãos dela e juntos tiraram o véu no qual estava pintado o rosto feio. Ela sentiu-se muito melhor por ter feito aquilo. Começou a sentir uma certa alegria. Depois de um tempo, estava ansiosa para descartar outro véu e de novo o seu “mentor” veio e a ajudou a tirá-lo. E assim continuou. Quanto mais véus retirava, mais leve se tornava e, gradualmente, vislumbrou a realidade da natureza que a rodeava, podendo ver as árvores com clareza, os pássaros nos galhos e escutava encantada os seus maravilhosos cantos. Ela viu a beleza nos rostos dos outros e começou a sentir o fluxo do amor no seu coração. A vida estava agora a transformar-se num presente verdadeiramente Divino a ser apreciado. Diariamente agradecia ao seu “mentor” por ajudá-la a transformar-se numa pessoa tão feliz. Finalmente chegou o tempo em que já não suportava mais o último véu que a envolvia. Ela sabia que aquele véu a estava a separar da luz, da beleza, da harmonia e do contacto amoroso com outras pessoas belas. Embora não soubesse como poderia arrumar-se sem ele, retirou-se em silêncio junto com o seu mentor e pediu que o último véu fosse removido.
Aquele foi um tempo de agonia, já que o véu parecia ser parte do seu ser. Mas ela pediu e suplicou e num momento de brilhante Luz, o véu queimou-se e desprendeu-se dela. A forma que restou era a sua Realidade – e ela entrou numa perfeita liberdade interior! Entretanto, a sua Realidade individualizada tinha agora que encontrar um modo de funcionar no ambiente. Isso foi inesperadamente difícil, pois a sua percepção da Realidade ao redor e no seu interior era tão clara e transcendente, que tinha mudado radicalmente a sua comunicação com os outros. Já não estava em paz no seu meio social e profissional, nem poderia permanecer como membro da sua comunidade.
As pessoas olhavam para ela e diziam “Oh, é assim que você é, não tem nenhum véu, que horror! Nós achamo-la muito estranha – inclusive um pouco louca”. E deram-lhe as costas.
O que pensa que ela fez? Voltou ao tempo em que usava véus tão pesados quanto os outros? Não, ela havia encontrado tamanha paz, alegria e satisfação de suas necessidades que deixou a sua comunidade e retirou-se, unindo-se a outras almas que reconheceram a sua verdadeira identidade e responderam-lhe com amor e alegria.
Diga-me, a sua personalidade, os seus véus, foram transformados? Não! Com a ajuda do seu “mentor” ela retirou os seus próprios véus, quando foi convencida por ele (a CONSCIÊNCIA DIVINA da VIDA) de que isso era o correcto a fazer. Ao remover as diferentes camadas de véus, aproximou-se mais e mais do conhecimento íntimo da Realidade - Alma que estava escondida pelos seus véus (a sua personalidade).
Provavelmente agora já pode compreender que a “personalidade” humana é como um véu mental e emocional: às vezes um tecido manchado pelas interacções em massa entre a “atracção/ligação” e a “repulsão/rejeição” magnéticas. As pessoas evoluídas espiritualmente podem ver esses “véus” manchados a recobrir a pele das pessoas cuja linguagem é vulgar e os pensamentos centrados unicamente nas actividades terrenas do ego. Por outro lado, à medida que uma pessoa deixa para trás os níveis de pensamentos e reacções terrenas, a pele começa a clarear e uma luz brilha nos seus olhos. Enquanto a “personalidade terrena” está a desaparecer imperceptivelmente, o corpo torna-se mais “espiritualizado”. Isso é claramente visível para as pessoas que têm o dom da percepção espiritual. Não tenha medo de uma futura renúncia da mentalidade terrena. Você abandoná-la-á pouco a pouco, com um infinito alívio. O seu verdadeiro objectivo na vida ficará cada vez mais claro e a sua determinação para alcançá-lo será cada vez mais forte. Você pode achar que não está frequentemente ocupado, mental ou emocionalmente, em pensamentos e sentimentos magnético-emocionais. Mas quando examinar os seus pensamentos espontâneos verá que está completamente dominado por pensamentos magnéticos de “atracção-ligação” e pensamentos magnéticos de “repulsão-rejeição” durante todo o dia. A sua mente mantém uma incessante tagarelice de comentários e julgamentos, críticas, desejos, não-desejos, sentimentos reaccionários beirando o ressentimento ou a rejeição, anseio por certas coisas e temor de que os anseios não se realizem, lutando para ter sucesso e irritando-se contra aqueles que interferem no caminho desse sucesso.
Quando o ego está no controle, aquele que reza fá-lo com fé e ardor. Mas logo depois de rezar, ao encontrar-se com alguém, a fim de ganhar o conforto da compaixão humana conta, tristemente, o problema que acabou de expor a “Deus” para ser solucionado do modo correcto. A forma de consciência e a força que se conseguiu durante a oração, “a petição, a fé e o ardor”, são então invalidados pela auto-piedade.
A mente é, normalmente, como um pântano, um atoleiro de ideias conflituantes. Durante uma situação stressante, uma pessoa pode esforçar-se para se concentrar numa afirmação ou uma percepção que lhe dá vida. Porém, como um cachorro brincalhão que lança no ar um saco cheio de papel, a afirmação é logo expulsa da mente e o pensamento stressante que a pessoa estava a tentar evitar volta a apoderar-se dela. E assim a mente continua a ir para trás e para a frente, até que a pessoa deseje sair do conflito.
O seu diálogo interno provavelmente seguirá esta linha: “Não quero levantar-me. Não quero tomar o café da manhã. Não quero fazer o almoço. Não quero ir para o trabalho. Não quero encontrar-me hoje com tal pessoa. Não quero fazer a limpeza, não quero fazer isto, isso e aquilo”. E assim a ladainha da “rejeição da vida” continua, ao longo do dia, nas pessoas totalmente descontentes.
Ou então, no lugar de reclamar mentalmente, o diálogo pode seguir a linha do “Eu não SINTO como…”. Todos estes sentimentos vêm de impulsos egocêntricos que rejeitam tais actividades porque as percebem como aborrecedoras, incómodas ou como fardos. Outra possibilidade é acordar e dizer ou sentir: “É sábado, devo-me apressar e vestir-me para ir ao mercado. Há coisas que quero comprar. Devo comprar um pouco de morangos antes que sejam todos vendidos. Devo ir às promoções para encontrar uma boa oferta. Vou falar gentilmente com o meu marido para que me dê algum dinheiro. Espero ver Patrick quando for ao seu escritório. Quero agradar ao meu novo chefe, de maneira que trabalharei um pouco mais e mostrar-me-ei alegre para ele. Espero que o meu marido compre um carro novo. Estou certa de que encontrarei um lugar para estacionar se eu permanecer positiva. Espero receber um bónus”. Todas estas ideias originam-se dos impulsos egocêntricos de ligação: “Eu quero”. Você também pode encadear diversos sentimentos de “ligação” e “rejeição”:
“Espero que os meus filhos durmam cedo para que eu possa relaxar. Detesto que me chamem a pedir água e a quererem que eu leia uma história quando estou tão cansada, mas devo ser uma boa mãe e passar um pouco de tempo com eles”. “Espero que possa”, “devo ser”, “boa mãe”, “passar tempo com eles”, todos se conectam com a atracção-ligação magnética. Estas são as coisas que “quer” para si. Estes pensamentos também surgem dos medos – medo de que peçam para fazer mais do que sente que pode fazer no momento, medo de falhar como mãe. O medo é um impulso que vem directamente do ego, que exige que esteja à altura para ser aceitável aos seus olhos e ao dos outros, quando está muito consciente de que não é!
Com o desenvolvimento da civilização, os impulsos magnéticos de ligação-rejeição tornaram-se tão complicados e entrelaçados que são difíceis de diferenciar e discernir. “Eu detesto”, “pedir água”, “querer que eu leia”, “estou tão cansada” são todos sentimentos magnéticos de “rejeição – reação”. Uma vez que rejeitar e expulsar requer mais energia do que aceitar e unir, o conflito no seu interior acabará por o fazer sentir-se ainda mais desanimado, cansado e culpado, incapaz de encontrar forças para fazer o que realmente, no fundo, desejaria fazer: “passar mais tempo com os seus filhos, ler um conto e mimá-los”. Isto dar-lhe-ia uma sensação de satisfação e de bem-estar, pois, num nível ainda mais profundo, sabe que estaria a experimentar e a expressar amor, enquanto todos os “quero” e “não quero” são uma capa que oculta o sentimento de amor. Quando está em harmonia com os mais profundos recantos do ser e está a experimentar e a expressar “amor”, – está realmente em paz e feliz. Ao mesmo tempo, observe que neste monólogo interior que está a acontecer continuamente nas mães cuidadosas, a pequena interjeição de “eu devo passar um pouco mais de tempo com eles” é uma revelação extraída directamente da CONSCIÊNCIA - DIVINA – VIDA, mas, provavelmente, acreditará que é a sua consciência a dizer o que deve fazer.
Talvez esteja a começar a ver que a sua mente e emoções são como um campo de batalha onde ideias conflituantes se seguem umas às outras tão rapidamente que você permanece completamente inconsciente do que está a fazer a si mesmo. A sua mente é uma gangorra. As suas crenças, opiniões e reacções mudam conforme ocorrem mudanças nas suas relações e no seu meio - um sobe e desce de gostos e desgostos, ressentimento e amizade, possessividade e rejeição. Todo este alvoroço surge da compreensão superficial de tudo o que está realmente a acontecer no seu meio num nível oculto. Você parece-se com um barco a atravessar os mares. Vê o céu, mas não tem a menor ideia do crescimento, do movimento e actividade vital que ocorre sob seu casco.
Isto significa que talvez pense que está a relacionar-se com alguém de maneira real. Porém, por baixo da superfície e por trás de uma aparência agradável, o seu amigo pode sentir-se solitário na sua presença, almejando ser compreendido e que você falasse num nível mais sensível e empático, mais adequado às necessidades dele e suas.
Observe por exemplo esta situação. Na aparência, ela parece ser absolutamente inofensiva para si e para os outros, mas um observador demonstrará que é tudo, menos inofensiva: “Eu espero que essa mulher mal-humorada não venha trabalhar hoje”. Primeiro, para fazer tal afirmação, na sua consciência oculta, você revisou o comportamento dela e condenou-a pelos problemas que causa com o seu mau humor. Pendurou uma etiqueta em volta do seu pescoço – “mulher mal-humorada”. Criou, assim, uma força de energia de consciência que leva o nome dela. Isto não lhe fará, a ela, nenhum bem. Você “deseja” magneticamente (não espiritualmente), que ela se ausente do trabalho e lhe torne a vida mais agradável. A afirmação acima revela que você está, completamente, nas garras do “ego”, uma vez que não parou para perguntar se ela está sujeita a algum problema de “personalidade”, alguma doença oculta, tristeza ou problema económico que esteja a causar a sua irritabilidade. A esperança de que ela esteja ausente tem a mesma natureza de uma “maldição sobre ela”. Se o seu pensamento foi suficientemente intenso e poderoso, ela provavelmente receberá a força negativa da energia de consciência e, de repente, sentir-se-á muito indisposta para trabalhar!
O mesmo princípio aplica-se ao desenvolvimento da tensão emocional que leva aos colapsos nervosos. Quando se inicia uma tensão emocional, a mente e as emoções começam a concorrer com sentimentos magnético-emocionais de “rejeição – repulsão – reação”. A pessoa tem continuamente pensamentos como: “Eu não posso lidar com”, que é uma rejeição e uma negação completa de qualquer energia existente que a pessoa possa usar para lidar com a crise. “Eu não suporto isto” também nega a força pessoal. “Eu odeio que me aconteça isto”, “Eu odeio a pessoa que está a fazer-me isto”, “Eu odeio ter que mudar o meu estilo de vida”, “Eu odeio, nego, rejeito, protesto, oponho-me, não mereço”. Uma forma de consciência especialmente virulenta (pensamentos), “Ele vai pagar-me”, é uma mistura de rejeição – ligação – magnética. Na verdade, a “consciência” de tal sentença é: “Eu odeio-o tanto e o que ele me fez, que vou ensinar-lhe uma lição. Far-lhe-ei exactamente o que ele me fez a mim. Fá-lo-ei pagar por isso!” Isto é pura vingança. A vingança é um bumerangue que retorna, magneticamente, trazendo algum tipo de sofrimento ao pensador. Se ele estiver no Caminho para a Consciência Crística, isso também ensinará ao remetente uma lição muito necessária. Todos os pensamentos e sentimentos descritos, incluindo o ressentimento que mata, leva aos colapsos nervosos – e mesmo físicos.
Alguns leitores destas Cartas talvez se lembrem do meu confronto com a figueira perto de Betânia. Eu tinha fome e insensatamente procurava figos fora de época. Quando não encontrei nenhum, disse à árvore “que ninguém voltasse a comer de seu fruto”. A árvore murchou até às raízes e estava morta no dia seguinte, para o espanto de Pedro. Aquilo foi num tempo em que eu, como Jesus, era totalmente irresponsável quanto ao uso de meu “poder mental”, e causei danos dos quais me arrependi. (Expliquei plenamente as verdadeiras razões desse incidente na Carta 3). Entretanto, ao falar com os meus discípulos, também utilizei aquilo como um exemplo e um aviso do poder exercido pela mente sobre os seres vivos. Também se deve dizer que naquele dia chicoteei e expulsei os agiotas do templo e denegri dura e abertamente os escribas e fariseus. Todas essas actividades foram impulsos magnético-emocionais de ligação – rejeição. Deliberadamente, selei a minha morte futura pela crucificação. Sabia perfeitamente o que estava a fazer, pois o meu tempo na Terra estava a aproximar-se do fim e, para dizer a verdade, estava ansioso para deixar o seu mundo.
Quando as pessoas se engajam num caminho espiritual em busca de um “Poder mais alto”, mestres da “auto-ajuda” ensinam muitas delas a apegarem-se em alto grau a pensamentos de ligação magnético-emocional, embora tais mestres não tenham ideia de que as suas instruções sirvam para fortalecer o poder do ego. Ao aspirante espiritual é ensinado: “se meditar”, “Deus” ou o “Poder do seu Subconsciente”, ajudá-lo-á a satisfazer todas as suas necessidades”. “Vou visualizar a casa que quero e sei que a receberei”. “Vou comprar a roupa de que preciso e ter fé que, de algum modo, pagarei as contas”. Eles se concentram em “ter fé” e em conseguir o que necessitam ou querem. No princípio da sua mudança de consciência e do exercício da sua fé, as pessoas de facto sentem grandes benefícios. As coisas desejadas vêm para as suas vidas, elas encontram portas abertas, alcançam sucesso. Este fenómeno revela que os planos materiais da sua consciência estão a espiritualizar-se e, como resultado, produzem-se melhorias. A vida é menos dura.
Porém, as suas vidas são destinadas a expressar todos os níveis da sua consciência – mente, emoções e corpo. Quando dominar os reinos físicos da consciência, a sua próxima aventura na espiritualidade estará no reino das emoções. Por isso, de repente, no meio da sua prosperidade sopra o vento e cai a chuva sobre a sua consciência emocional que era estável até então, criando múltiplas desgraças de toda a natureza. Isto pode ser a perda de algum familiar, saúde ou posses, repentinos contratempos de diversos tipos em diferentes áreas da sua vida. É nesses momentos que muitos perdem a fé anterior. “Pensar positivo não funciona”, afirmam eles.
Não! Pensamento positivo por si só não funciona, nem o “poder do seu subconsciente”, uma vez que é somente um aspecto do seu ser espiritual/humano inteiro. Quando as suas emoções estão perturbadas, você está a ser chamado a examinar a sua consciência inteira, as suas crenças, os seus sentimentos em relação a si mesmo e aos outros, a sua fé numa dimensão espiritual – e mesmo o significado da morte e de sua vida futura numa dimensão mais elevada.
Este é um tempo muito doloroso na vida das pessoas. Todos estão sujeitos a este período de perturbação, de uma maneira ou outra.
Este pode ser um tempo de tremendo crescimento interior e de movimento em direcção à felicidade, ou um tempo de contínua amargura e ressentimento. Este é o momento de despertar plenamente e compreender que o resultado das experiências depende inteiramente de si - não da sorte ou do destino - mas de si, seja a trabalhar por si mesmo, seja a trabalhar devotada e consistentemente com a Consciência Divina para chegar finalmente ao cume da felicidade. Este é também o momento em que a pessoa é desafiada a utilizar a sua mente construtivamente, a fim de alcançar revelações e ideais mais elevados com os quais dominará as emoções.
A diferença entre o pensamento reactivo – que surge das respostas impulsivas egocêntricas diante de situações incómodas – e o pensamento criativo, inteligente, ponderado, tornar-se-á clara. Quando isso ocorrer – e a revelação posta em prática todos os dias – a mestria de si mesmo estará próxima. Apenas os mestres que podem dirigi-lo através de todos os níveis de auto entendimento, arrependimento, despertar, mudança de padrões mentais/emocionais, levando-o sempre para cima em direcção às frequências vibratórias espirituais superiores, até alcançar a verdadeira “Compreensão de Deus”, são os Mestres da Verdade, aqueles que, realmente, podem conduzi-lo ao Reino dos Céus. Se o primeiro nível de desenvolvimento, o de procurar a satisfação material através do pensamento positivo, fosse inteiramente satisfatório para os buscadores e se eles tivessem recebido tudo o que esperavam, então o mundo inteiro estaria hoje convertido à crença do “pensar positivamente”.
Entretanto, este é o ponto de partida do caminho espiritual da alma que estava em repouso e isto não deve ser rejeitado nem criticado. A psique desperta para o facto de que para além da dimensão terrena há uma dimensão espiritual que se denomina “Deus”, “uma pessoa sentada lá em cima” ou “um poder universal” que responde às orações. Lembre-se de que estamos a falar sobre “consciência”. A psique está a tornar-se consciente de que há algo mais na vida do que a rotina diária e quer experimentar “o que quer que seja isso”, pois a privação em alguma área da existência - saúde, meios financeiros, felicidade, amor, etc. – está a fazer com que busque ajuda.
Aqui temos a mesma ligação emocional - magnética em curso: “Eu quero”. Porém, como a psique que está a despertar se torna uma observadora do que ocorre na mente e nas emoções, graças ao seu contacto purificado com a “CONSCIÊNCIA VIDA”, ela começa a “ver” algumas das actividades magnético-emocionais de “ligação - rejeição” às quais se apega. Por fim, estará suficientemente iluminada para mudar os sentimentos de “posse – repulsão” e rezará a pedir ajuda para os superar. Geralmente é nesse momento que o Mestre apropriado para essa alma entrará na sua vida. Se a alma já percorreu várias vezes o caminho da vida, então será algum Mestre que tenha evoluído suficientemente para guiar a alma buscadora para fora das correntes e da prisão do impulso egocêntrico, em direcção à Luz.
Lembre-se, ao aproximar-se dos outros, de ser cuidadoso com os seus “egos”. Esse é o único meio que possuem para a sobrevivência interior até que eles tenham conquistado uma real e duradoura visão da Consciência Divina e que percebam que têm dentro de si algo que é transcendente a eles mesmos – uma fonte de força, poder e inspiração. Também deve compreender que ao ser individualizado numa forma corporal e na actividade mental – emocional, está sujeito às leis da existência. Você recebeu a individualidade, a identidade e um potencial infinito para alcançar a Consciência Crística e há um preço a pagar por isso. Durante, quem sabe, muitas vidas (até que se tenha educado neste raro conhecimento do “eu”), você experimenta os caprichos e as inúmeras complexidades da vida e das relações. Em muitas vidas passadas pode ter feito coisas ultrajantes que os demais consideraram o “pecado personificado”, mas essas experiências de personalidades magnéticas terão contribuído para o trazer até onde hoje está na percepção espiritual. Assim, deve ser capaz de aceitar que não há “pecado” contra um “Deus” e que não há “pecado” contra outros. O “ego” pode estar totalmente no controle e fazer coisas reprováveis somente porque a “alma” ainda está adormecida na escravidão da pesada teia de aranha da personalidade magnética. Onde isso for o caso, não há possibilidade, não há como persuadir a pessoa de que causou danos a outros. E não há como, porque não há iluminação interior, proveniente da Luz, para mostrar a essa pessoa uma melhor e mais justa maneira de viver. A LUZ está totalmente bloqueada pela consciência magnética do ego. Contudo, a dor que essa pessoa experimentará (uma vez que tudo o que ela fez aos outros retornará para si mesma na mesma medida e mais), fá-la-á questionar, por fim, a existência. E fazer perguntas é o modo pelo qual se recebe as respostas da “VIDA DIVINA”.
Comecei esta secção a dizer que as pessoas acreditam que podem ser transformadas pelo “Espírito”. Agora compreende por que disse que “não há nada para ser transformado”? Não há nada “real” ou “eterno” na personalidade. Há uma grande necessidade de a abandonar para revelar o Divino no interior. Na Palestina chamei a este processo de “morrer para si mesmo”, o que demonstrou ser uma afirmação atemorizante. Por causa dela, muita gente foi dissuadida de entrar no caminho que leva às dimensões espirituais superiores. E sim, este último passo no processo de se abandonar é de facto como uma morte. A pessoa perde uma parte essencial de seu eu humano/terreno enquanto o ultrapassa, mas o alívio e a paz interior, que se experimenta quando, finalmente, a luta termina, não pode ser descrito. A alegria preenche o coração. Há verdadeira segurança, repouso e tranquilidade no silêncio da mente. Por fim a luta pelo controle pessoal acabou. A pessoa tornou-se um “mestre”. Depois vem um tempo de descanso espiritual e de recuperação. Mais tarde isso é seguido pela entrada numa nova dimensão do “ser”. Nada na cena humana terá “importância” como antes.
As pessoas criticam-no? Anteriormente, a personalidade magnética tê-lo-ia feito sentir raiva por causa de sua insegurança, de sua necessidade impulsiva de parecer perfeito diante de todos, com a finalidade de ganhar aprovação. Se eles não o aprovarem, argumentava o ego, como irá sobreviver? Como será a sua vida? Quando a voz do “ego” se cala, não há mais necessidade de procurar segurança, pois está SEGURO. Você sabe que está sustentado, mantido, alimentado, protegido, curado pela CONSCIÊNCIA da VIDA DIVINA, pouco importando o que os outros possam pensar de si. A sua alegria, prazer, felicidade, realização pessoal e contentamento, estão todos dentro de si. De facto, não precisa mais de todo o resto. Salvo que é parte de “todo o resto”, e quando a Luz o preenche tem uma necessidade impulsionadora de transmitir aos outros tudo o que a CONSCIÊNCIA da VIDA DIVINA derrama em si a cada momento do dia, na medida em que permanece em constante contacto com essa bela dimensão dentro de si.
Já não rejeita a personalidade dos outros, todo o mundo é aceitável para si, todo o mundo tem necessidade de amor e você, agora, está cheio de amor para doar. Amar incondicionalmente não é mais uma luta. Ocorre espontaneamente.
Qualquer falha, qualquer erro que tenha cometido nas suas atitudes para com os outros como resultado de fragmentos do “ego” que possam restar em si, são revelados. Mas não tenha medo do auto conhecimento – abrace-o com amor e gratidão. Descobrirá que o reconhecimento e a aceitação das reacções humanas negativas em si mesmo são tão saudáveis quanto curativas. Aceite alegremente e assuma a responsabilidade por qualquer erro que cometa e, então, quando o tiver avaliado de “maneira amorosa”, deixe-o ir. Experimentará paz interior, sabendo que aprendeu outra coisa valiosa que será de grande ajuda quando voltar a ser desafiado pelas experiências terrenas. Acaba-se o tempo do profundo arrependimento, uma vez que fez o seu trabalho de se libertar das respostas magnético-emocionais que trouxeram sofrimento no passado.
Então entrou no que chamei de o “Reino dos Céus” quando estive na Terra. Todas as suas necessidades são satisfeitas e SABE que qualquer necessidade no futuro também será satisfeita quase espontaneamente. Este conhecimento mantém-no em constante contacto com a “VIDA DIVINA” e proporciona um imenso sentido de segurança. Com a paz e a tranquilidade da mente, vem a alegria e a felicidade e um novo sentido de bem-estar juvenil. Os males menores, as doenças crónicas e mesmo as terminais serão removidos e, entrará outra vez numa nova fase de existência. Cada vez que aprende uma lição, deixa para trás um pouco da dimensão humana e avança para uma frequência mais elevada de consciência espiritual. Estou a descrever as recompensas que o esperam quando luta e se ocupa da escravidão magnético-emocional de “atracção/ligação – rejeição/repulsão”. Isto é o que inicialmente lhe dá a individualidade, mas que se torna um grilhão da alma, do qual deve libertar-se a fim de sair da roda. Esta roda é o breve espaço de tempo de sua actual vida humana, continuamente a girar, continuamente a levá-lo para experiências que não o alegram. Quando enfim for capaz de transcender, em espírito, as suas reacções magnético-emocionais para a vida, a roda começará a girar mais devagar e, então, de repente, achará que está quase a parar e começará a experimentar a bela qualidade de vida que descrevi acima. Se eu pudesse removeria esta carga imposta sobre si pela sua condição humana terrena. Conheço o seu sofrimento, os seus momentos de desespero, a sua dor na noite solitária e as suas horas de tumulto mental e emocional. Enquanto desço até às suas frequências de consciência para transmitir a minha mensagem e compreender o que é necessário dizer, eu torno-me consciente da sua condição terrena e estas palavras são a minha resposta às suas mais urgentes necessidades de alívio e cura. Não duvide de que estas palavras procedem de mim. Conforte-se com elas e SAIBA que à medida que as estudar elas trarão, com o tempo, uma profunda iluminação da alma que o levará às tão almejadas mudanças na sua vida e em si mesmo.
Quando meditar, adote uma posição que seja a mais confortável. Não tem que fazer contorções físicas. Descanse e relaxe. Diga para si mesmo que relaxe e solte seus membros, incluindo sua cabeça, pescoço e rosto até um estado de profunda soltura.
Quero imprimir-lhe a ideia de que a meditação deve ser – finalmente – tão simples quanto deslizar para o sono. O propósito da meditação é o de habilitar a sua consciência inteira a mover-se para além das fronteiras do intelecto e da razão. Há mestres que lhe dirão para “imaginar”… o que quer que seja que digam para imaginar. Pode estar seguro de que isso não o ajudará a ir a nenhuma parte além dos novos reinos imaginativos de seus próprios processos de pensamento. O que alcançará com esse método de “meditar” será o alívio dos pensamentos e da tensão que as suas pressões egoicas estão a criar para si. No mundo da imaginação o ego pode – ou não – estar adormecido.
Antes de começar a meditação, prepare-se compreendendo, plenamente, que está a ponto de fazer contacto com a “CONSCIÊNCIA DIVINA” tanto na sua consciência quanto transcendendo-a – e, assim, ELA também está fora, ao seu redor. Visualize exactamente o que isto significa. Lembre-se, a todo momento, que estará a sintonizar aquilo em que PENSAR. Os seus pensamentos são “raios de luz” a fazer contacto com o que busca.
Lembre-se de que cada “pensamento” tem a sua própria frequência vibratória na consciência. Acredite, saiba isto, porque isto é verdade. Quanto mais espiritual for o pensamento, mais altas serão as frequências vibratórias. As “formas de Consciência” expressas em palavras não são visíveis, mas são “específicas entidades do ser”. Elas têm a vida da consciência dentro delas. São magnetizadas pelas “formas de consciência” semelhantes. Semelhante atrai semelhante. Pense “cachorro” e visualize o que isso significa e os seus pensamentos serão sintonizados com a espécie canina.
Pense ”CONSCIÊNCIA UNIVERSAL” ou ”VIDA DIVINA” com compreensão do que isso significa – e os seus pensamentos serão dirigidos para a “CONSCIÊNCIA UNIVERSAL” – “VIDA DIVINA”. Se tiver compreendido plenamente tudo o que estou a tentar dizer, SABERÁ que a sua meditação alcançará esse objectivo. Saiba disto e a sua fé fortalecer-se-á. A sua fé permanece frágil porque você espera, apenas, ou deseja, ou magneticamente “quer” entrar em sintonia com a CONSCIÊNCIA - VIDA, pois espera tirar algum benefício desse exercício.
Não vê o quanto é “terrena” esta abordagem para AQUELE QUE LHE DEU O “SER”?
Isto é respeitoso? Isto convém a uma pessoa que está em busca dum contacto verdadeiro e espera fazê-lo? A CONSCIÊNCIA UNIVERSAL INFINITA não é o Deus mítico que está no alto, como descrito no Antigo Testamento. Ela é a Realidade Infinitamente Poderosa presente em todos os lugares, manifestando Seu próprio desenho e cuidado amoroso, inteligente e evolucionário por tudo o que Ela tenha trazido à vida.
Deve compreender que se aproximará disto, enquanto ainda estiver na Terra, quando alcançar as dimensões mais altas, depois que as suas emoções magnéticas tiverem sido dissolvidas não somente na sua mente, mas também no seu subconsciente e no seu plexo solar.
Antes de tudo, estará a pôr-se em contacto com o PAI - MÃE - VIDA DIVINA que está sempre activo em todo o seu sistema e no universo. Lembre-se que ISTO está em equilíbrio na infinita dimensão universal e activo no mundo. O “Pai - actividade” marca os objectivos. A “Mãe – amor” dirige a maneira com que os planos se desenvolverão para promover o mais alto bem daquilo que está a ser adaptado, curado ou protegido.
(Uma infinidade de pessoas dirá que as afirmações acima são pura imaginação. Eles podem zombar como quiserem. Aqueles que fazem contacto com o Pai – Mãe – Vida – Consciência, que é outro nome para a CONSCIÊNCIA DE VIDA DIVINA, porém a indicar as suas duplas qualidades – verificarão que o acima mencionado é uma descrição precisa da evolução espiritual que se segue a tal contacto).
Voltando à sua meditação.
Em primeiro lugar, antes de tentar entrar num estado meditativo, memorize a seguinte prece, de maneira que as palavras se tornem suas. Quando estiver perfeitamente relaxado, comece a sua meditação com esta prece. Diga-a devagar e visualize o significado de cada palavra para ser capaz de entrar na consciência da palavra e permitir que a energia da consciência da palavra entre no mais profundo de seu ser. Enquanto diz esta prece, os seus olhos devem estar fechados e o seu olhar erguido em direcção às sobrancelhas.
 “PAI - MÃE - VIDA, Tu És minha vida, meu constante apoio, minha saúde, minha protecção, a perfeita satisfação de todas as minhas necessidades e a minha mais alta inspiração. Peço que me reveles a Tua verdadeira Realidade. Sei que é Tua VONTADE que eu seja plenamente iluminado/a e que eu possa receber melhor a consciência de Tua Presença em mim e ao redor de mim. Creio e sei que isto é possível. Creio que Tu me proteges e me guardas no perfeito AMOR. Sei que o meu propósito final é EXPRESSAR-TE. Quando falo contigo, sei que Tu Estás perfeitamente receptivo para mim, pois Tu És a INTELIGÊNCIA AMOROSA UNIVERSAL que concebeu, maravilhosamente, este mundo e o tornou visível. Sei que quando Te peço para falares comigo, eu envio um raio de luz de consciência para a Tua Consciência Divina e que, quando eu escutar, TU entrarás na minha consciência humana e virás cada vez mais perto do meu espírito e coração mais e mais receptivos. Eu confio meu ser e minha vida aos Teus cuidados”.
De cada vez que disser e visualizar a prece, criará uma forma de consciência espiritual que se tornará cada vez mais forte e mais elevada em frequências vibratórias, à medida que o verdadeiro significado da prece se for aprofundando na sua mente e no seu coração e as suas percepções se elevarem. Depois da oração, relaxe cada vez mais profundamente e deixe a sua mente esvaziar-se tanto quanto possível. Se pensamentos se intrometerem, recite suavemente “Vida – Divina” ou “pai – mãe – vida” para si mesmo e volte a aquietar a mente. Depois de muitos meses de sincera meditação, talvez sinta que o seu corpo de repente estremece como uma pessoa que está a entrar no sono e subitamente acorda. Se isso ocorrer, seja grato, pois a sua consciência está a penetrar as barreiras das suas forças de consciência previamente criadas e que encapsulam a sua alma.
Quando sentir que está a entrar num estado de consciência diferente, profundo, tão profundo que mal respira, saiba que está a começar a alcançar o seu objetivo. No fim da meditação agradeça sempre com alegria e reconhecimento. Lembre-se de que nada do que possa pensar, dizer ou fazer, de modo algum pode reduzir tudo o que é a “consciência – pai – mãe – vida”. No entanto, qualquer descrença formará uma barreira entre si e o pai – mãe – vida.
Quero avisá-lo de que, quando estiver a tentar aquietar a sua mente e os seus pensamentos, pode ser que se sinta pouco à vontade, fisicamente desconfortável e mesmo angustiado. Isso é assim por que – a princípio – bater-se-á contra o muro negro da sua própria “consciência” e isso pode ser extremamente desconcertante – inclusive doloroso. Abençoe a experiência e peça ao “Pai Vida” para entrar na sua consciência da próxima vez e ouvirá. Depois levante-se e deixe a experiência para trás.
Quando observar que está, enfim, a entrar no silêncio, descanse serenamente, sabendo que entrou agora no que poderia chamar-se de “o santo dos santos”, pois está, finalmente, a conseguir conectar-se com “pai – mãe – vida” em si. Será necessário algum tempo para que esta experiência altamente espiritual de Silêncio se torne uma rotina diária. Lembre-se de que tem a bagagem egoica de toda uma vida para desfazer e dissolver.
Seja o que for que perceber ou sentir durante a meditação, quando sair dela espere sentir uma diferença na sua vida. Lembre-se de que a expectativa é uma forma de “consciência” e que tendo uma “expectativa” estará a abrir o caminho para que o que “espera” seja atraído para a sua experiência, seja o que for de que esteja a necessitar ou a ocupar-se.
Se não sentir nenhuma nova leveza de espírito, apesar de suas sinceras expectativas, não negue as mudanças nem duvide da possibilidade de ocorrerem. Lembre-se de que a sua consciência é electromagnética, da mesma substância que o seu corpo físico e que é a base de todas as experiências da sua vida. Continue à espera – enquanto faz isso está a construir o poder, a energia das suas “expectativas – formas de consciência” que atrairão a manifestação de tudo o que está à espera. A “Consciência – Pai – Mãe – Vida” só pode ser atraída para a sua consciência individual pela fé, pela sincera expectativa e pela disponibilidade para se abrir à purificação do seu impulso magnético - emocional de “ligação – rejeição”.
Quantos de vós entrais, actualmente, em meditação dessa maneira e saem a ESPERAR mudanças? Quantos se desencorajam quando sentiram uma mudança e depois nada mais durante um tempo? Tenha em mente que eu disse que está sujeito ao ritmo de “altos e baixos”. Quando está em “baixa”, o fluxo da Vida Divina no seu sistema baixou e as frequências vibratórias da sua consciência também baixaram. Consequentemente, o contacto com a “Consciência – Pai – Mãe – Vida” durante esses momentos, no início da sua busca, é quase impossível. No princípio de sua busca da Verdade, durante a meditação está em contacto principalmente com o seu subconsciente; descobrirá que há um irritante ressurgimento de todos os seus antigos pensamentos e recordações negativas que achava que já tinha superado.
Quando estiver em “alta”, descobrirá um ressurgimento do seu ser espiritual e alegrar-se-á com isso. As suas meditações serão mais positivas e produtivas em contacto com a “Consciência – Pai – Mãe – Vida”. Se tiver a coragem de persistir e de manter a auto disciplina tanto nos momentos de “baixa” quanto nos de “alta”, descobrirá, finalmente, que o “baixo” será menos “baixo” e que qualquer estado de depressão será elevado. Lembre-se de que cada momento de “consciência em oração” o aproxima do seu objectivo, ainda que esteja completamente inconsciente disso. Mesmo assim, as coisas estão a acontecer para o seu bem supremo, – acredite nelas.
Quando eu estive na Terra, disse:
Vim dar-lhe a LIBERDADE.
Vim trazer-lhe a “VIDA MAIS ABUNDANTE”!
O segredo do seu cansaço, esgotamento, falta de coerência, instabilidade, medo, desesperança e depressão, repousa nas suas respostas magnético-emocionais de “ligação-rejeição” para a vida, e nos padrões subconscientes que, às vezes, assumem o controle e o projectam em situações que nunca teve a intenção de criar. Por causa desses “impulsos naturais da individualidade” certamente não é livre, está sob o controle da escravidão magnético-emocional tanto na sua consciência como na sua mente inconsciente. Vive nas garras do Ego, o qual trouxe para si a sua individualidade e o prendeu em grilhões de respostas emocionais para a vida.
Entretanto, chega o tempo para o buscador sincero e fervoroso, aquele que alegremente segue o Caminho da “Consciência Crística” – O CAMINHO DE CRISTO – em que, meditando, penetra nas zonas magnético-emocionais do cérebro, para receber uma iluminação que é impressa nas mais altas áreas do cérebro, sob o crânio. As novas células serão impressas com esse novo conhecimento. Esse é um processo contínuo e provavelmente sentirá essa “abertura” a ocorrer no seu cérebro.
Começará a funcionar cada vez mais na mente supra consciente, a qual está sempre em maior contacto com a “Consciência – Pai – Mãe – Vida”, até que chega o momento em que já não pode mais suportar os pensamentos e sentimentos do “ego” a dominar a sua consciência de todos os dias, e então morre a morte da total auto rendição. Quando isso acontecer, a “Consciência Pai – Mãe – Vida” encherá a sua visão excluindo tudo mais. Estará a entrar nas “frequências de consciência” do que chamei na Terra de o “Reino dos Céus”. Esta fase caracteriza-se por uma retirada progressiva do tipo de vida que você antes apreciava. Os seus pensamentos purificar-se-ão cada vez mais e perceber-se-á a responder às situações, acontecimentos e pessoas de uma maneira mais desapaixonada. Ao mesmo tempo em que emocionalmente talvez esteja menos quente ou frio do que antes, também estará nos primeiros comprimentos de ondas do que chama “amor incondicional”. E então fará todas as coisas a partir do ponto de vista da promoção do bem mais alto para todos, o que significa: o seu crescimento, nutrição, cura, protecção, a satisfação das suas necessidades legítimas, dentro de um sistema de lei e ordem. Amará mais profundamente do que antes, mas não haverá nada desse sentimento “humano” que pode causar tantos erros na comunicação e na acção. Quando tiver recebido o verdadeiro conhecimento interior, será capaz de transcender a carga emocional, será capaz de meditar e inspirar-se no “Pai – Mãe – Vida” e sentirá uma nova energia a entrar no seu sistema, trazendo um novo optimismo. Sorrirá, brincará mais, encontrará felicidade nas pequenas coisas, amará o mundo, sentirá uma transbordante gratidão por cada pequena bênção que entra na sua vida. Verá as bênçãos a multiplicarem-se na sua experiência e a inundar o seu caminhar quotidiano.
Como se comporta a pessoa que conseguiu libertar-se do “ego”? Tal pessoa está, enfim, totalmente livre do medo. Ela terá a convicção absoluta de que onde quer que vá, estará protegida. Ainda que possa passar por experiências potencialmente perigosas, sairá intacta. Saberá que não tem necessidade de espada ou arma para se proteger. Ela está protegida contra toda a eventualidade negativa onde quer que esteja. Ela não temerá a doença, uma vez que sabe que todo o recurso incorporado no seu sistema para a manter saudável está a funcionar plenamente e a trabalhar eficazmente.
Ela saberá que nunca precisará “desejar” as coisas de que necessita para uma vida feliz e cómoda. Continuamente louvará e dará graças ao “PAI – MÃE – VIDA” por todas as coisas já recebidas e por aquelas que receberá no futuro. Ela sabe que será guiada para estar no lugar certo no momento certo. Ela também sabe que pode pedir qualquer coisa que precisar e a resposta virá rapidamente. Porém o pedido procederá de seu centro espiritualmente iluminado e nunca buscará por qualquer coisa egoísta, mas sempre pedirá por coisas dentro do contexto do que será bom para o seu ambiente, comunidade, família e amigos. Ela terá uma mente aberta, sabendo que a VERDADE é infinita e que mesmo que saiba muitas coisas, há sempre uma dimensão além para explorar.
Isto é o que faz a vida tão alegre e cheia de propósito em qualquer dimensão, inclusive nos Reinos Celestiais de consciência. Na sua vida diária, a alma iluminada acordará com a mente vazia de tudo, excepto de louvores e gratidão. Por fim, estará consciente das tarefas que a esperam, e dando graças pela energia e pela disponibilidade de as realizar, sairá para as cumprir sem nenhuma resistência interior ou relutância para iniciar. Como resultado desta atitude na rotina quotidiana, não desperdiçará energia com resistências de nenhum tipo. Se há uma razão especial para resistir a alguma sugestão ou pressão, fará isso com tranquilidade e razoavelmente, sem sentimentos magnéticos-emocionais de aborrecimento ou rejeição. Ela torna-se uma observadora desapaixonada, fazendo a coisa certa no momento certo.
Esta pessoa conduz a sua alma com paciência, esperando orientação, esperando que se abram as portas certas, esperando a confirmação de que os seus planos sejam de facto divinamente desejados pelo seu ser, através de sua mente, coração e energia.
Ela torna-se uma pessoa que manifesta verdadeiramente a “Consciência – Pai – Mãe – Vida”.
O homem adquire as características femininas do amor universal e converte-se na personificação do amor inteligente ou da inteligência amorosa. A mulher adquire uma característica mais masculina de força e de um forte senso de direcção. Se alguém precisa de orientação, ele/ela mostrará uma inteligência amorosa e a pessoa será elevada pelas suas palavras. Se necessita de cura, ele/ela mostrará um amor inteligente e a pessoa será curada. Este é o objectivo para o qual, amorosamente, o encaminho.
O Caminho para a Consciência Crística está resumido nestas CARTAS. Quando o alcançar, alegrar-se-á e dirá que valeu a pena cada momento dos tempos duros e acidentados que terão ficado para trás para sempre. Estará livre para subir para dimensões mais altas, cada uma levando-o a novas experiências e alegrias. Tornar-se-á fundador de uma nova ordem na Terra, a qual será a ponta de lança de uma nova onda de evolução espiritual. Em muitos anos, quando esta evolução espiritual se espalhar pelas massas em geral, as pessoas finalmente aprenderão como viver em paz uns com os outros.
Estas coisas, seguramente, passar-se-ão e as SEMENTES de tal futuro foram semeadas nestas CARTAS. Quem quer que lhes dê as boas vindas na sua consciência e conserve a fé, por fim vê-las-á florescer em beleza, alegria e harmonia, produzindo frutos na sua vida diária. Creia – pois eu, o Cristo, falei.

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