Carta 1
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---------- Mensagem encaminhada
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De:
Data: 27 de Maio de 2012 08:36
Assunto: Cartas de Cristo
Para: Álvaro de Jesus
Nas condições especificadas abaixo, pode publicar as Cartas integralmente
usando os arquivos disponibilizados no site
www.cartasdecristobrasil.com.br
E o endereço de site acima deve ser citado como referencia.
Abraços.
De:
Data: 27 de Maio de 2012 08:36
Assunto: Cartas de Cristo
Para: Álvaro de Jesus
Nas condições especificadas abaixo, pode publicar as Cartas integralmente
usando os arquivos disponibilizados no site
E o endereço de site acima deve ser citado como referencia.
Abraços.
***
CARTAS
DE CRISTO
Traduzido por Almenara Editorial.
Todos os direitos reservados.
Consulte para fazer uso do conteúdo em
publicações impressas ou digitais.
Carta 1
Eu, o CRISTO,
aproveito esta oportunidade para falar directamente consigo.
Eu vim para
rectificar as interpretações erróneas dos meus ensinamentos quando, conhecido
como “Jesus”, estive na Palestina há dois mil anos.
Estas cartas estão a ser
enviadas por meio de alguém que, durante os últimos quarenta anos, tem sido
espiritualmente sensível e dedicada o suficiente para receber as minhas
palavras e agir de acordo com elas.
Estas CARTAS SÃO A
VERDADE.
Elas transcendem
todas as doutrinas religiosas do mundo.
Estas CARTAS vão
LIBERTÁ-LO.
As Cartas são para
todas as pessoas que buscam a razão da existência, o propósito das suas vidas, a
força para enfrentarem a luta da vida, suportar dificuldades, doenças e
desespero, e inspiração para aqueles que desejam alcançar mais consciência
espiritual no dia-a-dia das suas vidas. Poder-se-ia dizer que estas Cartas são
um CURSO PARA SE TORNAR MESTRE, destinado àqueles que estão prontos para
percorrer o caminho que trilhei quando estive na Terra, na Palestina.
Talvez duvide de que
estas palavras sejam verdadeiras. À medida que for lendo estas páginas e se for
aprofundando nos factos que estou a explicar a respeito da existência e das
origens da personalidade, perceberá que esta verdade só poderia vir da mais
alta fonte.
Aqueles que tiverem
dificuldade em compreender as CARTAS devem ler apenas uma página de cada vez,
para então as colocar de lado e meditarem. Gradualmente, a sua consciência
absorverá o seu significado, uma vez que estas páginas são o elo entre a sua
consciência e a minha consciência transcendente. Aproxime-se destas CARTAS com
a mente livre de ideias, crenças e preconceitos, como uma criança pequena antes
de ser doutrinada pela crença humana.
Traga-me a sua mente
aberta, uma mente que busca e eu a preencherei com tesouros verdadeiros, o
tesouro do mais alto conhecimento, o qual, ao ser absorvido, aliviará a sua
carga diária e conduzi-lo-á até “aos verdes pastos de brilhantíssima luz”, o
que significará abundância, alegria, arrebatamento e preenchimento pleno de todas
as suas necessidades. Saberá como é sentir-se abundantemente abençoado(a) com
tudo o que existe mais além da sua compreensão humana.
Estas CARTAS são
enviadas a todas as pessoas do mundo com todo o meu amor e compaixão. Enquanto as
lê, sentirá o amor e a compaixão e vai perceber que as suas lutas diárias com a
existência, nunca foram planeadas para si. Não há necessidade de experimentar a
dor e a tensão quando entende, absorve e pratica a VERDADE DA EXISTÊNCIA com
constância.
O PROPÓSITO DESTAS
CARTAS
Elas têm a intenção
de trazer iluminação ao mundo em geral e capacitar a humanidade a construir uma
NOVA CONSCIÊNCIA durante os próximos dois mil anos. Estas CARTAS são a semente
da futura evolução espiritual da humanidade.
Observe bem:
A evolução espiritual
da “consciência humana” é o que traz a evolução mental e física à sua
vida pessoal e global e aproximará a humanidade de estados cada vez mais
harmoniosos de bem-estar.
Se é difícil
acreditar nisto, então reflicta a respeito dos últimos dois mil anos e veja o
que se tem realizado desde a última vez em que falei directamente com as
pessoas. Tem havido uma tendência de evolução gradual em direcção ao amor
fraternal que eu costumava pregar ao povo Judeu.
Quando eu caminhava
pela Terra, não havia organizações humanitárias como existem hoje. A ambição, a
cobiça e a auto gratificação eram comportamentos considerados normais. Havia
pouco amor fraternal mesmo entre os Judeus para os quais os profetas, durante
gerações, haviam dito que amassem aos seus semelhantes como a eles mesmos.
Conforme a humanidade
vem desenvolvendo a sua capacidade para o amor fraternal, a vida tem-se
tornado mais confortável e prazerosa sob a forma de consideração mútua,
cortesia, gentileza, na criação de hospitais e sociedades para o bem-estar
infantil, no cuidado com os mais velhos, no movimento a favor dos direitos
humanos e em muitas outras instituições dedicadas à melhoria da condição
humana.
Tudo isto tem brotado
nos corações e nas mentes daqueles que, sinceramente, levaram em consideração as
minhas primeiras palavras ditas na Palestina, as quais impulsionaram as pessoas
até ao amor fraternal e à compaixão pelos seus semelhantes.
Estes cuidados
espirituais e o amor fraternal ganharam um tremendo impulso no século dezanove,
quando as minhas palavras foram pregadas com renovada e intensificada
sinceridade nos púlpitos e alegremente recebida por congregações sérias e
sinceras. Os pregadores e as congregações, nessa época, já se haviam espalhado
pelo mundo todo, em cada continente. O Sábado era considerado um dia de
descanso e os pensamentos da maioria do povo Cristão elevavam-se para
contemplar o poder de Deus. Tal suspensão mundial dos deveres e ocupações
normais deu lugar a uma elevação do “pensamento consciente”, de vinte e quatro
horas de duração, em direcção ao Poder Criativo Divino, criando uma
constante e poderosa consciência “humana/Divina” que dava suporte e se
entrelaçava às vidas humanas. A súplica humana atraiu o Poder do Divino para o
interior da consciência e experiência humanas e deu lugar directamente
ao crescimento e à expansão em cada faceta da vida humana. Contudo, as pessoas
ainda não sabiam como direccionar mentalmente o Poder Divino para os canais
espirituais da criatividade em lugar dos canais do “ego”. Em consequência, a
expansão da “consciência colectiva” trouxe resultados negativos surgidos do
“poder do ego”, assim como resultados “positivos” produzidos pela “consciência
espiritual” das pessoas inspiradas e iluminadas.
NOTA: POR ESTA
RAZÃO... Eu vim expressamente para lhe explicar a si... Um facto da existência
que é de vital importância. Por favor, leia cuidadosamente.
É isto:
*A sua consciência
pessoal é inteiramente responsável por tudo aquilo que vem para a sua vida e
experiência pessoal. É a sua consciência pessoal que traz para si o bem
ou o mal.*
*No seu
subconsciente, traz lembranças fortemente impregnadas, ainda que ocultas, de
traumas/emoções de sua(s) vida(s) anterior(es) que podem irromper e afectar a sua
consciência actual. *A sua oração fervorosa e específica para aliviar algum
acontecimento, pode receber resposta, mas a longo prazo será de pouco proveito
se a sua mente e o seu coração continuarem em contravenção com as Leis
Universais do AMOR e se viver com atitude mental de constante crítica. *
As Leis Universais da
Existência relacionam-se SOMENTE às “actividades da consciência”... E
são exactas e indesviáveis... NÃO são prémios ou castigos de “Deus”. Repito: Não
são “CASTIGOS DE DEUS” – relacionam-se ao “Factor Causativo da Consciência” que
atrai/magnetiza as partículas eléctricas que se unem e aparecem perante o mundo
como formas e experiências sólidas.
NOTA: Às vezes as
pessoas fazem um contacto poderoso com a REALIDADE DIVINA, que está
dentro e por trás de toda a criação, por meio da oração.
Ela responde e
a Sua actividade revela-se num curto espaço de tempo como
uma melhoria necessária dentro da vida pessoal ou nacional – e as pessoas podem
exclamar: “É um milagre!” Mas, com o passar do tempo, o estado da consciência
Pessoal ou Nacional voltará a reafirmar-se nas vossas experiências e reproduzirá
os mesmos efeitos negativos anteriores na saúde e nas actividades. Você não
pode efectuar mudanças permanentes na sua vida a menos que mude a sua
consciência. Portanto, as pessoas devem rezar e esforçar-se a todo momento para
alcançar o Amor incondicional.
No século
vinte, as habilidades mentais do ser humano deixaram para trás o seu
desenvolvimento espiritual. Os cientistas pensaram que poderiam explicar as
origens da criação atribuindo-as apenas à casualidade. Como resultado directo
disso, as pessoas abandonaram a moralidade e começaram a dar atenção
completamente à própria vontade.
Puseram em
marcha uma nova ameaça no mundo, uma vez que começaram a criar uma nova forma
de “consciência egoica mundial” directamente oposta à NATUREZA do Divino AMOR
INCONDICIONAL. A consciência humana bloqueou o fluxo do Divino.
OBSERVE BEM: a
imaginação mórbida de algumas pessoas, que seria limitada localmente há um
século, agora tornou-se uma INFECÇÃO MENTAL CONTAGIOSA glorificada na
literatura, cinema e teatro, espalhando-se pelo mundo todo, criando uma
“Consciência Humana” global similar à delas mesmas, expressada nos excessos
sexuais, violência e perversões. Esta INFECÇÃO MENTAL primeiro
manifesta-se como formas egocêntricas de viver e na criação de engenhos
tecnológicos que têm gerado sérios distúrbios na saúde, mudanças climáticas,
diminuição de safras, degradação do meio ambiente, extinção de seres vivos e o
massacre de populações inteiras de seres humanos. A Infecção Mental manifesta-se
na personalidade humana como um comportamento desviado e destrutivo, com o
consumo de drogas, com excessos abomináveis de crueldade e depravação,
operações mafiosas e excessos sexuais.
Deste modo, um
círculo vicioso de actividades malignas e de perversão de pensamentos e actos
está a ser criado pelos magnatas do entretenimento e da média. O propósito
disto é capturar o interesse pessoal de um público egocêntrico.
A vossa tela de TV e
o cinema tornaram-se a nova Bíblia do comportamento humano. Tragédias pessoais
desconhecidas para a humanidade há cem anos tornaram-se abundantes e as pessoas
têm medo de andar nas ruas. Famílias estão presas atrás de muros altos. Os problemas
familiares e sociais expõem-se frequentemente em debates públicos – e assim a
história da miséria humana perpetua-se. Esta é a BESTA a invadir os vossos territórios
e a alimentar um miasma de bestialidade nas mentes inocentes.
** Isto será
perpetuado até que o meu Conhecimento Crístico seja reconhecido, aceite e
vivido pela maioria das pessoas na Terra. Este conhecimento irá mostrar-vos
como voltar ao verdadeiro CAMINHO DA VIDA, a fim de começarem a criar o tipo de
vida que realmente desejam. **
Porque eu sou
o AMOR incondicional, eu digo a VERDADE, intuída por muitas mentes
espiritualizadas, mas ainda rejeitada por aqueles que são espiritualmente
cegos.
Estas palavras não
são ditas para o ameaçar ou castigar, mas para o alertar para a fonte dos
inqualificáveis horrores que, diariamente, enchem os seus jornais e aparelhos
de TV.
**É apenas o amor que
tenho por todas as pessoas que me obriga a descer nos vários níveis de
consciência e alcançar a dimensão da depravação humana, para vos avisar de suas
consequências nas vossas vidas actuais.**
OBSERVE BEM –
IMPORTANTE
Você quer saber de
onde veio o vírus HIV que ataca o tão prezado sistema de autodefesa humano – o
sistema imunológico, e também a sua capacidade para procriar?
Este vírus, se não
for controlado – não com remédios mas pela CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL – exterminará
os imprudentes. Os Iluminados evitarão esta e outras armadilhas da existência.
Acorde! Perceba o
perigo!
Os seus
próprios e fortes “impulsos de consciência” são impulsos de vida.
São impulsos
electromagnéticos altamente criativos! Quando os seus impulsos de consciência
são de uma natureza virulenta – violenta – agressiva e homicida – emitem
partículas eléctricas de CONSCIÊNCIA virulenta, violenta, agressiva e
homicida que tomam forma de vírus venenosos no ar, propagando-se de uma pessoa
inocente a outra.
O que nasce e se nutre
numa mente doente, acaba por tomar forma no mundo físico. E isto não é castigo
de “Deus”, como as igrejas ensinam. É um FACTO CIENTÍFICO DA EXISTÊNCIA.
Portanto, é um
assunto de extrema urgência que todas as pessoas espiritualizadas mantenham
distância das imaginações “infantis” para perceberem, claramente, a VERDADE
da criação e da existência.
Minha MENSAGEM para
todas as IGREJAS.
Eu, o CRISTO, vim
expressamente para vos contar a verdade a respeito das origens da
“personalidade humana”.
Explicarei com
exactidão como e por que tem sido dada à raça humana uma propensão natural para
a vontade-própria e um desejo predominante de auto gratificação e auto defesa.
Isso não é pecado, mas sim parte dos processos naturais criativos.
Não há “punição”
vinda do alto! O homem, por meio do exercício voluntário e prejudicial do
“Poder do Ego”, atraiu para si mesmo a sua própria punição.
NOTE BEM: Por esta
razão, do mesmo modo que os livros escolares de ciências se tornam desfasados
conforme a mente humana vai absorvendo mais conhecimento científico avançado,
assim também se deve permitir que a actual forma de “Cristianismo”, construída
sobre falsas doutrinas centradas na minha crucificação, tenha uma morte
natural.
NOTE BEM: A actual
crise mundial, que está a introduzir um novo fracasso das Leis Internacionais e
a estabelecer as bases para um futuro terrorismo global, indica claramente que
nenhuma religião do mundo possui o conhecimento adequado e a efectiva liderança
para iniciar mudanças nos padrões mentais do ser humano, que poderiam
conduzi-lo directamente para a paz e a prosperidade.
O VERDADEIRO LÍDER
ESPIRITUAL será capaz de ensinar às suas congregações como e por que os
esquemas mentais modernos, formados na “consciência”, têm criado as calamidades
e os horrores que estão apenas a começar a fazer-se sentir totalmente no vosso
meio, nas diversas formas de pestes, terramotos, inundações, fomes, guerras,
revoluções e outras tragédias. Esteja certo de que nenhum mal que ocorre na sua
terra é um “desastre natural”. Qualquer coisa adversa ao seu bem-estar nasce
primeiro na sua “consciência humana” e depois toma forma dentro da experiência
global. Isto foi o que eu tentei dizer aos Judeus quando caminhava pela Terra –
e CHOREI – quando eles riram e se recusaram a acreditar. Eles chamaram-me de
louco.
Que as igrejas não
cometam o mesmo erro! As igrejas têm estado agonizantes, cristalizadas em
rituais e dogmas e os seus sacerdotes e pastores não têm sido capazes de
responder às necessidades espirituais que estão em contínua evolução nos
ardentes buscadores da Verdade. Como consequência disso, as igrejas estão a
esvaziar-se. Se quiserem durar, as igrejas devem deixar de lado as suas
diferenças e ter humildade para aceitar que a inspiração não vem à Terra
necessariamente de maneira que lhes pareça aceitável. Devem lembrar que Eu, o
Cristo, não era aceitável para os Judeus. As igrejas devem manter as suas
mentes e corações abertos para receber aquilo que, intuitivamente, sintam como
a mais Alta Verdade, em vez daquelas a que se agarram actualmente, e abandonar
as velhas crenças que têm permitido que a BESTA controle o pensamento humano.
Ore sinceramente, com
toda a sua alma, mente e coração, – por uma verdadeira iluminação – ao
invés de reiterar velhas e falsas crenças. Acorde e aceite que esses rituais e
velhas crenças não cumpriram o que prometiam as minhas palavras para a
humanidade, quando disse que “coisas maiores daquelas que fiz” vós também fariam.
Enquanto isso, até
que a verdadeira iluminação chegue até vós – (depois de muita meditação e
oração), – ensinem, demonstrem e vivam:
O AMOR FRATERNAL com
toda a força da alma, coração e mente – minuto a minuto na vossa vida diária.
Para combater as
forças destrutivas da consciência global, a humanidade deve fazer muitos
esforços para se mover rapidamente para o próximo estágio do seu
desenvolvimento.
NECESSIDADE URGENTE
DE UMA VISÃO MAIS ELEVADA.
Deve ser amplamente
aceite que existe uma VISÃO MAIS ELEVADA e que é preciso esforçar-se para a introduzir
na vida diária. É somente alcançando essa visão mais elevada que o mundo físico
será resgatado da total aniquilação. Sem esta visão, para si mesmo ou para o
mundo, não pode haver evolução espiritual, nem se pode alcançar as coisas que
mais se deseja. Neste momento, a vossa percepção da vida é a de um fardo e
privação. Estas crenças são retratadas e reforçadas de forma chocante pela
televisão. Elas acabarão por trazer a miséria que esperava nunca conhecer.
Portanto, para o salvar da sua própria insensatez expressada por meio da média,
a “consciência humana” deve ser RAPIDAMENTE elevada para ver o que eu vi no
deserto – a Realidade do Amor por trás e no interior de toda a
existência.
OBSERVE BEM: Quando
esta grande verdade for percebida e bem acolhida, a Realidade do Amor
vai começar a manifestar-se de várias formas em cada coisa viva, no meio
ambiente e em si. A experiência da abundância e felicidade vai reforçar a
consciência da abundância e felicidade. E, assim, uma espiral espiritual de
vida cada vez mais elevada e maravilhosa será colocada em movimento.
Quando a VERDADEIRA
natureza do “Ser” for completamente entendida – a humanidade avançará para o
próximo degrau de evolução espiritual e porá em movimento uma nova e abençoada
forma de esforço humano e de experiência pessoal. Para alcançar estas metas, a
humanidade precisa obter primeiro discernimento sobre o QUE e QUEM é.
Uma nova e importante
questão já se está a apresentar para a consciência das pessoas. “Quem é você –
realmente – por trás da fachada que apresenta ao mundo? O que é preciso para
alguém ser AUTÊNTICO?” É esta pergunta – “Quem é você realmente?” Que se
responde, em cada nível do seu ser, nestas páginas. E se puder aceitar – como
guia para a sua vida quotidiana – tudo o que eu compreendi durante a minha
experiência de seis semanas no “deserto” – você também, finalmente, se tornará
ÍNTEGRO e VERDADEIRO, assim como eu me tornei ÍNTEGRO e VERDADEIRO antes de
começar o meu ministério de cura e de ensinamento. Uma vez que existem poucas
pessoas no mundo que se consideram ÍNTEGRAS neste momento, você reconhece seguramente
que há uma necessidade urgente de que eu me introduza na sua mente para o
dirigir até uma nova maneira de pensar e sentir. Essa mudança na consciência
vai fazê-lo entrar na Divina harmonia com a Realidade, e obter melhores
condições de vida e segurança. Para fazer este trabalho de “reconstrução” na
sua consciência, eu devo primeiro registar na sua mente – e você deve aceitar –
que eu ensinei na Palestina muitas coisas que os homens ainda não estavam
prontos para receber.
É significativo que
nunca tenha sido publicamente questionada a ausência de registos da minha
juventude. Qual foi a verdadeira razão de tão importante omissão? É igualmente
significativo que, embora eu tenha passado seis semanas no deserto depois de
meu baptismo e tenha saído dessa experiência como um MESTRE e CURADOR, nenhum
escritor tentou descrever o que realmente aconteceu durante esse tempo – apenas
se disse que eu era “tentado pelo demónio”, que estava “entre as bestas” e que
os “anjos estavam comigo”. Não há a menor “indicação” do que aconteceu no
deserto que me permitiu voltar às cidades e aldeias a proclamar que “o Reino de
Deus está em vós” e falar nas sinagogas com tal autoridade que os anciãos
Judeus ficaram atónitos.
A verdade a respeito
do meu estado humano, por um acordo comum entre meus discípulos, foi suprimida
para dar maior credibilidade à minha suposta “Divindade” e ministério. Segundo
os evangelhos, eu era o “único Filho de Deus”. Por que então, frequentemente,
eu me referia a mim mesmo como o “Filho do Homem”? Fiz essas afirmações
especificamente para confrontar as crenças predominantes a respeito da minha
“divindade” e para gravar na mente das pessoas que eu tinha a mesma origem
física delas.
A minha intenção era
a de que compreendessem que, o que eu podia fazer, elas também poderiam, se
tivessem o meu conhecimento e seguissem as minhas instruções para pensar e
actuar acertadamente.
Tantos mitos têm
surgido a respeito de minha pessoa terrena e de minha CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL,
que já é tempo de se livrarem disso tão completamente quanto possível, uma vez
que estão a impedir as pessoas de evoluir espiritualmente.
Você, que foi
doutrinado com ensinamentos religiosos, deve tentar compreender que os meus
discípulos evangelistas, ao relatarem a minha vida, descreveram somente aquilo
de que se lembravam pessoalmente e que apoiava plenamente os seus relatos de
minhas actividades “sobrenaturais”. Eles também incluíram muitas coisas que
outros disseram sobre mim durante os cerca de trinta anos que se seguiram à minha
morte. Depois de tamanho lapso de tempo e do inevitável embelezamento da
verdade – como é que é possível que tenham escrito uma “biografia” fidedigna a
meu respeito e de tudo o que realmente aconteceu, ou explicar correctamente as minhas
percepções espirituais verdadeiras, as quais deram origem às minhas palavras e aos
meus “milagres”?
Somente uma pessoa
pode escrever deste ponto de vista – e essa pessoa, sou eu mesmo. Portanto,
estas Cartas vão levar-lhe a minha Verdade de uma forma que nenhum espectador
poderia fazê-lo, não importando o quanto eles pensavam que entendiam o meu
pensamento. (Por esta razão, durante mais de quarenta anos, a mente do meu
“Canal” tem sido sistematicamente purificada de todo o ensinamento ortodoxo e o
sistema de comunicação entre nós tem sido aperfeiçoado).
Se a minha Verdade
expressa nestas Cartas diferir muito do que está escrito no Novo Testamento,
há-de se duvidar dela ou rejeitá-la por essa razão? Portanto, estou a descer em
consciência brevemente, tão perto quanto necessário do vosso plano de
consciência, para descrever a minha vida e os meus ensinamentos de dois mil
anos atrás.
MEU LUGAR NA HISTÓRIA
Em primeiro lugar,
devo assinalar que a minha vida e pessoa foram brevemente referenciadas por
Josefo na “História dos Judeus”, escrita para o Governador e apresentada ao
Imperador Romano. Josefo anotou sucintamente que Jesus, que tentou derrubar a
lei e ordem e o governo dos Romanos, foi castigado e crucificado. Tem-se dito
que Josefo pode ter-se referido a algum outro Jesus. Mas não é assim. Eu, que
mais tarde me tornei o CRISTO que realizou os chamados milagres de cura e
materialização, fui o rebelde. Mas eu não era nenhum “agitador”. Não
incitei deliberadamente as pessoas a desafiarem os Romanos nem a desafiar a lei
e a ordem.
Eu fui um rebelde
contra as tradições judaicas existentes. Quando emergi das seis semanas de
jejum no deserto, vi uma forma melhor de – pensar – e – viver – e
tentei transmitir o meu conhecimento aos meus companheiros Judeus, com pouco
sucesso.
É importante que entenda
que a pressão da opinião pública pesava sobre os meus seguidores. Enquanto eles
realmente acreditavam que eu trazia uma mensagem aos Judeus para “salvar a
alma” e que eu era o Messias, o “Filho de Deus”, eles também eram do mundo,
tentando relacionar-se com o mundo da melhor forma possível. Portanto, ainda
que conhecessem os meus sentimentos contrários às crenças dos Judeus, eles não
estavam felizes em dispensar o Velho Testamento por completo, uma vez que este
tinha apoiado e unido os Judeus durante toda a sua história. No interesse de
preservar o que eles consideravam valioso nos velhos decretos, suprimiram
qualquer descrição a respeito da “pessoa” que eu era.
Os meus discípulos e
Paulo construíram o seu próprio edifício de “crenças sagradas” com aquilo que
queriam preservar de minha vida e ensinamentos. Eles ensinaram e consolidaram
somente o que consideravam valioso para as pessoas – Judeus e gentios do mesmo
modo – os daquele tempo e do futuro. Consequentemente filtraram o que podiam
usar e “deixaram de fora” a maior parte do que eu chamava os “Segredos do Reino
de Deus”, pois eles nunca os compreenderam. Tampouco os acharam desejáveis na
criação de uma nova percepção do “Divino” – o “Pai”.
Para preservar a
crença judaica na “salvação do castigo pelos pecados” por meio dos sacrifícios
no Templo – adoptou-se a “pessoa de Jesus” como o “supremo” sacrifício, que
pagou pelos pecados dos homens através de sua crucificação. Esta crença
servia a muitos propósitos naquele tempo.
Isso deu à minha
morte na cruz uma razão válida e heróica. Ela provava às pessoas que eu era o
“Filho de Deus” e que havia realizado uma missão específica até ao fim da minha
vida. Esta crença também provou ser de grande consolo para os Judeus quando o seu
Templo foi destruído pelos Romanos – e levou a muitas conversões. Muitas seitas
de Judeus – e gentios também – não acreditavam na vida após a morte,
consequentemente, era altamente reconfortante escutar que “Jesus Cristo” havia
superado a morte e mantido o seu corpo. Para muitas ideologias humanas daquele
tempo, a vida não era possível sem um corpo. Portanto, vida após a morte
somente poderia significar ressurreição do corpo. Isso também manteve o meu nome
constantemente vivo na mente das pessoas. Eu era a valente “figura histórica”
que havia morrido para assegurar que os homens fossem libertados de todo o medo
do inferno e da condenação. Desde que eles acreditassem em “mim”, poderiam
caminhar como “homens libertos”. É somente por que o meu “nome” se manteve vivo
até hoje, que posso vir agora até si para lhe oferecer a VERDADE que eu
queria muito compartilhar com as pessoas há dois mil anos.
MINHA JUVENTUDE e as
EXPERIÊNCIAS NO DESERTO
Eu nasci na Palestina.
Minha mãe estava convencida de que eu era o Messias. Ao contrário da crença
popular, eu não era uma criança santa. Aos 12 anos, levaram-me até ao Templo
para ser entrevistado pelos Sumo Sacerdotes, para que se determinasse se eu
estava pronto para iniciar o Treinamento Religioso Judeu: fui rejeitado por ser
demasiado teimoso.
Amargamente
decepcionada, minha mãe levou-me para casa e fez o seu melhor para me criar na
santidade que marcou o seu próprio comportamento em todos os momentos.
Aquela era uma tarefa
impossível já que eu era, acima de tudo, um individualista de comportamento
indisciplinado. Fiquei ressentido com as orientações de minha mãe e a sua
tentativa de me disciplinar. Como jovem, tornei-me impossível de controlar – um
verdadeiro rebelde! Rejeitei a adesão incondicional de minha mãe à fé e
tradições judaicas, preferindo o riso às atitudes hipócritas. Recusei-me a
aprender um ofício que me confinasse à rotina. Escolhi misturar-me com todo o
tipo de gente das classes mais desfavorecidas, bebendo com eles, conhecendo
prostitutas e divertindo-me, conversando, discutindo, rindo e sendo um ocioso.
Quando precisava de dinheiro, ia trabalhar nos vinhedos por um dia ou dois ou
fazia trabalhos que me pagassem o suficiente para comer e beber, propiciando-me
o lazer que desejava.
Apesar de todos os
meus defeitos como ser humano, as minhas atitudes descuidadas e indolentes, a minha
obstinação e determinação egocêntrica para pensar as minhas próprias ideias sem
me importar com o que os demais pudessem pensar a meu respeito, eu tinha uma
profunda preocupação com as pessoas. Eu era profundamente emocional. Em
palavras actuais eu seria chamado de “hipe reactivo”, “hiperemotivo”. Tinha um
coração caloroso, compassivo e empático. A presença da doença, da aflição e da
pobreza comoviam-me profundamente. Era um acirrado defensor daqueles que você
chama de “desamparados”. Poderia dizer-se que eu era “gente do povo”. Vivi
muito perto dele num espírito de companheirismo, escutando as suas aflições,
compreendendo-o e importando-me.
É importante entender
as minhas verdadeiras origens e as minhas características na juventude, pois
foram os aguilhões que me incitaram, empurraram e impulsionaram a finalmente
ser o Cristo.
O que mais
fortemente detestei e combati foi a miséria, a doença e a pobreza que via ao
meu redor. Isso
enfureceu-me e tornei-me apaixonada e vociferantemente zangado por ver as
pessoas maltrapilhas, magras e famintas, doentes e aleijadas, a serem
cruelmente intimidadas pelos líderes Judeus que as sobrecarregavam com leis e
práticas sem sentido, ameaçando-as com punições de Jeová caso não obedecessem.
Declarei a todos os que poderiam escutar-me que aquelas pobres pessoas já
suportavam o suficiente para também serem esmagadas por medidas sem sentido e restritivas
do prazer. Qual era a razão de viver se não nascíamos para ser felizes?
Recusei-me a
acreditar num Deus “justo” segundo as tradições judaicas. As advertências
bíblicas proféticas sobre o “julgamento e cólera” de Jeová contra as pessoas
indignaram-me. Apesar de tudo, pessoas são pessoas, fazendo o que a sua
natureza humana as impulsionava a fazer. Nasceram pecadoras – então por que
deveriam ser julgadas e condenadas a levar uma vida de sofrimento e pobreza por
não terem cumprido os Dez Mandamentos? Qual era o sentido de tais afirmações?
Para mim, essa crença
judaica representava um “Deus” ilógico e cruel e eu não queria nada com “Ele”.
Parecia para mim que se existia tal “divindade”, então o homem estava condenado
à miséria eterna.
A simplicidade e
liberdade que encontrei nas encostas das colinas, nas planícies, nos lagos e
montanhas, refrescaram o meu espírito interior e aquietaram a minha cólera que
murmurava contra o Deus Judeu. Assim, neguei-me a acreditar em qualquer palavra
do que os anciões Judeus tentavam ensinar-me.
No entanto, lá pelos
vinte e cinco anos de idade, uma nova linha de questionamento tomou conta dos
meus pensamentos. Enquanto eu caminhava sozinho pelas colinas cada vez com mais
frequência, a minha rebeldia foi aos poucos sendo substituída por uma ânsia que
me consumia, de saber e compreender a verdadeira natureza DAQUELE que sem
dúvida nenhuma devia inspirar e respirar por meio da criação.
Revisei o meu estilo
de vida e percebi quanto sofrimento as minhas acções haviam causado à minha mãe
e a muitas outras pessoas. Embora eu sentisse profunda compaixão pelos fracos e
sofredores, a minha natureza rebelde havia-me levado a um comportamento egoísta
e sem consideração para com a minha família. O amor subjacente por eles agora brotava
em mim e percebi-me igualmente rebelde contra o meu comportamento anterior.
Escutei falar de João Baptista e do trabalho que fazia entre os Judeus que
vinham até mesmo de Jerusalém para ouvir as suas palavras. Decidi visitá-lo
para que me baptizasse.
A caminho do Rio
Jordão, senti-me muito entusiasmado com a possibilidade de ser baptizado e
começar uma nova vida. Eu sabia que apesar de meu emocionalismo indisciplinado,
também tinha nascido com uma inteligência aguçada e com um dom para o debate
inteligente e persuasivo, o qual eu tinha usado caprichosamente e de forma
negativa, levando as pessoas a desenfreadas discussões. Eu havia jogado fora o
meu talento em troca de uma vida de egoísmo, preguiça e prazer. Como resultado,
havia perdido todo o respeito dos demais e nem eu mesmo me respeitava mais.
Pela primeira vez, isto pareceu-me intolerável. Ocorreu-me que no futuro eu
poderia e deveria empenhar os meus dons naturais para um melhor uso. Ao invés
de apenas ficar a fazer barulho, talvez eu pudesse encontrar um caminho para
aliviar a carga daqueles de quem eu tanto me compadecia. Até então, eu não
havia sido útil para ninguém.
MEU BAPTISMO
Quando entrei na água
do Rio Jordão para ser baptizado por João, esperava sentir apenas alívio e a
consciência de que pelo menos uma vez havia dado um passo positivo em direcção
à reforma de meu comportamento. Esperava sentir uma nova determinação para ir
para casa e surpreender minha mãe e meus vizinhos com atitudes novas e amáveis
em relação a eles.
O que realmente
aconteceu quando João me baptizou foi uma experiência completamente diferente
de qualquer coisa que eu poderia ter imaginado possível.
Senti uma grande onda
de tremenda energia a surgir no meu corpo. Fiquei literalmente chocado com
isso. Ao sair da água cambaleando, senti-me elevado em consciência de um modo
extraordinário. Um grande fluxo de brilhante felicidade elevou-me a um estado
de êxtase. Estava arrebatado e consciente de uma grande Luz. Tropeçando, afastei-me
do rio e fui caminhando e caminhando, sem saber para onde estava a ir.
Continuei, e sem me dar conta, entrei no deserto.
Por favor, observe!
MINHAS SEIS SEMANAS NO DESERTO foram um tempo de total limpeza de minha
consciência humana. Velhas atitudes, crenças e preconceitos foram dissolvidos.
Chegou o momento de
compartilhar com as pessoas receptivas tudo o que eu senti, “vi”, percebi e
compreendi. (Para ajudar as pessoas a abandonarem a velha imagem de uma “divindade”
bíblica, evitarei referir-me a “Deus” por esta palavra e vou usar uma
terminologia projectada para ampliar a vossa mente, para abraçar aquilo que
“realmente é” para além de toda a forma terrena, cor, som, emoção e
compreensão. Esta terminologia tornar-se-á cada vez mais significativa na
medida em que você for perseverando na meditação e na oração).
O QUE EU SENTI QUANDO
ESTIVE NO DESERTO
Fui elevado no interior
de uma luz radiante e senti-me maravilhosamente vibrante, vivo e com poder. Eu
estava cheio de êxtase e alegria e sabia, sem dúvida alguma, que AQUELE PODER
era o verdadeiro Criador, do qual todas as coisas criadas haviam recebido o seu
ser.
Esta gloriosa
harmonia interior, paz e sensação de perfeita realização, nada mais precisando
ser acrescentado àquele belo momento, era a própria natureza da Realidade – o Poder
Criativo – dando Vida à criação e à existência.
O que eu “vi”, compreendi
e percebi quando estive no deserto.
Fui elevado dentro de
outra dimensão de percepção consciente, que me permitiu ver a VERDADE com
relação à vida e à existência. Vi, lúcida e claramente, o que era real e o que
era falso no pensamento do homem.
Compreendi que aquele
“Poder Criativo” que eu estava a experimentar era infinito, eterno, universal,
que preenchia todo o espaço além do céu, dos oceanos, da Terra e de todas as
coisas vivas. Vi que AQUILO era o PODER MENTAL. Era o PODER CRIATIVO da MENTE.
Não havia ponto onde
não existisse aquele “PODER CRIATIVO da MENTE DIVINA”. Percebi que a mente
humana originava-se da DIVINA MENTE CRIATIVA, mas que era somente uma vela
iluminada pelo Sol.
Às vezes, a minha
visão humana era tão espiritualmente elevada que eu podia ver através das
pedras, da terra e da areia. Estas agora pareciam ser simplesmente “minúsculas
partículas de brilho cintilante”.
Eu percebi que nada
era realmente sólido!
Quando eu tinha
momentos de dúvida de que aquilo pudesse ser assim, as mudanças no fenómeno
deixavam de existir, e muito mais tarde eu descobri que os meus pensamentos, se
fortemente impregnados de CONVICÇÃO poderiam causar mudanças no “cintilar das partículas”
(coisa que a ciência chama hoje de partículas carregadas electricamente) e
portanto produzir mudanças na aparência da pedra ou de qualquer outra coisa que
eu estivesse a estudar.
Foi nesse momento que
eu compreendi o poderoso efeito que a CONVICÇÃO ou a FÉ inquebrantável tinham
sobre o ambiente, ao exprimir um comando ou mesmo uma crença. E ainda mais
impressionante foi a abertura da minha mente à compreensão em “consciência
cósmica” de que tudo o que havia testemunhado era realmente o “Poder Criativo”
da Própria Mente Divina tornada visível no “cintilar das minúsculas
partículas”. Além disso, a aparência de tudo poderia ser profundamente afitada
pela actividade do pensamento humano.
Compreendi que não
havia nada sólido no universo, que tudo o que era visível estava a manifestar
um “estado de consciência” diferente, que determinava a composição e a forma do
“cintilar das partículas”.
Portanto, toda a forma
exterior era uma expressão da consciência interna.
Compreendi que a VIDA
e a CONSCIÊNCIA eram a mesma coisa.
Era impossível dizer
“Isto é VIDA” e “Aquilo é CONSCIÊNCIA”.
A Consciência era a
Vida e a Vida era a Consciência e ambas eram o “Poder Criativo”, “MENTE
UNIVERSAL DIVINA” mais além, dentro e por trás do universo.
Compreendi que as pessoas
davam grande importância à individualidade e à forma.
Elas não podiam
imaginar uma mente ou inteligência a operar de modo efectivo senão por meio da
forma individual. Por isso, os Judeus haviam criado uma imagem mental de um
imenso ser supremo, tendo todos os atributos positivos e negativos do ser
humano. Desta forma era possível para os profetas acreditarem em – e falarem da
– ira de Jeová, ameaças e castigos e da vinda de enfermidades e pragas em
resposta à desobediência humana. Mas percebi que essas imagens mentais eram
mitos. Elas não existiam.
Percebi que, em
qualquer dimensão da existência, era a MENTE – a inteligência manifestada – que
era o factor mais importante no que se refere à criação e ao homem em si. De
modo que se deve reescrever o Génesis assim: Antes da criação – era a MENTE
UNIVERSAL – o Poder Criativo dentro e por trás da criação em si.
Tendo “visto” tão
claramente, para além de toda a discussão, que o Poder Criativo da MENTE
UNIVERSAL estava em todo o lugar, no infinito do céu e activo dentro de formas
terrenas, fui impulsionado interiormente a olhar ao meu redor. Olhei e vi
apenas cascalho e pedra. Então, subitamente, foi-me apresentada a imagem de uma
bela paisagem, na qual crescia todo o tipo de plantas, arbustos e árvores, aves
a sobrevoar as árvores e animais a pastar na relva. Assistindo a esta visão com
admiração, “vi” que as plantas e árvores, cada uma delas – e sim, mesmo os
pássaros e os animais – na realidade eram compostos de centenas de infinitas
comunidades de minúsculas entidades a trabalhar sem parar (os vossos cientistas
modernos chamam-nas de “células”), num espírito de total harmonia e cooperação,
para produzir a substância e os diversos órgãos dos sistemas internos e o
aspecto exterior das entidades vivas e completas.
Contemplei essa
maravilhosa actividade por um longo tempo, ainda que o tempo já não tivesse
mais importância para mim. Enquanto eu olhava, pensava: quem poderia ter
adivinhado que sob a cobertura de pelagem, plumas e pele, haveria tão intensa
actividade em diminutas comunidades de entidades, a trabalhar juntas para dar
vida, forma, nutrição, cura, protecção e resistência aos corpos de tantas
espécies diferentes?
Era a inteligência do
TRABALHO realizado, que atraía a minha atenção. Assim, compreendi que o
TRABALHO era uma parte integral da Actividade do Poder Criativo desde a menor
“entidade” (célula) dentro dos sistemas viventes até à mais avançada entidade
no universo: o homem em si. No sistema de todos os seres vivos, todo o trabalho
estava sob a direcção do Poder Criativo Divino, no qual estavam os planos e
desígnios da criação. Vi que esses planos e desígnios eram, na verdade, “formas
de consciência” e poderiam chamar-se de PALAVRAS, uma vez que cada PALAVRA
significa uma forma muito especial de “consciência”.
Assim, a PALAVRA
original na “Consciência do Poder Criativo” manifesta-se no mundo visível. A
PALAVRA, e portanto o “Padrão da Consciência”, permanece na MENTE CRIATIVA
DIVINA a manifestar-se continuamente em si mesma.
Pude “ver” então que tudo
no universo “vivia, se movia e tinha o seu ser” no Poder Criativo da MENTE
UNIVERSAL, a qual era infinita e eterna e era a única verdadeira Realidade
por trás de todas as manifestações de forma individualizada.
Enchi-me de louvor,
pois tudo no mundo procedia de, e ainda estava dentro, deste supremo Poder
Criativo da Mente Divina. Fiquei maravilhado com toda esta actividade secreta
que está sempre a operar em tudo o que é vivo, incluindo o corpo humano.
Perguntei-me como é
que unidades tão pequenas funcionavam de forma tão inteligente, de acordo com
os planos específicos para produzir sem erro a forma proposta – o tronco da
árvore, as folhas, flores, frutos, insectos, pássaros, animais e o corpo
humano.
Compreendi, com mais
clareza ainda, que o “Poder Criativo” era a própria Fonte de toda a “actividade
inteligente” no universo. Se o homem possuía inteligência, era somente porque a
havia extraído da “Fonte Universal de Todo Ser”.
Além disso, foi-me
mostrado que o Poder Criativo Divino trabalha sempre de acordo com certos
princípios de construção exactos e fundamentais. Foi-me mostrado que assim como
os homens têm características claras e uma “natureza” bem definida ao se
apresentarem frente ao mundo, assim também o PODER CRIATIVO possui uma
“Natureza” clara e definida – características distintas – as quais poderiam ser
claramente reconhecidas na maneira com que todos os seres vivos – plantas,
animais, aves e homens – foram construídos e mantidos.
“Vi” que estes
“princípios e características”, claramente observados no processo da criação,
eram LEIS invariáveis a governar toda a existência. Estas LEIS são tão partes
da vida que nunca são questionadas. São constantes e consistentes – mas não
haveria tais leis se não houvesse Poder Criativo Inteligente a manifestar-se
por meio do universo. Estes “princípios” da criação, as características do
Poder Criativo em Si, são os seguintes (eu traduzo-os para o vosso tempo
presente porque estes “princípios” são eternos):
1. A “Natureza” do “Poder Criativo” é CRESCIMENTO.
Tudo o que é vivo cresce sempre. O CRESCIMENTO é uma característica
universal, um princípio invariável da existência.
2. A “Natureza” do “Poder Criativo” é ALIMENTAÇÃO e NUTRIÇÃO.
A Alimentação e a Nutrição são um processo maravilhosamente organizado
dentro do corpo, que é evidente para todos aqueles que se dão ao trabalho de o considerar.
A alimentação é fornecida para todos os seres vivos de acordo com as preferências
individuais e o alimento é digerido para promover a saúde e o bem-estar. Quando
pequenas criaturas nascem, o leite já está dentro da mãe, pronto, à espera do
recém-nascido. Isso também é um princípio misterioso da existência que ninguém
pode negar. Nenhuma ciência pode explicar por que teria aparecido na existência
esta função do sistema, que assegura a sobrevivência da espécie. A função em si
mesma pode actualmente ser compreendida, mas não o “porquê”, a mola-mestra da
função.
3. A “Natureza” do “Poder Criativo” é CURA.
A Cura é uma característica natural da existência e pode dizer-se que é
um “Processo de Aperfeiçoamento” natural que tem lugar para assegurar o
conforto individual, mas ninguém pode explicar o que impele a actividade de
cura.
4. A “Natureza” do “Poder Criativo” é PROTECÇÃO.
A Protecção é uma característica integral do Poder Criativo e tudo o
que parece ser a sua actividade, aparentemente “milagrosa” no mundo, é dirigida
à protecção. Hoje os vossos livros de medicina descrevem os vários sistemas
protectores do corpo, mas, quando eu estava no deserto, “vi” a característica
de Protecção inerente ao Poder Criativo Inteligente, da seguinte forma: à
medida que as plantas, aves e animais estavam a serem-me apresentados para que eu
os observasse de forma inspirada, pude ver como cada “necessidade de protecção”
havia sido amorosamente fornecida, com grande atenção a cada detalhe.
5. Esta característica de “Protecção” é combinada com outra
característica dinâmica de SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES.
Isso é evidente no fornecimento de pelos, pelagem e plumas para
proteger a pele dos seres vivos, aquecendo-os no frio e abrigando-os no calor.
Vi as delicadas terminações dos importantes e sensíveis dedos a receberem a
apropriada protecção de unhas e cascos. As sobrancelhas que protegem os olhos
do suor, as pálpebras e cílios a protegerem os olhos da poeira e do dano.
Percebi que os animais que atraem moscas foram equipados com o tipo de cauda
que os faz livrar-se delas mais rapidamente.
Que tipo alegre e feliz de amor e cuidado se expressou nestes pequenos
atributos físicos que pareciam insignificantes e de pouca consequência e, ainda
assim, tinham repercussões profundas para o conforto de todo o ser vivo! Estes
“luxos físicos”, somados ao desenho básico dos corpos, foram claramente o
resultado de uma inteligência que teve a intenção de que a criação fosse confortável
e feliz – livre do stresse que teriam experimentado homens e animais, se não
tivessem sido proporcionados com estes “detalhes de luxo”!
Mesmo as funções naturais foram tão inteligente e confortavelmente desenhadas
que suscitam o agradecimento. E tudo isso tão bem escondido! Que abençoada, que
afortunada a humanidade ao nascer numa vida tão maravilhosamente suprida! Mais
uma vez ergui louvores e fui elevado numa dourada luz interior de maravilhoso
arrebatamento – pois “via” que, além de estarem livres do stresse, as criaturas
viventes haviam sido criadas para expressarem a amorosa e exuberante NATUREZA
do Poder Criativo. Por isso foram equipadas com membros – braços, mãos, pernas,
pés e dedos que lhes permitem deslocar-se, correr, pular, dançar e expressar os
seus pensamentos e sentimentos mais íntimos. Eu senti mesmo que, se a
humanidade desejasse voar e desenvolver asas, se acreditasse de todo o coração
que poderia fazê-lo, algo adicional começaria a desenvolver-se para que pudesse
voar.
Foi nesse momento de compreensão da NATUREZA do “Poder Criativo” que cheguei
até à plena consciência do AMOR que dirigia as OBRAS do Poder Criativo Inteligente
Universal. Ponderando sobre este AMOR, percebi que a “mãe” na criação nutre,
protege, satisfaz as necessidades e tenta promover a cura da sua prole: esta é
a actividade do AMOR.
6. A característica inata do PODER CRIATIVO INTELIGENTE E AMOROSO, que
tem dado à criação a sua forma individual e “ser”, é o TRABALHO.
Ele trabalha para nós, em nós e por meio de nós. Seu “trabalho” é
sempre, sempre, sempre, impulsionado pelo AMOR.
Esta revelação cósmica encheu-me de alegria e admiração. Que mundo mais
maravilhoso é este em que moramos! Foi o ponto culminante da minha iluminação e
de minha visão global da VERDADE com relação à FONTE de TODO O SER. Eu já havia
“visto” a realidade dos corpos físicos compostos de várias comunidades de
idênticas “entidades infinitamente minúsculas”, trabalhando num espírito de
cooperação e de harmonia para produzir os vários componentes do corpo – desde a
carne, ossos e sangue até aos olhos e ao cabelo. A única diferença entre estas
comunidades está no tipo de trabalho requerido para os seus objectivos comuns.
Com toda a certeza, o IMPULSO DIVINO por trás de toda esta actividade
inteligente e determinada no corpo é a inspiração e a base da própria conduta
humana, quando as pessoas trabalham em conjunto para produzir um objectivo
planeado. Elas extraem a inteligência e o propósito do Poder Criativo. Contudo,
o comportamento do homem é diferente quando ocupado na construção terrestre ou
em qualquer outro projecto comunitário, já que se caracteriza, inevitavelmente,
pelas disputas e pela discórdia.
Fui levado a compreender o PODER INFINITO da “Criatividade Inteligente”
sempre activa dentro da criação, que mantém a ordem, a cooperação, a harmonia,
a produtividade diária, não igualada pelo homem em nenhum lugar e em nenhum
tempo.
7. A SOBREVIVÊNCIA é uma característica natural do “Poder
Criativo”.
Em cada caso, a mais maravilhosa provisão foi feita para que todos os
seres vivos cresçam, sejam curados dos ferimentos e das doenças, para que sejam
alimentados a fim de manterem o corpo saudável, para procriar a sua própria
espécie, a fim de assegurar a sobrevivência nesta Terra. Esta é a única
realidade de que o homem pode ter a certeza e a sua actividade é consistente
ano após ano. O Sol, a Lua e as estrelas têm ficado nos seus lugares por milénios
e é reconhecido que todos eles possuem os seus próprios caminhos de movimento –
todo este fenómeno faz parte do grande esquema para a sobrevivência da criação.
Se assim é, como não poderia sobreviver a chama eterna do Amoroso e
Inteligente Poder Criativo escondido dentro de todo o tipo de entidades criadas
no universo? Portanto, este mundo não é senão uma sombra e imagem dos mundos
ocultos do Poder Criativo Inteligente e Amoroso que existe além desta dimensão.
A realidade da totalidade da criação estende-se para além deste mundo visível.
8. A característica inerente ao Poder Criativo Inteligente e Amoroso é
o RITMO.
Percebi que há um RITMO a operar no mundo.
Tudo está sujeito às estações que dão florescimento e germinação à
vida, uma estação de crescimento levando a uma estação de maturação e colheita,
assim como a produção de sementes que garante a sobrevivência da vida vegetal. Logo,
há o período de deterioração gradual e o descanso trazido pelo inverno. Mas a
nada do que é criado e vivo é permitido extinguir-se. O Sol e a Lua expressam
estas características dentro do universo. Este ritmo, inclusive, pode ser visto
nas fêmeas dos seres vivos.
9. As características inerentes ao Poder Criativo Inteligente e Amoroso
são a LEI E A ORDEM.
A constante ordem e a segurança natural na criação, mesmo ao
administrar as diminutas entidades (“células”) dentro do corpo, surpreendem e
transcendem em muito qualquer esforço humano. Portanto, o universo inteiro
opera sob um sistema de perfeita LEI E ORDEM.
Percebi, em níveis cada vez maiores de exaltação espiritual, que o “poder
criativo” demonstrou determinação inteligente e preocupação amorosa com todos
os seres vivos.
Compreendi que a vida não é algo nebuloso ou amorfo, mas sim um poder
criativo inteligente e amoroso que posso, na realidade, sentir dentro de mim
mesmo como um tremendo e intensificado estado de ser, uma percepção, um
resplendor, êxtase, alegria e amor. Soube que eu era um com isto – preenchido
com isto – e era um com tudo aquilo que me rodeava e era um com o céu e as
estrelas.
E – o mais maravilhoso e glorioso de tudo – a real “Natureza” e “Função”
deste “Pai – Poder Criativo” é: trabalhar para criar alegria, beleza e
conforto, assegurando o bem-estar da humanidade; trabalhar na humanidade
fornecendo alegria interior, saúde e conforto; trabalhar por meio da humanidade,
inspirando-a com novas percepções e compreensões.
Uma visão maravilhosa de gloriosa criatividade chegou à minha mente. Uma
vez que nos convertamos verdadeiramente no “um”, canais purificados e
instrumentos do “Poder Criativo Inteligente”, poderemos ascender gradualmente
em consciência até realmente expressarmos por meio das nossas mentes e corações
a própria “NATUREZA” do “Poder Criativo Universal”. Então “a vida na terra” tornar-se-á
verdadeiramente um “estado celestial” e, a todo momento, entraremos num estado
de vida eterna! Esta certamente deve ser a verdadeira meta por trás da criação,
pensei! E isso chegou a mim com uma onda de júbilo e amorosa alegria, de que
foi este o propósito pelo qual o homem evoluiu e se desenvolveu!
Mesmo neste momento, ainda que o homem seja tão imperfeito no seu comportamento,
não há nada absolutamente impossível para ele no futuro, uma vez que apesar dos
seus erros, ele é um com o “Poder Criativo” e o “Poder Criativo” está dentro
dele, dando-lhe vida, um corpo e tudo o mais que ele necessita. Toda esta
compreensão me elevou às alturas do arrebatamento, exaltação e do êxtase mais sublime,
de modo que eu mal conseguia suportar. Senti que o meu corpo dissolver-se-ia
com a expansão do Poder dentro de mim. Eu irradiava LUZ e podia vê-la à minha
volta, iluminando a paisagem do deserto. O meu coração cantava em louvores.
Quão maravilhoso e belo é o Poder Criativo Amoroso que trabalha incessantemente
em nós, por meio de nós e para nós!
Que MILAGRE é a criação!
Gritei alto: VOCÊ é a FONTE de todo o SER, o criador e, ao mesmo tempo,
a sua manifestação dentro e por meio do que é criado. Não há nada em todo o
universo que esteja separado da ilimitada e eterna infinitude da VIDA DIVINA,
da Consciência do Poder Criativo que você é.
Então, como é possível que o homem seja tão pecador? E por que é que as
pessoas sofrem de doenças, miséria e pobreza? Diga-me, ó amoroso “Pai” Poder
Criativo, pois tenho estado profundamente sobrecarregado com a dor de suas
vidas miseráveis.
Então foi-me mostrada a realidade da “condição terrena” de todos os
seres vivos.
Senti intensa excitação porque, enfim, eu seria capaz de compreender
como é que um amoroso “Poder Criativo” Divino poderia permitir que a sua
criação suportasse tal miséria. Foi-me mostrado que cada ser vivo na criação
deveria estar radiante de saúde, sendo cuidado, nutrido, protegido, curado,
mantido em paz e abundância, com prosperidade, numa sociedade ordenada de
“seres”, oferecendo tão-somente amor uns aos outros. (No entanto, no momento da
criação, dois IMPULSOS BÁSICOS surgiram no ser, assegurando a sua
individualidade e eram estes os que controlavam a consciência humana. Estes IMPULSOS
foram-me explicados em detalhes, mas este conhecimento é reservado para uma Carta
futura quando estiver melhor preparado para o compreender).
Foi-me mostrada esta vívida visão: Primeiro, eu vi um bebé
recém-nascido como “luz”, uma forma de vida do “Poder Criativo”. Enquanto este
bebé crescia, tornando-se uma criança e depois um adulto, vi a pura “LUZ” do “Poder
Criativo” a enfraquecer nele, gradualmente e, de seguida, a ser completamente
obscurecida por um denso invólucro de correntes e ataduras.
Questionei o significado desta visão e chegou à minha mente uma clara
compreensão que pode ser expressa com as seguintes palavras: Do nascimento até à
morte, as pessoas acreditam e insistem que seus cinco sentidos – visão, audição,
tacto, olfacto e paladar – traduzem correctamente a sua própria “realidade” e a
do universo que as rodeia. Assim e por que extraem o poder de sua mente directamente
do Divino “Poder Criativo”, tudo lhes acontece de acordo com as suas crenças.
Cada atadura representa os pensamentos habituais de uma pessoa, as suas
respostas às demais pessoas e aos eventos, seus preconceitos, ódios,
inimizades, ansiedades, preocupações e tristezas, os quais lhe amarram e extinguem
a LUZ de sua visão interior que provém do “Poder Criativo”. Assim, ela entra na
escuridão, mas não sabe disso. Ela pensa que está a crescer e a amadurecer nos
caminhos do mundo, que lhe permitem avançar e ter “êxito” – o objectivo da
maioria das pessoas na Terra. De facto, quanto mais madura e acostumada a estes
caminhos, mais ela se torna aprisionada por suas correntes e amarras, dentro do
domínio dos IMPULSOS gémeos de “Ligação-Rejeição”.
Além disso, cada corrente é forjada por desejos egoístas e enganadores:
ganância, agressão, violência e violação. Estas correntes pesam à volta da pessoa
e sobrecarregam a psique, que é o “poder da consciência criativa” no mais
profundo do seu ser. As correntes e as
ataduras a apertarão mais firmemente em cada ano que passar, até que ela perceba
o que está a fazer a si mesma, até que se arrependa sinceramente de cada amarra
e corrente e faça a devida reparação àqueles a quem tenha prejudicado.
Com esta visão, compreendi
um aspecto muito valioso da existência. O homem nasce com todo o potencial para
construir uma vida preciosa para si mesmo. Porém, ao ceder aos seus desejos
egoístas e ódios, ele próprio cria uma prisão de miséria da qual não tem como
escapar até que perceba a VERDADE da EXISTÊNCIA.
Todos os problemas de uma existência difícil encontram-se nos processos
mentais do próprio homem! Foram somente as “formas de consciência” das pessoas,
os seus pensamentos, palavras, sentimentos e acções, que criaram uma densa
barreira entre a sua consciência e a Consciência Criativa Universal, que
interpenetra o universo em cada folha, árvore, insecto, animal e ser humano.
Também me foram mostradas as LEIS DA EXISTÊNCIA que controlam a capacidade
humana para criar novas circunstâncias e ambientes, relações, realizações ou
fracassos, prosperidade ou pobreza.
Tudo aquilo que o homem profundamente ACREDITA ser, bom ou mau, nisso
se tornará.
Tudo aquilo que TEME que os outros lhe façam, assim eles farão.
Tudo aquilo que ESPERA que os outros lhe façam, deve, primeiro, fazê-lo
a eles, uma vez que assim estará a criar um “padrão de consciência” que voltará
para abençoá-lo na medida em que ele tenha abençoado os outros.
Será vítima da doença que o APAVORA, por criar um “padrão de
consciência” da coisa que menos quer experimentar.
Tudo aquilo que emana da mente e do coração do homem retorna a ele no
seu devido tempo, de uma forma ou de outra; lembre-se de que toda a coisa gera sempre
o seu igual... Pensamentos fortemente emocionais são “sementes de consciência”
plantadas no seu próprio campo de consciência. Estas crescerão, dando uma
colheita semelhante à semeadura.
Estes são os frutos do livre-arbítrio.
Não há escapatória para o que o homem pensa, diz ou faz – pois ele
nasce do poder da Consciência Criativa Divina, e cria com aquilo que imagina.
Aqueles que anseiam pelo bem para si mesmos devem primeiro concedê-lo
aos outros. Deixe que a sua própria existência seja uma bênção para os demais.
Quando estas pessoas estão em harmonia com todos os outros, estão
perfeitamente sintonizadas com o poder da Consciência Criativa Universal, e são
trazidas para o fluxo da “natureza” do Pai, que é crescimento, protecção,
nutrição (física, mental e espiritual), cura e satisfação das necessidades dentro
de um sistema de lei e ordem.
Como é que posso descrever-lhe o meu resplendor interior, a minha luz
transcendente, o brilho de alegria e os poderosos sentimentos de amor que
possuíram e inflamaram intensamente todo o meu ser, até que a pressão dentro da
minha mente e coração me fez gritar? Era tão poderoso que parecia que a minha
forma física se dissolveria por completo. Ao receber toda essa compreensão suprema
e sublime da Realidade, nossa Fonte do Ser e a verdadeira natureza da criação
em si mesma e da humanidade, fui elevado em espírito e meu corpo tornou-se leve
como o ar.
Nesse momento, quando eu estava elevado no Poder Criativo Divino em Si,
eu era de facto quase que uma “Pessoa Divina”, a experimentar um alto grau da “Natureza”
do “Pai Poder Criativo” dentro de mim e a sentir sua própria unidade e
preocupação amorosa para com a humanidade. Por isso, mais tarde poderia dizer
com verdade: Somente eu conheço e vi o “Pai”.
Nesse momento, como eu desejava ensinar, curar, reconfortar, elevar,
alimentar e livrar as pessoas da sua dor e miséria. Ansiava por libertá-las do
seu medo de um mítico “deus vingativo”! Quando eu retornasse para lhes contar sobre
a verdade, como eu enfatizaria a “realidade” do “Pai Poder Criativo” – O
Amor-perfeito que supre cada necessidade. Tudo o que elas tinham a fazer era
“pedir, buscar e chamar” – e todas as suas necessidades, de qualquer tipo, seriam
atendidas. Com que alegria eu contaria a “boa-nova” de que a “redenção do
sofrimento” está ao seu alcance, bastando apenas darem os passos necessários
para purificar a mente e o coração dos IMPULSOS GÉMEOS do “ser” manifestado.
Isto devia ser simples, pensei – a pessoa necessitava apenas ter compreensão e
auto controle.
Eu desci até aos vossos níveis de vibrações para remeter-vos ao meu
estado de espírito durante o período em que estive no deserto. Ajudará
imensamente sua própria compreensão se tentar entrar no meu “estado de
consciência” desse momento.
Tantas coisas ficarão claras para si... Como os meus trabalhos de cura
e meu “caminhar sobre as águas”. Elas parecerão uma consequência natural da
minha nova compreensão do “Pai Poder Criativo”. Se ler os Evangelhos de Mateus
e Marcos, os seus registos terão um novo significado para si.
Voltando às horas finais da minha iluminação, lá estava eu no deserto, a
possuir a clara compreensão de que o próprio homem cria (sem nenhuma culpa),
obstáculos que impedem a sintonia com o “Pai Poder Criativo”. Eu tinha pressa
de voltar e ensinar, curar, reconfortar e enxugar as lágrimas desses de quem eu
tanto sentia piedade. Eu ainda relutava em deixar este lugar “sagrado” onde eu
tinha sido tão iluminado e transformado em espírito.
Por outro lado, que futuro maravilhoso me aguardava! Passaria por todas
as cidades, vilas e aldeias e contaria a BOA-NOVA a todos os que eu encontrasse!
“O Reino dos Céus”, esse lugar onde toda a doença desaparece e cada necessidade
é satisfeita, estava dentro deles! Porque eu sabia que o “Pai” e eu éramos “um”.
Agora que a minha mente havia sido purificada dos velhos pensamentos e ideias,
iria directo curar as suas doenças e enfermidades. Eu ensinar-lhes-ia como
aliviar a sua pobreza.
Quando a CONSCIÊNCIA DO PAI começou a diminuir em mim e eu,
gradualmente, comecei a voltar à consciência humana, dei-me conta da tremenda
fome que estava a sentir e também do retorno do meu pensamento e condicionamento
humanos. As minhas reacções às seis semanas de experiências começaram a mudar. O
meu habitual conhecimento humano, a respeito de “mim” mesmo e dos meus desejos,
tomou conta do meu pensamento. “Pois bem, a coisa mais surpreendente e
completamente inesperada tinha-me acontecido!” – Exultei!
“Foi-me dado conhecimento muito além do que qualquer outro homem já
recebeu.”
Eu estava eufórico com a constatação de que, finalmente, as minhas
dúvidas e rebeldia contra o “deus” vingativo dos Judeus ortodoxos tradicionais
eram justificadas. Eu estava certo, afinal! Quem algum dia teria suspeitado de
que a mente humana poderia ser tão altamente criativa, que um pensamento ou
desejo fortemente mantido poderia manifestar-se no reino visível?
Percebi que Moisés teria sabido algo disso, porque ele havia feito
algumas coisas estranhas quando os israelitas passaram grande necessidade. Ele tornou-se
um líder e mudou o destino dos israelitas que tinham sido escravizados no Egipto.
Eu poderia retornar agora e libertar o meu povo do rígido controlo dos seus
Mestres.
A minha fome tornou-se dolorosa. Ocorreu-me que poderia transformar
pedras em pão e satisfazer a minha necessidade de comida, pois lembrava-me que
o “Pai Poder Criativo” trabalhava por meio da minha mente e, portanto, tudo no universo
estaria sujeito ao meu comando.
Estive a ponto de pronunciar a “palavra” que transformaria as pedras em
pão, mas algo em mim me interrompeu abruptamente. Veio-me fortemente que o “Pai
Consciência Criativa” era a perfeita protecção, nutrição, satisfação das
necessidades e, assim, a minha fome seria saciada, se eu pedisse ao “Pai” por
alívio.
Compreendi que se o pequeno “eu”, meu “eu” humano, na minha
necessidade, usasse o “Poder Criativo” por motivos egoístas, eu levantaria uma
barreira entre mim e o “Pai Consciência Criativa” e tudo o que eu acabara de
aprender poderia muito bem ser tirado de mim.
Isso assustou-me, e rapidamente pediu ao “Pai Poder Criativo” para me conceder
novas forças e levar-me de volta às moradias e a Nazaré. Também pedi o alívio
da fome, da maneira que fosse a mais correcta par a mim.
Imediatamente a fome diminuiu e senti uma onda de energia a fluir por
todo o meu corpo. Assim, eu comprovei que tudo o que eu tinha visto, ouvido e
aprendido era “realidade” e não apenas imaginação decorrente do tempo em que
estive no deserto, sozinho e em jejum. Esta nova energia tornou-me capaz de
andar depressa pelos ásperos caminhos de saída do deserto.
No caminho, encontrei um homem bem-vestido, de semblante agradável e
doce.
Cumprimentou-me calorosamente, expressando preocupação ao ver a minha
aparência rude, descuidada e desalinhada. Alegremente fez-me sentar numa pedra
e compartilhou comigo sua excelente carne e pão. Eu perguntava-me de onde ele
havia vindo e por que estava num lugar tão desolado. Em resposta ao meu
questionamento ele somente sorriu e não pareceu surpreendido quando eu disse
que havia estado tantos dias no deserto que tinha perdido a noção do tempo.
Expliquei-lhe como havia sido iluminado sobre a verdadeira natureza do Criador
do mundo e que me haviam sido ensinadas as Leis naturais da Existência. Ele
apenas sorriu e acenou com a cabeça.
“Estou a retornar ao meu povo para lhes ensinar tudo isso que aprendi”,
falei alegremente, “pois serei capaz de os curar e libertar de toda a doença e
problema”. O estranho respondeu tristemente: “Vai demorar muitos milénios”.
Estive prestes a repreender a sua falta de fé quando percebi que ele já se havia
ido embora.
Então eu soube que um mensageiro Divino havia vindo socorrer-me com um
bom pão e carne – e com compaixão tinha-me avisado que a minha missão poderia
não ser tão simples, apesar de todo o meu entusiasmo. Fiquei desanimado com o seu
aviso. Meu entusiasmo diminuiu. O caminho até à primeira vila pareceu
interminável. Como uma mudança no pensamento humano produz mudança de ânimo!
Ocorreu-me que poderia “experimentar” novamente a verdade de tudo o que
me havia sido ensinado pulando a borda de um precipício, o que encurtaria
bastante a minha jornada. Quando estava a ponto de pular, ocorreu-me fortemente
que eu tentava “provar” que meu tempo de iluminação havia sido real. Se eu
precisava de tal prova, era porque estava a duvidar e, provavelmente, matar-me-ia;
além do mais, haviam-me mostrado que em qualquer situação poderia elevar os meus
pensamentos até ao “PAI CONSCIÊNCIA CRIATIVA” e pedir por uma solução para
qualquer problema. Com que rapidez me esquecia da Verdade!
Então rezei com grande fervor, pedindo perdão por minha fraqueza e por
ser indulgente com as minhas fantasias, buscando a minha própria forma de fazer
as coisas.
Novamente, a resposta chegou como força renovada e maior firmeza no
passo, enquanto escalava o terreno acidentado. Também percebi que cobria
distâncias maiores tão rapidamente que parecia estar fora da contagem normal do
tempo; e encontrava-me numa dimensão mais leve onde a experiência humana era
elevada acima da pesada escravidão do esgotante gasto de energia. Caminhar era
tão fácil quanto revigorante.
Exultei pelo facto de ter encontrado a chave para uma “vida mais
abundante”!
Um pouco depois, ao sentir-me mais à vontade, a minha mente começou a
vagar e pensei no encontro com o viajante e toda a bondade que ele me
demonstrara. Mas também relembrei o aviso e novamente a minha natureza anterior
reafirmou-se e senti uma profunda rebeldia, uma vez que ele pretendia dizer-me
como se passaria o meu trabalho. Decidi que ele não sabia nada a respeito do
meu futuro e deixei de lado o seu aviso, “pois”, pensei, “com o meu
conhecimento eu poderia realizar coisas que nenhum homem jamais havia feito
antes”, ao invés de lutar numa vida difícil, eu poderia começar a acumular
riquezas com facilidade, atrair seguidores por onde quer que fosse,
compartilhar os meus conhecimentos com eles e também aliviar um pouco as suas
vidas. Eu poderia eliminar toda a dor e todo o sofrimento.
Enquanto considerava os muitos lugares que poderia visitar tão facilmente,
senti-me a tocar de leve a superfície do solo e a elevar-me até alcançar o pico
mais alto de uma montanha escarpada, dominando a região em volta. Tudo estava
lá, diante de mim. Senti voltar o meu entusiasmo. Como seria simples reunir as
pessoas e compartilhar todo o meu conhecimento com elas! Eu tornar-me-ia
poderoso, até mesmo famoso, como o homem que salvou a humanidade de todas as
suas doenças e problemas. Eu ganharia a estima e o respeito de todos e deixaria
de ser lembrado como um sujeito ocioso e inútil.
Com um tremendo choque, tudo o que eu havia acabado de aprender há tão
pouco tempo, há apenas algumas horas, voltou-me à mente com grande força e
clareza.
Eu não havia aprendido que a única maneira pela qual poderia prosperar
seria abandonar minha própria vontade e retornar ao “PAI”, para ter ajuda em
tudo o que eu empreendesse?
Então lembrei que a criação tinha os seus próprios propósitos a
cumprir. O processo de individualização havia criado o “puxar e empurrar”, o “dar
e receber” no comportamento humano. Ainda que estas características humanas
fossem a causa da grande angústia na vida das pessoas, não era essa mesma
angústia que as obrigava a procurar melhores maneiras de viver a fim de
encontrarem a verdadeira felicidade? Compreendi que os males da humanidade
tinham o seu lugar no esquema da existência humana.
Seria correcto que eu trouxesse informação privilegiada às pessoas,
para anular os efeitos do “processo de individualização”?
Percebi que eu pensava desde o “centro” da minha individualidade, o “ego”
e era o impulso do ego que levantava barreiras entre a humanidade e o “Pai
Consciência Criativa”. Portanto, o meu “centro de desejo humano” teria que ser
conquistado caso quisesse viver em perfeita harmonia com o “Pai”, como era
minha sincera intenção. E assim eu seguia o meu caminho, pensando a respeito do
que poderia acontecer e como eu poderia superar da melhor maneira os impulsos
que regiam a minha condição humana, a fim de permanecer no Fluxo de “Consciência
do Pai”, da qual extrairia inspiração, orientação, soluções para os problemas,
minha alimentação, saúde e protecção diários. De facto, percebi que enquanto eu
permanecesse dentro deste “Fluxo diário de Consciência do Pai”, nenhum mal
poderia aproximar-se de mim e cada necessidade minha seria atendida.
E o mais importante: a “Consciência do Pai”, a trabalhar por meio de
mim, faria tudo o que fosse necessário para ajudar as pessoas com tanta
necessidade de cura e conforto. Em todos os momentos, deveria superar a minha
rebeldia contra a dura realidade da existência para escutar a “voz interior” e
submeter-me à “Vontade Maior” do “Pai”. Esta “Vontade Maior” era o “Amor-perfeito”
dirigido unicamente para promover o meu bem maior. Seria uma tolice, pensei,
continuar a trilhar o caminho da “vontade própria” que até então ditava o meu
comportamento.
Foi então que me veio a inspiração para falar com as pessoas por meio de
parábolas.
Aqueles que estivessem preparados para receber o conhecimento
entenderiam e fariam bom uso dele.
Mas, como resultado disso, até mesmo os meus discípulos não puderam
libertar-se o suficiente da doutrina judaica para poderem entender o princípio
da consciência ou a actividade do “Poder Criativo Divino” na criação. (Até
agora isto continua a ser um mistério para todos, com excepção dos
espiritualmente iluminados). Mesmo as palavras espirituais de iluminação não
podem ser plenamente compreendidas de imediato pela mente humana. Por isso,
estas Cartas devem ser lidas lentamente e acompanhadas por muita meditação e
oração para que sejam bem compreendidas.
Lembre-se, a menos que se torne como uma “criança” – (desfazendo-se de muitas
crenças, preconceitos, ressentimentos, ambições e impulsos inúteis do ego), com
uma mente cheia de admiração e de uma fé total, não poderá absorver estas
páginas como deveria. Para tornar-se uma “criança”, deve fazer um esforço para se
despojar de todo o condicionamento mental do passado. Se sofre mental,
emocional ou fisicamente, é somente pelo motivo de que as suas mais sinceras
crenças não lhe têm sido úteis, não lhe promovem o seu bem-estar.
É tempo de examinar o seu ESQUEMA MENTAL. Está feliz com ele? Pode
fazer escolhas, e, assim que as fizer, pode chamar o “Pai” para que o ajude a realizar
as mudanças, e esta ajuda certamente ser-lhe-á dada – contanto que não duvide
disso.
Portanto, encorajo-o vivamente a continuar a ler e a absorver as
páginas que se seguem. Eu quero levá-lo a compreender a força do seu “Esquema
Mental” – que é a soma total de toda a programação da sua consciência e do seu
subconsciente.
É essencial que compreenda que nada deste esquema mental humano tem as
suas origens na dimensão espiritual. É completamente terreno e, provavelmente,
cheio de ideias míticas, preconceitos, concepções erróneas, ressentimentos,
lembranças ocultas de feridas passadas e métodos habituais para lidar com os
altos e baixos da vida. O seu esquema mental (incluindo qualquer ideia ou
crença religiosa) determina o seu mundo, seus relacionamentos, suas
experiências, suas conquistas, seus fracassos, suas alegrias e suas tristezas.
Ele é mesmo responsável pelas suas doenças e acidentes. Nada acontece por
acaso. Tudo está tecido desde os fios internos de sua consciência pessoal –
pensamentos, expectativas, crenças na vida, destino, “Deus”. Você vive num
mundo feito por si mesmo. Esta é a razão pela qual as crianças que crescem num
mesmo ambiente se tornam diferentes. Cada uma tem o seu único e individual
esquema mental construído de acordo com seus traços de caráter inerentes.
Se, ao nascer, você não tivesse nenhum esquema mental em
desenvolvimento, seria tão inconsciente quanto uma estátua – desprovida de
sentimentos, respostas e pensamentos. Olharia distraidamente para o mundo e
ainda que houvesse muita actividade ao seu redor, nada colidiria com a sua
consciência uma vez que não haveria reacção em si.
Nada o faria feliz ou triste, mesmo que uma bomba explodisse na
vizinhança.
Sem um esquema mental, você não
tem vida, nem desenvolvimento, nem maldade, nem bondade. O seu TIPO de Esquema mental é que determina a qualidade da sua vida.
Esta é a primeiríssima Verdade da Existência
que eu quero que perceba e compreenda por completo.
Além disso, carrega o seu esquema mental consigo por onde quer que vá. Não
há por onde escapar, e, dia após dia, isto continuará a criar para si o tipo de
existência que já experimentou no seu passado. Muitas pessoas passam as suas
vidas inteiras a acreditar que são desafortunadas. Pensam que os outros têm
sido mesquinhos, cruéis e pouco amáveis com elas e que têm tornado suas vidas
completamente infelizes. Acreditam que “outras pessoas” brigam com elas e criam
dificuldades constantemente, enquanto são completamente inocentes de qualquer
provocação.
Ao contrário, “os outros” não têm culpa. É o esquema mental pessoal que
atrai as suas condições negativas. Muitas pessoas rejeitam a ideia de que são
elas mesmas as únicas responsáveis por suas desgraças. Para algumas pessoas é muito
difícil confrontarem-se com as suas incapacidades, enquanto outras têm a força
interior e suficiente auto confiança para se olharem de frente de forma
honrada.
A oração sincera atrai o “Pai Consciência Criativa” para a nossa mente
silenciosa e, secretamente, limpa a consciência humana de tudo aquilo que a
pessoa que busca não sente mais como confortável. Isto é, necessariamente, um
processo muito gradual de limpeza e desenvolvimento interior.
PADRÕES EMOCIONAIS
Os padrões emocionais podem ser tão prejudiciais ao seu bem-estar como
um todo, quanto o seu esquema mental. Seu esquema mental, juntamente com os seus
padrões emocionais, são as suas ferramentas criativas. Estes dois juntos criam
o necessário esboço para as futuras posses, acontecimentos e circunstâncias.
Estas FERRAMENTAS CRIATIVAS trabalham na sua vida, quer tenha a intenção ou
não.
É muito mais difícil descobrir as suas atitudes emocionais
profundamente arraigadas, conscientes ou subconscientes, do que reconhecer o
seu condicionamento mental. As pessoas podem estar submetidas a padrões
emocionais negativos e serem completamente inconscientes disso, uma vez que
estes esquemas são encobertos, momento a momento, pelas emoções decorrentes da
rotina diária.
Para descobrir quais são os seus reais padrões mentais, faça a si mesmo
as perguntas das linhas a seguir e seja totalmente honesto. Tentar esconder a
verdade sobre os seus padrões emocionais é apenas enganar-se a si mesmo e privar-se
de alcançar o estado de existência feliz para o qual está destinado.
- Como se sente, realmente,
em relação à VIDA?
Quero que escreva a si mesmo uma calorosa e compassiva carta, dizendo
exactamente como se sente ao responder às perguntas seguintes.
- Está feliz em estar vivo
ou preferiria poder deixar de viver?
Se a sua verdadeira resposta é a segunda, então tem uma atitude
negativa em relação à vida e há uma guerra contra si mesmo num nível profundo. Você
sabe, conscientemente, que tem de continuar a sua vida quotidiana, mas no seu
nível mais profundo gostaria de a deixar.
A guerra interior impede-o de atrair tudo o que poderia estar a experimentar
com um padrão emocional positivo.
- Como se sente, realmente,
em relação aos seus parentes?
- Há alguma hostilidade oculta
que não quer admitir ou que não sabia existir?
- Como se sente a respeito
do seu emprego, colegas, entretenimento, outras raças, etc.?
Anote todas as descobertas a respeito de si mesmo e guarde-as num lugar
seguro. Este trabalho é para si mesmo – apenas para o seu próprio benefício.
Não faz isto para ser uma pessoa melhor, ou para agradar a “Deus”, ou para
ganhar a aprovação das outras pessoas. Você faz este trabalho para remover os
bloqueios internos existentes, que impedem o seu desenvolvimento espiritual e a
felicidade definitiva.
Se decidir mudar a sua vida lendo estas Cartas diariamente, encorajo-o
a datar e a guardar num lugar seguro a carta que escreveu. Releia-a depois de
um ano e alegre-se com as grandes mudanças que terão ocorrido no seu esquema
mental. Perceberá também que ter-se-ão produzido mudanças nas circunstâncias da
sua vida.
Lembre-se de que a oração e a meditação focadas inteiramente no seu Criador
trar-lhe-ão novas forças e iluminação, as quais mudarão os seus sentimentos e o
seu ambiente.
Quando estiver a rezar, nunca ponha o foco nos seus problemas – peça sempre
pela solução correcta. Deixe que o Criador lhe traga a solução certa, que a sua
mente humana é incapaz de elaborar.
Por exemplo, nunca diga ao “Pai” Criador o quanto está doente. Concentre-se
no Poder que está a receber imediatamente na sua condição (mesmo que a sua consciência
esteja muito densamente humana para o sentir), e agradeça pelo rápido
restabelecimento e acredite nisso.
Quando “agradece”, está a aceitar, a reconhecer, a acreditar e a impregnar
na sua própria consciência a percepção de que a sua prece agora descansa com o “Pai
Consciência Amorosa” e está a ser “processada” para a visível manifestação no
devido tempo e na hora certa. Quando estive na Palestina, agradecia
constantemente por todo o trabalho antes de o realizar.
Quando rezar, nunca saia do aposento indo dizer às pessoas como se
sente mal, ou como está terrível a sua situação pessoal ou nacional. Se já
pediu ao Pai Criador para resolver os seus problemas financeiros ou de saúde,
não será um insulto ao Pai continuar a levantar condições negativas passadas? Se
o fizer, desfaz imediatamente o trabalho em que o Pai Criador está engajado.
Se na sua mente, depois da prece, as condições antigas ainda não se
tornarem condições positivas do passado, então volte a fazer a oração até que as
possa descartar da sua mente e possa realmente acreditar que tudo está a ser
solucionado de forma Divina – nesse mesmo instante. Retorne uma e outra vez a
agradecer pelos benefícios que está a pedir. Eles, seguramente, materializar-se-ão.
Há hoje, no seu mundo, milhares de pessoas a confiarem consistentemente
no Pai Criador Universal para satisfazer cada necessidade e a testemunharem as
múltiplas bênçãos nas suas vidas.
Abandone os seus temores, eles não o beneficiam em nada. Volte-se agora
para o “Pai” Criador universal – que é a FONTE DO SEU SER, concepção, crescimento,
desenvolvimento, nutrição, regeneração, cura, satisfação de todas as suas
necessidades, PROTECÇÃO, tudo dentro de um sistema de LEIS ESPIRITUAIS E ORDEM.
Perceba que todo este maravilhoso trabalho é construtivo, intencional e
ordenado. Você tem verdadeiramente uma MENTE MESTRA a sustentá-lo, à sua
família e às suas condições de vida. CONFIE NELA. Não permita que a sua forma
de pensar estrague a Operação Criativa Divina!
Lembre-se, acima de tudo, de que – Eu, o CRISTO, apenas executei os
meus chamados milagres porque percebi que “O Reino de Deus” estava dentro de
mim e que eu poderia contar sempre com meu “Pai” Criador que trabalhava em mim
e através de mim.
Lembre-se de que tem uma consciência individual apenas porque é um
esboço do “Pai” Consciência Criativa.
Quando a sua consciência pessoal estiver completamente limpa de
negatividades, descobrirá que também se tornou um canal purificado do “Pai”
Consciência Criativa.
Também será, para todos os que entrarem na sua órbita, uma alegre fonte
de crescimento, nutrição, cura, carinho, protecção, satisfação das
necessidades, dentro de um sistema bem organizado de lei e ordem. Esta poderosa
influência estender-se-á, por meio da sua mente, aos seus familiares, amigos,
vizinhos, fazendas, animais e plantações. Assim como a electricidade ao passar
pelas suas mãos acenderá um bico de Bunsen num laboratório, da mesma forma as suas
radiações de FORÇA VITAL beneficiarão a todos os que entrarem no seu raio de
influência.
Esta foi a intenção primeira da criação. Você estava destinado a
expressar a Consciência Criativa Universal por meio da sua mente e do seu
coração. Eu, o CRISTO, venho neste momento para mostrar-lhe como fazer isso.
Em primeiro lugar, considere o “estado de consciência” em que realizei
os meus chamados milagres. Não fiz nenhuma oração específica. Apenas pedi ao
Pai Criador, que estava a irradiar por meio da minha própria consciência, por
qualquer coisa que fosse necessária. Fortemente percebi e visualizei que o “Pai
Consciência Criativa” era uma Força dinâmica operante manifestada por meio do
mundo visível, como: criatividade, intenção inteligente, crescimento, nutrição
e alimentação, protecção, cura, regeneração, satisfação de todas as
necessidades – tudo dentro de um sistema de lei e ordem.
Percebi que o “Pai Consciência Criativa” irradiaria toda a Sua Natureza
através da minha consciência para entrar na consciência dos que me pedissem a
cura e sinceramente acreditassem que poderiam recebê-la. Também sabia que se
não tivessem “fé e esperança de cura”, esse tipo de consciência negativa não
permitiria o fluxo da NATUREZA da “Consciência do Pai”, e a cura não
aconteceria.
Também percebi que o trabalho de cura feito pelo Pai Consciência
Criativa era realmente o Amor manifestado de forma visível na Terra.
Também compreendi que todo o trabalho realizado pelo Pai Consciência
Criativa no mundo visível era o amor manifestado – e agradeci por isso.
Tive consciência de que todas as substâncias do universo se originavam
na Consciência Universal – e agradeci por isso.
Compreendi que o “Pai Consciência Criativa” era o “trabalhador” e que
Ele era eterno e infinito, e nada – nada excepto a mente humana – poderia
impedir que fizesse o seu trabalho.
Portanto, livrei a minha mente de todos os sentimentos e pensamentos
humanos e soube que eu era um canal perfeito do “Pai Amoroso” e que a Sua
vontade perfeita seria cumprida na pessoa que precisasse de cura.
Mas tome nota disto: eu também soube que, o que quer que fosse que na
consciência da pessoa tivesse levado à sua invalidez, mutilação ou doença tinha
sido apagado de seu corpo naquele momento. A questão era: a “consciência”
habitual da pessoa faria voltar os males divinamente apagados de seu corpo? Por
isso eu dizia à pessoa que havia sido curada: “Vá e não volte a pecar”.
Quero que saiba e acredite de todo o coração que o meu estado de consciência,
quando estive na Terra, descrito nos parágrafos acima, é o “estado de
consciência” a que deve aspirar com toda a sua mente e todo o seu coração.
As minhas experiências de iluminação no deserto permitiram-me alcançar
a CONSCIÊNCIA CRÍSTICA em grande medida enquanto estive na Terra. Mas você pode
seguir os meus passos se tiver vontade de o fazer e com certeza eu estarei
disponível para o ajudar na sua jornada. Poderá sentir a minha presença se for
suficientemente sensível para isso. Mas se num primeiro momento não sentir
nada, não desanime, porque enquanto faz o trabalho de mudar a sua consciência,
pode estar absolutamente certo de que estará a sintonizar com a minha
CONSCIÊNCIA CRÍSTICA e eu estarei a par de tudo o que estiver a acontecer consigo.
SAIBA que o seu propósito na Terra é ascender na consciência espiritual
até que transcenda tudo aquilo de humano que actualmente o impede de avançar,
até que, finalmente, também possa controlar os elementos e tornar-se um mestre.
Compreenda também que, quando a consciência mundial estiver plenamente
sintonizada com o “Pai Consciência Criativa”, todas as coisas adversas ao perfeito
bem-estar do homem desaparecerão. Não haverá mais mosquitos portadores de
malária, gafanhotos que acabem com as suas plantações, condições climáticas
extremas, infecções, vírus e tudo o mais que actualmente causa problemas para
os seres-vivos. Você viverá sob o manto da protecção universal. Quando a sua
própria consciência estiver em perfeita consonância e harmonia com o Pai
Amoroso – então também será divinamente protegido e tornar-se-á um canal de
intenção criativa, crescimento, nutrição e alimentação, protecção, cura,
regeneração, satisfação das necessidades, lei e ordem.
O PAI AMOROSO estará a operar na sua mente, coração, corpo e nos seus
assuntos. Estará a operar em todos aqueles para quem você direccionar o seu
poder.
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