terça-feira, setembro 18, 2012


Carta 6

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CARTAS DE CRISTO


Traduzido por Almenara Editorial.

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Carta 6

Estas CARTAS apresentam um conhecimento que as pessoas, ao longo dos séculos, têm desejado obter. Porém, não o receberam porque o seu conhecimento científico mundial não era suficiente para as capacitar a compreender. Foi assim quando estive na Palestina na pessoa de “JESUS” – expliquei sem cessar a VERDADE da EXISTÊNCIA UNIVERSAL de diversas maneiras, mas ninguém entendeu.

Como a maioria de vós deve compreender, NÃO vim neste momento para trazer uma nova religião, um código moral melhor, ou um novo “Deus” a quem adorar. Também não prego o “pensamento positivo”, como fazem os vossos metafísicos. O “pensamento positivo”, da forma como a humanidade o concebe, para magnetizar suas necessidades, desejos humanos e os meios para alcançar suas ambições, fortalece simplesmente o seu impulso egocêntrico.

Todas as coisas abençoadas e generosas serão manifestadas em si e na vossa vida, à medida que compreende que o universo inteiro é CONSCIÊNCIA UNIVERSAL transcendente, tornada visível quando ELA toma forma material através da actividade do ego.

O verdadeiro propósito da vossa jornada espiritual é o de o livrar da escravidão do ego e o de fazer o mais puro contacto com a CONSCIÊNCIA DIVINA. O seu destino final é o de reconhecer a SUA omnipresença, tanto dentro de si como também em todas as suas actividades diárias.

O seu objectivo espiritual supremo é chegar ao momento espiritualmente elevado em que finalmente compreenderá que a sua mente humana e os seus desejos são finitos. Portanto, eles nunca poderão levá-lo à felicidade e à realização que experimentará quando abandonar a sua individualidade e vier à CONSCIÊNCIA DIVINA pedindo UNICAMENTE pelo Caminho Mais Elevado, pela Vida Mais Abundante e pelo verdadeiro PROPÓSITO espiritual, que só pode cumprir no seu estado terreno.

Assim, para ajudá-lo a alcançar esse alto ponto de compreensão, detalharei as origens e função do EGO.

Enquanto contemplo o seu mundo, vejo uma dimensão actualmente controlada pela FORÇA do EGO.

Todas as coisas más na SUA DECADENTE SOCIEDADE ACTUAL, nas suas enormes cidades sem alma, surgem da Força do Ego. Essa é a fonte de toda a actividade cruel, mentirosa e pervertida que está actualmente em operação no seu planeta. Esta força controla os meios de comunicação, a TV, as famílias e nações, produz as guerras em todo o planeta, cria um miasma turvo de energias de baixa consciência que as Entidades Espirituais Elevadas percebem e que é por demais horrível de se contemplar.

O seu ego está a impulsioná-lo se a sua actual consciência está impregnada pelo amor às posses e por uma incapacidade de compartilhar com os demais, planeando modos de se fazer rico à custa dos outros, roubando, não cumprindo com o trabalho conscienciosamente, não dando valor ao dinheiro que recebe, reclamando, resmungando, permitindo-se criticar, ser sarcástico, julgar, rejeitar, denegrir, gerando inimizade, intolerância, ódio, ciúmes, agressão, impulsos violentos, falsidades, relações desonestas e difamação. O seu ego está no controle e você terá dificuldades para se deslocar através do miasma da consciência egocêntrica para poder ver a Realidade. Por esta razão Eu venho, por meio destas Cartas, para ajudá-lo a compreender exactamente o que está a aprisioná-lo nas suas condições actuais, neste horror que a mente humana não poderia imaginar há um século. Agora passo a explicar mais detalhadamente o EGO.

NO MOMENTO DA SUA CONCEPÇÃO, durante o acto sexual, quando a consciência de seu pai se elevou via espinha dorsal até ao alto da cabeça e a tensão atingiu seu ponto máximo, a consciência de seu pai tocou brevemente a CONSCIÊNCIA DIVINA, criando um relâmpago, uma pequena explosão que ele viveu sob a forma do orgasmo, após o que uma injecção de CONSCIÊNCIA DIVINA se infundiu no seu sêmen para dar vida ao óvulo de sua mãe.

O momento da união com a mulher e a explosão de tensão no homem no momento do orgasmo, reproduz o momento do BIG BANG, quando a UNIDADE da “Consciência Pai/Mãe” explodiu em energias separadas, e tomaram forma as primeiras partículas eléctricas, assim como a “matéria” aleatória. A “Consciência Pai” forneceu a energia de “actividade e ímpeto”, e a “Consciência Mãe” forneceu a “ligação” para dar forma e substância às partículas eléctricas.

Esses são IMPULSOS PRIMITIVOS que dão vida e forma ao homem e à mulher.
Quero que compreenda que a criação não é uma criação de “matéria” impregnada com consciência.

A criação é a forma visível dos IMPULSOS ORIGINAIS atraídos e reunidos em formas e entidades individuais, todas a expressar facetas e combinações diversas dos IMPULSOS ORIGINAIS, numa imensidade de maneiras diferentes. Portanto, os IMPULSOS ORIGINAIS são a Realidade que os seus olhos, ouvidos, olfacto e tacto dizem ser de “matéria” sólida. Porém, na realidade são IMPULSOS DE CONSCIÊNCIA individualizados com a finalidade de serem experimentados, compreendidos intelectualmente e emocionalmente apreciados.

No momento da concepção, quando o sémen se une com o óvulo e acontece o acasalamento, os cromossomos de consciência masculina unem-se aos cromossomos de consciência feminina. Essa é uma união física da consciência do sémen de seu pai e da consciência do óvulo de sua mãe, projectada pelo Divino. E assim, os cromossomos de consciência masculina e feminina levam gravado o padrão genético do DNA do pai e da mãe. O momento da união física do sémen e do óvulo é conduzido em dois níveis de criatividade. A injecção da CONSCIÊNCIA DIVINA tornou-se a sua ALMA corporificada na união da consciência humana do sémen e do óvulo. O corpo físico foi criado, impulsionado pela “Consciência Pai – Mãe – Vida”, a qual controlou a actividade e a ligação das células conscientes, produzindo o gradual crescimento e desenvolvimento do seu corpo físico – que é realmente a Consciência tornada visível em cada nível do seu ser – e nada mais.

A alma permaneceu como uma “chama” inviolada (metáfora) da “VIDA–Pai/Mãe” profundamente entrelaçada nos impulsos físicos de:

ACTIVIDADE – LIGAÇÃO/REPULSÃO.

Isso converteu-se na sua individualidade e personalidade terrenas.

Incorporados nos transcendentes IMPULSOS de VIDA da “Consciência Divina Pai/Mãe”, esses impulsos de consciência agora encarregam-se do processo de criação da sua consciência física e tornam-se a força impulsionadora da sua personalidade. Juntos, “Actividade e Ligação” trabalham para construir uma célula consciente após outra, segundo as especificações da consciência contida nas moléculas de consciência do DNA. Tanto a personalidade como o corpo são os produtos desses impulsos humanos de “Actividade – Ligação/Repulsão”.

Enquanto a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL permanece para sempre em equilíbrio no espaço, e, portanto, imperceptível nesse mesmo espaço, em frequências vibratórias, os impulsos primitivos de “Actividade – Ligação/Rejeição” trabalham juntos na dimensão visível, aparecendo aos seus sentidos sob a forma de electromagnetismo.

Tanto a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL como a sua alma permanecem inalteradas no silêncio e quietude do equilíbrio no espaço. A criatividade da consciência terrena toma lugar no espaço-tempo e nas frequências vibratórias variáveis da consciência materializada.

Assim, você, assume a forma viva e continua a existir em duas dimensões: uma invisível, a CONSCIÊNCIA DIVINA; e na outra, visível, é tudo o que o ser humano vivo pode sentir ou compreender, até que o desenvolvimento espiritual eleve as frequências vibratórias da sua consciência humana até ao plano espiritual e um vislumbre de entendimento entre na sua consciência terrena. Enquanto este processo de iluminação gradual continua, a consciência humana elevada trabalha então, conscientemente, tanto na dimensão invisível quanto na visível.
Quanto mais elevadas forem as frequências vibratórias da consciência individualizada, mais elevadas e perfeitas serão as formas criadas na mente – quanto mais baixas são as frequências de vibração, mais separadas da Perfeição Universal do Amor serão as formas criadas na mente individualizada, totalmente possuída pelo impulso do ego.

O EGO controla o desenvolvimento do feto desde o momento da união do sémen com o óvulo. O novo pequeno ser torna-se de imediato o “Eu” que sente satisfação e insatisfação no útero, dependendo da sensação de conforto ou mal-estar e do que ocorre com a mãe.

Quando você nasceu, ao ser separado do conforto do útero que o guardava, os seus instintos de sobrevivência, impregnados com o profundo conhecimento original do “ser criado” existente em cada célula viva do seu corpo, levaram-no a respirar e tornaram-no consciente de um vazio e de uma perda emocional, que sentiu como um vazio físico e uma necessidade de nutrição física.

E assim nasceu o choro de seu ego.

Quando chorava, sua mãe dava-lhe de mamar, o que era profundamente satisfatório, – tanto física como emocionalmente. Quando as suas necessidades eram plenamente satisfeitas, podia voltar a um estado de equilíbrio no sono.

Quando despertava desse equilíbrio, sentia uma sensação de insegurança (o equilíbrio estava agora dividido em conhecimento mental e emocional). Você recordava que sua mãe e o seu leite representavam a satisfação da necessidade de segurança, e assim chorava de novo. Então as suas necessidades eram satisfeitas novamente. Assim se desenvolveram os seus impulsos do ego.

Às vezes chorava, e, humanamente, decidiam que ainda não era hora de o alimentar, deixando-o chorar durante algum tempo. Isso trouxe para si a consciência de que as necessidades nem sempre eram satisfeitas de imediato e que havia a necessidade de se adaptar. Escolhia a raiva e chorava com mais força – ou escolhia a aceitação. A sua escolha de reacção dependia das características do “impulso do ego” gravadas na sua consciência ao nascer.

Nenhuma das formas de impulso do ego deve ser condenada ou julgada. Elas são o resultado natural do Factor Criativo do Ego, que assegura a INDIVIDUALIDADE.

Como expliquei na minha última Carta, o EGO é o GUARDIÃO da INDIVIDUALIDADE.

Se você não tivesse sido infundido com esse impulso para “chorar” pelo que deseja para ser feliz, ou de recusar o que o entristece, estaria à beira da não-existência. Se não saísse a correr ou pedisse ajuda quando estivesse em perigo – poderia morrer. Se não tivesse chorado – “exigindo” alimento – ao nascer, poderia ter morrido de fome. Se não tivesse acolhido com prazer o leite ao mamar, aninhando-se afectuosamente à sua mãe, talvez nunca tivesse desenvolvido uma carinhosa proximidade e ligação com ela.

Sem o IMPULSO do EGO não haveria criação, nem individualidade, nem satisfação das necessidades, nem protecção, nem respostas calorosas e nem amor humano.

Sem o IMPULSO do EGO não haveria auto defesa, nem auto protecção, nem sobrevivência.

Por outro lado, o IMPULSO do EGO – o “Eu” primário do indivíduo, está gravado somente com a necessidade de AUTO SATISFAÇÃO e de SOBREVIVÊNCIA.

Durante a infância, o “Eu” do ego é governado pelo que você gosta e pelo que não gosta, pelos desejos, pela recusa do que não quer e pelos hábitos formados na constante repetição dos sentimentos. Os maus hábitos estruturam-se sob a forma de respostas inaceitáveis do ego às experiências pessoais e ao ambiente, e são gravados no inconsciente – ou no subconsciente – onde permanecem ocultos. Eles surgem em padrões repetitivos de comportamento, quando a “memória” de circunstâncias e modos de comportamento anteriores, inconscientemente, os trazem à mente. Então, a mente subconsciente e a mente consciente começam a trabalhar juntas para desenvolver a personalidade. Grande parte do comportamento torna-se “comportamento condicionado” e é muito difícil de mudar. Quando uma pessoa está inconscientemente programada com fortes hábitos egocêntricos de pensamento e comportamento – e encontra dificuldade para viver com os outros em harmonia, – dirige-se a um psicólogo para que a ajude a desvendar a complexidade dos seus problemas mentais/emocionais.
 
A dor e o sofrimento que surgem da concordância ignorante com os impulsos do ego persistirão, até que a minha Verdade da Existência seja plenamente compreendida e os princípios geradores da vida se tornem um guia consistente dos hábitos de pensamento e de respostas às experiências da vida.

A igreja descreve esta dificuldade humana como “tentação de Satanás”. Não se trata disso. É um processo natural causado por reacções incontroladas diante da vida, provocadas pelos Impulsos do Ego, cujo único propósito é o de trazer felicidade e contentamento individual, satisfação da necessidade – ou – intimidade, independência, segurança, paz... Tudo direccionado para a SOBREVIVÊNCIA.

Deve entender-se que não há nada de mal no impulso do ego. Ele é o instrumento necessário da criação. É o indivíduo, por si mesmo, quem provoca os desequilíbrios na vida, ao dar ao impulso do ego o pleno controle de sua personalidade, sem pensar ou ter consideração por outras pessoas. Isso também não deve ser julgado, nem criticado, uma vez que a pessoa que está possuída pelo impulso de seu ego não conhece outra maneira de pensar ou de operar dentro da dimensão terrena.

A criança não sabe nada sobre o auto controle além daquilo que os seus pais e mestres da escola lhe ensinam. Portanto, os erros que comete ao responder perante a vida com os seus altos e baixos só podem ser aceitos com bom ânimo pelos pais e mestres, uma vez que a criança não tem compreensão do que a está a impulsionar.

Se ela quer algo – QUERE-O imediatamente e pergunta-se por que não o pode ter. Não há nada mais na sua mente do que isso. Ela vê algo de que gosta – e quere-o.

É cruel dizer a uma criança bruscamente: “Não, não pode tê-lo”. Isso insulta e agride o seu sistema inteiro. Desde a mais precoce infância, o processo de educação da criança deve iniciar-se com lógica e confiançaafirmando seu direito de se sentir seguro no seu ambiente. O seu sentido de segurança deve ser desenvolvido pela explicação da maneira correcta de expressar os seus desejos. É o AMOR – e não a irritação ou a raiva – que deve escolher as palavras que expliquem à criança por que não pode ter o que quer. A criança escutará a mensagem quando for dada com amor. Quando for dada com impaciência, provocará os seus impulsos do ego mais profundos e começará a assumir a forma de ressentimento – aberto ou oculto – ou um sentimento de frustração profundamente arraigado, que fere o ego, reduzindo o sentido natural de valor próprio da criança. Uma criança necessita possuir este sentido natural de valor pessoal que não deve ser subjugado ou destruído. É necessário que os pais e os mestres sinalizem à criança, muito claramente, que as outras pessoas do mundo também têm necessidades, seus direitos sobre suas posses, seus desejos de paz e prazer. Ninguém, criança ou adulto, tem o direito de perturbar outra pessoa com a finalidade de obter a sua própria satisfação!

Se uma criança bate noutra e isso a faz chorar, é natural que a criança agredida, pelo impulso de seu ego, queira reagir de volta – ela está programada para se defender do outro. Isso requer que pais e mestres ensinem às crianças que a vingança num conflito só o aumenta, trazendo mais dor para cada criança e, por esta razão, a vingança não tem sentido algum. O melhor é optar pelo RISO e contornar a situação. E em lugar de permitir que continue na mente a irritação e a dor, é melhor levar o problema à CONSCIÊNCIA DIVINA em oração, pedir que a dor seja removida de sua consciência, e buscar um modo de reconciliação.

É necessário também ensinar à criança a ter tempo para compreender que ela e a outra criança são igualmente nascidos do Momento Divino. Quando uma criança é espiritualmente receptiva, pode converter em hábito o processo de identificar sua afinidade espiritual com as outras crianças e com todo o ser vivo, e reconhecer que os “direitos dos demais são iguais aos seus próprios”; assim ela terá recebido o maior dom espiritual possível. Desta maneira, enfraquece-se o impulso do ego pela prática e aplicação diária do amor inspirado, enquanto o “Eu original” da criança permanece forte e seguro de si mesmo. Deve-se ensinar à criança os benefícios do riso, que descreverei e explicarei numa das próximas Cartas.

Portanto, o ensino qualificado e sensível é absolutamente necessário para levar a criança a considerar os direitos dos demais como – IGUAIS AOS SEUS PRÓPRIOS DIREITOS.

Esta é a lei espiritual que deveria predominar no lar e nas escolas.
Qualquer outra lei que julgue as circunstâncias é defeituosa e sem equilíbrio. A melhor instrução dependerá – não da vontade do professor e da atitude de “por que Eu disse e pronto” – mas de uma referência sistemática, em cada circunstância, ao “amor fraternal” e aos direitos iguais para todos. Ao mesmo tempo, uma criança não deveria ser doutrinada no “auto sacrifício”, uma vez que esse tipo de cuidado deve ser desejado e originado somente das percepções e objectivos espirituais do indivíduo.

O auto sacrifício nasce da iluminação espiritual, do seguir um caminho mais elevado, do negar o pequeno eu a fim de eliminar as barreiras do ego que obstruem a capacidade de se sintonizar com a universalidade da Consciência Divina. O verdadeiro e iluminado auto sacrifício leva a consciência espiritual às alturas da alegria. Não há nenhum tipo de sentimento de perda.

Para descrever melhor a realidade da alma e do ego, quero que junte as mãos, com as pontas dos dedos tocando as pontas dos dedos e os punhos juntos, deixando um espaço entre as mãos em forma de concha. As mãos representam a “concha da consciência humana” de uma pessoa – o ego. O ESPAÇO entre as mãos representa correctamente a ALMA, nascida da “Consciência-Pai-Mãe/Vida” no momento de sua concepção. Enquanto para os sentidos humanos isto aparenta ser “nada”, isto é, na realidade, uma ramificação da TOTALIDADE e da INTEGRIDADE da CONSCIÊNCIA DIVINA, da qual todas as coisas criadas se originam. Suas mãos, com o espaço no meio, representam o “Eu”.

Suas mãos, direita e esquerda, representam duas potentes forças do impulso magnético do ego. Elas representam as forças de “ligação – rejeição”, mas ao mesmo tempo, elas são a representação das energias físicas que a Ciência conhece como magnetismo – “Ligação e Repulsão”.

Agora, a partir da sua mão esquerda, dobre a mão direita fechando-a e visualize que a utiliza para “conseguir o que quer da vida”. Ela representa, também, o que a sua consciência humana percebe como a atitude “ambiciosa” perante a vida.

Concentre-se neste exercício e observe que a sua mão direita representa a força magnética da natureza, o vínculo, a atracção, a gravidade evidente em toda a natureza. É a fonte de todo o “querer” e “desejar”. É o impulso magnético que está sempre direccionado para conseguir o que seja necessário ou muito desejado e prazeroso na vida. Este impulso magnético tem a “intenção espiritual” de ser dirigido para os propósitos edificantes, ganhar, sustentar, construir e alcançar.

Se não houvesse outras pessoas ou criaturas vivas no mundo, o impulso magnético poderia ter pleno domínio numa personalidade e não causaria nenhum dano.

É somente quando se tem que levar em consideração as “outras pessoas”, outros seres vivos, ou as suas posses, ou os seres queridos de outros, que o incontrolado “impulso magnético que atrai, liga, agarra e retém” se torna uma doença da personalidade, se não estiver equilibrado com as necessidades de todos os outros seres vivos.

Agora retorne as suas mãos à posição original, formando uma concha com a mão esquerda. Então afaste sua mão esquerda para trás e visualize que ela representa o “impulso magnético” de repelir, empurrar, esbofetear ou defender-se de qualquer invasão não autorizada da sua propriedade, ou posses, ou qualquer ataque sobre a sua pessoa, família ou trabalho. Esta mão esquerda representa o “impulso magnético de rejeição” cuja “intenção espiritual” é a de assegurar privacidade e segurança na sua vida. É uma arma legítima quando a sua sobrevivência física ou emocional está em jogo – contanto que você se lembre sempre de que cada acção sua é um padrão electromagnético de actividade atracção/repulsão em consciência que repercute, e no fim se exterioriza, na forma de um ataque similar sobre si mesmo.

O aborrecimento pode vir sob a forma de uma crítica por parte de seus pais, professores ou chefe e as palavras de autodefesa que afloram à sua mente e saem de sua boca são palavras do ego completamente motivadas pela autodefesa, expressando o impulso magnético de repulsão e rejeição. E quando as suas palavras egoicas de ataque se incendeiam num discurso irado, assim também o ego de seu rival é igualmente ameaçado e surgem dele ou dela, palavras de autodefesa contra si. O que pode ter começado como uma acção adulta necessária, “apontando algum erro e uma maneira melhor de actuar”, frequentemente é entendida, por um ego sensível e auto centrado, como um ataque pessoal. O que deveria ter sido um instante de crescimento transformou-se num tempo de conflito, raiva, possíveis lágrimas, ressentimento contínuo e mútua hostilidade.

Em situações como essas, inesperadas, rápidas e desnecessárias, gera-se um conflito na mente, expressado em palavras – mesmo em acções – que se perpetua através do ressentimento e do ódio.

Lembre-se de que cada actividade mental – o pensamento e as reacções emocionais de atracção e repulsão – são todas energias criativas da consciência. Essas energias da consciência criam as formas desagradáveis que repercutem: desenvolvem a direcção do carácter e afectam os relacionamentos em geral e o meio ambiente... E reduzem a vitalidade do corpo, conduzindo directamente a uma sensação de mal-estar físico, a uma infecção viral ou a uma doença crónica.

Quando for atacado de algum modo, o caminho mais elevado, – um caminho unicamente de repercussões construtivas – é o de recordar que pode chamar instantaneamente a CONSCIÊNCIA DIVINA, da qual receberá imediata protecção em qualquer eventualidade. Todavia isso só é possível se puder ir além do “impulso magnético de resistência do ego”, com a perfeita segurança de que a CONSCIÊNCIA DIVINA atende cada uma das suas necessidades.

Agora volte a sua mão esquerda para sua posição original, junto à mão direita.
Perceba que durante o exercício, o ESPAÇO entre as mãos permaneceu ESPAÇO. Ele não esteve envolvido em nenhuma actividade das suas mãos. E assim é com a sua ALMA, quando o seu ego está ocupado, segundo após segundo, sempre e para sempre em alerta para realizar as suas necessidades e para o defender de qualquer aborrecimento. A CONSCIÊNCIA DIVINA de sua ALMA fica oculta, ainda que esteja sempre no seu interior.

Quando estive na Terra, falava com as pessoas sobre “o Reino dos Céus”. Eu disse que ele estava dentro de cada um. E assim é. É a sua alma. É a morada do equilíbrio da CONSCIÊNCIA DIVINA, que deu para você o ser como futuro homem ou mulher.

Desejo muito poder depositar na sua mente uma visão mais ampla da sua FONTE de SER, para que possa perceber com um pouco mais de clareza o seu começo – de onde você veio.

Também deve compreender que sempre que pronuncio uma palavra para descrever AQUELE QUE VERDADEIRAMENTE NÃO É CONHECÍVEL, eu mesmo estou nas mais altas frequências infinitesimais de vibração, no limite do GRANDE EQUILÍBRIO UNIVERSAL, de onde todas as coisas retiram o seu ser e a sua forma.

Se eu falar de uma montanha, uma imagem virá à sua mente, porém não conhecerá a imensidão da sua estrutura, a resistência da sua rocha, os seus barrancos, picos e cavernas, a neve que a cobre em cada inverno, as cascatas caindo em mananciais quando se derretem as geleiras. Para que tenha um vislumbre da grandeza da montanha, eu teria que entrar numa descrição detalhada de cada canto e recanto. E mesmo depois da explicação verbal mais detalhada, teria somente uma imagem mental para a sua inspiração. Você ainda não CONHECERIA a montanha.

Se eu falar de um furacão, posso trazer à sua mente a imagem das árvores a dobrarem-se em direcção à terra, arqueadas pelos fortes ventos, os muros a desmoronar, as vigas a quebrar, os ladrilhos e telhados a voar, janelas destroçadas, carros virados e grandes árvores arrancadas. Porém, até que o tenha experimentado pessoalmente, nunca conhecerá a força e o ruído desse vento, o estrondo da alvenaria a cair e o terror que aquilo gera no coração das pessoas que têm de o suportar. E assim é quando tento descrever para si “AQUELEQUE DEU O SER A TODA A CRIAÇÃO. Você pode apenas imaginar, mas não pode SABER.

Começará a ter alguma ideia do que tento explicar somente depois de ter experimentado, por si mesmo, tudo o que eu disse a respeito. Portanto, não deixe que ninguém que tenha lido as minhas Cartas discuta com quem quer que seja, ou negue a verdade do que estou a ensinar – ou rejeite as minhas palavras – pois eu digo-vos, verdadeiramente, que não podeis conhecer plenamente aquilo que ainda não experimentastes.

Apenas aqueles que me seguirem com aceitação e fé na meditação diária, na purificação da consciência e na oração fervorosa, pedindo iluminação, obterão no fim vislumbres cada vez mais profundose, portanto, experiênciasdaquilo a que a criação pode mesmo dar acessoa Consciência Divina.

Talvez pergunte: qual é a diferença entre a Consciência Universal e a Consciência Divina?

A CONSCIÊNCIA UNIVERSAL é o REINO UNIVERSAL do ESPAÇO, onde ninguém pode entrar ou acessar, uma vez que ELE permanece num estado de equilíbrio e de energia autónoma.

A CONSCIÊNCIA DIVINA é a reunião dos IMPULSOS originais dentro da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, que foram libertados para se converterem na actividade e na substância da criação no momento do BIG BANG. IMPULSOS dividiram-se na explosão e então reuniram-se num estado de mútua retenção. Estavam destinados a trabalhar para sempre no reino criado, – separadamente, manifestando-se como energias, ou em conjunto, retidos em equilíbrio. É somente neste reino da CONSCIÊNCIA DIVINA que a ciência pode penetrar. Talvez o parágrafo seguinte explique isto com maior clareza.
 
Tendo-lhe dado esta descrição da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL em palavras intelectuais, não estará mais perto de poder apreciar a sublime magnificência e grandeza do Poder, nem da beleza, da alegria, da harmonia, do êxtase contido na cor e som, muito além da sua dimensão. Somente nós, que ascendemos nas frequências vibratórias de consciência até aos portais ou limites do equilíbrio da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, é que experimentamos e podemos irradiar, sem desejar realizá-lo, o êxtase da autoconsciência do verdadeiro potencial – a maravilhosa alegria da realização pessoal sem “levantar um dedo”.

Uso este último termo como uma metáfora, uma vez que, mesmo a manter a minha individualidade, sou activo apenas em consciência e já não sou, de nenhum modo, físico – não tenho sido desde a minha contínua ascensão espiritual em outras dimensões, depois de minha morte na cruz.

Talvez pergunte como é que é possível que IMPULSOS UNIVERSAIS tão enormes estejam num estado de equilíbrio. Eles estão num estado de igualdade e mútua retenção: o IMPULSO do AMOR atrai e nutre, sustentando e mantendo sob controle a VONTADE criativa e activa.

Só posso explicar este fenómeno usando estes termos simples:

Se colocar a palma de uma mão em cima da palma da outra, com as pontas dos dedos de cada mão tocando o pulso da outra mão, e tentar separá-las, ao mesmo tempo que as mantém firmemente apoiadas uma sobre a outra, terá alguma ideia do significado de “equilíbrio” ou “retenção mútua”. Além disso, deve compreender que ainda que as mãos estejam aparentemente a expressar um fenómeno físico, na realidade são governadas e expressam IMPULSOS que se originam no seu cérebro. O seu cérebro pode ser o veículo para expressar ideias conscientes – impulsos – mas, na verdade, o IMPULSO é a realidade de todo o movimento de todo o tipo – e não o cérebro físico, que é simplesmente um instrumento de expressão de tais impulsos.

Tenho-lhe trazido apenas uma narração intelectual da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL. Como é que lhe posso descrever o poder latente, a magnificência da reverência, o êxtase, a felicidade radiante, o absoluto estado de satisfação, paz e harmonia do Seu Ser?

Ainda que você possa contemplar e compreender que desta IMENSIDÃO de CONSCIÊNCIA o universo inteiro tomou vida e forma, não poderia perceber mais que um eléctrão da vasta, incomensurável Alegre Realidade que é a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL.

Para compreender integralmente a natureza da criação: as razões pelas quais o ego funciona como o faz e por que as entidades criadas sentem os impulsos que sentem, deve-se entender que a NATUREZA e a QUALIDADE da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL são ALEGRIA RADIANTE – REALIZAÇÃO – FELICIDADE.

ISTO É O QUE EU CHAMEI DE O “REINO DOS CÉUS DENTRO DE SI” – DENTRO DE SUA ALMA – DENTRO DOS RECESSOS MAIS PROFUNDOS DE SUA PSIQUE, que é o intermediário entre o esplendor de sua alma e a sombra do próprio ego.

Voltar a esse estado transcendente de glória, beleza, felicidade e harmonia do ser é o anseio mais profundo da sua alma!

Esse anseio constante, essa recordação inata e inconsciente de equilíbrio e paz, felicidade e harmonia é o que impulsiona o EGO, através da psique, a manipular o ambiente em seu favor. O seu firme propósito é o de trazê-lo a si mesmo de volta ao estado original de glorioso êxtase, do qual se formou a sua alma, o seu ser e a sua forma.

Porém, o ego pode conquistar a alegria e prazer desejados somente por meio dos dois impulsos magnéticos/emocionais de Ligação/Rejeição – que são apenas impulsos materializados para lhe dar a sua individualidade. Portanto, o anseio inato de se reunir à FONTE do SER experimenta-se nos parâmetros electromagnéticos do pensamento e do sentimento como “mais, mais e mais” daquilo que lhe deu uma sensação prazerosa anteriormente. Mais amigos, casas, carros, roupas etc. Cada vez que o “mais” é conquistado, isso provoca uma pequena sensação de satisfação, talvez uma exibição perante os vizinhos para enaltecer a felicidade (marca-se um ponto e tem-se um pouco mais de satisfação), e logo a novidade passa, a nova posse torna-se trivial, os sentidos acalmam-se novamente – em equilíbrio – e começa o cansaço mental, a rotina torna-se monótona e aborrecida. Para gerar um pouco de vida, o ego encontra outro objectivo a ser alcançado, para proporcionar excitação e prazer.

E assim, a vida é uma perseguição sem fim de satisfações pessoais de diversos tipos, deixando a alma oculta, mal nutrida, insatisfeita, ainda ansiando por algo “Mais” – mas o que é que o meu eu mais profundo está a desejar? Pergunta você em desespero.

Quando uma pessoa consegue entender a verdadeira fonte do seu vazio e do seu contínuo anseio interior de ter “mais daquilo que me fez sentir bem antes” – e começa a meditar para fazer contacto com... “AQUELE”... QUE LHE DEU O SER, um pouco de Equilíbrio Divino filtra-se através da consciência humana. O vazio começa a diminuir.

Se, de facto, tal pessoa vislumbra algo do ETERNO e do verdadeiro objectivo da vida, o desejo de mais posses acabará por morrer de morte natural. O desejo por “Mais” posses será gradativamente substituído por uma sincera apreciação do que já tem e um sentido de contentamento constante. Através das experiências e intervenções milagrosas ou das actividades da CONSCIÊNCIA DIVINA na sua vida diária, a consciência humana eleva-se enormemente e aprende que as suas necessidades diárias são satisfeitas da melhor maneira. Aumenta-se a fé e a alegria intensifica-se.

Por isso tenho dito: Não vim para o ensinar a pensar positivamente para atrair ao seu redor as coisas que quer e necessita. Vim expressamente para levá-lo de volta ao Reino dos Céus.

Entretanto, não é somente por desejar mais posses, que a sua alma se encontra presa na sua morada secreta. O ego também utiliza o impulso emocional magnético de “repelir – rejeitar” para assegurar a sua individualidade, privacidade e segurança. Esse impulso assume diversas formas projectadas para dar uma sensação de superioridade, ou elitismo, que o protege de pessoas que considera indesejáveis, ou que tenham menor posição social que você. Esse impulso egocêntrico é praticado continuamente e acredita-se que é perfeitamente aceitável, mesmo nas igrejas. A verdade é que quando a alma começar a ganhar um pouco de controle sobre o impulso do ego, repreenderá a personalidade humana pelo seu egoísmo e exclusividade. Ela exigirá da psique adoptar o amor incondicional e a crença na universalidade e na Unicidade de todas as pessoas, não importando quem sejam.

Quem sabe, agora, possa entender mais facilmente como e por que é que a criação da sua individualidade, por meio do ego, formou a grande cápsula dos “impulsos físicos”, que produziu e encerrou a sua consciência humana, – criando tanto a sua forma física como a sua personalidade humana. Uma vez que governa a sua mente e emoções, pensamentos e sentimentos, ela impede-o de fazer contacto com a FONTE da sua VIDA e com a sua ALMA.

O SEU VERDADEIRO PROPÓSITO na vida é alcançar o domínio do seu ego, estendendo o seu pensamento e sentimento para – “AQUELE”... QUE VOCÊ PERCEBE ESTAR POR TRÁS da CRIAÇÃO, pedindo continuamente por iluminação.

Este é o primeiro passo que uma pessoa deve dar em direcção àquele glorioso momento em que fará contacto com o DIVINO e, de seguida, prosseguir, através de uma contínua purificação do impulso do ego, até ao retorno a esse “estado celestial” onde nasceu a sua alma e de onde procede a sua individualidade.

E como se deu a CRIAÇÃO da INDIVIDUALIDADE?

Como disse antes, a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL alcançou o ponto máximo de mútua retenção e houve uma explosão que separou e dividiu o:
 
IMPULSO da VONTADE CRIATIVA do IMPULSO de PROPÓSITOS AMOROSOS, os quais se separaram e se fizeram activos na criação como:

Pai Inteligência | Mãe Amor

Vistos como

Electricidade | Magnetismo - “Ligação – Repulsão”

|
Vida
|
Reunidos em equilíbrio como

CONSCIÊNCIA DIVINA

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VIDA

Portanto, o mundo visível, longe de ser sólido e “matéria” imponderável, – na realidade é: Mente/Actividade a trabalhar sempre em conjunto com o emocional/magnético, Ligação - Repulsão. Também conhecido como “Atracção – Ligação”.

Pai Inteligência: electricidade física e Mãe Amor: físico magnético “Ligação – Rejeição”, juntos produziram um filho – o EGO.

Este IMPULSO de INDIVIDUALIDADE nasceu e tomou forma consistente e inalterável dentro das energias da criação, para assegurar que as várias forças eléctricas expressas como prótons e elétrons e o resto do “grupo de partículas” descobertas com excitação pela ciência não escapassem a voar ininterruptamente num distante “estado sem forma”, mas que fossem contidas e controladas pelo IMPULSO magnético “ligação – rejeição” da Mãe Amor, para chegar à manifestação de uma forma. A ciência talvez conteste os parágrafos anteriores, uma vez que ela se tem esforçado bastante para descrever os vários “processos de ligação”, aplicando diversos termos às energias de “ligação”. A ciência é bem-vinda para nomear as “energias de ligação ou atracção” com a terminologia que desejar, porém permanece o facto de que essas energias tomaram forma do grandioso e primordial IMPULSO da MÃE AMOR, cuja função PRIMORDIAL de CONSCIÊNCIA é a de dar forma à individualidade.

O IMPULSO do “Pai Vida Inteligente” fornece o ímpeto eléctrico para a criação.
O IMPULSO da “Mãe Propósito Amoroso” proporciona a “ligação” para reter o ímpeto eléctrico e colocá-lo sob controle na individualidade. O IMPULSO da “Mãe Propósito Amoroso” proporciona também o impulso “repulsão – rejeição” para assegurar a sobrevivência da individualidade. Este é o processo da criação.
 
A ciência só pode aproximar-se da criação como espectadora. Ainda que os seus embaixadores sejam humanos e experimentem a vida neles mesmos, a mente humana só pode observar o que foi criado. Não se pode entrar nos processos íntimos da criação, ocultos na “matéria” e nos campos mais básicos de energia.

A ciência nunca será capaz de apontar o FATOR MOTIVADOR X, a partir do qual surgem as energias que controlam a criação da forma individual. Porém, o que a ciência tem a dizer sobre a criação tem pouca importância para si como indivíduo. A ciência não mudará nem um pouco o seu estilo de vida, a sua saúde, o seu ambiente, os seus sentimentos pessoais e conquistas.

O que precisa saber – e o que vim expressamente explicar – é como escapar do impulso egoísta possessivo-protector que lhe foi dado pelo EGO, para assegurar a sua individualidade e sobrevivência e a sua aspiração inata para retornar à alegria e felicidade da qual surgiu a VIDA de toda a criação. Esta foi a razão pela qual eu vim originalmente à Terra e por que venho neste momento – para fazer algo que nenhum cientista jamais poderá fazer para si – ajudar a sua alma a emergir dos confins do seu impulso egocêntrico e lançá-la num novo programa de “vida para os seus pensamentos e emoções”, que expressará directamente a “Vida da Consciência Pai-Mãe” que foi injectada em si e em toda a humanidade no momento da concepção.

Em virtude do próprio ego possuir o ímpeto eléctrico da Actividade - Criatividade, e os impulsos magnéticos emocionais de “Ligação – Rejeição”, o que quer que nasça do “impulso do ego” através dos seus pensamentos, sentimentos e acções estará carregado de vida física electromagnética que reproduzirá formas de vida idênticas, que serão finalmente materializadas na vida do ego-criador. Essas formas criadas não se manifestam apenas como experiências, mas também perturbam o funcionamento dos processos físicos do seu criador e são a origem dos desconfortos físicos, dos vírus ou das doenças. Assim, é causa de grande alegria quando a alma emerge da consciência humana encapsulada pelo ego, pois a consciência espiritual ascendente criará as condições harmoniosas e vivificantes que ela guarda na consciência. Por outro lado, é causa de tristeza quando a consciência humana está submetida ao controle do ego, produzindo aborrecimentos e atribulações nas experiências da vida e na condição física em si.

Portanto, digo-lhe: se não gosta do seu mundo, tem o poder dentro de si para mudar as suas “condições de existência”, exactamente onde está – se tiver a fé e a vontade constante para o fazer.

Repito de outra maneira para ganhar a sua atenção:

Se continuar no nível actual de pensamento e funcionamento humano, só experimentará o seu nível actual de existência humana. Você será obrigado a trabalhar duramente por uma vida mesquinha, marcada por inúmeros problemas, tais como a pobreza, a saúde precária e vícios, imobilizado pelo medo desmoralizante e exposto a ataques mal-intencionados de todo o tipo. As suas condições actuais sobrecarregá-lo-ão até que compreenda como mudá-las.

Esta é a sua oportunidade de ouro para assumir as rédeas da sua vida como nunca o fez antes, tomando o controle dos seus pensamentos e emoções – seus impulsos eléctricos e magnéticos – que são o molde das suas experiências futuras.
Pois você é como um ceramista que possui argila e diariamente molda vasilhas e utensílios para seu uso. A CONSCIÊNCIA é a argila – a substância com a qual cria a sua vida – e cada condição relacionada a ela. Você, sozinho, molda a sua vida na forma que ela tem.

Através dos seus pensamentos pode mudar o seu futuro pessoal, se levar em conta as minhas palavras, compreender as suas verdadeiras origens, acreditar nelas e utilizar este conhecimento na sua rotina diária. Você pode afectar o seu ambiente, o seu lar, a sua família, o seu trabalho, as pessoas com as quais se relaciona, assim como também as plantas, os animais e o clima. O que mantiver firmemente na sua mente é o que exteriorizará. Portanto, é crucial para o seu desenvolvimento espiritual e para o seu desenvolvimento pessoal humano que compreenda plenamente tudo o que estou a tentar ensinar-lhe.

Não pense que estas Cartas que apresento são demasiado difíceis de compreender, passando em seguida para uma maneira mais fácil de encontrar a felicidade.

Creia-me – não há VERDADE nem caminho mais fácil para encontrar o equilíbrio e a felicidade que procura – porque as minhas palavras descrevem a VERDADE UNIVERSAL da EXISTÊNCIA e da VIDA, com a qual está actualmente a construir ou a destruir a sua vida.

Ao mesmo tempo – pode ter a certeza de que nunca poderá criar as novas condições para si mesmo até descobrir POR QUE e COMO criou condições negativas e destrutivas no passado. Tudo o que vive neste momento foi criado e colocado em movimento com pensamentos, palavras e acções no passado. De modo que não se ressinta com as suas circunstâncias actuais, uma vez que foi você mesmo que as criou.

Seja sensato. Leia estas Cartas e dedique toda a sua força e vontade para descobrir os meios que usou no passado (na sua ignorância), para estragar a sua vida. De seguida, tome as medidas necessárias para purificar a sua consciência.

Eu digo: – VOCÊ nunca semearia um campo de milho sem primeiro arar a terra e usar o maquinário para aplainá-la e espalhar o fertilizante. Se por ignorância você semear entre as ervas daninhas, em solo cheio de torrões ou deixar de colocar o fertilizante, a sua colheita será escassa e desigual. É a mesma coisa quando mistura no seu terreno pensamentos egoístas e vive exclusivamente do seu conhecimento, força e vontade humanos. Fica limitado em tudo o que faz. E, inconscientemente cria as circunstâncias que limitarão a colheita dos seus esforços.

No momento em que perceber de onde realmente veio, busque o Poder sobre o qual se pode apoiar para que possa realizar todas as coisas na sua vida, e tome medidas urgentes para limpar as ervas daninhas; e assim, purificando o solo da sua consciência atrairá o PODER que impregnará e fará prosperar as suas experiências e actividades diárias.

Poderíamos dizer que o PODER é o seu fertilizante, porém isso seria totalmente impreciso e falso.

O fertilizante é um alimento químico inanimado para as plantas – enquanto o PODER que você pode extrair através da meditação diária é a VIDA que irá revigorar todo o seu ser, a sua vida e mesmo as suas plantas, os tijolos da sua casa e suas instalações, muito além do que acredita hoje. As pessoas que empregam toda a sua força de vontade para viver esta Verdade vêem os frutos inegáveis nas suas vidas e, ao “vê-los”, a sua fé e determinação aumentam. Assim, entram num círculo de bênçãos e ficam surpresas ao constatar que outras pessoas possam resistir a esta verdade e que escolham ficar fora da harmonia terrena e espiritual na qual é possível viver.

Se estiver preparado para ouvir, ponderar e para meditar nas páginas seguintes, começará a compreender o que esteve oculto desde o início da criação.

PURIFICANDO A CONSCIÊNCIA

Enquanto faz todo o trabalho necessário para a purificação mental/emocional, utilize as minhas palavras das páginas anteriores que descrevem... “AQUELE”... QUE TROUXE VOCÊ E TODO O MUNDO PARA A EXISTÊNCIA VISÍVEL, e construa um estado de consciência e contacto com a SUA poderosa CONSCIÊNCIA DIVINA. Desse contacto virão a inspiração e a força para efectuar a purificação mais rapidamente. Enquanto acontece a purificação, experimentará uma nova felicidade e realização em cada faceta da sua vida.

Também receberá instruções inspiradas para a sua vida diária, seja durante a meditação ou como um raio de luz na sua mente quando está em paz e a pensar em algum assunto rotineiro. Se não descartar ou rejeitar estas instruções e as seguir – fiel e cuidadosamente – estará a dar os seus primeiros passos para se converter – finalmente – num grande semeador e colhedor de ideias criativas de muito êxito no seu ambiente. Tudo o que estiver conectado consigo florescerá e prosperará. Tudo responderá e o abençoará com nova vida.

Se se disciplinar em meditar diariamente com dedicação inalterável, começará, finalmente, a sentir uma resposta e influxo DAQUELE QUE LHE DEU O SER, e as palavras que utiliza ganharão um novo sentido. Elas serão preenchidas com a VIDA UNIVERSAL.

Ficará cheio de alegria e extremamente contente, porque então SABERÁ que o poder é real, activo na sua mente e na sua vida. Começará a contar, cada vez com mais confiança, com o poder que começa a manifestar-se nos seus assuntos. Vai querer atrair outros para o seu estado de harmonia abençoada, pois os outros notarão e far-lhe-ão perguntas. Estará a experimentar um novo amor fraternal e vai querer compartilhá-lo com os demais o que o fará feliz.

Nunca será demasiado insistir nesta Verdade: a necessidade de meditar, uma vez que muitas pessoas deixam a busca e a auto disciplina da escuta diária, antes de ter purificado a sua consciência totalmente e de ter chegado a esse estado de purificação interior tão necessário para estabelecer um perfeito contacto com a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL – a Fonte de seu Ser. Quando faz contacto, – coisas que parecem milagres acontecem! Isso é o Poder Universal a começar a tomar forma e a desenvolver-se na sua alma, corpo, mente, coração e circunstâncias de vida.

Eu digo a verdade – pode confiar nas minhas palavras sem reservas – se perseverar, chegará o momento em que realmente sentirá o contacto e saberá que o fez.

Então terá alcançado o momento mais crucial no seu desenvolvimento espiritual/humano!

Durante algumas horas, muitas almas sentem-se elevadas e alegres, antes que as preocupações diárias se intrometam nas suas mentes e elas racionalizem a experiência, explicando-a em termos humanos.

Não faça isso – pois, perderá o que foi-lhe dado! Atrasará em grande medida o seu progresso espiritual.

Se lê estas palavras e tem medo de acreditar nelas, ou acredita que são insensatas, ou sente que perderá o prestígio se acreditar nelas – estará a produzir uma forma criativa na sua consciência, que negará qualquer resposta construtiva que poderia ter tido originalmente, ao ler esta Carta.

Então, eu digo – aprecie os seus momentos de fé, conserve os seus momentos especiais de contacto com – “AQUELE” – QUE LHE DEU O SER, acredite neles e guarde-os firmemente na sua consciência e, gradualmente, elevará a sua consciência “espiritual” às alturas, até uma grande visão interior e uma grande alegria.
 
Eu repito: não deixe estas Cartas de lado. Não posso insistir o bastante na necessidade de pensar nelas, recordar o que dizem. Se não as recorda, volte a lê-las outra vez, outra vez e outra vez, até que tenham ficado gravadas na sua consciência.
Quanto mais nelas meditar, diariamente, mais elas ficarão claras na sua mente e terão um significado cada vez maior para si. No fim, verá que elas tornaram-se como alimento e bebida para si, construindo a sua moral e aumentando a sua determinação, para ajudá-lo a transformar as suas condições actuais num estado de harmonia, amplos crescimento, prosperidade e paz.

Grande será a sua inspiração e alegria quando se der conta de que a imensidão “Daquele que lhe deu o Ser” é um Poder radiante, de êxtase sublime – que está além de sua capacidade de sonho e imaginação – é a Realidade.

ELE é a FONTE do SER – a FONTE de tudo o que você vê no seu mundo vivo natural e em muitos níveis de existência que estão além desse no qual habita actualmente.

Quando estiver a receber abundantemente a Consciência Divina na sua mente, em si mesmo, em cada faceta da sua existência, então começará a ver a enorme diferença. Voltará a rememorar os momentos de stress e infelicidade e verá que, gradualmente, as limitações da sua vida terão dado lugar a grandes bênçãos. Isto torna-se um processo contínuo na sua vida.

Mantenha o seu coração firme – verdadeiramente sou Eu, o Cristo, quem está a chegar a SI e ao mundo através deste Canal e destas Cartas.

Quero deixar especialmente gravada na sua mente a maneira como tenho feito declarações nas páginas anteriores para elevar os seus pensamentos a um nível mais alto de consciência, descrevendo os benefícios que tem ao trabalhar para elevar a sua consciência, desfazendo-se das tendências negativas mencionadas no início desta Carta.

Quero que compreenda inteiramente que vim somente para ajudá-lo a desfazer-se dos pensamentos e emoções indesejáveis, impulsionados pelo ego, que actualmente controlam a sua mente. Também estou aqui expressamente para encorajá-lo e “ajudá-lo” – sim, para “ajudá-lo” – a desenvolver na sua mente e coração todos os pensamentos e emoções baseados no amor, que o colocam em harmonia com a Consciência Divina. O meu propósito mais urgente e amoroso é o de o tirar das sombras da existência nas quais actualmente habita, - e levá-lo para o “sol” da iluminação espiritual que espera por si quando controlar os impulsos do ego, e torná-lo unificado com a sua alma e o “Pai-Mãe-Vida”, entrando na harmonia do amor incondicional para todos.

Portanto eu repetirei a lista de características negativas expostas nas primeiras páginas desta carta. Quero que as leia com cuidado e que observe as suas próprias reacções e sentimentos, conforme as passa vagarosamente em revista: a crítica, o sarcasmo, o julgar, o denegrir, o gerar inimizades, a intolerância, o ódio, os ciúmes, a agressão, os impulsos violentos, os roubos, as falsidades, as relações desonestas, a difamação.

Como começar a desfazer-se de qualquer destas distorções, que sabe que são parte da sua consciência?

Não se envergonhe demais ao olhá-las, uma vez que é um ser humano e nasceu sob a influência destas características do ego. Assim, não tenha medo nem fique excessivamente desencorajado ao enfrentá-las. Dê o primeiro passo com total honestidade – e anote-as numa folha de papel.

O segundo passo é pegar o papel, deitar e colocá-lo sobre o peito. Feche os olhos e recorra em pensamento à Realidade Divina – a Fonte de seu Ser que, já deve compreender agora, é o seu Procriador amoroso – seu verdadeiro “Pai-Mãe Espiritual” – que irradia generosamente e de maneira contínua e consistente – AMOR INCONDICIONAL de PAI – MÃE.

Dê a si mesmo um tempo para aquietar a sua mente até que sinta que está a mover-se além da sua própria consciência. Peça ajuda com fé sincera e espere uma resposta imediata, uma vez que está a operar em consciência, para tirar, dissolver e superar os falsos e desnecessários impulsos de rejeição, próprios do ego, em todos os dias no futuro.

Com emoção, deixe claro ao seu “Pai Espiritual” ou “Realidade Divina” – e portanto para si mesmo – que já não quer mais estas atitudes negativas egocêntricas na sua consciência. Peça inspiração e poder para se esforçar em evitá-las ou negá-las, deste dia em diante.

Ao fazer isto, está a criar uma NOVA FORMA DE CONSCIÊNCIA, que começa agora a infiltrar-se e a substituir a sua consciência actual. A SUA INTENÇÃO torna-se agora a sua realidade.

As antigas características negativas que estão escritas no seu papel e foram levadas ao seu “Pai Espiritual” estão agora no limbo da rejeição da sua consciência. Esta rejeição consciente também é o meio pelo qual atrai o Poder Divino à sua consciência, para ajudá-lo a fortalecer a sua resolução e para recordá-lo de descartar qualquer impulso que possa trazer à tona novamente as características rejeitadas.

Portanto, como provavelmente percebe – a rendição e a meditação colocam em movimento um trabalho invisível na consciência, o qual será possivelmente inconsciente até que mais tarde se dê conta de que as características desapareceram.

Eu desejo, sinceramente, que realize várias vezes esta meditação, utilizando o papel com as suas características. Cada vez que o fizer, atrairá outra injecção de poder do “Pai – Mãe – Vida Consciência”, para o seu propósito de superar e eliminar as forças e formas indesejadas de consciência. Quando estas se dissolverem, não mais atrairão para as suas circunstâncias de vida as sombras negativas e infelizes que antes o atormentavam. Você estará a percorrer um caminho mais elevado, que o conduzirá à liberdade. À medida que progride, perceberá pequenas faltas de consciência na sua mente e coração, que antes nunca pareceram ser erradas. Quando isso acontecer, deve passar pelo mesmo procedimento de as anotar e levá-las com toda a fé ao seu “Pai Espiritual”.
 
Agora, há ainda uma coisa que deve fazer para completar esta reconstrução de sua consciência. Em lugar de: crítica, sarcasmo, julgamento, rejeição, calúnia, inimizade, intolerância, ódio, ciúmes, agressão, impulsos violentos, roubos, falsidades, relações desonestas e difamaçãodeve escrever num papel, se possível em letras douradas, para dar um sentido de beleza e brilho aos atributos – as qualidades brilhantes da Consciência Divina que deseja possuir – e expressar – no futuro.

Para estar em perfeita harmonia com a sua “Realidade Divina” – seu “Pai Espiritual” – cada atributo será alicerçado no amor incondicional e promoverá o bem mais elevado de todos. Pois você já não buscará humilhar os outros para se sentir maior e mais seguro de si mesmo. A sua consciência inteira estará voltada para a afirmação dos outros e para a construção de tudo o que estiver ao seu alcance. Você buscará nutrir, alimentar, ensinar, proteger, manter e satisfazer as necessidades dos outros e buscará amorosamente estabelecer ordem no caos das acções insensatas.

Tendo escrito as suas aspirações douradas na folha de papel, deite-se de novo e recorra à sua “Realidade Divina”, pedindo que os impulsos preciosos – a natureza do Divino - se estendam gradativamente pela sua mente e coração e que se tornem a sua própria consciência. Quando isso ocorrer, a sua alma será como um pintinho, bicando e bicando até romper a casca do ovo, para sair para o enorme e maravilhoso mundo e reunir-se com a mãe galinha, que espera pacientemente que seu filhinho a encontre. Isso é o que ocorre comigo e com todas as outras almas Crísticas. Nós esperamos, observamos e ajudamos as pessoas que anseiam conhecer a causa do vazio de seu espírito, que dedicam seus corações para transcender as ocupações terrenas, aqueles cujas mentes estão a ser atraídas para propósitos mais elevados na vida e que sonham em entrar em perfeita sintonia com as suas próprias almas e com a FONTE DIVINA DO SER. Ansiamos amorosamente por estes viajantes espirituais, mais do que eles próprios possam suspeitar. Isto significa que esperamos amorosamente por si, que está a ler esta Carta.

Quando você estiver novamente reunido com a Fonte de seu Ser, terá alcançado os seus verdadeiros propósitos na Terra. Terá cumprido a sua verdadeira missão na eternidade. E então – deixe a sua VIDA REAL começar! Você terá entrado no Reino dos Céus!

Não lhe direi que qualidades escrever para estabelecer a sua nova consciência – estas devem vir de suas mais altas e melhores percepções actuais. Estude novamente a Natureza Divina da Consciência Divina, que percebi tão claramente no deserto e que relatei na Carta 1.

Deixe que esta Natureza Divina se torne a sua própria natureza.

Quero que saiba que quando empreender esta viagem com real sinceridade, estarei ao seu lado em cada ocasião. É meu mais querido desejo que saiba que estou consigo e que estou a enviar apoio e força na sua busca para se unificar com a sua “Realidade Divina”.

SOBRE OCRISTIANISMO

Agora passo a falar de assuntos mais terrenos. Enquanto lê as páginas seguintes, observe o que ocorre com o seu humor ou o seu sentimento de bem-estar. Este é um exercício para reconhecer o que acontece na consciência, enquanto mudam os seus pensamentos e utiliza um novo conjunto de palavras.

Por favor, leia as próximas páginas com muito cuidado, seja um Cristão praticante ou não, e resista se tiver uma forte tentação de as saltar. Anote as suas respostas, ideias, sentimentos e, sobretudo, qualquer mudança de sentimento, seja de depressão ou de prazer. Anote o número da página onde as palavras começarem a melhorar o seu ânimo e a levá-lo para um plano superior de paz e felicidade.

Este é um exercício dos mais importantes. Se o não fizer, continuará a ler sempre a respeito da “consciência”, porém nunca alcançará uma profunda compreensão do que é a energia básica da sua existência, da “matéria”, do corpo e do ambiente, dos acontecimentos da sua vida, do seu HUMOR e das suas aspirações espirituais.

Não chegará a compreender que a CONSCIÊNCIA é a totalidade, tudo na sua existência e experiência – até que observe como “as ideias e opiniões” podem elevar ou baixar as frequências vibratórias da sua consciência. Desejo que se torne consciente das palavras que utiliza na sua vida diária, a qualidade de vida que elas criam para si e o impacto que elas causam sobre os outros, elevando os seus ânimos em paz e alegria ou deixando-os deprimidos e esgotados.

Além disso, é minha sincera intenção alcançar aqueles que, actualmente, estão vinculados à religião Cristã, que estão a lutar com o condicionamento religioso passado ou presente e encontram dificuldades para se livrarem de suas percepções dos dogmas, a fim de se moverem livremente nas frequências vibratórias mais finas de um conhecimento espiritual superior.

Talvez tenha medo de ser condenado simplesmente por ler estas páginas – ainda assim, elas o atraem fortemente e sente intuitivamente que está a ler sobre a VERDADE da EXISTÊNCIA, que não foi ensinada por seus líderes religiosos. Você está dividido entre a sua necessidade imperiosa de conhecer a Verdade e o temor de desgostar a “Deus”, seja qual for a forma pela qual “O” percebe na actualidade.

Eu, o CRISTO, estou muito consciente da angústia que estas Cartas causam a muitas pessoas sinceras e desejo conduzi-las além da sua inquietude, até à perfeita paz mental e alegria.

Por esta razão é absolutamente necessário primeiro analisar as suas crenças actuais e as origens das doutrinas da igreja, antes de continuar a ensinar-lhe a mais profunda Verdade a respeito da “natureza” do Universal e da própria natureza do homem.

Para compreender completamente as origens da doutrina Cristã, deve voltar no tempo até ao começo do Judaísmo, e aí encontrar as “racionalizações” da mente humana, que lutava para definir, em palavras, o que sentia intuitivamente que era a provável fonte do ser.

Você, que está a lutar para se livrar dos mitos passados e crenças erróneas, deve agora, por si mesmo, alcançar a clara percepção – e compreender – a fundamental diferença entre “a crença da igreja” e a VERDADE da EXISTÊNCIA que estou presentemente a tentar explicar. Enquanto não puder discriminar a “origem e a forma das suas crenças actuais”, não será capaz de se libertar completamente das ilusões do seu condicionamento religioso passado. Terá um “pé aqui, outro lá” - uma posição perigosa para se estar. Este estado mental provocará um grande conflito e poderá levá-lo a abandonar a busca e voltar às antigas formas religiosas, cómodas e emocionalmente seguras, mas que não o levam a lugar algum. Portanto, tenha cuidado, e não se deixe intimidar pelas ameaças de desgostar a “Deus” e outras condenações do mesmo género.

AS ORIGENS DA CRENÇA NUMA “SUPER DIVINDADE INDIVIDUAL”

Começaremos com uma descrição das origens da crença em “Deus”, um nome que tem significado muitas coisas diferentes para a humanidade. Esta crença começou quando os antigos Hebreus caminharam pelos desertos e perguntaram a si mesmos sobre as origens da criação. Imaginaram que de alguma maneira, a FONTE da CRIAÇÃO deveria seguramente ser um “super-humano, homem-deus”, invisível e muito superior à Terra e à humanidade. Alguns dos profetas antigos estavam misticamente conscientes de que a Fonte da Criação estava difusa e presente - de alguma maneira - em toda a criação e que ela existia também na dimensão eterna, porém este misticismo não estava disponível para a mente humana comum.

Deve compreender que, apesar da “aparente realidade” – na sua mente – de tal “Deus”, originária das suas leituras da Bíblia, ninguém jamais vislumbrou tal “super-humano, homem-deus” em nenhuma forma, excepto, quem sabe, Moisés, que afirmava tê-LO visto num “arbusto ardente”, e que disse que Ele se descreveu como “Eu sou o que sou”.

Tudo o que se sabe deste “deus” super-humano é derivado das leituras de descrições pitorescas de “Deus”, dadas pelos profetas durante a sua permanência na Terra. O facto de os religiosos se voltarem, apenas, para os antigos para citarem a sua “verdade”, uma vez que eles não podem acreditar que “Deus” é verdadeiramente real, eterno e igualmente capaz de falar com as pessoas nos dias actuais desta era, mostra o quanto são ilusórias as crenças religiosas. Os seus líderes religiosos têm pânico de qualquer crença que não combine com as antigas. Eles nunca consideram – ou têm medo de considerar – que talvez o conhecimento espiritual dentro da dimensão terrena seja evolutivo! Quero que “veja” que um “tecido de crenças”, uma mescla de racionalizações e crenças, foi forjado para criar uma rede de segurança mental/emocional com a qual é possível envolver e prender as mentes e os corações das pessoas. Tudo o que se ensina às pessoas na fé Cristã é baseado na emoção e origina-se no “ouvir dizer”, derivações de antigas narrações de minha vida e morte na Terra. Mesmo assim, acredita-se, nelas, fanaticamente.

Os cristãos aprendem queDeus é Amor – e é consciente de seus pecados. Deus castiga, disciplina, premia os bons e envia desgraça aos maus”. Esta é uma exata descrição da actividade e da consciência humana!

Os cristãos aprendem que Eu, o Cristo, na pessoa de Jesusmorri pelos pecados do mundo”. Fui ocordeiro de Deus sem mancha, sacrificado para pagar o preço dos pecados humanos!” Eu fiz o supremo sacrifício de mim mesmo para cumprir esta estranha façanha depagar pelos pecadosatravés dos tempos. Eu novamente entrei no meu corpo, depois da morte pela crucificação e apareci muitas vezes no meu corpo para confortar e ensinar aos meus discípulos enlutados. Eu até ingeri comida durante as minhas aparições.

Após quarenta dias, elevei-me fora da vista de meus discípulos, alçando meu corpo aoscéus”. Como perguntei na Carta 3 – Que faria eu com um corpo humano no “céu” – na vida mais além?

Eu disse na minha última ceia que os meus discípulos deveriam recordar aquela última refeição com eles, partindo o pão e passando-o um a um e que deveriam beber da mesma taça de vinho e recordar que meu corpo foi crucificado e meu sangue derramado para lhes trazer a eles a verdade do ser. Entretanto, este evento converteu-se numa estranha crença, na qual com pompa e cerimónia no altar, meu corpo é transferido para as hóstias que os fiéis devem engolir com a devida reverência.

Meu corpo! Que bem faria meucorpo” – espiritualizado ou nãopara esses que comungam?

Percebe como a mente pode ser condicionada a aceitar bobagens ilógicas, que perduram há dois mil anos porque têm sido sustentadas por uma grande hierarquia de Papas e Cardeais, vivendo em palácios, imensamente ricos e mantidos com grande pompa terrena, em cerimónias prestigiosas?
 
Eu quero que conheça a verdade sobre aquela fatídica noite – a que chamam de minha Última Ceia.

Para maior clareza, ainda que seja doloroso fazê-lo, desci nas minhas frequências vibratórias de consciência, para entrar directamente na recordação consciente dos meus pensamentos e sentimentos, durante a última refeição com os meus discípulos.

Ainda que eu fosse um homem forte, iluminado e seguro de que tinha um destino a cumprir que não poderia evitar – não queria evitar – estava profundamente triste ao começar a refeição – a ceia da Páscoa. Os meus discípulos tinham sido meus amigos e tinham ficado ao meu lado em algumas circunstâncias difíceis. Eu estava a sofrer por ter que os deixar e temeroso pelo seu bem-estar. O que lhes aconteceria ao ficarem sozinhos, sem a minha orientação e protecção? Dependiam de mim mais do que percebiam. Recordei os meus anos a ensinar às pessoas. Senti uma profunda sensação de ironia ao recordar a minha volta do deserto. Estava sujo, descuidado, porém literalmente possuído por uma alegre solicitude para com os meus semelhantes e intensamente entusiasmado porque poderia colocá-los no bom caminho, introduzir nas suas mentes a verdade sobre a existência, mostrar como superar os seus temores, as suas doenças, pobreza e miséria. Eu iria conquistar o mundo! Porém, como tinha sido diferente o resultado! Logo estaria pendurado numa cruz! Era verdade, entretanto, - que eu tinha alcançado muito êxito. Reflecti sobre os momentos de cura e a aceitação alegre das pessoas ao “Pai Amoroso”. Eu podia compreender porque o Sumo-Sacerdote e o Conselho me odiavam. Ao invés de medo, castigo e sacrifício de animais, eu tinha trazido às pessoas a realidade do “Pai-Amor”, provando isso pela cura de casos terminais. Voltei a minha atenção para os meus discípulos, que estavam a falar entre si enquanto comiam. Eles permaneciam inconscientes do desafio que me aguardava – a minha crucificação. Embora eu os tivesse avisado várias vezes, negaram-se a aceitar as minhas palavras como verdade. Pensaram que eu começava a ter medo do Sumo-Sacerdote e perguntavam-se por quê. Eu já havia conseguido sair antes, de outras situações ameaçadoras.

Como era costume na Páscoa, falavam das circunstâncias da fuga dos Israelitas para o Egipto. João, que tinha uma forte imaginação, fazia um relato vívido de Moisés reunindo os Israelitas e dizendo que finalmente iriam deixar o Egipto, escapando da escravidão para a liberdade no deserto! Por esta razão, Moisés dirigiu-se ao responsável de cada família, para que matasse um cordeiro sem mancha e, com um punhado de ervas, marcasse com sangue a porta de sua casa. Moisés disse que anjos viriam voando à noite, atravessando o Egipto, matando os primogénitos de todos os egípcios e o seu gado, deixando somente os primogénitos dos Israelitas, que seriam salvos pelas marcas de sangue nas suas portas.

Enquanto eu os escutava, vendo os seus sorrisos e sinais de aprovação para aquele “maravilhoso” acontecimento, dei-me conta, angustiado, de que pouco haviam realmente compreendido de minha descrição do “Pai Celestial”. Ouvi as palavras de João sobre sangue, sangue e sangue, - sangue do cordeiro sem mancha, sangue nas marcas das portas, sangue das crianças e do gado egípcios. Como sempre, espantei-me com os séculos de preocupação judia com o sangue e brevemente recordei que Abraão esteve mesmo disposto a matar o seu único filho, com a intenção de oferecê-lo em sacrifício, porque acreditava que Deus lhe tinha dito para o fazer. E logo pensei nos sacrifícios diários de animais no Templo. Para mim, todo o conceito de “fazer correr sangue” como forma de pagar pelo “pecado”, era completamente repulsivo.

Porém, fiquei calado e não discuti com os homens. Percebi que as suas mentes estavam cheias daquelas tradições, tão sólidas e duras como pedra. Esta foi a nossa última refeição juntos, à volta da mesa. Deveria ser um momento de paz entre nós e uma despedida amorosa. Era duplamente importante para os meus discípulos, porque a Páscoa era um acontecimento muito sagrado para as suas mentes judias e isso eu teria que aceitar com um espírito de amor e compreensão.
Antes dessa noite, eu nunca havia celebrado a Páscoa, uma vez que a tradição me desgostava. Preferia subir às colinas tranquilamente, para meditar, deixando os meus discípulos celebrarem a Páscoa com as suas famílias
. Por causa desse hábito, eles não estranharam o meu silêncio no momento. Eu estava meio recostado, meio sentado, incapaz de relaxar como costumava fazer – tenso, contraído, compassivamente caloroso para com os meus discípulos – ainda que aborrecido com eles.

Perguntava-me como poderia deixar para estes seguidores sonolentos e confusos, um sinal efectivo como recordação, - algum ritual que trouxesse de volta às suas mentes confusas, tudo o que eu estava a tentar ensinar. Eu queria sacudi-los e tirá-los daquela fixação pelo sangue.

Enquanto escutava a conversa sobre Moisés e os seus actos milagrosos, ocorreu-me que se eles estavam tão preocupados com sangue – então eu dar-lhes-ia sangue, para que se lembrassem de mim.

Inclinei-me sobre a mesa, peguei o pão e parti em vários pedaços, dizendo bruscamente: “Eu sou como o vosso Cordeiro Pascal. Distribuam este pão entre vós e peguem cada um a sua parte; comam e façam isto em minha honra, por vos ter trazido a única VERDADE que o mundo já ouviu. Deixem que este pão seja o símbolo de meu corpo, que está a ponto de ser maltratado na cruz.

Vamos, comam”, disse-lhes. Como num sonho, silenciosamente tomaram um pedaço de pão, passaram-no aos outros e todos comeram a sua parte.
Então peguei uma grande taça de vinho e disse para beberem e passarem aos outros. Este vinho é o símbolo de meu sangue. Eu vim para vos dar a VERDADE. A Verdade sobre Deus – a Verdade sobre a vida. Porém, eu fui rejeitado. Meu sangue correrá por vós.

Novamente, em silêncio, beberam da taça e a passaram entre si. As suas faces estavam tensas, mas não disseram nada. Era óbvio que todos estavam comovidos pelas minhas palavras, que não lhes agradava.

Eu sabia que Judas tinha recebido dinheiro para me apontar aos soldados do Sumo-Sacerdote, quando o momento chegasse. Também sabia que a noite da Páscoa seria esse momento. Então disse a Judas: “Vá logo e faça o que tem que fazer”. Judas olhou-me longamente e vi a dor e a indecisão nos seus olhos. Ele estava a repensar o assunto, porém o meu tempo havia chegado e eu queria terminá-lo de uma vez. “”, disse com dureza. Judas levantou-se e saiu da sala.
Os discípulos ficaram surpresos pela maneira como eu falava e perguntaram o que Judas iria fazer. “Vai dizer ao Sumo-Sacerdote onde me encontrar. Vão crucificar-me – exactamente como eu vos falei
.

Observei, com certo cinismo doloroso, as expressões dos seus rostos – dúvida, sobressalto, terror. Logo, brotou uma torrente de perguntas ressentidas. O que lhes iria acontecer a eles? Eles tinham deixado as suas casas e famílias por mim. Se eu fosse crucificado como um delinquente comum, eles perderiam uma vida de liberdade e segurança. Eu então disse que me iriam abandonar. Com veemência negaram tal coisa – mas fizeram-no.

Eu estava demasiado cansado para discutir com eles. Tinha-me tornado tão forte, tão seguro no conhecimento de que o “Pai” estava em mim – e comigo – a todo o instante, que eu podia dar-me ao luxo de lhes perdoar a deslealdade. E, no fim de tudo isso, seria libertado de meu corpo e poderia ascender aos reinos de Luz, que eu tinha frequentemente sentido, mas nunca visto em plenitude com a visão terrena. Era um pensamento que me trazia profundo consolo e uma feliz sensação de expectativa.

Então sorri-lhes e disse: “É bom que tenham feito o que pedi, em lembrança de mim e da minha morte, que está por vir. Continuem a partir o pão e a beber o vinho, juntos, recordando que sempre vos amarei e que ficarei convosco em espírito, até que se reúnam comigo aonde vou. Não tenham medo, sereis guiados, sereis inspirados, sereis fortalecidos e falarei claramente convosco”.

A minha única advertência é esta: no futuro, muito do que vos tenho ensinado será esquecido. Muito do que disse será descartado pelo pensamento humano, ou distorcido pelos mitos humanos. Logo houve pânico e um clamor: “Como será isso?Sorri e levantei as mãos: “Falo do que acontecerá num futuro distante. Enquanto isso sejam fiéis a tudo o que ensinei e não duvidem de nada do que eu disse.

Chegou então a hora de ir ao Monte das Oliveiras, o lugar onde os soldados do Sumo-Sacerdote me iriam buscar. Meus discípulos queriam ainda fazer-me perguntas, porém eu tinha chegado ao fim do meu discurso para os homens. Eu apenas desejava preparar-me, em total silêncio, para a minha provação, entrando em espírito num estado de segura e consistente sintonia e comunicação com o “Pai”.

Caminhamos para o jardim e retirei-me para a minha rocha preferida. Sentei-me protegido do vento e envolvi-me na túnica. Fechei os olhos e pouco a pouco senti que entrava numa grande serenidade de espírito e um poderoso silêncio. Logo, o Poder em Si desceu, tomando minha mente e meu coração. Preencheu-me com tal amor supremo que eu soube que estava a ser apoiado, sustentado no amor e que poderia manter meu amor por todos, não importando o que me acontecesse. Isso era tudo o que importava no momento em que minha hora havia chegado.

Esta é a verdade por trás do partir o pão e beber o vinho em minha honra, de minha vida e meus ensinamentos. E como você que está a ler esta Carta sabe, tudo o que meu “Pai” me revelou na minha última noite na Terra, cumpriu-se. Como eu falava do “Pai”, do “Filho” e do “Espírito Santo”, a Igreja decidiu no Concílio de Niceia que eu me referi a “Três Pessoas em Uma”.

Consequentemente, as pessoas rezam ao “Pai” para pedirem benefícios, imploram ao “Espírito Santo” para que os instrua espiritualmente e rezam ao “Filho” para salvá-los dos seus pecados.

Você pode “ver” o quanto as crenças são “terrestres e humanamente concebidas”?
Graças ao sentimentalismo e à promessa de umaviagem gratuita ao céu nos calcanhares do Salvador”, as crenças tornaram-se uma estrutura religiosa humanamente concebida para consagrar o império da Igreja dentro dos impérios terrenos – Roma, Áustria, Espanha. As crenças foram o pretexto para a tortura sistemática, a morte na fogueira e a execução dos dissidentes. Elas também inspiraram as guerras entre nações.

Porém, a “percepção espiritual” e a “criatividade” também surgiram de algumas dessas crenças e contribuíram muito para a existência nestes dois milénios. Essas crenças motivaram a construção de catedrais e igrejas, monastérios e conventos, dando às pessoas um propósito estável, a habilidade de expressar seus dotes artísticos e fornecendo trabalho para os menos talentosos. Elas também permitiram a milhões de consciências acessarem aos reinos mais elevados de belos pensamentos e amor. Além disso, foram o ímpeto por trás do misticismo e a iluminação das almas espirituais que chegaram a ver a Realidade que estava oculta por trás das crenças.

Enquanto tudo isso se passava, as crenças também criaram as condições para o desenvolvimento de hierarquias de superioridade religiosa com imensa pompa e riqueza. Estes são edifícios criados com os “impulsos do ego”, concebidos pelo ser humano e, portanto, totalmente falsos de um ponto de vista espiritual.

É preciso compreender que, ao longo dos séculos, as pessoas sentiram que certas facetas do comportamento humano eram prejudiciais para o bem-estar dos outros. Elas tinham testemunhado assassinatos, roubos de mulheres e de bens alheios, causas de grande dor e sofrimento para a comunidade, tornando a vida difícil, às vezes intolerável. Concluiu-se então que, com certeza, aqueles comportamentos deviam ser contrários à vontade daquele que chamavam “Deus”. Assim, deram àqueles comportamentos o nome de “pecado” e os definiram como sendo o “mal”. Finalmente, os profetas concluíram que tal comportamento aberrante devia originar-se de uma força “malévola”, oposta a Deus e a chamaram de “Satanás”.

As pessoas ameaçaram-se e castigaram-se umas às outras, na crença de que os “pecados” eram maus e de que o seu “Deus” castigaria os homens pelas maldades contra os outros. Até hoje se pratica este comportamento nas igrejas. Os líderes religiosos tentam controlar as pessoas pelo medo.

O CONCEITO DE “PECADO” contra Jeová, o Eterno e infinitamente Poderoso Criador, era um hábil e poderoso método de controle das pessoas.

As crenças da igreja são uma trágica farsa de tudo o que tentei ensinar às pessoas na Palestina.

Moisés foi o primeiro que consagrou a crença no “pecado” e no “castigo”, na forma dos Dez Mandamentos. Moisés disse que “Deus” lhe deu os Dez Mandamentos e que, se os israelitas os desrespeitassem, teriam que sofrer o castigo – em alguns casos, isso significava a morte por apedrejamento. E ensinou que, se desrespeitassem as Leis, estariam a pecar contra seu “Deus”.

A verdade exacta é que Moisés foi ao monte para rezar, pedindo um meio para controlar os Israelitas rebeldes. Em resposta a essa oração, recebeu por inspiração os Dez Mandamentos, dados para o ajudar na sua tarefa de dirigir os Israelitas, sem perigo, na sua jornada no deserto, com o menor grau de confusão.

Religiosos aceitam e creem de todo o coração num “Deus” que, segundo dizem, instruiu Moisés a engajar-se em comportamentos agressivos e massacres, ao conquistar a “terra prometida”.

Esta era uma terra bela e produtiva que foi arrancada sem piedade de um povo trabalhador, assassinado aos milhares. Isso foi considerado como a coisa certa a fazer, uma vez que “Deus” lhes tinha prometido uma terra bela na qual se estabeleceriam. Até hoje, os religiosos crêm que, como “Deus” falou com Moisés, deve ter sido “Deus” quem decretou o derramamento de sangue. Na sua Bíblia há muitas descrições semelhantes e horrendas sobre guerra e derramamento de sangue e são consideradas permissíveis – justas e correctas – porque se acreditou que “Deus” lhes ordenou irem para a guerra contra os gentios.

Pode perceber na história dos Judeus o desenfreado IMPULSO DO EGO, no qual inclusive “Deus” é “usado” para os isentar de toda a responsabilidade? No momento de exaltação do próprio poder, tornou-se permissível e justo ignorar os Dez Mandamentos e realizar um extermínio em massa. Eles acreditavam não estar a cometer nenhum pecado, pois o massacre tinha sido ordenado por “Deus”. Que “Deus”!

Pode perceber por que era necessário que eu nascesse na Palestina e vivesse entre os Judeus, num esforço para os ajudar a ver que as suas crenças e práticas tradicionais eram totalmente contrárias à Natureza da CONSCIÊNCIA DIVINA, que verdadeiramente lhes havia dado o ser?

Através dos séculos, os homens lutam com o conceito de “pecado”. Muitas pessoas sinceras ficam aflitas com a maneira pela qual ofendem a “Deus” e rezam pedindo o seu perdão. Há muito tempo, sacrificavam um sem número de animais no Templo de Jerusalém para apaziguar a “Deus”, na esperança de escapar das consequências de seus pecados. Desde aquela época, inumeráveis livros foram escritos sobre o tema, expressando pesar e horror por ver o estado da alma dos homens, indicando a mudança de comportamento pelo açoitamento com chicote, para torturar a carne e fazê-la pagar pela maldade de pensamento, palavra ou acto. Muitos desses livros foram aplaudidos pelos “Cristãos” em toda a Europa e guardados em arquivos de instituições religiosas.

Esses livros prendem as pessoas à antiga personagem de “Jesus”, pregando “a salvação do homem do castigo de seus pecados”, por meio de minha morte na cruz.

Como já expliquei, estas crenças são fisicamente impossíveis e contrárias aos factos da criação. Nenhuma “Divindade” superior exige o pagamento pelos “pecados”. Este é um conceito inteiramente humano – e pagão. Qualquer tipo de derramamento de sangue, com o propósito de realizar ritos religiosos, é paganismo. O que a Igreja Cristã tem apresentado aos seus seguidores é uma versão “glorificada” do paganismo.

Quando as pessoas tornam outras infelizes, de um modo ou de outro, estão a criar o seu próprio futuro em “retorno”. Não como retribuição, mas como uma “actividade consciente de criação”. Portanto, é uma questão de urgência combater fortemente estas crenças no “pecado” e na “salvação por minha morte na cruz”, – e a substituição – pela compreensão espiritual que vos está a ser fornecida nestas Cartas.

Antes de abandonar o assunto de doutrinas religiosas, quero deixar claro que, através dos tempos, alguns buscadores espirituais na Igreja Cristã purificaram suficientemente a sua consciência para adquirirem uma forte consciência do “Poder” que eles chamam “Deus”, e acabaram por reconhecer que a igreja não ensina a “Fonte do Ser”. Porém, somente uns poucos evoluíram espiritualmente o suficiente, para irem além dos parâmetros das crenças religiosas e sentirem o influxo do “Poder”, uma vez que a grande maioria das pessoas só pode conceber a Verdade por meio de uma terminologia terrena.

Eu, o CRISTO, tenho que dizer que até este momento, nenhum dos “santos” nem sequer vislumbrou a realidade da criação e a verdade por trás do comportamento humano, como eu estou a apresentar agora para si. Sem dúvida chegou o momento em que deve ser dita a verdade sobre o “pecado” e o comportamento humano, e o que as pessoas estão presentemente a fazer ao mundo e a si mesmas - com a condição de que você tenha abandonado completamente os mitos seculares da doutrina religiosa e esteja agora ansioso, receptivo e de boa vontade, abrindo completamente o seu coração às realidades da existência. Se não for assim, então o que tenho a dizer não terá nenhum sentido para si.

Acredite-me, você não pode misturar as suas velhas crenças religiosas com a Verdade da Existência. Se tentar fazê-lo, pode estar seguro de que não estará a ver a Verdade, mas apenas a sua própria adaptação do que pensa que aprendeu com estas páginas.

Se continua a busca pela Verdade da Existência, mas permanece num estado de divisão de convicção, pode continuar a buscar, mas com um grande custo para si - despedaçado pela indecisão, pelo medo e por uma contínua incapacidade de perceber o verdadeiro significado do novo ensinamento.

As suas percepções e evolução serão parcialmente obscurecidas por “mensagens” originárias do antigo condicionamento da sua mente consciente e subconsciente. Talvez não perceba a enormidade de tal problema neste momento, porém é um problema enorme porque as suas profundas crenças actuais são a sua verdade actual, sobre a qual constrói a sua vida. Elas são a sua realidade. As suas convicções e crenças fortemente enraizadas podem ser completamente ilusórias, porém se crê inteiramente nelas no seu subconsciente, elas tornam-se absolutamente reais para si. Mesmo que estas novas ideias que contradizem as suas crenças possam chamar a sua atenção, – a sua consciência estará dividida e trar-lhe-á tremendo mal-estar e angústia.

Lembre-se: a sua consciência é o tecido com o qual elabora a sua vida. Este tecido de consciência é a base de cada resposta sua, para cada coisa que ocorre na sua vida mental, emocional e física. A sua consciência é a sua realidade. Esta afirmação pode expressar-se de duas maneiras e ambas são a verdade de sua existência.

A sua consciência cria a sua realidade, sem distinção de quais sejam os feitos de sua vida terrena. Quando as pessoas acreditavam que a Terra era plana, tinham medo de se aventurarem demasiado longe nos oceanos, pois temiam que o barco caísse pelas bordas. As pessoas que acreditavam numa Terra plana viviam segundo essa crença. Quando Galileu disse que a Terra era redonda, foi considerado um herege, porém a sua percepção da “circularidade da terra” permitiu que os marinheiros adquirissem uma nova visão do mundo e empreendessem viagens para descobrir o que havia do outro lado do oceano.

Foi necessária uma mudança de suas crenças para tornar isso possível.

Você está numa situação semelhante com respeito a estas Cartas. Aqueles que as desprezam e as ridicularizam são como as pessoas que acreditavam numa Terra plana e que tinham medo de cair pelas bordas, se navegassem demasiado longe de seu ambiente conhecido. Os seus horizontes são seriamente limitados por via de suas falsas crenças. Assim, os horizontes desses que crêm que o mundo é sólido, também são severamente restritos. Dia após dia lamentam e afligem-se pelas desgraças que desabam sobre o mundo, crendo que não existe nenhuma escapatória.

Porém, as pessoas que puderem captar e dar as boas vindas à Verdade da Consciência que actualmente estou a apresentar ao mundo, serão como aqueles que perceberam que poderiam viajar sem limites pelos oceanos, em todas as direcções, com a condição de que tivessem a vontade de empreender tal viagem.

Portanto, o seu estado de consciência é o que você deve considerar como mais importante na sua vida... Não as suas relações, posses ou posição na vida. Cuide de sua consciência e todas as bênçãos, em todos os aspectos de sua vida, virão a si. Por meio da sua consciência, alimenta-se de amor, harmonia, alegria e beleza interior, até num beco de um bairro pobre. Com tal consciência, será removido das ruas do bairro pobre para um ambiente mais compatível com o seu estado interior. É assim que se sai de circunstâncias desagradáveis.

Com base em tudo o que foi dito, deveria agora ser capaz de ver que somente você cria a “qualidade” de seu mundo interno, esteja numa prisão ou no comando de um navio! E pode melhorar o seu ambiente, irradiando sobre ele a força da vida que anima o seu pensamento.

E mais uma vez, a sua consciência é a sua realidade, – não o seu marido ou esposa, filhos, lar, jardim, posses, títulos, lugar de trabalho ou amigos. Pois, seja qual for o lugar que as pessoas e as suas posses ocuparem na sua consciência – bom ou mau – esse “lugar” é apenas a sua percepção pessoal sobre eles.

A “realidade” dessas pessoas não é verdadeiramente conhecida por ninguém. Ninguém tem acesso à bondade inata oculta num caráter aparentemente negativo. E também ninguém pode suspeitar dos impulsos e desejos ocultos de um ser humano aparentemente bom.

A sua vida externa apoia-se apenas na sua consciência. Ela não cria ou determina – nem pode fazê-lo – as suas respostas conscientes. Você é o “criador” das suas respostas. O seu tipo de criação depende inteiramente das suas mais profundas percepções e crenças a propósito da existência.

Além do mais, pode, a qualquer momento, escolher desmantelar gradualmente o seu antigo mundo interior, com a finalidade de criar um reino interior mais harmonioso de amor crescente, vitalidade e alegria, ainda que os seus “objectos” exteriores – pessoas ou posses – continuem a ser os mesmos. O poder espiritual do “tecido de sua consciência” irradiará para o exterior e será absorvido pelas pessoas, plantas, tijolos e cimento, por tudo o que o cerca nas imediações. Ocorrerão mudanças e melhorias claras em tudo o que está no seu ambiente. Este é seu destino nesta vida – ou em vidas futuras – chegar a esta plena e completa realização. Quando isto acontecer, colocará o pé no caminho da maestria de si mesmo e, então, gradualmente, avançará para se tornar um verdadeiro mestre de seu mundo de consciência humana, interpenetrado e assistido pela CONSCIÊNCIA DIVINA.

Eu, o CRISTO, recomendo-lhe esta Carta. Eu o pus na plena posse de alguns dos factos importantes da criação, que permitirão que transcenda o ego – o guardião da sua individualidade - e volte à UNIVERSALIDADE do SER, da qual realmente veio. Tem nas suas mãos os meios pelos quais pode entrar no Amor, Alegria e Realização Pessoal incondicionais.

Lembre-se de que eu lhe disse que anseio pelo progresso do viajante espiritual. Enquanto avança pelo caminho que tracei para si, haverá momentos de confirmação de que estou de facto consigo na sua jornada. Você o verá – conserve nisto a sua fé.

Em todo o momento, eu o sustentarei no Amor Divino, pois sou o Amor Divino em acção. Acredite nisto, e encontre descanso na minha Consciência que o envolve.

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