quarta-feira, dezembro 07, 2005
EVANGELHO E EDUCAÇÃO
QUANDO o mestre confiou ao mundo a divina mensagem da Boa Nova, a Terra, sem dúvida, não se achava desprovida de sólida cultura.
Na Grécia, as artes haviam atingido luminosa culminância e, em Roma, bibliotecas preciosas circulavam por toda a parte, divulgando a política e a ciência, a filosofia e a religião.
Os escritores possuíam corpos de copistas especializados e professores eméritos conservavam tradições e ensinamentos, preservando o tesouro da inteligência.
Prosperava a instrução, em todos os lugares, mas, a educação, demorava-se em lamentável pobreza.
O cativeiro consagrado por lei era flagelo comum.
A mulher, aviltada em quase todas as regiões, recebia tratamento inferior ao que se dispensava aos cavalos.
Homens de consciência enobrecida, por infelicidade financeira ou por questiúnculas de raça, eram assinalados a ferro candente e submetidos à penosa servidão, anotados como animais.
Os pais podiam vender os filhos.
Era razoável cegar os vencidos e aproveitá-Ios em serviços domésticos.
As crianças fracas eram, quase sempre, punidas com a morte.
Enfermos eram sentenciados ao abandono.
As mulheres infelizes podiam ser apedrejadas com o beneplácito da justiça.
Os mutilados deviam perecer nos campos de luta, categorizados à conta de carne inútil.
Qualquer tirano desfrutava o direito de reduzir os governados à extrema penúria, sem ser incomodado por ninguém.
Feras devoravam homens vivos nos espectáculos e divertimentos públicos, com aplauso geral.
Rara a festividade do povo que transcorria sem vasta efusão de sangue humano, como impositivo natural dos costumes.
Com Jesus, entretanto, começa uma era nova para o sentimento.
Condenado ao supremo sacrifício, sem reclamar, e rogando o perdão celeste para aqueles que o vergastavam e feriam, instila no ânimo dos seguidores novas disposições espirituais.
Iluminados pela Divina Influência, os discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes.
Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados.
Instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o espírito popular.
Pouco a pouco, altera-se a paisagem social, no curso dos séculos.
Dilacerados e atormentados, entregues ao supremo sacrifício nas demonstrações sanguinolentas dos tribunais e das praças públicas, ou trancafiados nas prisões, os aprendizes do Evangelho ensinam a compaixão e a solidariedade, a bondade e o amor, a fortaleza moral e a esperança.
Há grupos de servidores, que se devotam ao trabalho remunerado para a libertação de numerosos cativos.
Senhores da fortuna e da terra, tocados nas fibras mais íntimas, devolvem escravos ao mundo livre.
Doentes encontram remédio, mendigos acham tecto, desesperados reconfortam-se, órfãos são recebidos no lar.
Nova mentalidade surge na Terra.
O coração educado aparece, por abençoada luz, nas sombras da vida.
A gentileza e a afabilidade passam a reger o campo das boas maneiras e, sob a inspiração do Mestre Crucificado, homens de pátrias e raças diferentes aprenderam a encontrar-se com alegria, exclamando, felizes:
– "Meu irmão".
In Roteiro (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)
***
Nota: Já vos disse quem foi Emmanuel numa de suas Encarnações terrenas, ocorrida em Portugal e terminada no Brasil. Hoje, face ao texto que ele nos oferece através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, digo-vos quem foi este Espírito Iluminado e Guia, na Encarnação que teve no Tempo do Senhor Jesus:
- Foi Publius Lentulus Cornelius, Senador Romano e Pretor na Judeia, onde viria a perder seu filho, por sequestro.
Durante o processo que encetou para o localizar e salvar, teve um encontro com Jesus.
A pedido de sua esposa Lívia, convertida a Jesus, dirigiu-se ao encontro do Divino Mestre.
Porém, Jesus, em antecipação, e junto a um poço onde Publius se dessedentava, aparece-lhe.
Esse filho que Publius nunca localizou, passados alguns anos, jovem e militante nas hostes inimigas de Roma, viria, sob o comando de quem o sequestrou, a cegar Publius com ferro em brasa, sem saber que cegava o seu verdadeiro Pai. Lentulus, nesse momento dramático, reconheceu nele seu filho, sequestrado em criança.
Estes informes encontram-se na Obra que Emmanuel ditou a Chico Xavier: “HÁ 2000 MIL ANOS”, onde relata essa sua Encarnação.
Esta e outras Obras podeis obtê-la, graciosamente, se visitardes este site:
http://www.sej.org.br/livros.htm
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