quinta-feira, novembro 03, 2005

"MEMÓRIAS DE UM SUICIDA" - 3

10 — Renascendo em novo corpo carnal, remontará o Suicida à programação de trabalhos e prélios diversos aos quais imaginou erradamente poder escapar pelos atalhos do Suicídio; experimentará novamente tarefas, provações seme­lhantes ou absolutamente idênticas às que pre­tendera arredar; passará inevitavelmente pela tentação do mesmo suicídio, porque ele mesmo se colocou nessa difícil circunstância carreando para a reencarnação expiatória as amargas se­quências do passado delituoso!

A tal tentação, porém, poderá resistir, visto que na Espiritua­lidade foi devidamente esclarecido, preparado para essa resistência.

Se contudo vier a falir por uma segunda vez — o que será imprová­vel —, multiplicar-se-á a sua responsabilidade, multiplicando-se, por isso mesmo, desastrosamente, as séries de sofrimentos e pelejas reabi­litadoras, visto que é imortal!

11 — O estado indefinível, de angústia inconsolável, de inquietação aflitiva e tristeza e insatisfações permanentes; as situações anormais que se decalcam e sucedem na alma, na mente e na vida de um suicida reencarnado, indescrití­veis à compreensão humana e só assimiláveis por ele mesmo, somente lhe permitirão o re­torno à normalidade ao findar das causas que as provocaram, após existências expiatórias, testemunhos severos onde seus valores morais serão duramente comprovados, acompanhando-se de lágrimas ininterruptas, realizações no­bilitantes, renúncias dolorosas de que se não poderá isentar... podendo tão dificultoso labor dele exigir a perseverança de um século de lutas, de dois séculos... talvez mais... tais sejam o grau dos próprios deméritos e as dis­posições para as refregas justas e inalienáveis!

Tais deduções não nos deixavam, absolutamente, ilu­sões acerca do futuro que nos aguardava. Cedo, por­tanto, compreendemos que, na espinhosa actualidade que vivíamos, um roteiro único apresentava-se como recurso a possíveis suavizações em porvir cuja distância não podíamos prever: — submetermo-nos aos imperativos das leis que havíamos infringido, observarmos conselhos e orientações fornecidos por nossos amorosos mentores, deixando-nos educar e guiar ao sabor do seu alto crité­rio, como ovelhas submissas e desejosas de encontrar o consolo supremo de um aprisco...

2 comentários:

Anónimo disse...

e pena ver que ainda ha pessoas que vivem noutro mundo.Temos que ver a realidade , temos falta destes programas.ensinam como evitar as doenças, explicam como se pode ser feliz. gozar a vida sem sentir culpa ou vergonha.Ninguem vive sem amor, e ninguem nasceu ensinado. Jesus quer que sejamos felizes, com saude, por isso nao se deve jogar seu nome ao alto.

A CAMINHO DA LUZ! disse...

Desculpe, mas... tendo em conta que leu um texto subordinado ao título:

"Memórias de um Suicida"

Posso pedir-lhe para ser mais concreto no seu comentário, dizendo-nos onde deseja chegar ou quem tenciona atingir?

Face à mensagem que nos ofereceu... sinceramente, não compreendi o sentido final de seu comentário!

Abraços de Paz.

Guerreiro da Luz