segunda-feira, setembro 25, 2006

POEMA DE GRATIDÃO



















Lembra-me, Mãe querida, a glória que me deste,
A alegria do lar no lençol de cravinas,
A mesa, o livro, o pão e as canções cristalinas,
As preces de ninar, no humilde berço agreste.

Ao perder-te, no mundo, o carinho celeste,
Vendo-te as mãos em cruz, quais flores pequeninas,
Fui chorar-te, debalde, ao pé das casuarinas,
Buscando-te a presença entre a lousa e o cipreste!...

Entretanto, do Além, caminhavas comigo,
Vinhas, a cada passo, anjo piedoso e amigo,
Guardar-me o coração na fé radiante e calma;

E, quando a morte veio expor-me à noite escura,
Solucei de alegria, em preces de ternura,
Revendo-te na luz, conduzindo minha'alma!...


Abílio Barreto

In POETAS REDIVIVOS (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)

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