domingo, janeiro 06, 2008

AMA E ESPERA

Emudece o teu pranto. Cala o grito
De revolta na dor que te encarcera,
Por mais negra, mais rude, mais sincera,
A mágoa estranha de teu peito aflito.

Em toda a Terra há lágrimas e conflito,
Ruínas do mundo que se desespera...
Ama e sofre, trabalha e persevera
Na esperança de paz e de infinito.

Peregrino do campo atormentado,
Rompe os elos e as trevas do passado,
Fita a luz do porvir resplandecente.

Muito além do terrível sorvedouro,
Nas estradas liriais de acanto e louro,
O sol do amor refulge eternamente.

Cruz e Souza

Psicografia na reunião pública, dia 4/9/1946, no Centro Espírita de Lavras, cidade de Lavras, Minas Gerais.
(De “Através do tempo”, de Francisco Cândido Xavier – espíritos diversos)

sábado, dezembro 15, 2007

ANTE O NATAL...







A esperança se agiganta,
A Natureza se renova e brilha,
A passarada feliz,
Voa feliz, vibra e canta.

O berço pobre,
A estrela que rebrilha,
O jardim que encanta.
As flores brilham. Que maravilha!!!

É Jesus que vem de novo,
Falar de Deus ao coração do povo,
Com sua palavra que reluz!!!

Saúdam-se os Cristãos de toda a Terra,
É o domínio da paz, banindo a guerra!
É o Senhor ! É Jesus!!!... Sempre Jesus!!!

Maria Dolores / Francisco Cândido Xavier

domingo, dezembro 09, 2007

ANTE A ORFANDADE...

Cultivarás a semente nobre que te supre de pão.

Protegerás a árvore respeitável que te assegura a bênção do reconforto.

E plantarás na infância o porvir que te espera.

Recolhe, sim, a criança que chora a ausência do braço paterno ou que se lastima ante a falta do regaço materno que a morte lhe suprimiu.

A dor dos que vagueiam sem rumo é grito de aflição que clama no seio augusto da Eterna Bondade.

Não abandones à orfandade moral os corações pequeninos que o Céu te confia ao apoio da vizinhança.

Não te julgues exonerado do dever de assistir a todos aqueles que, em plena aurora da vida humana, te defrontam a marcha.

Todos eles te aguardam a palavra de instrução e carinho e a tua demonstração de solidariedade e de amor.

Orientam-se por teus passos, guiam-se por teu verbo e atendem por teu chamado.

Agora assimilam-te os gestos e ouvem-te as assertivas e, mais tarde, reconduzir-te-ão a mensagem do exemplo às existências de que se rodeiam.

O mundo de hoje é o retrato fiel dos homens de ontem que no-lo transmitiram com as qualidades e os defeitos de que se nutriam no campo das próprias almas.

A Terra de amanhã será, inelutavelmente, o reflexo de nós mesmos.

Não te comovas tão-somente perante o sofrimento que sufoca milhares de pequeninos.
Faz algo.


Começa diante daqueles que o Senhor te localiza junto dos próprios sonhos, no instituto doméstico, para que as tuas esperanças no bem não se resumam à fantasia.

Recorda que os meninos da actualidade estão endereçados à posição de senhores do lar que te acolherá no grande futuro e neles encontrarás a colheita do que houvermos semeado, uma vez que a lei é sempre a lei multiplicando os bens e os males da vida, conforme a plantação que fizemos, no descaso ou na vigilância, no trabalho ou na preguiça, nos princípios da sombra ou nas eminências da luz.

Espírito: Emmanuel . Psicografia de: Francisco Cândido Xavier. Livro: Família

segunda-feira, novembro 26, 2007

CENÁCULO DIVINO...









Na subida cristã, procura o asilo
Que o coração cansado te oferece,
Lá dentro a fé sublime refloresce
Aureolada de júbilo tranquilo.

Para atender ao Mestre, para ouvi-lo,
Acende, fervoroso, a luz da prece...
E que teu sonho, em lágrimas, se expresse
No mais santo e mais íntimo sigilo.

Verte a agonia amarga do teu peito
Nas dadivosas mãos do amigo Eleito
E alça o dorido olhar de peregrino!

E eis que Jesus, na benção que te acalma,
Surgirá redivivo na tua alma
Convertida em cenáculo divino.

"Auta de Souza"
Psicografia de Francisco Candido Xavier

sábado, novembro 24, 2007

LEMBRANÇAS

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.

Devemos agradecer as bênçãos de Nosso Pai Celestial, todos os dias.

Um coração agradecido ao Senhor espalha a bondade e a alegria no seu nome.

Jesus rendia graças a Deus, auxiliando o próximo.

A Natureza glorifica, diariamente, a Divina Bondade, na luz do Sol, na suavidade do vento, no canto das aves e no perfume das flores.

Quem ajuda as plantas e os animais revela respeito e carinho pela Criação de Nosso Pai Celestial.

Devo ser bom para com todos, porque Deus tem sido infinitamente bom para comigo, em todas as ocasiões.

Quem trabalha com alegria mostra reconhecimento ao Céu.

Cooperando de boa-vontade com os outros, estaremos a servir a Deus.

Da obra: "Pai-Nosso"
Francisco Cândido Xavier
Ditado pelo Espírito Meimei

QUE SENTIMENTO DESPERTAS?

"Então, transportavam os enfermos para as ruas pondo-os em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles." - (Actos, 5:15).

O conquistador de glórias sangrentas espalha terror e ruínas por onde passa.

O político astucioso semeia a desconfiança e a dúvida.

O juiz parcial acorda o medo destrutivo.

O revoltado espalha nuvens de veneno subtil.

O maledicente injecta disposições malignas nos ouvintes, provocando o verbo desvairado.

O caluniador estende fios de treva na senda que trilha.

O preguiçoso adormece as energias daqueles que encontra, inoculando-lhes fluidos entorpecentes.

O mentiroso deixa perturbação e insegurança, em redor dos próprios passos.

O galhofeiro, com a simples presença, inspira e encoraja histórias hilariantes.

Todos nós, através dos pensamentos, das palavras e dos actos, criamos atmosfera particular, que nos identifica aos olhos alheios.

A sombra de Simão Pedro, que aceitara o Cristo e a Ele se consagrara, era disputada pelos sofredores e doentes que encontravam nela esperança e alívio, reconforto e alegria.

Examina os assuntos e as atitudes que a tua presença desperta nos outros. Com atenção, descobrirás a qualidade de tua sombra e, se te encontras interessado na aquisição de valores iluminativos com Jesus, será fácil descobrires as próprias deficiências, corrigindo-as.

Livro: Pão-Nosso
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, novembro 22, 2007

LIBERTAÇÃO!


Alma, que um dia voltarás desperta,
Do cárcere de sombra a que te enleias,
Despe, chorando, as últimas cadeias
Que te chumbam à estrada escura e incerta.

Foge à noite fatal que te acoberta,
Nos prazeres da carne em que te volteias.
Solta a esperança, além, na luz sem peias,
E sonha a vida plena, enfim liberta!

Do ergástulo de angústia em que te agitas,
Sob o fardo das lágrimas benditas,
Contempla os céus, fulgindo em primavera...

Cinge a humildade valorosa e boa,
E encontrarás na dor que te abençoa,
A divina alegria que te espera.

Médium: Chico Xavier / Espírito Comunicante: Óscar Rosa Ribeiro

quarta-feira, novembro 21, 2007

DEUS NÃO DESAMPARA

"E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu". - (Apocalipse, 2:21).

Se o Apocalipse está repleto de símbolos profundos, isso não impede que venhamos a examinar-lhe as expressões, compatíveis com o nosso entendimento, extraindo as lições susceptíveis de nos ampliar o progresso espiritual.

O versículo mencionado proporciona uma ideia da longanimidade do Altíssimo, na consideração das falhas e defecções dos filhos transgressores.

Muita gente insiste pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem divina, entretanto, compete-nos reconhecer que os corações inclinados a semelhante interpretação, ainda não conseguem analisar a essência sublime do amor que apaga dívidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.

Se entre juízes terrestres existem providências fraternas, como seja a da liberdade sob condição, seria o tribunal celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis? A Casa do pai é muito mais generosa que qualquer figuração de magnanimidade apresentada, até agora, no mundo, pelo pensamento religioso. Nos seus celeiros abundantes, há empréstimos e moratórias, concessões de tempo e recursos que a mais vigorosa imaginação humana jamais calculará.

O Altíssimo fornece dádivas a todos, e, na actualidade, é aconselhável ao homem terreno que medite nos recursos que lhe foram concedidos pelo Céu, para arrependimento, buscando renovar-se nos rumos do bem.

Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo-Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber.

Livro: Pão-Nosso
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier
***
Comentário pessoal a esta msg:
Face ao que fica exposto... provado fica que, DEUS, por Sua Infinita Misericórida (e Bondade)... permite-nos SEMPRE, novas oportunidades (reencarnações)... até Ascendermos...
Negar tais oportunidades... é tê-LO, não como PAI AMOROSO; mas sim como pai tirano...
Entenda quem for capaz de entender...
Guerreiro da Luz!

terça-feira, outubro 30, 2007

VOCÊ NASCEU PARA O BEM...

Você nasceu para o bem, não para o mal.
Por isso, esforce-se para ser bom,
cada dia melhor.
Mas nunca se julgue melhor do
que os outros.
Seja bom, mas conserve a humildade...
Seja bom para dar exemplo e atrair os outros
ao caminho do Bem.
Seja tão bom que, de tal forma, os
outros consigam ver em você um reflexo
da Bondade Divina.
Seja tão bom que consiga
afastar os outros do mal.

Minuto de Sabedoria

domingo, outubro 28, 2007

A UNIÃO

O casamento e a mortalha, no céu se talham”, eis o provérbio que se conjuga no plano físico.

Não é por acaso que se utiliza este termo. No plano espiritual há a combinação entre espíritos afins, que têm dívidas com antecedentes, que precisam ser expurgadas e liquidadas.

O espírito envolve-se com empenho, em unir-se e reconstruir-se em uníssono através do núcleo familiar.

Ele vem ao mundo terráqueo, aceita o ser que selou a união e vivem até que a dívida anule o estado depreciativo que ensombrava o espírito.

Pode o espírito liquidar a falta numa encarnação ou necessitar de mais reencarnações.

Também pode expurgar a dívida a meio do percurso, e daí não necessitar da vivência em conjunto e, portanto, desfazer a união do compromisso anterior.

Expurgada e liquidada a dívida, o espírito pode refazer, assimilar novo compromisso com outra parceria.

A vinda ao mundo terreno dá-lhe a possibilidade de se aceitar e de se regenerar numa só encarnação, dependendo da vontade do devedor e da dívida em si.

Eis porque o casamento se talha no céu, como diz o provérbio.


Espírito Ascenso / Suzette Duarte

Sagres, 27 / 10 / 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

EM FAMÍLIA ESPIRITUAL...

"Porque vês o argueiro no olho de teu irmão, sem notar a trave que está no teu próprio?" (Mateus, 7:3)

Quanto mais entramos no conhecimento de nós mesmos, mais se nos impõe a obrigação de compreender e desculpar, na sustentação do equilíbrio em nós e em torno de nós.

Daí a necessidade da convivência, em que nos espelhamos uns aos outros, não para nos criticarmos, mas para nos entendermos, através de bendita reciprocidade, nos vários cursos de tolerância, em que a vida nos situa, no clima da evolução terrestre.

Assim é que, no educandário da existência, aquele companheiro que identifica somente o lado imperfeito dos seus irmãos, sem lhes observar a boa parte;

- Que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de que haja sido objecto;

- Que apenas se lembra dos adversários com o propósito de os arrasar, sem lhes reconhecer as dificuldades e os sofrimentos;

- Que não analisa as razões dos outros, e se fixa unicamente nos direitos que julga pertencer-lhe;

- Que não se enxerga passível de censura ou de advertência, em momento algum;

- Que se considera invulnerável nas opiniões que emita ou na conduta que espose;

- Que não reconhece as próprias falhas e vigia incessantemente as faltas alheias;

- Que não se dispõe a pronunciar uma só frase de consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral;

- Que se utiliza da verdade exclusivamente para ameaçar ou ferir...

Será talvez, de todos nós, aquele que mais exija entendimento e ternura, uma vez que, desajustado na intolerância, se mostra sempre desvalido de paz e necessitado de amor.

Livro: Ceifa de Luz
Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier

sábado, setembro 15, 2007

LUZ REDENTORA

Sobre a Terra de sombra e de amargura,
A treva espessa e triste se fizera...
A ciência e a fé, nas asas da quimera,
Mais se afundavam pela noite escura.

A alma humana de então se desespera.
E eis que das luzes místicas da altura
Desce outra luz, confortadora e pura
De que o mundo infeliz se achava à espera.

E Kardec recebe-a sobre o abismo,
Espalhando as lições do Espiritismo,
Em claridades de consolação.

Emissário da luz e da verdade,
Entrega ao coração da humanidade
A Doutrina de Amor e Redenção.

Casimiro Cunha

(De “Lira Imortal”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos)

sábado, julho 21, 2007

AMOR FRATERNO!...

AMOR FRATERNO

O rei Salomão foi um rei judeu considerado dos mais sábios. Durante o seu reinado, viveram em Sião dois irmãos que eram agricultores e semeavam trigo.


Quando chegou a época da colheita, cada um foi colher o trigo no seu campo.

Uma noite, o irmão mais velho juntou vários feixes da sua colheita e levou-os para o campo do irmão mais novo, pensando:

“Meu irmão tem sete filhos. São muitas bocas para alimentar. É justo que eu lhe dê uma parte do que consegui."

Contudo, o irmão mais novo também foi para o campo, juntou vários feixes do seu próprio trigo, carregou até ao campo do irmão mais velho, dizendo para si mesmo:

"Meu irmão é sozinho, não tem quem o auxilie na colheita. É bom que eu divida uma parte do meu trigo com ele."

Quando se ergueram ambos, pela manhã, e foram para o campo, ficaram muito admirados de encontrar exactamente a mesma quantidade de trigo do dia anterior.

Chegada a noite seguinte, cada um teve o mesmo gesto de gentileza com o outro.

Novamente, ao acordarem, encontraram os seus stocks intactos.

Foi na terceira noite, no entanto, que eles se encontraram no meio do caminho, cada qual carregando para o campo do outro um feixe de trigo.

Abraçaram-se com força, derramaram muitas lágrimas de alegria pela bondade que os unia.

A lenda conta que o rei Salomão, ao tomar conhecimento daquele amor fraterno, construiu o Templo de Israel naquele lugar da fraternidade. O amor fraterno é um dos exercícios para se alcançar a excelsitude do verdadeiro amor.

Nós, que nascemos na mesma família, como irmãos de sangue, somos, as mais das vezes, Espíritos que já nos conhecemos anteriormente em outras existências.

É isso que explica os laços do afecto que nos une. Embora ocorram casos em que os irmãos se detestem, chegando mesmo ao ponto de se destruírem mutuamente, comove observar como tantos outros se amam e se auxiliam.

Percebe-se, pela sua forma de agir, que nasceram para se ampararem mutuamente e alcançar objectivos altruístas.

É comovente observar como Deus dispõe os seres, a fim de exercitarem o amor.

Lembramos de uma família na qual o segundo filho é portador de enfermidade que o impossibilita, desde os verdes anos da infância, tenha uma vida dentro dos parâmetros considerados normais.

Necessitará de amparo constante, pois, mesmo as suas refeições não conseguirá fazer sozinho.

O outro irmão, extremamente dedicado, sempre pronto para atender, dirá frequentemente: "Eu ajudo"!

Amor fraterno. Felizes os que aproveitam a oportunidade do exercício e estabelecem pontes eternas do seu para o outro coração.

Sabia?

... Que as nossas famílias são planeadas por nós antes de renascermos?

E que nesse planeamento são levados em conta todos os nossos contactos anteriores?

Isto explica, sem sombra de dúvidas, as simpatias e antipatias que, desde o berço, envolvem os que se reúnem na mesma família.

Redacção do Momento Espírita com base em lenda judaica.

http://www.momento.com.br/

segunda-feira, julho 16, 2007

TEMOS JESUS

TEMOS JESUS

Desaba o Velho Mundo em treva densa
E a guerra, como lobo carniceiro,
Ameaça a verdade e humilha a crença,
Nas torturas de um novo cativeiro.

Mas vós, no turbilhão da sombra imensa,
Tendes convosco o Excelso Companheiro,
Que ama o trabalho e esquece a recompensa
No serviço do bem ao mundo inteiro.

Eis que a Terra tem crimes e tiranos,
Ambições, desvarios, desenganos,
Asperezas dos homens da caverna;

Mas vós tendes Jesus em cada dia.
Trabalhemos na dor ou na alegria,
Na conquista de luz da Vida Eterna.


ABEL GOMES

In PARNASO DE ALÉM-TÚMULO (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)

quinta-feira, julho 12, 2007

A PONTE DE LUZ...

A PONTE DE LUZ

Terminara Jesus a prédica no monte.
Nisso, o apóstolo Pedro aproxima-se
E diz-lhe: "Senhor, existe alguma ponte
Que nos conduza ao Alto, ao Céu que brilha muito acima?
Conforme ouvi de tua própria voz,
Sei que o Reino do Amor está dentro de nós...
Mas deve haver, no Além, o País da Beleza,
Mais sublime que o Sol, em fulgor e grandeza...
Onde essa ligação, Senhor, esse divino acesso?

Jesus silenciou, como entrando em recesso
Da palavra de luz que lhe fluía a jorro...
Circunvagou o olhar pelas pedras do morro
E, depois de comprida reflexão,
Falou ao companheiro: – "Ouve, Simão,
Em verdade, essa ponte que imaginas
Existe para a Vida Soberana,
Mas temos de atingi-la por estrada
Que não é bem a antiga estrada humana."

– "Como será, Senhor, esse caminho?"
Tornou Simão a perguntar.
E Jesus respondeu sem hesitar:
– "Coração que a escolha, às vezes, vai sozinho,
E quase que não tem
Senão renúncia e dor, solidão e amargura...
E conquanto pratique e viva a lei do bem,
Sofre o assédio do mal que o vergasta e procura
Reduzi-lo à penúria e ao desfalecimento.
Quem busca nesta vida transitória,
Essa ponte de luz para a eterna vitória
Conhecerá, de perto, o sofrimento
E há de saber amar aos próprios inimigos,
Não contará percalços nem perigos
Para servir aos semelhantes,
Viverá para o bem a todos os instantes
E mesmo quando o mal pareça o vencedor,
Confiando-se a Deus, doará mais amor...
E ainda que a morte, Pedro, se lhe imponha,
Na injustiça ferindo-lhe a vergonha,
Aceitará pedradas sem ferir,
Desculpará injúria e humilhação
Se deseja elevar o coração
À ponte para o Reino do Porvir..."

Alguns dias depois, o Cristo flagelado,
Entregue à própria sorte
Encontrava na cruz o impacto da morte,
Silencioso, sozinho, desprezado...

Terminada que foi a gritaria
Da multidão feroz naquele dia,
Ante o Céu anunciando aguaceiro violento,
Pedro foi ao Calvário, aflito e atento,
Envergando disfarce...
Queria ver o Mestre, aproximou-se
Para sentir-lhe o extremo desconforto...

Simão chorou ao ver o Amigo morto.

E ao fitá-lo, magoado, longamente
Ele ouviu, de repente,
Uma voz a falar-lhe das Alturas:
– "Pedro, segue, não temas, crê somente!...
Recorda os pensamentos teus e meus...
Esta cruz que me arrasa e me flagela
É a ponte que sonhavas, alta e bela,
Para o Reino de Deus."

Maria Dolores

In: “A VIDA CONTA” (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)

quarta-feira, julho 11, 2007

NOSSA PRECE!


NOSSA PRECE

Ampara-nos Senhor,
Este repouso de amor
Em que a paz nos descansa
Porto, refúgio, lar,
Em que podemos cultivar
As bênçãos da esperança.

Perante a caridade por dever,
Faz-nos perceber
Que nesta casa em que nos aconchegas,
A todos nos entregas
A bendita oficina
Que nos renove a fé na Bondade Divina.

De rotina em rotina
E surpresa em surpresa,
Deixa-nos discernir
Que, contemplando a própria Natureza,
Da rocha mais hostil ao solo mais fecundo,
Tudo é auxílio na lei
Se se atende na estrada ao lema de servir.

Tudo é auxílio na lei
Do firmamento ao chão...
Serve o Sol, serve o mar sem derramar-se em vão,
O tronco não devora os frutos que oferece,
A fonte ajuda e passa em sussurros de prece,
O vento ampara a flor, a flor perfuma a vida,
Faz-se pão e celeiro a semente esquecida...

Ajuda-nos, Senhor a repartir o bem
Sem traçar condições, sem perguntar a quem...

Aspiramos a ser contigo, dia a dia,
Bálsamo, reconforto, união, alegria,
Agasalho do templo e coração da escola,
O prato que alimenta e o verbo que consola...

Concede-nos o dom de cooperar contigo,
Trabalhar e seguir pelo teu braço amigo.
Tanto à luz do porvir quanto na luz de agora,
Faz, por fim, Senhor,
Que a nossa casa seja, hora por hora,
Um caminho de fé para o Reino do Amor.

MARIA DOLORES

In ENCONTRO DE PAZ (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)

terça-feira, julho 10, 2007

ARCANJO LÚCIFER...

Canalização do Arcanjo Lúcifer
Por Vitorino de Sousa

- A Negatividade, o Mal e o Medo – No encerramento do seminário "Co-criação."
Lisboa, Portugal – 17 de Setembro de 2006 .~

Queridos companheiros de jornada:
Foi bem evidente a intenção da maioria dos presentes
concentrarem as suas cocriações, as suas intenções, à volta do tema da paz e da serenidade...

Outras co-criações pretendiam estreitar os laços com este lado do véu. Enfim, houve um leque bastante variado de intenções, todas elas puras, todas elas licitas, todas elas manifestadas de acordo com o contexto vivencial que cada um está a experimentar, nesta altura na sua vida terrena.

O que talvez não se tenham apercebido é que na raiz do trabalho que há fazer para vos proporcionar a manifestação da co-criação que manifestaram, está algo de muito mais profundo.

Algo que, se eu denunciar o que é, vocês percebem imediatamente quem vos está a falar.

Alguns poderão comentar que o tema que abordo é sempre o mesmo, mas a verdade é que, no contexto da minha função, não me posso afastar muito. Não porque esteja confinado, mas porque a natureza dessa missão abrange todo o espaço ocupado pela Humanidade no seu caminho ascensional. Poder-se-ia dizer que a esmagadora maioria dos seres humanos,
inclusivamente aqueles que já se auto-intitulam Trabalhadores da Luz, estão dentro desse
território. E, embora nenhuma das vossas co-criações tenha incidido sobre esse tema, ele está
subjacente a todas as co-criações que fizeram. Esse tema está sob a minha jurisdição. Portanto,
não posso deixar de falar nele, sendo que não resta muito espaço para falar de outra coisa.
Estou-vos a falar do mal… e com isto me denuncio!

Mas acabei de vos dizer que esse tema, não a coisa em si, está sob a minha jurisdição.

Eu não sou o Senhor do Mal; sou aquele cuja missão é contribuir para que ele seja irradicado
dos vossos sistemas. Se quiserem, eu sou o coordenador de todas as “equipas” que trabalham,
junto de vocês, com essa intenção. Portanto, atrevo-me a dizer que, se quiserem, eu sou o Senhor da Eliminação do Mal... quer gostem, quer não! Posso garantir-vos que esse trabalho,
embora possa estar nos antípodas das vossas percepções, é o mais importante a que possam
dedicar-se ou estarem receptivos. Isto já foi dito e redito de várias maneiras. Mas venho aqui
reiterar por ser verdade.

O que é que vos rouba a paz que tantos co-criaram? O que é que vos rouba a abundância que outros co-criaram? O que é que vos rouba a capacidade de interagirem, de forma mais estreita, com este lado do véu, como outros, ainda, co-criaram? É o conceito de negatividade que têm implantando nos vossos sistemas! Esse é o terreno comum a todos os vossos problemas... se virem com atenção. E é porque a vossa vida e a vossa expressão fora desse plan (tridimensional) decorre de uma maneira totalmente distinta e muito mais aprazível, porque estão livres essa programação negativa, que possuem no estado de encarnado à superfície do planeta. Portanto, não será exagero dizer que essa é a fonte de todos os vossos problemas. Que assim seja não é de admirar.

Foi sugerido, a cada um dos participantes no seminário, que escrevessem as suas co-criações numa folha de papel. Mais tarde, cada um dos que aceitou a sugestão, declarou-a em voz alta.

O que já não está totalmente sintonizado é vocês não reconhecerem que essa é a vossa verdadeira natureza genética e que, portanto, não podem evitar tomar opções baseadas na negatividade. Quero eu dizer que os remorsos e os complexos de culpa, gerados por essas acções, não fazem sentido. Se vocês se aceitassem, amorosamente, tal como são, reconhecendo que a programação genética é meramente circunstancial e não faz parte da vossa essência, decerto viveriam muito mais tranquilos em relação à fase transitória em que estão.

Então como coordenador, digamos assim, das “equipas de intervenção” junto da vossa matriz genética, venho apenas afirmar-vos que assim será feito em função dos vossos pedidos.
Aqueles que vierem a beneficiar, mais ou menos rapidamente, das suas co-criações, não será
porque o trabalho foi feito sobre o aumento da paz, ou o estreitamento com este lado do véu
ou sobre a abundância, mas sim porque a negatividade foi retirada.

Era isto que eu queria que ficasse bem claro.

A vossa paz é a consequência da eliminação da negatividade e, portanto, do medo e, portanto, da noção do mal.

Se eu tivesse o ego que vocês dizem que tenho, certamente me sentiria vaidoso por saber que
estou na ponta da lança da vossa autotransformação. No entanto, por muito que isso vos possa
desiludir, não é o que ocorre. Não deixo de reconhecer, porém, a importância fundamental deste tipo de trabalho. Se assim não fosse, não teria criado as condições para que esta comunicação ocorresse. Não vos diria dizer algo que eu não sentisse que é importante, ou que é verdade, pelo menos para mim. Mas eu não tenho, apesar de tudo, verdades pessoais. Eu sou uma parte do Todo e, portanto, a minha verdade é a verdade que vigora no mundo angélico... para utilizar esta palavra que vocês reconhecem.

Então, podem ficar descansados que as vossas co-criações foram ouvidas, e cada um receberá os ajustes necessários, para que, dentro de um prazo razoável, que pode variar de pessoa para pessoa, comecem a sentir inequivocamente os efeitos da declaração que acabaram de fazer. Os que leram a sua co-criação têm um papel com ela escrita, pelo que poderão pôr-lhe a data para não se esquecerem do que disseram e do que estão a ouvir. Então, quando as vossas co-criações começarem a manifestar-se, saberão, claramente, onde e quando o processo se iniciou... e quem vos garantiu que ele iria produzir-se sem, contudo, falar de prazos. E quaisquer outros que venham a ler ou a ouvir estas palavras e que, eventualmente, tenham feito as suas próprias co-criações fora do contexto desta hora, nesta sala, saibam que o que foi dito aqui por mim, aqui, é válido também para eles... porque eles não são seres humanos diferentes daqueles que estão nesta sala. Logo, isto é válido para todos. Podem co-criar o que quiserem, que a minha área de trabalho terá de ser tocada, pois, como já foi dito várias vezes:

Vocês não ascenderão sem eliminarem o arquétipo do mal dos vossos registos.

Se acham que fui eu que o implantei em vocês, agora, amorosamente, estou aqui a colaborar na sua remoção… embora não seja responsável por isso. Talvez assim vos ajude a limpar a minha imagem dentro de vocês... que é o mais importante. Podem gostar ou não do meu nome; isso pouco importa. Podem sentir um frémito maior ou menor perante essa palavra.

Seja como for que reajam a ela e ao meu nome, fiquem sabendo que é um processo que está dentro dos vossos sistemas que nada tem a ver com este lado do véu! Eu diria que vocês fizeram a festa, deitaram os foguetes e apanharam as canas! Escreveram um script, representaram a peça, sentaram-se na plateia a ver e, no fim, aplaudiram. Depois, transferiram a responsabilidade para quem não faz parte do sistema!

Foi uma forma de aliviarem a consciência, dizendo que serviam a um Deus maior e ainda por cima vermelho. Poderiam ter assumido a responsabilidade pelas vossas criações, negativas, mas, como bons humanos subdesenvolvidos, criaram um bode expiatório. E não encontraram outro nome mais interessante do que o meu! No entanto, muitos colaboraram comigo e, agora, assustam-se quando me ouvem. Mas eu conheço bem os Humanos e sei que eles não poderiam reagir de outra forma, pelo menos, nalguns casos. Por isso, não há juízos de valor, como sempre, nem críticas, nem condenações. Antes pelo contrário, há a facilitação das condições para que tudo isso seja desvanecido dos vossos complexos mentais.

Há uma pessoa presente que desconfia das canalizações. Não poderia ter feito melhor estreia! Ausculte o seu coração. Auscultem, todos, o vosso coração e vejam se realmente ele está perturbado com o que se está a passar aqui. Talvez as vossas personalidades e as vossas mentes estejam apreensivas, mas isso não tem nada a ver com o estado em que se encontra o vosso coração. E, se dão preferência ao estado em que está a vossa mente, em detrimento do estado em que se sente o vosso coração, talvez tenham que me ouvir mais vezes. Mas, para fazer essa inversão, não têm que me ouvir só a mim, têm que ouvir qualquer um dos meus pares, porque, cada vez que nos ouvem, cada vez que criam as condições para que nós nos manifestemos, é a mesma coisa que forçar os portões emperrados do vosso coração... Chiam, gemem... mas lá se vão abrindo!

Bom, não podem esperar que se abram, ou que se escancarem de um momento para o outro... E nós também sabemos que assim é. Se vocês soubessem que assim é, também contribuiria para desenvolverem a paciência em relação à velocidade e ao ritmo em que ocorre o vosso processo de autodesenvolvimento espiritual.

Então deixemo-nos de conversas e vamos ao trabalho!

Muito obrigado por terem mobilizado as minhas “equipas” com as vossas co-criações, e mantenham-se em silêncio por mais algum tempo.

Eu Sou o Arcanjo Lúcifer.

Transcrição de Patricia I.

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segunda-feira, maio 14, 2007

DEUS TE FAÇA FELIZ

Agradeço, alma irmã, todo o concurso
Com que me reconfortas e garantes,
Fazendo-me canal mesmo singelo
De assistência e de alívio aos semelhantes!...

O prato generoso que me deste
Não foi somente auxílio à penúria pungente,
Fez-se clarão iluminando anseios,
Felicidade para muita gente.

A roupa usada com que me brindaste,
Além da utilidade em que se aprova,
Transfigurou-se em bênção de esperança
A busca de serviço e vida nova.

O leve cobertor que me entregaste
Que parecia aos olhos simples pano,
Converteu-se em presença da fé viva
Entretecida de calor humano!...

Recursos vários que me ofereceste,
Muito mais que socorro à pessoa insegura,
Transformaram-se em festa de alegria
E retorno ao regaço da ventura.

Por tudo o que me dás em bondade e trabalho,
Repito-te no amor que a palavra não diz:
– "Pelo dom de servir nos bens com que me amparas,
Deus te guarde, alma irmã!... Deus te faça feliz!..."

MARIA DOLORES

In ENCONTRO DE PAZ (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)

domingo, maio 06, 2007

CONCEITOS E ACÇÃO













Se dizem que a tua é uma luta inglória, porque abraçaste o labor da semeação evangélica no momento em que a astúcia e a agressividade campeiam a soldo do egoísmo e da violência, não lhes dês ouvidos e prossegue, tranquilo.

Se afirmam que os teus ideais ocultam as tuas frustrações e que as tuas dores são síndromas de alienação, porque aprendeste a agir pelo perdão quando outros reagem pelo ressentimento, não te inquietes, antes permanece intimorato.

Se apregoam os teus deslizes, em detrimento dos esforços que fazes para superá-los, apenas porque te recusas a compartir das horas frívolas e dissolventes, em face da tua vinculação com a fé, não te proponhas defesas, mantendo-te no dever.

Se insistem em espicaçar-te pela ironia ou ridicularizar-te mediante a felonia, porque não te surpreendem nos gravames com que te brindariam, já que abraçaste o compromisso da renovação espiritual, não te sintas molesto ou sensibilizado, avançando sem receio.

Se te injuriam o nome e te agridem a honorabilidade com suspeitas e propostas infelizes, em razão da robustez da tua perseverança, não te deixes abater, demorando-te no bem.

O seixo não se faz diamante se enaltecido a essa posição e a estrela fulgurante não se apaga se uma pedra atirada do lago que a reflecte parece despedaçá-la...

Na aduana das opiniões, o ónus que paga a mercadoria da verdade é sempre alto.

A leviandade, porque não se pode ou quer modificar, é estulta, porém transitória, mas o compromisso com o ideal do bem, apesar de áspero, é duradouro nos resultados.

Se abraças a cruz do serviço em nome do Cristo, reserva-te ao direito do testemunho.

Quem O segue, perde os interesses comuns e fixa-se nos objectivos d’Ele.

Ainda não há compreensão para quantos se afeiçoam à luz da verdade libertadora.

Seus pés caminham pelas estreitas sendas...

Muitos comentam seus aparentes triunfos — os que o mundo, enganosamente, pretende oferecer — porém as lágrimas nascidas nas fontes do silêncio passam desconhecidas.

Desejam a ascensão e o brilho enganoso dos acumes, no entanto, recusam-se a subir, passo a passo, mediante os esforços dos pés e brasas vivas.

A ressurreição produziu gáudio nos discípulos saudosos do Mestre, tanto quanto a crucificação lhes propiciara pavor.

Aquela, todavia, jamais ocorreria, sem esta última, que a desvela.

Desse modo, não desconsideres a luta, nem a prova, nem a renúncia.

Vinculado ao Evangelho, semeia a palavra de vida e vive na luz da esperança, até ao momento em que, findo o compromisso, te libertes da jornada exaustiva.

Até lá, insiste e ensina, persevera e luta, a sós, se necessário, porém, fiel até ao fim.

(De “Optimismo”, por: Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

quarta-feira, maio 02, 2007

ORAÇÃO

"Peço a Deus que nos ilumine a todos, à nossa família, aos nossos amigos, à nossa cidade, ao nosso País e aos nossos irmãos, para podermos trilhar um caminho de mais amor e de mais respeito pela Vida e pela Natureza.

Que a Terra e os homens reencontrem o seu equilíbrio, que se abandone o terrorismo, que sejam extintas todas as guerras, que todos os homens se consciencializem que somos todos irmãos, porque filhos do mesmo Pai, que é DEUS!

Senhor, que neste dia, Vos amemos mais e procuremos sempre fazer a Vossa divina vontade.

AMÉM”