CHAMO-ME CARIDADE
Chamo-me Caridade o simples nome
De um coração amigo em senda escura,
A esmolar-te migalha de ternura
Para aqueles que a lágrima consome!
Vê como a sombra aspérrima enclausura
A tristeza, a nudez, a mágoa e a fome!
Sem alívio de bálsamo que o tome,
Corre o pranto mortal da desventura.
Venho por Ele, o Cristo, que te espera,
Rogar-te amparo e amor à alma sincera,
Mesmo se o fel te amargue o peito aflito!
Semeia paz e luz por onde fores,
E encontrarás ao fim das próprias dores,
O roteiro de sóis para o Infinito!...
Auta de Souza
(De: “Sonetos de Vida e Luz”, de Waldo Vieira – Espíritos Diversos)
terça-feira, fevereiro 24, 2009
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