Horas de angústia e lágrimas transponho...
Chegara, em desespero, o fim do dia.
Caminhando, ao meu lado, a Fantasia
Gritava para mim, no último sonho:
– «A Morte é o Nada e a paz sem agonia!...»
E escutando-a, cansado, os olhos ponho
Além do mundo, no cairel medonho
De horrendo caos, buscando a noite fria...
Era o anelado fim... Súplice avanço
E rogo à Morte a bênção do descanso,
Descendo, em pranto, às trevas abismais.
Mas em lugar das regiões serenas,
Sob nova tortura, encontro apenas
O abutre do remorso e nada mais...
Antero de Quental
In POETAS REDIVIVOS (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)
terça-feira, novembro 28, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário