Ajuda sempre, filho meu.
Pensa no bem, exalta-lhe a grandeza e intensifica-lhe os dons na Terra.
A glória mais expressiva do perdão não reside tanto na superioridade daquele que o dispensa, mas sim na soma de benefícios gerais que virão depois dele. O mais alto valor do concurso fraterno não está contido no socorro às necessidades materiais de ordem imediata mas, sim, no estímulo à confiança e à fraternidade.
Somente os espíritos em desequilíbrio extremo, fundamentados e cristalizados no mal, menosprezam as manifestações do bem.
Sei que é difícil julgar o destino de uma dádiva e, por vezes, o teu pensamento perde-se, inutilmente, em complicadas conjecturas.
“Terei dado para o bem? Terei dado para o mal?“ – Interrogas-te a ti mesmo.
Mas, se não deste quanto possuis, se apenas concedeste migalhas do tesouro que o Senhor te confiou, não poderás ajudar ao próximo, tranquilamente, em nome do mesmo generoso Senhor que tudo te emprestou no mundo, a título precário!
Claro que te não rogo favorecer o crime e a desordem visíveis ao nosso olhar. Entretanto, se te posso pedir alguma coisa, em tempo algum te negues à cooperação fraterna.
Não abandones o enfermo, receando aborrecimentos, e nem fujas ao irmão desditoso que caiu nas malhas da justiça, temendo dissabores.
Se a tua bondade não for compreendida, aprende a esperar.
Não é mais cristão aquele que serve por amor de servir, sem qualquer expectativa de remuneração?
Não te esqueças de que o Mestre foi conduzido ao madeiro da angústia, por ajudar e amar sempre...
Segue, auxiliando.
Será melhor assim, porque todos estamos sob o olhar da Vigilância Divina.
O homem que ajuda por vaidade e ostentação, quase sempre, em pouco tempo, cria para si mesmo o hábito de auxiliar, atingindo sublimes virtudes. Aquele, porém, que muito fiscaliza os beneficiados e raciocina com excesso quanto ao “dar” e ao “não dar” converte-se, não raro, em calculista da piedade, a endurecer o coração, por séculos numerosos.
Ouve! Estamos à frente do tempo infinito...
É imprescindível semear.
Não adubes o vício e o crime. Todavia, não olvides que é necessário plantar muito amor, para que o amor nos favoreça.
In: “ALVORADA CRISTÔ (Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio)
quinta-feira, julho 06, 2006
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