Alma Livre VII
Por: Wagner Borges
Há almas boas, tranquilas e magnânimas, que, como a primavera, fazem bem a todos. São almas livres das peias do egoísmo e do personalismo barato. Por isso, são semelhantes às estrelas: brilham muito! No entanto, o seu brilho não ofusca ninguém. É pura luz, suave e terna, de quem carrega a paz perene dentro de si mesmo.
Ah, essas almas livres! Tão serenas e generosas, jamais julgam alguém, harmonizam a todos e, discretamente, longe das luzes ilusórias do mundo, levam os toques de cura silenciosamente entre os homens da Terra, esquecidos de si mesmo. Essas almas magnânimas voam pela imensidão da consciência cósmica e, também, pelos céus secretos dos corações.
São como irmãs mais velhas da humanidade, cheias de sabedoria e toques de maturidade, mas, consideram-se crianças diante da grandeza da vida em todos os planos. Ah, essas almas serenas! Nem precisam falar, pois o seu olhar amoroso já diz tudo, de espírito a espírito, dentro do coração. E, quando alguém se sente tocado subtilmente por sua compaixão, fica difícil dizer algo.
Então, a mente se cala e as lágrimas rolam quietinhas, lavando a alma, enquanto o coração, menino encantado, apenas sorri, pois só ele é que compreende “O AMOR QUE AMA SEM NOME”.
Ah, essas almas anónimas e amigas da humanidade! Se elas pudessem, eliminariam todas as dores do mundo. Mas, elas sabem que há leis maiores regulando a evolução das muitas humanidades espalhadas pela imensidão sideral, e que certas lições precisam ser compreendidas antes dos homens galgarem níveis mais profundos de manifestação.
Por isso, enquanto a humanidade não desperta do sono consciencial, elas velam secretamente e ajudam a todos incondicionalmente, de formas subtis, sem que a própria humanidade as perceba directamente. E aí, é só o menino coração que as vê, com os olhos espirituais e, sem que nada seja dito, tudo lhe é revelado.
Então, ele apenas sorri, quietinho, e agradece ao Grande Arquitecto do Universo por ter enviado essas grandes almas para eliminarem a noite escura da ignorância dos homens. Essas grandes almas, boas, tranquilas e magnânimas, que, como a primavera fazem bem a todos.
PS.: Essas almas livres são um presente de Deus aos corações sensíveis à paz.
Na noite escura do egoísmo e da fome de amor dos homens, são elas que, pacientemente, abraçam e energizam aqueles que aspiram por um mundo melhor e tentam seguir os bons propósitos, mesmo sob o peso das provas difíceis da existência.
No silêncio do invisível, essas pessoas valorosas são muito amadas e abraçadas por outras grandes almas amigas. No mundo dos homens tristes, poucos são aqueles que sabem ou percebem tais presenças serenas.
E a maioria sequer cogita sobre alguma coisa a mais...
No entanto, aqui e agora, deixo registada, mais uma vez, a alegria de escrever sobre essas grandes almas, sabendo que, dentro da sintonia de cada leitor, há um menino coração, encantado.
E somente ele há-de compreender, sorrir e sentir o toque subtil de amor dessas consciências elevadas e livres.
Nota: As seis partes anteriores estão colocadas na minha coluna da revista on-line do site do IPPB:
www.ippb.org.br
E vêm sendo publicadas na sequência, na revista Espiritismo e Ciência.
PEQUENA CANÇÃO DE KRISHNA
(No Coração do Dharma)
Krishna, que saudade de Você!
Daquelas auroras, quando, no alto da montanha,
Você despertou minha consciência.
Então, eu me elevei no Samadhi!
E vi você no Céu, nas Estrelas, na Terra,
Em meu coração, no coração de todos e em Tudo!
Agora, dentro do corpo, meu espírito sente saudades,
Da Sua Luz e do Seu toque.
Mas, em meu coração, eu sinto o Seu sorriso!
E você me diz: "Eu estou aqui! Não se sinta sozinho"!
Então, a saudade se vai, e só fica o amor.
Paz e Luz!
São Paulo, 23 de Setembro de 2005.
segunda-feira, outubro 17, 2005
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