terça-feira, janeiro 31, 2006

A SENDA ESTREITA

"Porfiai por entrar pela porta estreita..." – JESUS. (Lucas, 13:24.)

Não te aconselhes com a facilidade humana para a solução dos problemas que te inquietam a alma.

Realização pede trabalho.

Vitória exige luta.

Muitos jornadeiam no mundo na larga avenida dos prazeres efémeros e esbarram no cipoal do tédio ou da intemperança, quando não sucumbem sob as farpas do crime.

Muitos preferem a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos e caem, desavisados, nos fojos de tenebrosos enganos, quando não se despenham nos precipícios de tardio arrependimento.

Seja qual for a experiência em que te situas, na Terra, lembra-te de que ninguém recebe um berço entre os homens para se acomodar com a inércia, no desprezo deliberado às leis que regem a vida.

Nosso dever é a nossa escola.

Por isso mesmo, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter limpa e constante, no culto das obrigações assumidas diante do Bem Eterno.

Para sustentá-la, é imprescindível sacrificar no santuário do coração tudo aquilo que constitua bagagem de sombra no campo de nossas aspirações e desejos.

Adaptarmo-nos à disciplina do próprio espírito na garantia da felicidade geral é estabelecer em nós próprios o caminho para o Céu que almejamos.

Não te detenhas no círculo das vantagens que se apagam em fulguração passageira, uma vez que a ociosidade compra, em desfavor de si mesma, as chagas da penúria e as trevas da ignorância.

Porfia na renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.

Não desdenhes a provação e o trabalho, a abnegação e o suor.

E, em todas as circunstâncias, recorda sempre que a "porta larga" é a paixão desregrada do "eu" e a "porta estreita" é sempre o amor intraduzível e incomensurável de Deus.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

segunda-feira, janeiro 30, 2006

VAI, ANÍBAL...

Caríssimos:

O texto que se segue, está inserido na Obra Mediúnica: "Memórias de um Suicida", ditada pelo Espírito de Camilo Castelo Branco, em meados do século XX, a uma Médium brasileira.

Coloquei-a, tanto quanto possível, no nosso português, e, se a quiserdes receber em formato Word, graciosamente, via E-mail, solicitai-a para este endereço:

naluz@clix.pt

*******
"— Vai, Aníbal... e dá dos teus labores à Legião de Minha Mãe!
Socorre com Meus ensinamentos, que tan­to prezas, os que mais destituídos de luzes e de forças encontrares, confiados aos teus cuidados...
Pensa, de preferência, naqueles cujas mentes hão desfalecido sob as penalidades do suicídio...
Entreguei-os, de há muito, à direcção de Minha Mãe, porque só a inspiração maternal será bastante caridosa para os erguer para Deus!
Ensina-lhes a Minha palavra!
Desperta-os, recordando-lhes os exemplos que deixei!
Através de Minhas lições, ensi­na-os a amar, a servir, a dominar as paixões, apondo sobre elas as forças do Conhecimento, a encontrar as es­tradas da redenção no cumprimento do Dever, que para os homens tracei, a sofrer com paciência, porque o so­frimento é prenúncio de glória, alavanca poderosa do progresso...
Abre-lhes o livro das tuas recordações!
Lem­bra-te de quando me ouvias, na Judeia... e ilumina-os com as claridades do Meu Evangelho, pois é só isso o que lhes falta!...”

JESUS DE NAZARÉ

A RIQUEZA REAL

"Porque o meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades..." – PAULO. (Filipenses, 4:19.)

Cada criatura transporta em si mesma, os valores que amealha na vida.
Os sábios, por onde transitam, conduzem no espírito os tesouros do conhecimento.
Os bons, onde estiverem, guardam na própria alma a riqueza da alegria.
Os homens de boa-vontade carreiam consigo, os talentos da simpatia.
As pessoas sinceras ocultam na própria personalidade a beleza espiritual.
Os filhos da boa-fé cultivam as flores da esperança.
Os companheiros da coragem irradiam de si mesmos a energia do bom ânimo.
As almas resignadas e valorosas enriquecem-se com os dons da experiência.
Os obreiros da caridade são intérpretes da Vida Superior.
A riqueza real é atributo da alma eterna e permanece incorruptível naquele que a conquistou.
Por isso mesmo reconhecemos que o ouro, a fama, o poder e a autoridade entre os homens são meras expressões de destaque efémero, valendo por instrumentos de serviço da alma, no estágio das reencarnações.
Desassisado (desatinado) será sempre aquele que indisciplinadamente disputa as aflições da posse material, olvidando que há mil caminhos sem sombras para buscarmos, com o próprio coração e com as próprias mãos, a felicidade imperecível.
A responsabilidade deve ser recebida, não provocada.
Muitos ricos da fortuna aparente da Terra funcionaram na posição de verdugos do Cristo, sentenciado à morte entre malfeitores, entretanto, o Divino Mestre, com as simples e duras traves da Cruz, produziu, usando o amor e a humildade, o tesouro crescente da vida espiritual para os povos do mundo inteiro.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

sexta-feira, janeiro 27, 2006

DOENTES EM CASA

"E a paz de Deus domine nos vossos corações, para a qual também fostes chamados num corpo, e sede agradecidos." –, PAULO. (Colossenses, 3:15.)

Se abordasses agora o Plano Espiritual, para lá da morte física, e aí encontrasses criaturas queridas em dificuldade, que farias?

Aqui, talvez surpreendesses um coração paterno em frustração, mais além abraçarias um companheiro ou um associado, um filho ou um irmão, carregando resultado infeliz de certas acções vividas na Terra...

Que comportamento adoptarias se as Leis Divinas te outorgassem livre passaporte para as Esferas Superiores, facultando-te, porém, a possibilidade de permanecer com os seres inesquecíveis, em tarefas de amor?

Decerto, decidir-te-ias pela opção insopitável.

Não desejarias compartilhar os Céus com a dor de haver abandonado corações inolvidáveis à sombra transitória a que se empenharam com os próprios erros.

Reconhecê-los-ias como doentes reclamando protecção.

Demorar-te-ias junto deles, na prestação do auxílio necessário.

Referimo-nos à imagem para considerar que os parentes enfermos ou difíceis são criaturas, às quais, antes do berço em que te refizeste no Plano Físico, prometeste amparo e dedicação.

Nascem no grupo familiar, realmente convidados por ti mesmo, para o teu convívio, para que os possas assistir no devido refazimento.

Entendemos sobre este assunto que existem casos para os quais a segregação hospitalar demorada e distante é a medida que não se pode evitar, mas se tens contigo alguém a quem ames, a erguer-se por teste permanente de compreensão e paciência, no instituto doméstico, não afastes esse alguém do clima afectivo em que te encontres, sob o pretexto de asserenar a família ou de a beneficiar.

Guarda na tua própria casa, tanto quanto puderes, os parentes portadores de provações e não lhes decretes o exílio, ainda mesmo a preço de ouro.

Apoia-os, sempre que se mostrem, com as necessidades e lutas que lhes marcam a existência, na certeza de que todos eles são tesouros de Deus, nas tarefas sob a tua responsabilidade, ante a assistência e a supervisão dos Mensageiros de Deus.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

PERGAMINHO DE LUZ

Hordas de brutos tentam tomar de assalto o templo sagrado da Espiritualidade.

São estupradores emocionais, que querem arrombar a porta dos arcanos celestes, mas sem possuírem as credenciais de paz e luz em seus anseios violentos.

Não possuem os pré-requisitos básicos para as empreitadas na luz superior.

São brutais no assédio, mas fracos de espírito por dentro.

Almejam o poder, não a sabedoria.

O mundo está cheio dessas hordas de brutos confusos, e o amor passa longe de seus corações.

A Grande Luz é generosa, mas conhece os segredos e as intenções de todos.

Por isso o acesso aos portais espirituais, que levam aos planos superiores, só é permitido aqueles que apresentarem as condições luminosas compatíveis com os objectivos colimados.

"Quem quer mais luz, que apresente luz no seu serviço e nos seus objectivos."

Um axioma hermético diz: "Para achar ouro, há que ter um pouco de ouro."

Isso afirma e revela o processo de transmutação pelo qual o iniciado precisa passar; expressa a sua alquimia interior, onde o homem de ferro, submetido ao cadinho das experiências renovadoras, se transforma no homem dourado de amor.

A riqueza está no seu coração. O brilho mora nos seus olhos.

O ouro é a luz que carrega, são os seus valores espirituais, adquiridos com muito esforço ao longo da senda.

O iniciado foi purgado secretamente.

A sua vida não é mais sua, pois tornou-se um servidor da Luz Maior.

O homem antigo foi-se, e surgiu um novo brilho na sua aura.

A luz é dele, e ele é da Luz Universal.

"Para achar ouro, há que ter um pouco de ouro."

Ou seja, "para achar a Luz Maior, há que ter um pouco de luz em si mesmo."

O Grande Hierofante (a) é justo!


Ele sabe quem é servidor da Luz, e quem é servidor do ego inferior.

Ele conhece os meandros da consciência e o intrincado dos labirintos emocionais.

Não há quem possa ludibriá-Lo.

Anjos e homens, estrelas e átomos, a todos Ele conhece.

Ele é o Senhor da Consciência Cósmica.

Que os iniciados e buscadores espirituais elevem as suas consciências até Ele.

Com humildade e real objectivo de crescer, voem nas asas da prece silenciosa e sincera, e fiquem nus, em espírito, diante Daquele que é o Poder Supremo.

Que Ele olhe nos vossos corações e veja quem é o servidor real que se apresenta.

Só Ele, O Sábio dos sábios, O Ancião dos Dias, Eterna Criança, é que dirá a verdade de cada um, dentro do coração.

Que os brutos se acautelem! Nos seus anseios inferiores está o germe de seus futuros infortúnios.


Quanto mais violência e leviandade perpetrados, maior serão os seus desgostos nos dias vindouros.

Cada acção implica numa reacção correspondente na natureza.

E esse é um dos sete princípios (b) que governam a vida dos seres.

Todo o efeito procurará a sua causa correspondente.

Quem procura a violência, encontrará a violência!

Que os incautos saibam disto! Os dias sucedem-se, as vidas passam, a roda da vida gira, e os efeitos florescerão no devido tempo, sempre à procura de seu causador.

Que os tolos e os brutos riam disto!

Enquanto isso, os sábios e os iniciados calam-se, pois eles sabem as regras do jogo de viver.

Eles sabem que há princípios superiores a vigorar invisivelmente no Cosmo e na vida de todos os seres.

E, acima deles, O Todo que está em tudo!

O sábio escuta a lição e pratica-a na sua vida.

O néscio escuta a lição e debocha dela.

E isso é o correcto, pois se o néscio não debochasse dela, então não seria a lição.

A lição profunda jamais será compreendida pelas mentes medíocres.

O sábio ri e aplica o princípio superior da lição na sua vida, e voa contente nas asas da consciência liberta.

O néscio só debocha e afunda no lodo de sua ignorância.

Que os buscadores sinceros aprendam esta lição!

Pobres daqueles que rebaixarem os valores espirituais ao nível dos anseios do ego inferior.


Investir os potenciais da luz espiritual em objectivos torpes e atitudes mesquinhas é emaranhar-se nos intrincados nós das trevas das consciências.

O resultado disso é a formação de faixas trevosas apertando o coração, e a consequente entrada na senda da dor.

O iniciado respeita os princípios superiores e pauta os seus objectivos e atitudes por eles.

Entretanto, os brutos e néscios só sofrem o efeito das leis, rindo primeiro, e gemendo de dor depois, ao longo da fieira reencarnatória obrigatória, que os purgará das peias da ignorância mediante severas provas, que arrefecerão os seus ímpetos levianos, e, finalmente, os levarão ao despertar da consciência.

Benditos são aqueles que evoluem pela lição!

No coração do sábio não há espaço para mesquinharias. Ele é rico, pois aprendeu e aplicou a lição. Ele é alegre e simples, generoso e ético, lúcido e pacífico.


Que os buscadores compreendam a lição e a pratiquem.

Paz e Luz.

- Os Iniciados (c) – Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Jundiaí, 12 de Dezembro de 2005.

- Notas:
a).- Hierofante: dentro do contexto das iniciações esotéricas da antiguidade, era o mestre que testava o neófito (calouro) nas provas iniciáticas. Quando se afirma que o Todo (Deus, O Supremo, O Absoluto, O Grande Arquitecto Do Universo) é o Grande Hierofante, é no sentido de que Ele é o Supremo iniciador de todos os seres, pois está em tudo!


b).- Sobre os sete princípios herméticos, ver o texto "Orvalho Celeste e Princípios Herméticos" - postado em minha coluna da revista on line de nosso site - www.ippb.org.br

c).- Os Iniciados: grupo extra físico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direccionadas aos estudantes espirituais do presente.
Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista.
Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são "iniciados" em fazer o bem, sem olhar a quem.

Wagner Borges

quinta-feira, janeiro 26, 2006

SAIBAMOS SER... PARA SABERMOS EXISTIR!!!















Mesmo que nos falte força e coragem para comentarmos; mesmo que silenciemos por medo; mesmo que a ignorância atávica nos tolha vontades; mesmo que nos falte sabedoria divina por incúria e culpa própria... anotemos o que nos é dito e mudemos de rumo, se for caso disso.

Saibamos SER FILHOS DE DEUS, PARA SABERMOS VIVER E EXISTIR n' ELE!

DELE TUDO RECEBEMOS PARA SUBIRMOS A ESCADA QUE A ELE NOS CONDUZ!

TENHAMOS CORAGEM PARA ABRIR E ANALISAR:

http://somostodosum.ig.com.br/boletim/2006.asp

A PERDA IRREMEDIÁVEL

"Portanto, vede como andais..." PAULO. – (Efésios, 5:15.)

Aprende a ver com o Cristo as dificuldades e as dores que te rodeiam, a fim de não empobreceres o próprio coração à frente dos tesouros com que o Senhor nos enriquece a vida.


Muitas vezes, a calúnia que te persegue é a força que te renova a resistência para a vitória no bem e, quase sempre, a provação que te sitia no cárcere do infortúnio é apenas o aprendizado benéfico a soerguer-te das trevas para a luz.

Em muitas ocasiões, a mão que te nega alimento transforma-se em apelo ao trabalho santificante através do qual encontrarás o pão abençoado pelo suor do próprio rosto e, por vezes numerosas, o obstáculo que te visita, impiedoso, é simples medida da esperança e da fé, concitando-te a superar as próprias fraquezas.

O ouro, na maioria dos casos, é pesada cruz de aflição nos ombros daqueles que o amealham e a evidência no mundo, frequentemente, não passa de ergástulo em que a alma padece angustiosa solidão.

Descerra a própria alma à riqueza divina, esparsa em todos os ângulos do campo em que se te desdobra a existência e incorporemo-la aos nossos sentimentos e ideias, palavras e acções, para que todos os que nos palmilham a senda se sintam ricos de paz e confiança, trabalho e alegria.

Lembra-te de que a morte, por meirinho celeste, tomará contas a cada um.

Recorda que os mordomos da fortuna material, tanto quanto as vítimas da carência de recursos terrestres, sábios e ignorantes, sãos e doentes, felizes e infelizes comparecerão ao acerto com a justiça indefectível, e guarda contigo a certeza de que a única flagelação irremediável é aquela do tempo inútil, na caminhada humana, porque afectos e haveres, oportunidades e valores, lições e talentos voltam, de algum modo, às nossas mãos, através das reencarnações incessantes, mas a hora perdida é um dom de Deus que não mais voltará.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

terça-feira, janeiro 24, 2006

O CAMINHO DA PAZ!


















Dos grandes flagelos do mundo antigo, salientavam-se dez que rebaixavam a vida humana:

1 - A barbárie, que perpetuava os desregramentos do instinto.
2 - A fome, que atormentava o grupo tribal.
3 - A peste, que dizimava populações.
4 - O primitivismo, que irmanava o engenho do homem e a habilidade do castor.
5 - A ignorância, que alentava as trevas do espírito.
6 - O insulamento, que favorecia as ilusões do feudalismo.
7 - A ociosidade, que categorizava o trabalho à conta de humilhação e penitência.
8 - O cativeiro, que vendia homens livres nos mercados da escravidão.
9 - A imundície, que relegava a residência terrestre ao nível dos brutos.
10 - A guerra, que suprime a paz e justifica a crueldade e o crime entre as criaturas.

***
- Veio a política e, instituindo vários sistemas de governo, anulou a barbárie.
- Apareceu o comércio e, multiplicando as vias de transporte, dissipou a fome.
- Surgiu a ciência, e exterminou a peste.
- Eclodiu a indústria, e desfez o primitivismo.
- Brilhou a imprensa, e proscreveu-se a ignorância.
- Criaram-se o telégrafo sem fio e a navegação aérea, e acabou-se o insulamento.
- Progrediram os princípios morais, e o trabalho fulgiu como estrela na dignidade humana, desacreditando a ociosidade.
- Cresceu a educação espiritual, e aboliu-se o cativeiro.
- Agigantou-se a higiene, e removeu-se a imundície.

***
Mas nem a política, nem o comércio, nem a ciência, nem a indústria, nem a imprensa, nem a aproximação entre os povos, nem a exaltação do trabalho, nem a evolução do direito individual e nem a higiene conseguem resolver o problema da PAZ, porquanto a guerra – monstro de mil faces que começa no egoísmo de cada um, que se corporifica na discórdia do lar, e se prolonga na intolerância da fé, na vaidade da inteligência e no orgulho das raças, alimentando-se de sangue e lágrimas, violência e desespero, ódio e rapina, tão cruel entre as nações supercivilizadas do século 20, quanto já o era na corte obscurantista de Ramsés 2º -
somente desaparecerá quando o Evangelho de Jesus iluminar o coração humano, fazendo que os habitantes da Terra se amem como irmãos.

É por isso que a Doutrina Espírita no-lo revela, actualmente, sob a luz da Verdade, fiel ao próprio Cristo que nos advertiu, convincente:

- «Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres.»


EMMANUEL - Do livro "Religião dos Espíritos", 41, Francisco Cândido Xavier, FEB
Reunião pública de 08/06/1959
Questão nº 743

sábado, janeiro 21, 2006

A LIÇÃO DA ESPADA









"Não cuideis que vim trazer a paz à Terra..." – JESUS. (Mateus, 10:34.)

"Não vim trazer a paz, mas a espada" – disse-nos, o Senhor.

E muitos aprendizes prevalecem-se da feição literal de Sua palavra, para estender a sombra e a perturbação.

Valendo-se-lhe do conceito, inúmeros companheiros consagram-se ao azedume no lar, conturbando os próprios familiares, impondo-lhes modos de crer e pontos de vista, vergastando-lhes o entendimento, ao invés de os ajudar na plantação da fé viva quando não se desmandam em discussões e conflitos, polemizando sem proveito ou acusando, indebitamente, a todos aqueles que lhes não comunguem a cartilha de violência e de crueldade.

O mundo, até a época do Cristo, legalizara a prepotência do ódio e da ignorância, mantendo-lhe a terrível dominação, através da espada mortífera da guerra e do cativeiro, em sangrentas devastações.

A realeza do homem era a tirania revestida de ouro, arruinando e oprimindo onde estendesse as garras destruidoras.

Com Jesus, no entanto, a espada é diferente.

Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos.

É por isso que o Seu exemplo não justifica os instintos desenfreados de quantos pretendam ferir ou guerrear em Seu nome.

A disciplina e a humildade, o amor e a renúncia marcam-lhe as atitudes em todos os passos da senda.

Flagelado e esquecido, entre o escárnio e a calúnia; o perdão espontâneo fluí-lhe, incessante, da alma, para somente retribuir bênção por maldição, luz por treva, bem por mal.

Assim, se recebeste a espada simbólica que o Mestre nos trouxe à vida, lembra-te de que a batalha instituída pela lição do Senhor permanece viva e rija, dentro de nós, a fim de que, ensarilhando sobre o pretérito a espada de nossa antiga insensatez, venhamos a convertê-la na cruz redentora, em que combateremos os inimigos de nossa paz, ocultos no nosso próprio "eu", em forma de orgulho e intemperança, egoísmo e animalidade, consumindo-os ao preço de nossa própria consagração à felicidade dos outros, única estrada susceptível de nos conduzir ao Império definitivo da Grande Luz, pois que...

- "Só pelo Amor será salvo o Homem", nos soube elucidar o Senhor!

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

terça-feira, janeiro 17, 2006

DESCULPAR

"Jesus disse-lhe: Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete." (Mateus, 18:22.)

Atende ao dever da desculpa infatigável diante de todas as vítimas do mal para que a vitória do bem não se faça tardia.

Decerto que o mal contará com os empreiteiros que a lei do Senhor julgará no momento oportuno, entretanto, na nossa feição de criaturas igualmente imperfeitas, susceptíveis de lhe acolher a influência, vale perdoar sem condição e sem preço, para que o poder de semelhantes intérpretes da sombra se reduza até à integral extinção.

Recorda que acima da crueldade encontramos, junto de nós, a ignorância e o infortúnio que nos cabe socorrer cada dia.

Quem poderá, com os olhos do corpo físico, medir a extensão da treva sobre as mãos que se envolvem no espinheiral do crime?

Quem, na sombra terrestre, distinguirá toda a percentagem de dor e necessidade que produz o desespero e a revolta?

Dispõe-te a desculpar hoje, infinitamente, para que amanhã sejas também desculpado.

Observa o quadro em que respiras e reconhecerás que a natureza é pródiga de lições no capítulo da bondade.

O sol releva, generoso, o monturo que o injuria, convertendo-o sem alarde em recurso fertilizante.

O odor miasmático do pântano, para aquele que entende as angústias da gleba, não será mensagem de podridão mas sim rogativa comovente, para que se lhe dê a bênção do reajuste, de modo a transformar-se em terra produtiva.

Tudo na vida roga entendimento e caridade para que a caridade e o entendimento nos orientem as horas.

Não olvides que a própria noite na Terra é uma pausa de esquecimento para que aprendamos a ciência do recomeço, em cada nova alvorada.

"Faz a outrem, aquilo que desejas te seja feito" – advertiu-nos o Amigo Excelso.

E somente na desculpa incessante de nossas faltas recíprocas, com o amparo do silêncio e com a força da humildade, é que atingiremos, com passo definitivo, o reino do eterno bem com a ausência de todo mal.

In: “CEIFA DE LUZ” (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)

segunda-feira, janeiro 16, 2006

CARIDADE DO ENTENDIMENTO

"Agora, pois, permanecem estas três, a fé, a esperança e a caridade; porém, a maior destas é a caridade." – PAULO. (I Coríntios, 13:13.)
*******
Na sustentação do progresso espiritual precisamos tanto da caridade quanto do ar que nos assegura o equilíbrio orgânico.


Lembra-te de que a interdependência é o regime instituído por Deus para a estabilidade de todo o Universo e não olvides a compreensão que devemos a todas as criaturas.

Compreensão que se exprima, através de tolerância e bondade incessantes, na sadia convicção de que ajudando aos outros é que poderemos encontrar o auxílio indispensável à própria segurança.

À frente de qualquer problema complexo naqueles que te rodeiam, recorda que não seria justa a imposição de teus pontos de vista para que se orientem na estrada que lhes é própria.

O Criador não dá cópias e cada coração obedece a sistema particular de impulsos evolutivos.

Só o amor é o clima adequado ao entrelaçamento de todos os seres da Criação e somente através dele nos integraremos na sinfonia excelsa da vida.

Guarda, em todas as fases do caminho, a caridade que identifica a presença do Senhor nos caminhos alheios, respeitando-lhes a configuração com que se apresentem.

Não te esqueças de que ninguém é ignorante porque o deseje e, estendendo fraternos braços aos que respiram atribulados na sombra, diminuirás a penúria que se extinguirá, por fim, no mundo, quando cada consciência se ajustar à obrigação de servir sem mágoa e sem exigência, na certeza de que apenas amando e auxiliando sem reclamar é que permaneceremos felizes na ascensão para Deus.

In: “CEIFA DE LUZ” (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)

sábado, janeiro 14, 2006

A FAMÍLIA

(Adaptei ao Português de Portugal)

Tremenda surpresa ocorre na nossa mente no momento da morte.

A despeito de nossas próprias opiniões anteriores, continuamos vivos.
O corpo retorna ao reino inorgânico, sujeito que está à mutação universal, enquanto reconhecemos que a morte é renascimento.
A forma física dissolve-se, mas a alma é a mesma.
O espírito levanta-se do cérebro abandonado, tornando-se um novo ser.
Durante essa transformação, as sensações físicas chamam-nos de volta, mas, enquanto isso acontece, a consciência desperta.
Temos de rever as nossas contas.
Muitas vezes, deparamos com inúmeros débitos que têm de ser pagos.
Nem sempre damos conta dos nossos enganos, mas a lei Cármica sabe de tudo e, esses débitos são transportados para a existência seguinte: por sua causa, voltamos ao mundo físico em novo nascimento.
Geralmente, nascemos outra vez entre aqueles que são nossos inimigos de vidas passadas, a fim de os enfrentar, no amor, superando essas antigas ofensas.

Às vezes, ressurgem-nos no lar sob diferentes formas e os chamamos de pai ou mãe, filho ou filha, marido ou mulher, amigos ou vizinhos.
Ninguém entra na nossa vida, seja a que nível for, sem ter uma sólida razão para entrar!
A possibilidade do reequilíbrio é, assim, restaurada.

A prática do amor abre as portas da compreensão.
Se erros foram cometidos ontem, preciso se torna corrigi-los hoje.
A reencarnação traz esclarecimentos acerca das aversões e das súbitas hostilidades nos círculos familiares que, aparentemente, não têm sentido.

Por essa razão, temos no nosso lar terreno uma escola de redenção, na qual o sofrimento atinge sua finalidade.
Vencemo-lo pela resignação, não contraindo novas dívidas!
Os obstáculos, numa família, podem ser a maneira pela qual o amor encaminha a uma existência melhor, pois paciência gera força.
Não chega haver disciplina numa família, o lar exige que nos tornemos altruístas e tenhamos consideração pelos outros membros, pois cá se fazem, cá se pagam!

Tudo isto não pode ser alcançado com promessas e ostentações.
Essa conquista é realizada no silêncio da alma, no seu ensejo de assegurar a felicidade aos seus próprios parentes.
Esteja, pois, atento à caridade no seu próprio lar.

Faça bom uso das vantagens do momento que passa.
Quase sempre se encontra numa família com a finalidade de trabalhar pela sua própria purificação.
Não a retarde, pois terá de prestar contas à vida.
A oportunidade está, mais uma vez, ao seu alcance.
Procure amar e esquecer no lar, mais e mais; se já estiver a fazer isso, pode dizer: Venci!

In: “ENTRE IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS” (Obra recebida por: Waldo Vieira, ditada pelo Espírito de: Anderson)

sexta-feira, janeiro 13, 2006

PARA ENCONTRAR DEUS

A vida cristã gira em torno do amor fraterno. Podemos expressar o que de melhor existe dentro de nós.

O Evangelho ensina-nos que a cada momento (tudo depende de nós), pode haver um recomeço, a fim de ganharmos a presença do Cristo.

Paciência é o poder que nos traz o reino da felicidade. Jesus sabe das nossas deficiências e assiste-nos (se aceitarmos Sua ajuda) com a sua tolerância. Ajudemo-nos uns aos outros. Viver, é a lei.

Devemos ser fiéis às nossas pequenas promessas. Muita gente acha-se completamente absorvida em glórias celestes, ao passo que cuida pouco das pequenas coisas.

Despertemos. Devoção exige realização. Aquele que sabe torna-se responsável. O mundo precisa de ajuda.

Sirvamos (sempre) em todas as oportunidades. Tanto no Evangelho, como na vida prática, devemos olhar para a frente.

Jesus disse: "Porventura não se vendem dois passarinhos por um asse? E nem um deles cairá sobre a terra sem vosso Pai saber. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça, todos eles estão contados."

Não podemos medir a glória de Deus à nossa volta, mas podemos reconhecer os divinos atributos de Deus através do nosso amor ao semelhante, (pois somos Deus em acção.)

Tanto quanto se sabe, a definição do Novo Testamento: "Deus é amor; e aquele que se demora no amor, demora-se em Deus e Deus está nele", encerra a promessa de que, vivendo e praticando o amor puro, o homem finalmente alcançará o estado de união com o seu Criador, para sempre. (Só pelo Amor será salvo o Homem - Jesus).

Desejamos encontrar Deus? Então, precisamos seguir a Jesus, o Cristo. Servir com Ele é aliviar os problemas da vida.

As coisas de Deus não nos chegam por acaso. A felicidade e a paz, no reino da alma, vêm dos trabalhos do amor. Quando encontramos amor nos nossos corações, Jesus está lá.
*
"Porque, onde está o teu tesouro, aí também estará o teu coração." – Jesus (Mateus, 6:21).

In: “ENTRE IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS” (Médium: Waldo Vieira/Espírito: Anderson)

quinta-feira, janeiro 12, 2006

EM ORAÇÃO

Na véspera da partida do Senhor, no rumo de Sidon, o culto do Evangelho, na residência de Pedro, revestiu-se de justificável melancolia.

As actividades do estudo edificante prosseguiram, mas o trabalho da revelação, de algum modo, experimentaria interrupção natural.

A leitura de comoventes páginas de Isaías foi levada a efeito por Mateus, com visível emotividade; entretanto, nessa noite de despedidas, ninguém formulou qualquer indagação.

Intraduzível expectativa pairava no semblante de todos.

O Mestre, por si, absteve-se de qualquer comentário, mas, no término da reunião, levantou os olhos lúcidos para o Céu e suplicou fervorosamente:

- Pai, acende a Tua Divina Luz em torno de todos aqueles que Te olvidaram a bênção, nas sombras da caminhada terrestre.

- Ampara os que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.

- Ajuda os que não se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da miséria e do infortúnio.

- Socorre os que não se lembram de agradecer aos benfeitores.

- Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos do vício, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.

- Levanta os que olvidaram a obrigação de serviço ao próximo.

- Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.

- Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência na carne é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da Eternidade.

- Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.

- Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes.

- Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.

- Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver-te o juízo, condenando os próprios irmãos.

- Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho dos outros com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.

- Estende paternais mãos a todos os que olvidaram a sentença de morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.

- Esclarece os que se perderam nas trevas do ódio e da vingança, da ambição transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando não passam de escravos, dignos de compaixão, diante de teus sublimes desígnios.

- Eles todos, Pai, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por Tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem...
A essa altura, interrompeu-se a rogativa singular.


Quase todos os presentes, inclusive o próprio Mestre, mostravam lágrimas nos olhos e, no alto, a Lua radiosa, em plenilúnio divino, fazendo incidir seus raios sobre a modesta vivenda de Simão, parecia clamar sem palavras que muitos homens poderiam viver esquecidos do Supremo Senhor; entretanto, o Pai de Infinita Bondade e de Perfeita Justiça, amoroso e recto, continuaria velando...

(In: “Jesus no Lar” por: Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Neio Lúcio

terça-feira, janeiro 10, 2006

ANTE O INFINITO

AMADURECIDA a compreensão na maioridade mental, percebe o homem a sua própria pequenez, à frente do Infinito.

Reconhece que a vida divina palpita soberana, desde os princípios magnéticos do mundo sub atómico até às mais remotas constelações.

Observa que o Planeta, grande e sublime pelas oportunidades de elevação que nos oferece, é simples grão de areia, quando comparado ao imenso universo.

Cercado por sóis e mundos incontáveis, ergue-se, dentro de si mesmo, para indagar, quanto aos problemas da morte, do destino, da dor... Suas perguntas silenciosas atravessam o Espaço incomensurável, em busca das eternas revelações...

Para o coração alimentado pela fé e elevado à glória do ideal superior, o Espiritismo com Jesus traz a sua mensagem iluminada de esperança.

Interrogando o Infinito, que se estende triunfante, no Espaço e no Tempo, os homens ouvem a palavra dos vivos que os antecederam, na grande viagem do túmulo, afirmando com imponente beleza:

– Irmãos, a vida não cessa!...

Tudo é renovação e eternidade.

Tanto quanto as leis cósmicas nos governam a experiência física, indefectíveis leis morais dirigem-nos o espírito.

Abstende-vos do mal.

Os compromissos da alma com os planos inferiores constituem aumento de densidade no seu veículo de manifestação.

Nosso corpo espiritual, em qualquer parte, reflectirá a luz ou a treva, o céu ou o inferno que trazemos em nós mesmos.

Cultivai a fraternidade e o bem, porque, hoje e amanhã, colheremos da própria sementeira.

Além das fronteiras de sombra e cinza, onde se esfriam e se desintegram os derradeiros farrapos da carne, a vida continua, impondo-nos o resultado de nossas próprias acções.

Amai o trabalho e engrandecei-o!

É por ele que a civilização se levanta, que a educação se realiza e que a nossa felicidade se perpetua.

Na Pátria das Almas, chora amargamente o espírito que se esqueceu da riqueza oculta, olvidando que somente pelo serviço conseguimos desenvolver as nossas possibilidades de crescimento interior para a imortalidade.

Aceitai o acto de servir e ajudar, não como castigo, mas sim como preciosa honra que o Divino Poder nos confere.

Não vos inquietem no mundo o orgulho coroado de louros e o vício com a iniquidade, aparentemente vitoriosos!...

A Justiça reina, imperecível.

Quem humilha os outros será humilhado pela própria consciência e o instituto universal das reencarnações funciona igualmente para todos, premiando os justos e corrigindo os culpados.

Cada falta exige reparação.

Cada desequilíbrio reclama, reajuste.

Os padecimentos colectivos da sociedade humana constituem a redenção de séculos ensanguentados pela guerra e pela violência.

As aflições individuais são remédios proveitosos à cura e refazimento das almas.

Anexai os desejos do reino de vosso "eu" aos sábios desígnios do Reino de Deus.

O egoísmo e a vaidade encarceram-nos na lama da Terra.

Lede as páginas vivas da Natureza e buscai a vida sã e pura, usando a boa-vontade para com todos.

Simplificai vossos hábitos e reduzi as vossas necessidades.

Tende confiança, sede benevolentes, instruí-vos, amai e esperai!

Crescei no conhecimento e na virtude para serdes mais fortes e mais úteis.

Além dos horizontes que o nosso olhar pode abranger, outros mundos e outras humanidades evolvem no rumo da perfeição!...

Todos somos irmãos, filhos de um só Pai, que nos aguarda sempre, de braços abertos, para a suprema felicidade no eterno bem!...

E, ouvindo os sagrados apelos de Cima, o coração que desperta para a vida superior compreende, enfim, que Deus é a Verdade Soberana, que o trabalho é a nossa bênção, que o amor e a sabedoria representam a nossa destinação e que a alma é imortal.

In: ROTEIRO ( Médium: Francisco Cândido Xavier / Espírito: Emmanuel)

segunda-feira, janeiro 09, 2006

DIANTE DA TERRA

DIANTE da luta humana, o espírito que amadureceu o raciocínio e despertou o coração, sente-se cada vez mais só, mais desajustado e menos compreendido.

Por vagas crescentes de renovação, gerações diferentes surgem no caminho, impondo-lhe conflitos sentimentais e lutas acerbas.

Estranha sede de harmonia invade-lhe a alma.

Habitualmente, identifica-se por estrangeiro na esfera da própria família.

Ilhado pela corrente escura das desilusões, a sucederem-se, ininterruptas, confia-se ao tédio infinito, guardando enrijecido o coração.

Essa, porém, não é a hora da desistência ou do desânimo.

O fruto amadurecido é a riqueza do futuro.

Quem se equilibra no conhecimento é o apoio daquele que oscila na ignorância.

Que será da escola quando o aluno, guindado à condição de mestre, fugir do educandário, a pretexto de não suportar a insipiência e a rudeza dos novos aprendizes?

E quem estará assim tão habilitado, perante o Infinito, ao ponto de menosprezar a oportunidade de prosseguir na aquisição da Sabedoria?

A Terra é a venerável instituição onde encontramos os recursos indispensáveis para atender ao nosso próprio burilamento.

Milhões de vidas formam o pedestal em que nos erigimos e, alcançando o grande entendimento, cabe-nos auxiliar as vidas iniciantes, por nossa vez. (Vede, aqui, o porquê e necessidade das nossas múltiplas Reencarnações). Felizes os que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir!!!

Por isso, na plenitude do discernimento, reclamamos uma fé que nos reaqueça a alma e nos soerga a visão, a fim de que a madureza de espírito seja reconhecida por nós como o mais belo e o mais valioso período de nossa romagem no mundo, ensinando-nos a agir sem apego e a servir sem recompensa.

Situados no cimo da grande compreensão, não prescindimos da grande serenidade.

Se, com o decurso do tempo, registamos o nosso isolamento íntimo, quando alimentados pelo ideal superior, depressa observamos a nossa profunda ligação com a Humanidade inteira.

Informamo-nos, pouco a pouco, de que ninguém é tão indigente que não possa concorrer para o progresso comum e tomamos, com firmeza, o lugar que nos compete no edifício da harmonia geral, distribuindo fragmentos de nós mesmos, no culto da fraternidade bem vivida.

Valendo-nos da ressurreição de hoje para combater a morte de ontem, encontramos na luta o esmeril que polirá o espelho de nossa consciência, a fim de nos convertermos em fiéis reflectores da beleza divina.

O mundo, por mais áspero, representará para o nosso espírito a escola de perfeição, cujos instrumentos correctivos bendiremos, um dia.

Os companheiros de jornada que o habitam, connosco, por mais ingratos e impassíveis, são as nossas oportunidades de materialização do bem, recursos de nossa melhoria e de nossa redenção, e que, bem aproveitados por nosso esforço, podem transformar-nos em heróis.

Não há medida para o homem, fora da sociedade em que viva.

Se é indubitável que somente o nosso trabalho colectivo pode engrandecer ou destruir o organismo social, só o organismo social pode tornar-nos individualmente grandes ou miseráveis.

A comunidade julgar-nos-á sempre pela nossa atitude dentro dela, conduzindo-nos ao altar do reconhecimento, ao tribunal da justiça ou à sombra do esquecimento.

O Espiritismo, sob a luz do Cristianismo, vem ao mundo para nos acordar.

A Terra é o nosso temporário domicílio.

A Humanidade é a nossa família real.

Todos estamos destinados por Deus a gloriosa destinação.

Em razão disso, Jesus, o Divino Emissário do Amor para todos os séculos, proclamou a realidade irretorquível:

– "Das ovelhas que o Pai me confiou nenhuma se perderá."

In: ROTEIRO (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

domingo, janeiro 08, 2006

ORIENTAÇÕES PARA 2006

ENCONTREI E REPASSO:

"Como já vem sendo tradição, para que as pessoas se preparem e fiquem atentas, falarei sobre as energias que estarão vigentes no ano de 2006.
Lembro que remar a seu favor ajudar-nos-á a vivê-las de uma maneira mais amena e consciente.
O ano de 2006 terá a particularidade de ser regido pelo planeta Saturno.
O que vem a ser isso?
A fama de Saturno não é muito boa, principalmente entre os neófitos em astrologia ou aqueles que gostam de ler sobre o assunto em jornais e revistas.
É explicável, pois esse planeta exige planeamento, organização, estrutura, dedicação e seriedade, fazendo com que coloquemos os pés no chão, na condução do assunto da casa astrológica e signo por onde passa.
Assim, possibilita-nos ampliar a nossa consciência.
O seu efeito é como de uma “blitz”, daquelas que nos pára no trânsito fiscalizando a velocidade, a forma como estamos dirigindo e as condições do veículo.
Com Saturno não há “jeitinhos”; daí a sua fama de cruel, mas o que seria de nós se não tivéssemos limites?
Prepare-se, então, para sofrer uma inspecção.
Onde? No assunto que diz respeito à casa ou signo onde está Saturno no seu mapa natal.
A acção de Saturno fica bem visível em duas fases da nossa vida.
Na adolescência, quando se opõe à casa/signo onde está no mapa natal, fase marcada pelo choque com os limites dados pela sociedade, necessários à estruturação da personalidade.
E por volta dos 28 anos de idade, o chamado “retorno de Saturno”, quando o planeta entra em conjunção com sua posição natal, isto é, passa pelo mesmo ângulo e signo.
É uma fase de encontro com a sombra, com aquilo que detestamos, com os medos e os bloqueios. São, normalmente, dois períodos de crises, marcados por questionamentos e revoltas.
Será esta, então, a tónica do novo ano?
Calma, gente!
As energias zodiacais apontam-nos obstáculos mas, quando encarados como desafios, são oportunidades de crescimento espiritual, de ampliação de consciência.
Além disso, astrologicamente falando, nada é absoluto e o Universo conspira a nosso favor.
Procuremos analisar o momento actual do planeta.
Estamos a caminhar a passos largos para a chamada “transição planetária” que trará mudanças radicais na energia e vida terrestres, profetizadas por religiões, videntes e místicos.
O Universo, como um grande organismo vivo, expande-se e contrai-se, pulsando como o coração humano, estando em constante mutação.
A humanidade tem judiado a natureza, desmatando, poluindo, desrespeitando a sua Mãe Terra. A cobrança poderá vir a ser mais forte ainda.
É hora da humanidade ouvir o grito da Terra ou arcará com as consequências do mal que está a causar.
É a “lei da acção e reacção”, “lei do retorno”, a obrigatória colheita do que se está a plantar. Acontecimentos recentes de furacões, terramotos, tufões, tornados, vulcões entrando em erupção, têm-nos mostrado que o clima está a mudar a passos largos, que a Terra está a rugir e poderá rugir ainda mais forte em 2006.
O planeta Terra está a mudar a sua frequência vibracional – está a entrar na Quarta Dimensão – e exige que acompanhemos esse “upgrade” quântico.
Saturno é o guardião do umbral e da porta da transcendência.
Saturno traz uma energia de contracção.
Ele questiona, limita, fecha, cobra, concentra, conserva e estrutura.
Será, então, um ano para pararmos e pensarmos no que estamos a fazer.
Estamos a cuidar direito do Planeta?
Respeitamos a vida existente?
Cuidamos de forma racional dos recursos naturais?
Serão suficientes para garantir a vida da população que cresce ávida por consumo, produzindo lixo e poluição de maneira quase descontrolada?
Sabemos que a natureza humana é fraca e que muito facilmente se deixa iludir, perdendo-se na dualidade e nos prazeres efémeros.
Precisamos de algo que nos traga para a verdade, para a razão, que nos limite, desafie, incitando à reflexão sobre o papel que desempenhamos aqui, como seres espirituais encarnados.
Saturno traz isso.
E a sua vida particular?
Está equilibrado matéria/espírito?
Está a resgatar o seu karma e a criar darma?
Pode-se falar também que Saturno é o senhor do karma.
Ele lembrar-nos que a nossa passagem pela Terra tem como motivo importante, o resgate de nossa dívida kármica e, depois, por via dele, nossa evolução espiritual.
Que não podemos repetir os erros de vidas passadas.
Este questionamento dá-se de maneira inconsciente e pode causar certo desconforto, bem lá no fundo de nossa alma.
Saturno pára-nos.
É o mestre que chama para a realidade humana, para assumir sua vida.
O objectivo é voltarmo-nos para o nosso interior, para o crescimento espiritual, para os requisitos necessários para a jornada, para nos relembrarmos do que viemos fazer ao planeta que, com certeza, não foi apenas para passear, ou, para nos divertirmos.
Que precisamos parar de reclamar e fazer a nossa parte de maneira correcta e ética, criar esse aludido darma, obedecendo às leis e regras sociais vigentes.
Parar de apontar para os defeitos dos outros e olhar para o próprio umbigo.
O ano de 2006 será propício para a ampliação da consciência, a noção de que é melhor orientar do que resolver – ensinar a pescar e não dar o peixe.
Os melhores programas assistenciais são aqueles que fornecem condições para as pessoas crescerem e não os que as tornam dependentes.
Saturno traz amadurecimento. Ufa! Seja bem-vindo!
Tudo o que estiver bem planeado e estruturado terá excelentes chances de dar certo e ser durável.
Verifique onde está o seu Saturno natal e veja o que deverá ser trabalhado em 2006:
- Casa 1/Áries – Maior amor-próprio, melhoria na auto estima, sua identidade, vida nova, cuidar do corpo, actividade física;
- Casa 2/Touro – Ter mais paciência, buscar segurança, respeito por si mesmo, criar escala de valores;
- Casa 3/Gémeos – Aprendizado/conhecimento e comunicação, ouvir antes de falar;
- Casa 4/Câncer – Cuidar dos seus sentimentos, da família, do lar;
- Casa 5/Leão – Brilhar, ser um farol onde estiver a actuar, isto é, um exemplo, cuidar de sua cria/filhos, ter criatividade, buscar realização, amor pessoal;
- Casa 6/Virgem – Servir ao próximo como a si mesmo, busca de auto-conhecimento, cuidar da saúde, ser mais detalhista e perfeccionista;
- Casa 7/Libra – Buscar equilíbrio e harmonia interior, conciliar, colocar-se no lugar dos outros, relacionar-se;
- Casa 8/Escorpião – Desapego, mudança de consciência, verdade, ver nos outros um espelho, transformação;
- Casa 9/Sagitário – Liberdade, expansão de consciência, busca de espiritualidade e sabedoria (aplicar o conhecimento adquirido);
- Casa 10/Capricórnio – Planeamento, estrutura, responsabilidade, ensinar e não resolver, carreira profissional;
- Casa 11/Aquário – O lema da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Independência para todos e amor incondicional;
- Casa 12/Peixes – Não julgar, não esperar retorno, entendimento, aceitação da vida, compaixão, conclusão.Um maravilhoso 2006, com muita Paz, Amor e Prosperidade!" Citei!

Por Ivan Maia Fernandes –
esoteraph@ig.com.br

sábado, janeiro 07, 2006

MISSÃO DO ESPIRITISMO

Foto: Allan Kardec

A MISSÃO do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as escolas de fé, até agora existentes.

Cristo acolheu a revelação de Moisés.

A Doutrina dos Espíritos apoia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos. Jesus não critica nenhum dos Profetas do Velho Testamento.

O Consolador Prometido não vem para censurar os pioneiros dessa ou daquela forma de crer em Deus.

O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos.

Há milénios que a mente humana gravita em redor de patrimónios efémeros, como sejam os da precária posse física, atormentada por pesadelos carnais de variada espécie.

Guerras de todos os matizes consomem-lhe as forças.

Flagelos de múltiplas expressões situam-lhe a existência nas limitações aflitivas e dolorosas.

Com a morte do corpo, não atinge a libertação.

Além-túmulo, prossegue atenta às imagens que a ilusão lhe armou ao caminho, escravizada a interesses inconfessáveis.

Em plena vida livre, guarda, ordinariamente, a posição da criatura que venda os olhos e marcha, impermeável e cega, sob pesadas cargas que lhe dobram os ombros.

A obstinação em disputar satisfações egoísticas, entre os companheiros da carne, constitui-lhe deplorável inibição e os preconceitos ruinosos, os terríveis enganos do sentimento, os pontos de vista pessoais, as opiniões preconcebidas, as paixões desvairadas, os laços enfermiços, as concepções cristalizadas, os propósitos menos dignos, a imaginação intoxicada e os hábitos perniciosos representam fardos enormes que constrangem a alma a passo vacilante, de atenção voltada para as experiências inferiores.

A nova fé vem alargar-lhe a senda para mais elevadas formas de evolução.

Chave de luz para os ensinamentos do Cristo, explica o Evangelho não como um tratado de regras disciplinares, nascidas do capricho humano, mas como a salvadora mensagem de fraternidade e alegria, comunhão e entendimento, abrangendo as leis mais simples da vida.

Aparece-nos, então, Jesus, na maior extensão de sua glória.

Não mais como um varão de angústia, insinuando a necessidade de amarguras e lágrimas, mas sim na qualidade de herói da bondade e do amor, educando para a felicidade integral, entre o serviço e a compreensão, entre a boa-vontade e o júbilo de viver.

Nesse aspecto, vemo-lo como o maior padrão de solidariedade e gentileza, apagando-se na manjedoura, irmanando-se com todos na praça pública e amparando os malfeitores, na cruz, na extrema hora, de passagem para a divina ressurreição.

O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em acção para reerguer a alma humana e sublimar a vida.

O Espaço Infinito, pátria universal das constelações e dos mundos, é, sem dúvida, o clima natural de nossas almas, entretanto, não podemos esquecer que somos filhos, devedores, operários ou companheiros da Terra, cujo aperfeiçoamento constitui o nosso trabalho mais imediato e mais digno.

Esqueçamos, por agora, o paraíso distante para ajudar na construção do nosso próprio Céu.

Interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio reajuste, perante a Lei do Bem Eterno, e, servindo incessantemente com a nossa fé à vida que nos rodeia, a vida, por sua vez, nos servirá, infatigável, convertendo a Terra em estação celestial de harmonia e luz para o acesso de nosso espírito à Vida Superior.

In: ROTEIRO (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

quarta-feira, janeiro 04, 2006

PETIÇÃO FRATERNA A BENTO XVI

Caríssimo Irmão Bento XVI

Rogamos ao Senhor sua saúde física, emocional, mental e espiritual, para que, com muita coragem, possa Restaurar (Ressuscitar) a Teoria da Reencarnação, ausente dessa Igreja desde os tempos enoitados da imperatriz Teodora.

Todos os da LUZ Crística desejam que esta Restauração se faça urgente, pois que, não existe mais tempo para esquecimentos ou lapsos doutrinários.

A vossa Santa Sé não deve pedir mais perdão à Humanidade. Deve sim, alterar sua dogmática, conformando-a segundo a Mensagem e Doutrina do Senhor Jesus/Sananda, o Cristo de Deus.

A bem da humanidade terrena e da LUZ, pedimos, respeitando vosso Livre-arbítrio, promova urgentemente a Restauração da Reencarnação, meio ou instrumento que o Altíssimo a todos permite, em ordem a que, na Terra ou em outro mundo habitado, possam, cumprindo Sua Lei, alcançar sua Iluminação.

Com isso, toda a TERRA se iluminará, deixando de ser a sombra que do Alto se vislumbra... possibilitando, também, melhorar a sua entrada em dimensão seguinte, a quarta!

Se João Paulo II, do Mundo Espiritual, lhe enviou mensagem, a mesma não poderá ferir a Verdade Reencarnacionista; se lhe disse para não ter medo... urge, então, dar prova dessa coragem e, sem receio, restaurar o que, em Verdade, nunca devia ter sido objecto de mordaça.

Relembra-se: "O Livre-arbítrio do Homem termina onde começa a Lei de Deus! Não se brinque, então, com tal Lei"!

Justiça e Paz, Verdade, Amor e Luz!

ENTRE AS FORÇAS COMUNS

Indiscutivelmente a mediunidade, no aspecto em que a conhecemos na Terra, é a resultante de extrema sensibilidade magnética, embora, no fundo, estejamos informados de que os dons mediúnicos, em graus diversos, são recursos inerentes a todos.

Cada ser é portador de certas actividades e, por isso mesmo, é instrumento da vida.

A luz nasce da chama sem ser a chama.

O perfume vem da flor sem ser a flor.

A claridade do núcleo luminoso une-se a radiações do ambiente e o aroma da rosa mistura-se a emanações do meio, dando origem a variadas criações.

Assim também o pensamento invisível do homem se associa ao invisível pensamento das entidades espirituais que o assistem, estabelecendo múltiplas combinações, em benefício do trabalho de todos, na evolução geral.

Importa reconhecer, porém, que existem mentes reencarnadas, em condições especialíssimas, que oferecem qualidades excepcionais para os serviços de intercâmbio entre os vivos da carne e os vivos do Além.

Nessas circunstâncias, identificamos os medianeiros adequados aos fenómenos de manifestação do espírito liberto, nos círculos de matéria mais densa.

Contudo, nem sempre os donos dessas energias são mensageiros da sublimação interior.

Na extensa comunidade de almas da Terra avultam, em maioria, as consciências ainda enfermiças, por estarem, moralmente, endividadas com a Lei Divina; consequentemente, a maior parte das organizações medianímicas, no Planeta, não podem escapar a essa regra.

Mais de dois terços dos médiuns do mundo jazem, ainda, nas zonas de desequilíbrio espiritual, sintonizados com as inteligências invisíveis que Ihes são afins.

Reclamam, por razão disso, estudo e boa-vontade no serviço do bem, a fim de retomarem a subida harmónica aos cimos da luz, assim como os cooperadores de qualquer instituição respeitável da Terra necessitam exercício constante no trabalho esposado para crescerem na competência e no crédito moral.

Ninguém se esqueça de que estamos assimilando incessantemente as energias mentais daqueles com quem nos colocamos em relação.

E, além disso, estamos sempre em contacto com o que podemos chamar de: "geradores específicos de pensamento".

Através deles, outras inteligências actuam sobre a nossa.

Um livro, um laço afectivo, uma reunião ou uma palestra são geradores dessa classe.

Aquilo que lemos, as pessoas que estimamos, as assembleias que contam connosco e aqueles que ouvimos influenciam decisivamente sobre nós.

Devemos ajudar a todos, mas precisamos seleccionar os ingredientes de nossa alimentação mais íntima.

Certo, não podemos menosprezar o nosso irmão que se arrojou aos despenhadeiros do crime, constituindo simples dever nosso o auxílio objectivo em favor do reajuste e soerguimento dele, todavia, não podemos absorver-lhe as amarguras e os remorsos, que se dirigem a natural extinção.

Visitaremos o enfermo, encorajando-o e levantando-lhe o bom ânimo, contudo, não será aconselhável adquirir-lhe as sensações desequilibrantes, que precisam desaparecer, tanto quanto os detritos de casa que nos cabe eliminar.

A obra da caridade tudo transforma em favor do bem.

A atitude é oração. E, pela atitude, mostramos a qualidade dos nossos desejos.

Os pensamentos honestos e nobres, sadios e generosos, belos e úteis, fraternos e amigos, são a garantia do auxílio positivo aos outros e a nós mesmos.

Quanto mais nos adiantamos na ciência do espírito, mais entendemos que a vida nos responde, em conformidade com as nossas indagações.

O princípio dos "semelhantes com os semelhantes" é indefectível em todos os planos do Universo.

Caminhamos ao encontro de nós mesmos e, por isso, surpreendemos invariavelmente connosco aqueles que sentem com o nosso coração e pensam com a nossa cabeça.

Os médiuns, em qualquer região da vida, sendo filtros de rogativas e respostas, precisam, pois, acordar para a realidade de que viveremos sempre em companhia daqueles que buscamos, uma vez que, por toda a parte, respiramos ajustados ao nosso campo de atracção.

In: ROTEIRO (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

terça-feira, janeiro 03, 2006

OBSERVAÇÕES


















QUASE todos os que se abeiram das actividades espíritas estimariam o desenvolvimento rápido das faculdades psíquicas de que são portadores e, por vezes, quando não atendidos, padecem nocivo arrefecimento de ideal.

Esmaece o fervor dos primeiros contactos com a fé, porque o propósito fixo de surpreenderem o milagre transforma-se neles em aflitiva obsessão.

Contudo, há singularidades no assunto, que não podemos menosprezar.

Que seria da ordem e do equilíbrio dos serviços terrestres, se a totalidade das criaturas, instruídas ou não, se pusessem a investigar quanto à vida nos outros mundos?

Toda a colheita exige preparação e sementeira.

Imaginemos um avião moderno, perfeitamente equipado, sobrevoando pacífico vilarejo do século XIV, sem aviso prévio. Que lucraria a ciência náutica, de imediato, senão espalhar o terror?

Que recompensa adviria, em nosso favor, se constrangêssemos uma taba indígena a ouvir um concerto de Paganíni, sem lhe oferecer os rudimentos da educação musical?

O progresso, como a luz, precisa graduar-se para não ferir ou cegar as pupilas que o contemplam.

Compreendamos, acima de tudo, que a existência não é fenómeno que se articule à revelia dos Grandes Responsáveis da Evolução.

A liberdade do homem ainda está longe de atingir os princípios cósmicos que nos presidem os destinos.

A inteligência humana interferirá nos domínios da matéria densa, alterando o que pode ver; todavia, jaz extremamente distante das regiões do espírito puro, onde se guarda o controle das leis universais.

Desdobrando novos painéis da vida, diante da mente sequiosa de conhecimento e renovação, não é o mundo espiritual que deve descer para o homem e sim o homem que precisa elevar-se ao encontro dele.

E, semelhante ascensão não será simples serviço da mediunidade espectacular. É obra de sublimação interior, gradativa e constante, sobre os alicerces do bem, ao alcance de todos.


As portas do tesouro psíquico estão vigiadas com segurança.

A direcção de uma central eléctrica não pode ser confiada às frágeis mãos de um menino.

Como conferir, de improviso, ao primeiro candidato à prosperidade mediúnica a chave dos interesses fundamentais e particulares de milhões de almas, colocadas nos mais variados planos da escada evolutiva?

Naturalmente que as grandes responsabilidades não são inacessíveis, mas a criança precisa crescer para se integrar em serviços complexos; e o colaborador iniciante, em qualquer realização, necessita do tempo e do esforço a fim de se converter em auxiliar prestimoso.

Nos problemas de intercâmbio com a Esfera Superior, desse modo, antes do progresso medianímico, há que considerar o aprimoramento da personalidade para melhor ajustar-se à obra de perfeição geral.

O grande rio, sem leito adequado, ao invés de correr, beneficiando a paisagem, encharca o solo, transformando-o em pântano letal.

A ponte quebradiça não suporta a passagem das máquinas de grande porte.

A mediunidade, como recurso de influenciar para o bem, não se manifesta sem instrumento próprio.

Só o grande amor pode compreender as necessidades de todos. Só a grande boa-vontade pode trabalhar e aprender incessantemente para servir sem distinção.


Antes de nos mediunizarmos, amemos e eduquemo-nos. Somente assim receberemos das ordenações de mais alto o verdadeiro poder de ajudar.

In: ROTEIRO (Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)