quinta-feira, maio 11, 2006

NA DIRECÇÃO DO BEM...

O Senhor tudo criou na direcção do bem.
Todas as criaturas, por isto, são chamadas a produzir proveitosamente.
A erva tenra sustenta os animais.
A fonte oculta socorre o insecto humilde.
A árvore é abençoada companheira dos homens.
A flor produzirá fruto.
O fruto dar-nos-á mesa farta.
O rio distribui as águas.
A chuva lava o céu e sacia a terra sedenta.
A pedra faz o alicerce de nossa casa.
A boa palavra revela o bom caminho.
Como desconhecer os santos propósitos da vida, se a natureza que a sustenta reflecte os sábios desígnios da Providência?
Grande escola para o nosso espírito, a Terra é um livro gigantesco em que podemos ler a mensagem de amor universal que o Pai Celeste nos envia.
Desde a gota de orvalho que alimenta o cacto espinhoso, à luz do Sol que brilha no alto para todos os seres, podemos sentir o apelo da Infinita Sabedoria ao serviço de cooperação na felicidade, na paz e na alegria dos semelhantes.
Todo o homem e toda a mulher nascem no mundo para tarefas santificantes, segundo a Divina Lei.
Com alegria, o bom administrador governa os interesses do povo.
Com alegria, o bom lavrador ara o solo e protege a sementeira.
O homem que semeia no chão, garantindo a subsistência das criaturas, é irmão daquele que dirige o pensamento das nações para o conhecimento divino.
A mulher que recebe homenagens pelas suas virtudes públicas é irmã daquela que, na intimidade do lar, se sacrifica pela criancinha doente.
Deus conhece as pessoas pelo que produzem, assim como nós conhecemos as árvores pelos frutos que nos estendem.
Em razão disto, os homens bons são amados e respeitados.
A presença deles atrai o carinho e a veneração dos semelhantes. Os maus, todavia, são portadores de acções e palavras indesejáveis e toda gente lhes evita o convívio, tanto quanto nos afastamos das plantas espinhosas e ingratas.
O homem bom compreende que a vida lhe pede a bênção do serviço e levanta-se cada manhã, pensando:
– “Que belo dia para trabalhar!”
O mau, porém, ergue-se de mau humor. Não sabe sorrir para os que o cercam e costuma exclamar:
– “Dia terrível! Que destino cruel! Detesto o trabalho e odeio a vida!”
Tais homens, como este, precisam do auxílio dos homens bons, pois que, dado não se dedicarem ao serviço digno, serão realmente muito infelizes.

In: ALVORADA CRISTÃ (Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio)

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