quarta-feira, maio 31, 2006

A TRILOGIA BENDITA

Em tempos remotos, o Senhor vinha ao mundo frequentes vezes entender-se com as criaturas.

Certa vez, encontrou um homem irado e mau, que outra coisa não fazia senão atormentar os semelhantes. Perseguia, feria e matava sem piedade. Quando esse espírito selvagem viu o Senhor, aproximou-se atraído pela luz d’Ele, a chorar de arrependimento.


O Cristo, bondoso, dirigiu-lhe a palavra:

– Meu filho, porque te entregaste assim à perversidade? Não temes a justiça do Pai? Não acreditas no Celeste Poder? A vida exige fraternidade e compreensão.


O malfeitor, que se mantinha prisioneiro da ignorância, respondeu em lágrimas:
– Senhor, de hoje em diante serei um homem bom.


Alguns anos passaram e Jesus voltou ao mesmo sítio. Lembrou-se do infeliz a quem havia aconselhado e buscou-o. Depois de certa procura, foi achá-lo oculto numa choça, extremamente abatido. Interpelado quanto à causa de tão lamentável transformação, o mísero respondeu:

– Ai de mim, Senhor! Depois que passei a ser bom, ninguém me respeitou! Fiz-me escárnio da rua... Tenho usado a compaixão e a generosidade, segundo me ensinaste, mas em troca recebo apenas o ridículo, a pedrada e a dilaceração...

O Mestre, porém, abençoou-o e falou.

– O teu lucro na eternidade não será pequeno com o sacrifício. Entretanto, não basta reter a bondade. É necessário saber distribuí-la. Para bem ajudar, é preciso discernir. Realmente é possível auxiliar a todos. Contudo, se a muita gente devemos ternura fraterna, a numerosos companheiros de jornada devemos esclarecimento enérgico. Estimularemos os bons a serem melhores e cooperaremos, a benefício dos maus, para que se rectifiquem. Nunca observaste o pomicultor? Algumas árvores recebem dele irrigação e adubo; outras, no entanto, sofrerão a poda, a fim de serem convenientemente amparadas.

O Senhor retirou-se e o aprendiz retomou a luta para conquistar o conhecimento.

Peregrinou através de muitos livros, observou demoradamente os quadros da vida e recebeu a palma da ciência.

Os anos correram apressados, quando o Cristo regressou e procurou-o, novamente.

Dessa vez, encontrou-o no leito, enfermo e sem forças.

Replicando ao Divino Amigo, explicou-se:

– Ai de mim, Senhor! Fui bom e recebi injustiças, entesourei a ciência e minhas dificuldades cresceram de vulto. Aprendi a amar e desejar em sã consciência, a idealizar com o plano superior, mas vejo a ingratidão e a discórdia, a dureza e a indiferença com mais clareza. Sei aquilo que muita gente ignora e, por isto mesmo, a vida tornou-se-me um fardo insuportável...

O Mestre, porém, sorriu e considerou:

– A tua preparação para a felicidade ainda não se acha completa. Agora, é preciso ser forte. Acreditas que a árvore respeitável conseguiria viver e produzir, caso não soubesse tolerar a tempestade? A firmeza interior, diante das experiências da vida, conferir-te-á o equilíbrio indispensável. Aprende a dizer adeus a tudo o que te prejudica na caminhada em direcção da luz divina e distribuirás a bondade, sem preocupações de recompensa, guardando o conhecimento sem surpresas amargas. Sê inquebrantável na tua fé e segue adiante!

O aprendiz reergueu-se e nunca mais experimentou a desarmonia, compreendendo, enfim, que a bondade, o conhecimento e a fortaleza são a trilogia bendita da felicidade e da paz.

In ALVORADA CRISTÃ (Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio)

segunda-feira, maio 29, 2006

ABENÇOA E AUXILIA...

A vida oferece infalível receita em favor de nossa paz.
Se a imcompreendão nos aflige, abençoa e auxilia.S
e a discódia ameaça, abençoa e auxilia.
Se a dificuldade aparece, abençoa e auxilia.
Se a critica nos vergasta, abençoa e auxilia.
Se a maldade nos bate à porta, abençoa e auxilia.
Se a irritação nos procuram abeçoa e auxilia.
Se o problema se agrava, abençoa e auxilia.
Se o desânimo intenta arrasar-nos, abençoa e auxilia.
Se a injúria nos visita, abençoa e auxilia.
Se a provação surge mais exigente, abençoa e auxilia.
Se o afeto de alguém nos abandona, abençoa e auxilia.
Ainda mesmo nos dias em que a lágrima seja a única presença em nosso coração para o trabalho a fazer, abençoa e axilia sempre, porque abençoando e auxiliando, estaremos em toda a parte, com o auxílio e com a benção de Deus.

Bezerra de Menezes - (Na foto)
***

PS.- E ainda há quem não compreenda a mensagem do Espiritismo!!!? Basta ler...

ENQUANTO...

Enquanto te esforças para viver no bem, outros procuram desanimar-te...

Afirmam que a fé é uma utopia, e que Deus não existe...

Escarnecem das orientações espirituais que os Benfeitores da Vida Maior endereçam aos homens na Terra...

Criticam o teu idealismo e sorriem da tua boa vontade...

O que mais estranhas é que muitos deles ombrearam contigo nas lides de que deliberaram se afastar, alegando motivos que ainda não compreendes...

Certamente não puderam suportar o peso das lutas e tombaram, alvejados pelas tentações...

Atraídos pelas flores artificiais das ilusões, feriram-se nos espinhos da realidade e, ao invés de se reconhecerem equivocados, endureceram o coração...

De longe, atiram-te agora farpas em forma de palavras contundentes, como se fosses culpado da situação infeliz em que se encontram...

Todavia, cultivando o silêncio por resposta e fazendo da prece a luz dos teus passos, segue na abençoada empresa do socorro aos que te fitam com os olhos súplices.

Todos os que desertaram da trilha do dever, a ela voltarão mais tarde lamentando o tempo perdido...

Os que se distanciam do Evangelho apenas encontram decepções e amarguras. [...]

Reflecte na tua segurança de hoje contrastando com as incertezas de ontem, e agradece ao Criador a estrada palmilhada.

Abençoa os companheiros que se permitiram desencantar da fé, porque todos eles, embora não demonstrem, estarão a sofrer muito e, no íntimo, desejariam ser o que sempre foram.

Um dia, as ovelhas tresmalhadas tornarão ao aprisco, ouvindo entre lágrimas, a voz inconfundível do Pastor Amado:

"- Vinde a mim, todos vós que andais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei...Porque é leve o meu fardo, e suave o meu jugo..."

Irmão JoséPalavras da Coragem
F. C. Xavier / C. A. Baccelli

Esta mensagem me foi enviada por Daniela Tudesco Tinoco

sexta-feira, maio 26, 2006

NA NOSSA MORADA

Certo dia, a solidão bateu à porta de um grande sábio. Ele convidou-a para entrar. Pouco depois, ela saiu decepcionada. Havia descoberto que não podia capturar aquele ser bondoso, pois ele nunca estava sozinho: estava sempre acompanhado pelo amor de Deus.

De outra feita, a ilusão também bateu à porta daquele sábio. Ele, amorosamente, convidou-a a entrar em sua humilde morada. Logo depois, ela saiu correndo e gritando que estava cega. O coração do sábio era tão luminoso de amor que havia ofuscado a própria ilusão.

Em um outro dia, apareceu a tristeza. Antes mesmo que ela batesse à porta, o sábio assomou a cabeça pela janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecedor. A tristeza recuou, disse que era engano e foi bater em alguma outra porta que não fosse tão luminosa.

A fama do sábio foi crescendo e a cada dia novos visitantes chegavam, objectivando conquistá-lo em nome da tentação. Em um dia era o desespero, no outro a impaciência.

Depois vieram a mentira, o ódio, a culpa e o engano.

Pura perda de tempo: o sábio convidava todos a entrar e eles saíam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa.

Porém, um dia a morte bateu à sua porta. Ele convidou-a a entrar. Os seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento, ofuscada pelo amor do mestre.
Entretanto, tal não aconteceu. O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam. Os discípulos, cheios de receio, penetraram a humilde casa e encontraram o cadáver de seu mestre estirado no chão.


Começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido com a morte. Na mesma hora, entraram na casa a ilusão, a solidão e todos os outros servos da ignorância que nunca haviam conseguido permanecer anteriormente naquele recinto. A tristeza dos discípulos havia aberto a porta e os mantinha lá dentro.

MORAL A HISTÓRIA:

Entram em nossa morada aqueles a quem convidamos, mas só permanecem connosco aqueles que encontram ambiente propício para se estabelecerem.

O SERVIDOR NEGLIGENTE

À porta de grande carpintaria, chegou um rapaz, de caixa às costas, à procura de emprego.
Parecia humilde e educado.


O director da instituição compareceu, atencioso, para o atender.

– Tem serviço com que me possa favorecer? – Indagou o jovem, respeitoso, depois das saudações habituais.

– As tarefas são muitas – elucidou o chefe.

– Oh! Por favor! – Tornou o interessado – meus velhos pais necessitam de amparo. Tenho batido, em vão, à porta de várias oficinas. Ninguém me socorre. Contentar-me-ei com salário reduzido e aceitarei o horário que desejar.

O director, muito calmo, acentuou:

– Trabalho não falta...

E, enquanto o candidato mostrava um sorriso de esperança, acrescentou:

– Traz suas ferramentas em ordem?

– Perfeitamente – respondeu o interpelado.

– Vejamo-las.

O moço abriu a caixa que trazia. Metia pena ver os instrumentos.

A enxó achava-se deformada pela ferrugem grossa.

O serrote mostrava vários dentes quebrados.

O martelo tinha cabo incompleto.

O alicate estava francamente desconjuntado.

Diversos formões não atenderiam a qualquer apelo de serviço, tal a imperfeição que apresentavam seus gumes.

Poeira espessa recobria todos os objectos.

O dirigente da oficina observou... observou... e disse, desencantado:

– Para o senhor, não temos qualquer trabalho.

– Oh! Porquê? – Interrogou o rapaz, em tom de súplica.

O director esclareceu, sem azedume:

– Se o senhor não tem cuidado com as ferramentas que lhe pertencem, como preservará nossas máquinas? Se é indiferente naquilo em que deve sentir-se honrado, chegará a ser útil aos interesses alheios? Quem não zela atentamente no “pouco” de que dispõe, não é digno de receber o “muito”. Aprenda a cuidar das coisas aparentemente sem importância. Pelas amostras, grandes negócios se realizam neste mundo e o menosprezo para consigo é indesejável mostruário de sua indiferença perniciosa. Aproveite a experiência e volte mais tarde.
Não valeram petitórios do moço necessitado.


Foi compelido a retirar-se, em grande abatimento, guardando a dura lição.

Assim também acontece no caminho comum.

Quem deseja o corpo iluminado e glorioso na espiritualidade, além da morte, cuide respeitosamente do corpo físico.

Quem aspira à companhia dos anjos, mostre boas maneiras, boas palavras e boas acções aos vizinhos.

Quem espera a colheita de alegrias no futuro, aproveite a hora presente, na sementeira do bem.
E aos que sonharem com o Céu, tratem de fazer um caminho de elevação na Terra.

In ALVORADA CRISTÃ (Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio)

quinta-feira, maio 25, 2006

A ARMA INFALÍVEL

Certo dia, um homem revoltado criou um poderoso e longo pensamento de ódio, colocou-o numa carta rude e malcriada e mandou-o para o chefe da oficina de que fora despedido.

O pensamento foi vazado em forma de ameaças cruéis. E quando o director do serviço leu as frases ingratas que o expressava, acolheu-o, desprevenidamente, no próprio coração, e tornou-se furioso sem saber porquê. Encontrou, quase de imediato, o subchefe da oficina e, a pretexto de enxergar uma pequena peça quebrada, desfechou sobre ele a bomba mental que trazia consigo.

Foi a vez do subchefe se tornar neurasténico, sem dar o motivo. Abrigou a projecção maléfica no sentimento, permaneceu amuado várias horas e, no instante do almoço, ao invés de se alimentar, descarregou na esposa o perigoso dardo intangível. Tão só por ver um sapato imperfeitamente engraxado, proferiu dezenas de palavras feias; sentiu-se aliviado e a mulher passou a asilar no peito a odienta vibração, em forma de cólera inexplicável. Repentinamente transtornada pelo raio que a ferira e que, até ali, ninguém soubera remover, encaminhou-se para a empregada que se incumbia do serviço de calçados e desabafou. Com palavras indesejáveis inoculou-lhe no coração o estilete invisível.

Agora, era uma pobre menina quem detinha o tóxico mental. Não podendo despejá-lo nos pratos e xícaras ao alcance de suas mãos, em vista do enorme débito em dinheiro que seria compelida a aceitar, acercou-se de velho cão, dorminhoco e paciente, e transferiu-lhe o veneno imponderável, num pontapé de largas proporções.

O animal ganiu e disparou, tocado pela energia mortífera, e, para se livrar desta, mordeu a primeira pessoa que encontrou na via pública.

Era a senhora de um proprietário vizinho que, ferida na coxa se enfureceu instantaneamente, possuída pela força maléfica. Em gritaria desesperada, foi conduzida a certa farmácia; entretanto, deu-se pressa em transferir ao enfermeiro que a socorria a vibração amaldiçoada. Crivou-o de xingamentos e esbofeteou-lhe o rosto.

O rapaz muito prestativo, de calmo que era, converteu-se em fera verdadeira. Revidou os golpes recebidos com observações ásperas e saiu, alucinado, para a residência, onde a velha e devotada mãezinha o esperava para a refeição da tarde. Chegou e descarregou sobre ela toda a ira de que era portador.

– Estou farto! – Bradou – a senhora é culpada dos aborrecimentos que me perseguem! Não suporto mais esta vida infeliz! Fuja de minha frente!...

Pronunciou nomes terríveis. Blasfemou. Gritou, colérico, qual louco.

A velhinha, porém, longe de se agastar, tomou-lhe as mãos e disse-lhe com naturalidade e brandura:

– Venha cá, meu filho! Você está cansado e doente! Sei a extensão de seus sacrifícios por mim e reconheço que tem razão para lamentar-se. No entanto, tenhamos bom ânimo! Lembremo-nos de Jesus!... Tudo passa na Terra. Não nos esqueçamos do amor que o Mestre nos legou...
Abraçou-o, comovida, e afagou-lhe os cabelos!


O filho demorou-se a contemplar-lhe os olhos serenos e reconheceu que havia no carinho materno tanto perdão e tanto entendimento que começou a chorar, pedindo-lhe desculpas.
Houve então entre os dois uma explosão de íntimas alegrias. Jantaram felizes e oraram em sinal de reconhecimento a Deus.


A projecção destrutiva do ódio morrera, afinal, ali, dentro do lar humilde, diante da força infalível e sublime do amor.

In: “ALVORADA CRISTÔ (Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio)

quarta-feira, maio 24, 2006

QUANDO ORAMOS...


"Quando oramos estamos falando com Deus mas quando abrimos o evangelho é Deus que está falando com a gente!"

Muita paz!

Cida Fialho

LOUVADO SEJAS, MEU DEUS!!!













Pela bênção de trabalhar;
Pelo dom de servir;
Pela fé que nos guarda;
Pela crise que nos instrui;
Pelo erro que nos descobre;
Pela dor que nos corrige;
Pela esperança que nos alerta;
Pela coragem que nos fortalece;
Pela prova que nos define;
Pelo esforço de nos aceitar;
Pelo anseio de elevação;
Pelo benefício do sofrimento;
Pelo apoio dos amigos;
Pela observação dos adversários;
Por todo o bem que nos envias;
Por tudo o que nos permites aprender;
E por todos os encargos que nos dás a cumprir...
Sê louvado, meu Deus!

Emmanuel

Recebi do João Junior

terça-feira, maio 23, 2006

ACORDA E VIVE...

Espiritualmente falando, a Terra, para os grandes seres que já se angelizaram, oferece o espectáculo de berçário imenso onde o espírito humano continua a dormir na infantilidade que lhe caracteriza a evolução iniciante.

Os homens, quase todos, estáticos ou cristalizados na ignorância, imitam os sonâmbulos hipnotizados pelas próprias criações. Aqui, alguém sonha ostentando ilusório manto de dominação, acolá, alguém passa, à maneira de autómato infeliz, acreditando-se mendigo.

Além, um homem comum, que apenas consegue realizar magra refeição por dia, estabelece imensos monopólios de farinha ou azeite, vitimado pela loucura de amontoar utilidades sem proveito justo; mais além, uma criatura vulgar, que somente vestirá um costume de cada vez, açambarca o mercado do algodão ou o comércio da lã, supondo-se capaz de consumir sozinho o suprimento destinado a milhões.

Há quem administre os bens públicos, julgando-se exclusivo senhor deles, e há quem desperdice as próprias forças, deliberadamente, presumindo na saúde um caminho para a própria destruição. É por isso que quase todos, enquanto na Terra, centralizamos a atenção no próximo, olvidando de nós mesmos.

Quando nos desvencilhamos, porém, das teias da ociosidade mental que nos anestesia, observamos que a vida apenas nos pede visão, a fim de nos descerrarmos o luminoso roteiro para os cimos que nos compete atingir e, então, se nos dispomos realmente a ver, identificamos em derredor de nós, a sementeira e a seara de luz, à espera de nosso esforço no bem para nos conferir paz e sublimação.

Se a dor te visita, se a indagação te convoca ao conhecimento, se a curiosidade te convida à reforma íntima e se o mundo te solicita renovação, recorda que o Senhor terá reconhecido o teu amadurecimento para a vida que nunca morre e te procura ao necessário despertamento.
Acorda e vive para a realidade que nos rodeia.

Acorda e serve e, servindo, encontrarás em ti mesmo um nível mais alto, entretecendo as próprias asas para o voo excelso no rumo da imperecível libertação.


(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: “Mais Perto”)

ABENÇOA E PASSA

Não basta recear a violência.

É preciso algo fazer para a erradicar.

Indubitavelmente, as medidas de repressão, mantidas pelos dispositivos legais do mundo, são recursos que a limitam, entretanto, nós todos – os espíritos encarnados e desencarnados – com vínculos na Terra, podemos colaborar na solução do problema.

Compadeçamo-nos dos irmãos envolvidos nas sombras da delinquência, a fim de que se nos inclinem os sentimentos para a indulgência e para a compreensão.

Tanto quanto puderes, não participes de boatos ou de julgamentos precipitados, em torno de situações e pessoas.

Silencia ante quaisquer palavras agressivas que te forem dirigidas, onde estejas, e segue adiante, buscando o endereço das próprias obrigações.

Não eleves o tom de voz, entre mostrando superioridade, à frente dos outros.

Não te entregues a manifestações de azedume e revolta, mesmo quando sintas, por dentro da própria alma, o gosto amargo dessa ou daquela desilusão.

Respeita a carência alheia e não provoques os irmãos ignorantes ou infelizes com a exibição das disponibilidades que os Desígnios Divinos te confiaram para determinadas aplicações louváveis e justas.

Ao invés de criticar, procura o lado melhor das criaturas e das ocorrências, de modo a construíres o bem, onde estiveres.

Auxilia para a elevação, abençoando sempre.

Lembra-te: o borrão aceso é capaz de gerar incêndios calamitosos e, às vezes, num gesto infeliz de nossa parte, pode suscitar nos outros as piores reacções de vandalismo e destruição.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Atenção.

Ditado pelo Espírito Emmanuel.

quarta-feira, maio 17, 2006

CARIDADE É...

Caridade é, sobretudo, amizade.

Para o faminto - é o prato de sopa.

Para o triste - é a palavra consoladora.

Para o mau - é a paciência com que nos compete auxiliá-lo.

Para o desesperado - é o auxílio do coração.

Para o ignorante - é o ensino despretensioso.

Para o ingrato - é o esquecimento.

Para o enfermo - é a visita pessoal.

Para o estudante - é o concurso no aprendizado.

Para a criança - é a protecção construtiva.

Para o velho - é o braço irmão.

Para o inimigo - é o silêncio.

Para o amigo - é o estímulo.

Para o transviado - é o entendimento.

Para o orgulhoso - é a humildade.

Para o colérico - é a calma.

Para o preguiçoso - é o trabalho.

Para o impulsivo - é a serenidade.

Para o leviano - é a tolerância.

Para o deserdado da Terra - é a expressão de carinho.

Caridade é amor, em manifestação incessante e crescente.

É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o génio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, por que, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, em benefício do mundo inteiro.
Xavier, Francisco Cândido.

Da obra: Viajor. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

Como é facil seguir os ensinamentos de Jesus, porque complicamos sempre?

Vamos ser caridosos, perdoar e amar SEMPRE!!!

REBELDIA

O pequeno rebelde amava a Mãezinha viúva com entranhado amor; entretanto, iludido pela indisciplina, dava ouvido, aos conselhos perversos.

Estimava a leitura de episódios sensacionais, em que homens revoltados formam quadrilhas de malfeitores, nas cidades grandes, e, a qualquer página edificante, preferia o folhetim com aventuras desagradáveis ou criminosas.

Engolfou-se em tantas histórias de gente má que, embora a palavra materna o convidasse ao trabalho digno, trazia sempre respostas negativas e rudes na ponta da língua.

– Filho – exclamava a senhora paciente –, homem de bem acomoda-se no serviço.
– Eu não! – Replicava, zombeteiro.

– Vamos à oficina. O chefe prometeu ceder-te um lugar.

– Não vou! Não vou!...

– Mas já deixaste a escola, meu filho. É tempo de crescer e progredir nos deveres bem cumpridos.

– Não fui à escola, a fim de me escravizar. Tenho inteligência. Ganharei com menor esforço.

E enquanto a progenitora costurava, até tarde, de modo a manter a casa modesta, o filho, já rapaz, vivia habitualmente na rua movimentada. Tomava alcoólicos em excesso e entregava-se a companhias perigosas que, pouco a pouco, lhe degradaram o carácter.

Chegava a casa, embriagado, altas horas da noite, muita vez conduzido por guardas policiais.

Vinha a devotada Mãe com o socorro de todos os instantes e rogava-lhe, no outro dia:

– Filho, trabalhemos dignamente. Todo tempo é adequado à rectificação dos nossos erros.

Atrevido e ingrato, resmungava:

– A senhora não me entende. Cale-se. Só fala em dever, dever, dever...

A pobre costureira pedia-lhe calma, juízo e chorava, depois, em preces.

Avançando no vício, o rapaz começou a roubar às escondidas. Assaltava instituições comerciais, onde sabia fácil o acesso ao dinheiro; e quando a Mãezinha, adivinhando-lhe as faltas, tentou aconselhá-lo, gritou:

– Mãe, não preciso das suas observações! Deixá-la-ei em paz e voltarei, mais tarde, com grande fortuna. Dar-lhe-ei casa, roupa e bem-estar com fartura. A senhora tem o pensamento preso a obrigações porque, desde cedo, vem atravessando vida miserável.

Assim dizendo, fugiu para a via pública e não regressou ao lar.

Ninguém mais soube dele. Ausentara-se, definitivamente, em direcção a importante metrópole, alimentando o propósito de furtar recursos alheios, de maneira a voltar muito rico ao convívio maternal.

Passou o tempo.

Um, dois, três, quatro, cinco anos...

A Mãezinha, contudo, não perdeu a esperança de o reencontrar.

Certo dia, a imprensa estampou nos jornais o retrato de um ladrão que se tornava famoso pela audácia e inteligência.

A costureira reconheceu nele o filho e tocou para a cidade que o abrigava.

A polícia não lhe conhecia o endereço e, porque fosse difícil localizá-lo rapidamente, a senhora tomou quarto num hotel, a fim de esperar.

Na terceira noite em que aí se encontrava, notou que um homem embuçado lhe penetrava o aposento às escuras. Aproximou-se apressado para lhe surripiar a bolsa. Ela tossiu e ia gritar por socorro, quando o ladrão, temendo as consequências, lhe agarrou a garganta e a estrangulou.

Nos estertores da morte, a costureira reconheceu a presença do filho e murmurou, debilmente:

– Meu... meu... filho...

Alucinado, no rapaz fez-se luz, identificou a Mãezinha já morta e caiu de joelhos, gritando de dor selvagem.

A desobediência conduzira-o, progressivamente, ao crime e à loucura.

In: “ALVORADA CRISTÔ (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Neio Lúcio)

terça-feira, maio 16, 2006

O SERVO FELIZ

Certo dia, chegaram ao Céu um Marechal, um Filósofo, um Político e um Lavrador.

Um Emissário Divino recebeu-os, em elevada esfera, a fim de ouvi-los.

O Marechal aproximou-se, reverente, e falou:

– Mensageiro do Comando Supremo, venho da Terra distante. Conquistei muitas medalhas de mérito, venci numerosos inimigos, recebi várias homenagens em monumentos que me honram o nome.

– Que deseja em troca de seus grandes serviços? – Indagou o Enviado.

– Quero entrar no Céu.

O Anjo respondeu sem vacilar:

– Por enquanto, não pode receber a dádiva. Soldados e adversários, mulheres e crianças chamam-no insistentemente da Terra. Verifique o que alegam de sua passagem pelo mundo e volte mais tarde.

O Filósofo acercou-se do preposto divino e pediu:

– Anjo do Criador Eterno, venho do acanhado círculo dos homens. Dei às criaturas muita matéria de pensamento. Fui laureado por academias diversas. Meu retrato figura na galeria dos dicionários terrestres.

– Que pretende pelo que fez? – Perguntou o Emissário.

– Quero entrar no Céu.

– Por agora, porém – respondeu o mensageiro sem titubear –, não lhe cabe a concessão. Muitas mentes estão trabalhando com as ideias que você deixou no mundo e reclamam-lhe a presença, de modo a saberem separar-lhe os caprichos pessoais da inspiração sublime. Regresse ao velho posto, solucione seus problemas e torne oportunamente.

O Político tomou a palavra e acentuou:

– Ministro do Todo-Poderoso, fui administrador dos interesses públicos. Assinei várias leis que influenciaram meu tempo. Meu nome figura em muitos documentos oficiais.

– Que pede em compensação? – Perguntou o Missionário do Alto.

– Quero entrar no Céu.

O Enviado, no entanto, respondeu, firme:

– Por enquanto, não pode ser atendido. O povo mantém opiniões divergentes a seu respeito. Inúmeras pessoas pronunciam-lhe o nome com amargura e esses clamores chegam até aqui. Retorne ao seu gabinete, atenda às questões que lhe interessam a paz íntima e volte depois.
Aproximou-se, então, o Lavrador e falou, humilde:


– Mensageiro de Nosso Pai, fui cultivador da terra... plantei o milho, o arroz, a batata e o feijão. Ninguém me conhece, mas eu tive a glória de conhecer as bênçãos de Deus e recebê-las, nos raios do Sol, na chuva benfeitora, no chão abençoado, nas sementes, nas flores, nos frutos, no amor e na ternura de meus filhinhos...

O Anjo sorriu e disse:

– Que prémio deseja?

O Lavrador pediu, chorando de emoção:

– Se Nosso Pai permitir, desejaria voltar ao campo e continuar trabalhando. Tenho saudades da contemplação dos milagres de cada dia... A luz surgindo no firmamento em horas certas, a flor desabrochando por si mesma, o pão a multiplicar-se!... Se puder, plantarei o solo novamente para ver a grandeza divina a revelar-se no grão, transformado em dadivosa espiga... Não aspiro a outra felicidade senão a de prosseguir aprendendo, semeando, louvando e servindo!...

O Mensageiro Espiritual abraçou-o e exclamou, chorando igualmente, de júbilo:

– Venha comigo! O Senhor deseja vê-lo e ouvi-lo, porque diante do Trono Celestial apenas comparece quem procura trabalhar e servir sem recompensa.

In: “ALVORADA CRISTÔ (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Neio Lúcio)

segunda-feira, maio 15, 2006

PRÉMIO AO SACRIFÍCIO

Três irmãos dedicados a Jesus leram no Evangelho que cada homem receberá sempre, de acordo com as próprias obras, e prometeram cumprir as lições do Mestre.

O primeiro colocou-se na indústria do fio de algodão e, de tal modo se aplicou ao serviço que, em breve, passou à condição de interessado nos lucros administrativos.

Dentro de vinte e cinco anos, era o chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com imensa facilidade e socorria infortunados e sofredores. Dividia o trabalho equitativamente e distribuía os lucros com justiça e bondade.

O segundo estudou muito tempo e tornou-se juiz famoso. Embora gozasse do respeito e da estima dos contemporâneos, jamais olvidou os compromissos que assumira à frente do Evangelho.

Defendeu os humildes, auxiliou os pobres e libertou muitos prisioneiros perseguidos pela maldade. De juiz tornou-se legislador e cooperou na confecção de leis benéficas e edificantes. Viveu sempre honrado, rico, feliz, correto e digno.

O terceiro, porém, era paralítico. Não podia usar a inteligência com facilidade. Não poderia comandar uma fábrica, nem dominar um tribunal. Tinha as pernas mirradas.

O leito era a sua residência. Lembrou, contudo, que poderia fazer um serviço de oração e começou a tarefa pela humilde mulher que lhe fazia a limpeza doméstica.

Viu-a triste e lacrimosa e procurou conhecer-lhe as mágoas com discrição e fraternidade. Confortou-a com ternura de irmão. Convidou-a a orar e pediu para ela as bénçãos divinas.

Bastou isto e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros sofredores vinham rogar-lhe o concurso da prece. O aposento singelo encheu-se de necessitados. Orava em companhia de todos, oferecia-lhes o sorriso de confiança na bondade celeste. Comentava os benefícios da dor, expunha suas esperanças no Reino Divino.

Dava de si mesmo, gastando emoções e energias no santo serviço do bem. Escrevia cartas inúmeras, consolando viúvas e órfãos, doentes e infortunados, insuflando-lhes paz e coragem. Comia pouco e repousava menos.

Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a esquecer-se de si mesmo e tanto trabalhou que perdeu o dom da vista. Cego, contudo, não ficou sozinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, através da oração, ajudando-os, cada vez mais.


Morreram os três irmãos, em idade avançada, com pequenas diferenças de tempo.
Quando se reuniram, na vida espiritual, veio um Anjo examinar-lhes as obras com uma balança.


O industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de várias bolsas, recheadas com o dinheiro e com as sentenças que haviam distribuído em benefício de muitos.

O servidor da prece trazia apenas pequeno livro, onde costumava escrever suas rogativas.


O primeiro foi abençoado pelo conforto que espalhou com os necessitados e o segundo foi também louvado pela justiça que semeara sabiamente.

Quando o Anjo, porém, abriu o livro do ex-paralítico, dele saiu uma grande luz, que tudo envolveu numa coroa resplandecente. A balança foi incapaz de lhe medir a grandeza.

Então, o Mensageiro falou-lhe, feliz:

– Teus irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram, em favor do próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar com o dinheiro e com a faina que se multiplicam facilmente no mundo. Sê, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor santificante.

Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças, os sentimentos e o tempo a benefício dos semelhantes e a Lei do Sacrifício determina que a tua moradia seja mais alta. Não transmitiste apenas os bens da vida: irradiaste os dons de Deus.

E o servidor humilde do povo foi conduzido a um céu mais elevado, de onde passou a exercer autoridade sobre muita gente.

In ALVORADA CRISTÃ (Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio)

sábado, maio 13, 2006

MÃEZINHA QUERIDA

Foto: MEIMEI (Hoje Espírito)

Relembrando 13 de Maio de 1917 - Fátima
(MÃE MARIA)

Mãezinha querida

Lembro-me de ti, quando acordei para recordar.

Debruçada ao meu berço, cantavas baixinho e derramavas no meu rosto pequeninas gotas de luz, que, mais tarde, vim a saber serem lágrimas.

Aconchegaste-me ao colo, como se me transportasses a brando ninho, e, desde então, nunca mais me deixaste.

Quando os outros iam à festa, velavas comigo, ensinando-me a pronunciar o bendito nome de Deus... Noutras ocasiões, trabalhavas, de agulha aos dedos, contando histórias de bondade e alegria, para que eu dormisse sonhando...

Se eu fugia, quebrando o pente, ou se voltava da escola com a roupa em frangalhos, enquanto muito gente falava em castigo, afogavas minhas mãos entre as tuas ou beijavas os meus cabelos em desalinho.

Depois cresci, vendo-te ao meu lado, à feição de um anjo entre quatro paredes... Cresci para o mundo, mas nunca deixei de ser, em teus braços, a criança pela qual entregaste a vida.

E, até agora, dia a dia, esperas, paciente e doce, o momento em que me volto para teus olhos, sorrindo para mim e abençoando-me sempre, ainda mesmo quando os meus problemas te retalhem o peito por lâminas de aflição!...

Hoje, ouvi a música dos milhões de vozes que te engrandecem...

Quis apanhar as constelações do Céu e misturá-las ao perfume das flores que desabrocham no chão, para tecer-te uma coroa de reconhecimento e carinho, mas, como não pudesse, venho trazer-te as pétalas de amor que colhi em minh’alma.

Recebe-as, Mãezinha!... Não são pérolas, nem brilhantes da Terra... São os lágrimas de ternura que Deus me deu para que te oferte o meu próprio coração, transformado num poema de estrelas.

Espírito: MEIMEI

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: "O Espírito da Verdade"


***
Que todos possam estar junto de suas mães, ou os que não podem como eu, que a tenham em seus pensamentos e em seus corações.

sexta-feira, maio 12, 2006

PEQUENA HISTÓRIA

Um dia, a Gota d'água, o Raio de Luz, a Abelha e o Homem Preguiçoso chegaram ao Trono de Deus.
O Todo-Poderoso recebeu-os, com bondade, e perguntou pelo que faziam.
A Gota d'água avançou e disse:
- Senhor, eu estive num terreno quase deserto, auxiliando uma raiz de laranjeira. Vi muitas árvores sofrendo sede e diversos animais que passavam, aflitos, procurando mananciais. Fiz o que pude, mas venho pedir-te outras Gotas d'água que me ajudem a socorrer quantos necessitam de nós.
O Pai sorriu, satisfeito, e exclamou:
- Bem-aventurada sejas pelo entendimento de minhas obras. Dar-te-ei os recursos das chuvas e das fontes.
Logo após, o Raio de Luz adiantou-se e falou:
- Senhor, eu desci... desci... e encontrei o fundo de um abismo. Nesse antro, combati a sombra, quanto me foi possível, mas notei a presença de muitas criaturas suplicando claridade. Venho ao Céu rogar-te outros Raios de Luz que comigo cooperem na libertação de todos aqueles que, no mundo, ainda sofrem a pressão das trevas.
O Pai, contente, respondeu:
- Bem-aventurado sejas pelo serviço à Criação. Dar-te-ei o concurso do Sol, das lâmpadas, dos livros iluminados e das boas palavras que se encontram na Terra.
Depois disso, a Abelha explicou-se:
- Senhor, tenho fabricado todo o mel, ao alcance de minhas possibilidades. Mas vejo tantas crianças fracas e doentes que te venho implorar mais flores e mais Abelhas, a fim de aumentar a produção...
O Pai, muito feliz, abençoou-a e replicou:
- Bem-aventurada sejas pelos benefícios que prestaste. Conceder-te-ei novos jardins e novas companheiras.
Em seguida, o Homem Preguiçoso foi chamado a falar.
Fez uma cara desagradável e informou:
- Senhor, nada consegui fazer. Por todos os lados, encontrei a inveja e a perseguição, o ódio e a maldade. Tive os braços atados pela ingratidão dos meus semelhantes. Tanta gente má permanecia no meu caminho que, em verdade, nada pude fazer.
O Pai bondoso, com expressão de descontentamento, exclamou:
- Infeliz de ti, que desprezaste os dons que te dei. Adormeceste na preguiça e nada fizeste. Os seres pequeninos e humildes alegraram meu Trono com o relatório de seus trabalhos, mas tua boca sabe apenas queixar, como se a inteligência e as mãos que te confiei para nada valessem. Retira-te! Os filhos inúteis e ingratos não devem buscar-me a presença. Regressa ao mundo e não voltes a procurar-me enquanto não aprenderes a servir.
A Gota d'água regressou, cristalina e bela.
O Raio de Luz tornou aos abismos, brilhando cada vez mais.
A Abelha desceu zumbindo, feliz.
O Homem Preguiçoso, porém, retirou-se muito triste.
In: Alvorada Cristã.

quinta-feira, maio 11, 2006

NA DIRECÇÃO DO BEM...

O Senhor tudo criou na direcção do bem.
Todas as criaturas, por isto, são chamadas a produzir proveitosamente.
A erva tenra sustenta os animais.
A fonte oculta socorre o insecto humilde.
A árvore é abençoada companheira dos homens.
A flor produzirá fruto.
O fruto dar-nos-á mesa farta.
O rio distribui as águas.
A chuva lava o céu e sacia a terra sedenta.
A pedra faz o alicerce de nossa casa.
A boa palavra revela o bom caminho.
Como desconhecer os santos propósitos da vida, se a natureza que a sustenta reflecte os sábios desígnios da Providência?
Grande escola para o nosso espírito, a Terra é um livro gigantesco em que podemos ler a mensagem de amor universal que o Pai Celeste nos envia.
Desde a gota de orvalho que alimenta o cacto espinhoso, à luz do Sol que brilha no alto para todos os seres, podemos sentir o apelo da Infinita Sabedoria ao serviço de cooperação na felicidade, na paz e na alegria dos semelhantes.
Todo o homem e toda a mulher nascem no mundo para tarefas santificantes, segundo a Divina Lei.
Com alegria, o bom administrador governa os interesses do povo.
Com alegria, o bom lavrador ara o solo e protege a sementeira.
O homem que semeia no chão, garantindo a subsistência das criaturas, é irmão daquele que dirige o pensamento das nações para o conhecimento divino.
A mulher que recebe homenagens pelas suas virtudes públicas é irmã daquela que, na intimidade do lar, se sacrifica pela criancinha doente.
Deus conhece as pessoas pelo que produzem, assim como nós conhecemos as árvores pelos frutos que nos estendem.
Em razão disto, os homens bons são amados e respeitados.
A presença deles atrai o carinho e a veneração dos semelhantes. Os maus, todavia, são portadores de acções e palavras indesejáveis e toda gente lhes evita o convívio, tanto quanto nos afastamos das plantas espinhosas e ingratas.
O homem bom compreende que a vida lhe pede a bênção do serviço e levanta-se cada manhã, pensando:
– “Que belo dia para trabalhar!”
O mau, porém, ergue-se de mau humor. Não sabe sorrir para os que o cercam e costuma exclamar:
– “Dia terrível! Que destino cruel! Detesto o trabalho e odeio a vida!”
Tais homens, como este, precisam do auxílio dos homens bons, pois que, dado não se dedicarem ao serviço digno, serão realmente muito infelizes.

In: ALVORADA CRISTÃ (Francisco Cândido Xavier/Neio Lúcio)

segunda-feira, maio 08, 2006

EVOLUÇÃO E FELICIDADE

"Porque nada podemos contra a verdade senão pela verdade." – PAULO. (II Coríntios, 13:8.)

Não esperavas talvez que expressões espectaculares te marcassem na Terra os processos de vivência humana.


E, muitas vezes, nós mesmos destacamos a disparidade entre as vitórias do raciocínio e as conquistas do sentimento.

Filósofos lamentam as distâncias entre a ciência e o amor.

Ainda assim, acima de nossos próprios pontos de vista, anteriormente expendidos, somos forçados a considerar que os domínios de um e outro são muito diferentes.

Onde os electrocardiógrafos capazes de medir o grau da dedicação dos pais pelos filhos?

Onde os computadores que nos traduzam em número e especificação as doenças suscitadas pelo ódio?

Como encontrar as máquinas que possam frenar, entre os povos, os impulsos da guerra e da delinquência?

Em que prodigioso supermercado adquirir exaustores das paixões que, na Terra, enquanto encarnados, tanta vez nos devastam a alma, inclinando-nos à loucura ou ao suicídio?

E onde, por fim, surpreender as engrenagens que nos mantenham, aí no mundo, com serenidade e equilíbrio, frustrando-nos as lágrimas, quando apertamos, em vão, entre as nossas, as mãos desfalecentes das criaturas queridas que se despedem de nós, antecedendo-nos, na viagem da morte?

Não te apaixones pelo progresso sem amor.

De que te valeria palmilhar, por meses e meses, um deserto formado em pepitas de ouro, sem a bênção da fonte, ou residir num palácio sem luz?

Atende à evolução para aperfeiçoar a vida, mas cultiva a fé e a paciência, a humildade e a compreensão que te balsamizem o espírito, porque não existe felicidade sem amor e não existe amor, sem responsabilidade, fora das Leis de Deus.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

quinta-feira, maio 04, 2006

SERVE E CONFIA!

"Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados..." – PAULO. (I Coríntios, 1:9.)

Frequentemente, aparecem os companheiros que se dizem inabilitados para a tarefa que se lhes conferiu.


Assumiram compromissos dos quais se afastam nas primeiras dificuldades, alegando incompetência; iniciam empreendimentos de que se retiram, mal surjam certos empeços, declarando-se frágeis para o trabalho a fazer.

Retardam a execução de serviços que lhes trariam paz e felicidade sem delonga maior.

Se te sentes na órbita de semelhante problema, persevera no dever que abraçaste e não temas.

As Leis Divinas jamais falham.

A Natureza não espera frutos de laranjeira nascente.

A Vida não senta a criança na cátedra do professor.

Se repontam horas de crise nos encargos que te competem, mantém-te firme no lugar de trabalho em que o mundo te colocou e cultiva a certeza de que não te faltará auxílio para a concretização do bem a que te dedicas.

Rememoremos as palavras do Apóstolo Paulo, quando nos assevera:

- "Fiel é Deus pelo qual fostes chamados", consciencializando-nos de que Deus não nos deixará tentar empresa alguma, acima das forças de que possamos dispor.

Com semelhante dedução, prossigamos nas tarefas em que fomos engajados, com vista ao bem de todos, agindo e aprendendo, trabalhando e servindo, ante a bênção de Deus.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

quarta-feira, maio 03, 2006

POR AMOR A DEUS!














Foto: Angra (RJ) - Brasil

"Servindo de boa-vontade ao Senhor..." – PAULO. (Efésios, 6:7.)

Não importa que o filho-problema te arranque lágrimas de aflição, se o abraças na condição de criatura eterna que Deus te deu para encaminhares.


Não existe sofrimento na abnegação, em favor de pais incompreensivos, se a eles te consagras na certeza de que os encontraste por benfeitores a que Deus te guiou, a fim de que os entendas e auxilies no reajustamento necessário.

Não há dor no sacrifício por alguém no lar ou no grupo social, se temos nesse alguém a presença de uma criatura difícil que Deus colocou no nosso caminho, para que sejamos seu apoio.

Não existem lágrimas nos encargos de auxilio ao próximo, bastas vezes cheias de aversões gratuitas, se as acolhemos por serviço que Deus nos entrega, no qual se nos apagam os impulsos da personalidade, a fim de que nos transformemos em auxílio aos semelhantes.

Aceita a responsabilidade em tuas mãos ou as provas que o tempo te trouxe por trabalho que Deus te confia, trabalhando e servindo, compreendendo e auxiliando aos outros, por amor a Deus e mais depressa te desfarás de quaisquer sombras do passado, liquidando débitos e culpas, em serviço de amor a Deus, porque o amor a Deus se te fará luz no coração, fazendo-te viver ao sol do porvir.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

segunda-feira, maio 01, 2006

O COMANDANTE ASHTAR SHERAN

O COMANDANTE ASHTAR SHERAN
E O PORTAL 12:12
Por: Socorro Viana – Maio de 2006

Simbolicamente o Portal sempre dá ideia de local que permite uma passagem para outro plano. Entre a porta do Templo e o altar de reverências há sempre a mesma relação entre a circunferência (todo) e o seu centro (ponto).
Mesmo sendo demonstrada a distância entre esta circunferência e o seu centro, são de certa forma muito próximos, já que determinam e reflectem a mesma coisa.
Os Portais sempre retratam também o trânsito, ligado a ideia de casa, pátria, lar.
Existia na antiguidade, em algumas partes do globo, um costume dos exilados levarem consigo as portas de suas casas. Lançavam-nas no mar e desembarcavam no lugar onde elas encalhavam.
Além do Portal 11:11, aberto em Janeiro de 1992, precisamos lembrar o Portal 12:12 já activado também na Terra.
O Portal 12:12 é muito mais subtil e possui seu foco central de construção no núcleo da Constelação das Plêiades, na Estrela de Alcione, que representa o Sol Central dessa Constelação.
Este Portal é bastante espiritual e exige de seus passageiros pelo menos 63% de energia transmutada, orientada no caminho do Cristo interno.
Trata-se de um Portal que deve manter-se em recepção até Dezembro de 2023 e tem por objectivo remover todos os seres no processo de despertar, que não mais queiram permanecer na Terra dentro das novas mudanças que aqui se manifestarão com a Transição Planetária.
Todos os processos de activação dos Portais 11:11 e 12:12 serão controlados em especial pela Grande Fraternidade Branca, a partir do Templo dos 22 Raios. Isto porque a desprogramação e remoção da Barreira de Frequência que instalou um estado de quarentena na Terra, teve seu processo de remoção complementado. Durante todo esse processo estabeleceu-se a necessidade de controle e direcção de todos os focos de Luz e gravitacionais, para não gerar um caos magnético em todo o sistema planetário.
O Comando Ashtar e todas as Hierarquias de Iluminados têm trabalhado em sintonia para permitir que as mudanças sejam mais suaves e precisas dentro da percepção humana global.
Este trabalho imenso está sendo dirigido a partir do Templo dos 22 Raios já instalados na Terra. Este Templo fica posicionado na região amazónica brasileira, fazendo divisa com a Venezuela e a Colômbia, integrando também o Templo do Elohim Amazon que rege o foco feminino em apoio aos Senhores Meru, no Lago Titicaca na Bolívia e Peru.
Este Templo pode ser observado como uma gigantesca estrela de 22 pontas e cada ponta representando um Raio de actuação para o despertar da Consciência Crística.
Para um trabalho de ajuda e entrosamento nesses Portais, colocamos a seguir um exercício de activação da Glândula Pineal que facilitará a Intuição, a Clarividência e a Vidência, condições importantes neste momento em que o ser necessita de abertura em seu próprio sistema interno:
Procurar um local tranquilo e relaxar. Imaginar um raio que parte dos entrecílios no centro da testa e dos ouvidos, encontrando-se numa espécie de estrela de três pontas, direccionando este raio para o interior da cabeça activando a glândula Pineal.
Repassamos aqui, trechos de canalizações do Comandante Ashtar Sheran, com referência a Portais, especificamente sobre o 12:12, demonstrando que em todos os momentos são feitos alertas para o despertar e crescimento da humanidade:
· A cada ser é dada a decisão de um comportamento correcto, uma vez que as acções determinarão o destino de cada um.
· Cada um com a sua força imensa, poderá formar o futuro, sendo agente da continuidade da espécie humana ou de sua destruição.
· Aqueles que duvidam da existência de “O Tudo Que É” e da imortalidade, não poderão entender as coisas simples da vida universal, perdendo o fio do entendimento de para que servem dinheiro, poder, responsabilidade.
· As bênçãos emitidas para a humanidade são pouco benéficas, uma vez que existem muitos homens na Terra que servem as forças negativas e que em nome das religiões e crenças do povo, redireccionam essas forças para desgaste da Luz.
· Existem actualmente sobre a Terra muitos homens que conhecem a realidade espiritual. Mas, constitui uma minoria entre a humanidade, que é tida como vítima de loucura e ilusão dos sentidos. As revelações emitidas como alerta pelas Hostes de Luz, são definidas pela maioria, como fantasias.
· Servimos ao Tudo Que É e trabalhamos por uma convivência pacífica entre todos os seres viventes, sendo esta a nossa meta sem ser nenhuma ilusão de sentidos.
· Na evolução universal, as humanidades já passaram por vários tipos de revoluções e mudanças. Mas, nenhuma delas, a nível dos humanos, podem comparar-se com a actual. Podemos dizer que esta é tão completa que mudará toda a vida na Terra.
· A consciência de unidade está a ser implantada e sobre todos os ângulos muda conceitos, compreensão, e o conhecimento da grandeza do Universo onde a verdade que existe fora, encontrará base sólida no interior de todos.
· Dentro de cada um existe a Centelha Divina. Infelizmente quanto maior a densidade, maior a dificuldade para perceber esta Centelha.
· Todos são na verdade deuses mergulhados na amnésia e negatividade. A Centelha Divina existe em cada um, sendo esta a única realidade que existe no corpo físico, uma vez que o restante desaparece, transforma-se. A tarefa na Terra exigida de cada um é dominar a ilusão da negatividade.
· A total tomada de consciência da própria integridade será completamente necessária em função das mudanças de padrões exigidas para a sobrevivência em dimensões superiores.
· A Terra está a ser purificada. A mudança da terceira para a quinta dimensão já é sentida de uma forma geral. Isto inclui mudança de vida do mundo físico para uma realidade bem subtil, sem meio-termo.
· Esta é a hora da verdade! Neste momento de amadurecimento e separação do joio do trigo, necessita-se de preparação prévia. Ao estarem preparados decidirão penetrar nas dimensões superiores. Se não, estarão confusos tendo o plano terrestre preenchido as suas vidas com tanta tristeza que não terão condição de entender um plano de amor. Neste caso, seguirão a catástrofe humana.
· Aqueles que fizerem a opção por o seu crescimento espiritual, irão seguir para a quinta dimensão, com certeza. Os que não compreenderem permanecerão num estado de amnésia e irão renascer em outras situações ainda na terceira dimensão. Existem vários lugares onde estas pessoas poderão ir e funcionarão de acordo com o desejo de suas almas.
· Os treinamentos nocturnos estão a ser aplicados às Sementes Estelares onde seus corpos estão a ser preparados. Muitas vezes ocorrem alguns desconfortos para adaptações. Estes estão sendo preparados para entender que isso faz parte do processo de mudanças. O que está a ser feito à noite é a saída do Corpo de Luz para a quinta dimensão do aprendizado.
· As alterações que necessitam ser feitas relativamente às adaptações à Transição Planetária, e que já estão ocorrendo, fazem parte do processo inicial básico, estando apenas a ser colocadas em prática as condições inerentes às etapas do próprio plano.
· A mudança em massa do processo de Transição, tem sido possível efectivar em função da entrada na Terra de Seres de Luz, via reencarnação. Desde o ano de 1970 do vosso tempo, estão estes seres encarregados de mudar a frequência planetária para padrões melhorados, tornando possível evitar uma catástrofe nuclear, como estava determinado anteriormente.
· Mesmo que a Transição Planetária esteja a ocorrer o mais agradável possível do que foi previsto inicialmente, pela intervenção dos Seres de Luz, conflitos, confrontos, catástrofes, ajustes intra e extra Terra não poderão ser evitados, alguns em grande escala.
· Os padrões individuais poderão ainda ser modificados partindo da ideia de “um mundo melhor começa em mim”. Essa forma de comportamento facilitará a absorção do novo padrão vibratório que terão de enfrentar na entrada e permanência no Cinturão de Fótons, de modo a não deixar muitas sequelas traumáticas em cada ser, mesmo após o desencarne.
· O mundo melhor é inevitável também sendo portanto uma consequência. Essa mudança não será possível sem desajustes para ajustamento, tanto individual como do Sistema como um todo. · Foram colocadas, para maior facilidade das movimentações em escala amplificada, portas específicas, com características especiais, por onde seguirão todos aqueles que estarão abrindo caminhos para os que seguem rumo à sua consciência divinizada.
· Fiquem atentos para estes portais e para as informações advindas através dos mesmos. Isto só poderá ser feito através da calma e da harmonia interna em função do Amor Maior.