terça-feira, setembro 18, 2012


Carta 1 

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---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
Data: 27 de Maio de 2012 08:36
Assunto: Cartas de Cristo
Para: Álvaro de Jesus

Nas condições especificadas abaixo, pode publicar as Cartas integralmente
usando os arquivos disponibilizados no site
www.cartasdecristobrasil.com.br
E o endereço de site acima deve ser citado como referencia.
Abraços.

***
CARTAS DE CRISTO

Traduzido por Almenara Editorial.

Todos os direitos reservados.

Consulte para fazer uso do conteúdo em publicações impressas ou digitais.


Carta 1

Eu, o CRISTO, aproveito esta oportunidade para falar directamente consigo.

Eu vim para rectificar as interpretações erróneas dos meus ensinamentos quando, conhecido como “Jesus”, estive na Palestina há dois mil anos.

Estas cartas estão a ser enviadas por meio de alguém que, durante os últimos quarenta anos, tem sido espiritualmente sensível e dedicada o suficiente para receber as minhas palavras e agir de acordo com elas.

Estas CARTAS SÃO A VERDADE.

Elas transcendem todas as doutrinas religiosas do mundo.

Estas CARTAS vão LIBERTÁ-LO.

As Cartas são para todas as pessoas que buscam a razão da existência, o propósito das suas vidas, a força para enfrentarem a luta da vida, suportar dificuldades, doenças e desespero, e inspiração para aqueles que desejam alcançar mais consciência espiritual no dia-a-dia das suas vidas. Poder-se-ia dizer que estas Cartas são um CURSO PARA SE TORNAR MESTRE, destinado àqueles que estão prontos para percorrer o caminho que trilhei quando estive na Terra, na Palestina.

Talvez duvide de que estas palavras sejam verdadeiras. À medida que for lendo estas páginas e se for aprofundando nos factos que estou a explicar a respeito da existência e das origens da personalidade, perceberá que esta verdade só poderia vir da mais alta fonte.

Aqueles que tiverem dificuldade em compreender as CARTAS devem ler apenas uma página de cada vez, para então as colocar de lado e meditarem. Gradualmente, a sua consciência absorverá o seu significado, uma vez que estas páginas são o elo entre a sua consciência e a minha consciência transcendente. Aproxime-se destas CARTAS com a mente livre de ideias, crenças e preconceitos, como uma criança pequena antes de ser doutrinada pela crença humana.

Traga-me a sua mente aberta, uma mente que busca e eu a preencherei com tesouros verdadeiros, o tesouro do mais alto conhecimento, o qual, ao ser absorvido, aliviará a sua carga diária e conduzi-lo-á até “aos verdes pastos de brilhantíssima luz”, o que significará abundância, alegria, arrebatamento e preenchimento pleno de todas as suas necessidades. Saberá como é sentir-se abundantemente abençoado(a) com tudo o que existe mais além da sua compreensão humana.

Estas CARTAS são enviadas a todas as pessoas do mundo com todo o meu amor e compaixão. Enquanto as lê, sentirá o amor e a compaixão e vai perceber que as suas lutas diárias com a existência, nunca foram planeadas para si. Não há necessidade de experimentar a dor e a tensão quando entende, absorve e pratica a VERDADE DA EXISTÊNCIA com constância.

O PROPÓSITO DESTAS CARTAS

Elas têm a intenção de trazer iluminação ao mundo em geral e capacitar a humanidade a construir uma NOVA CONSCIÊNCIA durante os próximos dois mil anos. Estas CARTAS são a semente da futura evolução espiritual da humanidade.

Observe bem:

A evolução espiritual da “consciência humana” é o que traz a evolução mental e física à sua vida pessoal e global e aproximará a humanidade de estados cada vez mais harmoniosos de bem-estar. 

Se é difícil acreditar nisto, então reflicta a respeito dos últimos dois mil anos e veja o que se tem realizado desde a última vez em que falei directamente com as pessoas. Tem havido uma tendência de evolução gradual em direcção ao amor fraternal que eu costumava pregar ao povo Judeu.

Quando eu caminhava pela Terra, não havia organizações humanitárias como existem hoje. A ambição, a cobiça e a auto gratificação eram comportamentos considerados normais. Havia pouco amor fraternal mesmo entre os Judeus para os quais os profetas, durante gerações, haviam dito que amassem aos seus semelhantes como a eles mesmos.

Conforme a humanidade vem desenvolvendo a sua capacidade para o amor fraternal, a vida tem-se tornado mais confortável e prazerosa sob a forma de consideração mútua, cortesia, gentileza, na criação de hospitais e sociedades para o bem-estar infantil, no cuidado com os mais velhos, no movimento a favor dos direitos humanos e em muitas outras instituições dedicadas à melhoria da condição humana.

Tudo isto tem brotado nos corações e nas mentes daqueles que, sinceramente, levaram em consideração as minhas primeiras palavras ditas na Palestina, as quais impulsionaram as pessoas até ao amor fraternal e à compaixão pelos seus semelhantes.

Estes cuidados espirituais e o amor fraternal ganharam um tremendo impulso no século dezanove, quando as minhas palavras foram pregadas com renovada e intensificada sinceridade nos púlpitos e alegremente recebida por congregações sérias e sinceras. Os pregadores e as congregações, nessa época, já se haviam espalhado pelo mundo todo, em cada continente. O Sábado era considerado um dia de descanso e os pensamentos da maioria do povo Cristão elevavam-se para contemplar o poder de Deus. Tal suspensão mundial dos deveres e ocupações normais deu lugar a uma elevação do “pensamento consciente”, de vinte e quatro horas de duração, em direcção ao Poder Criativo Divino, criando uma constante e poderosa consciência “humana/Divina” que dava suporte e se entrelaçava às vidas humanas. A súplica humana atraiu o Poder do Divino para o interior da consciência e experiência humanas e deu lugar directamente ao crescimento e à expansão em cada faceta da vida humana. Contudo, as pessoas ainda não sabiam como direccionar mentalmente o Poder Divino para os canais espirituais da criatividade em lugar dos canais do “ego”. Em consequência, a expansão da “consciência colectiva” trouxe resultados negativos surgidos do “poder do ego”, assim como resultados “positivos” produzidos pela “consciência espiritual” das pessoas inspiradas e iluminadas.

NOTA: POR ESTA RAZÃO... Eu vim expressamente para lhe explicar a si... Um facto da existência que é de vital importância. Por favor, leia cuidadosamente.

É isto:

*A sua consciência pessoal é inteiramente responsável por tudo aquilo que vem para a sua vida e experiência pessoal. É a sua consciência pessoal que traz para si o bem ou o mal.*

*No seu subconsciente, traz lembranças fortemente impregnadas, ainda que ocultas, de traumas/emoções de sua(s) vida(s) anterior(es) que podem irromper e afectar a sua consciência actual. *A sua oração fervorosa e específica para aliviar algum acontecimento, pode receber resposta, mas a longo prazo será de pouco proveito se a sua mente e o seu coração continuarem em contravenção com as Leis Universais do AMOR e se viver com atitude mental de constante crítica. *

As Leis Universais da Existência relacionam-se SOMENTE às “actividades da consciência”... E são exactas e indesviáveis... NÃO são prémios ou castigos de “Deus”. Repito: Não são “CASTIGOS DE DEUS” – relacionam-se ao “Factor Causativo da Consciência” que atrai/magnetiza as partículas eléctricas que se unem e aparecem perante o mundo como formas e experiências sólidas.

NOTA: Às vezes as pessoas fazem um contacto poderoso com a REALIDADE DIVINA, que está dentro e por trás de toda a criação, por meio da oração.

Ela responde e a Sua actividade revela-se num curto espaço de tempo como uma melhoria necessária dentro da vida pessoal ou nacional – e as pessoas podem exclamar: “É um milagre!” Mas, com o passar do tempo, o estado da consciência Pessoal ou Nacional voltará a reafirmar-se nas vossas experiências e reproduzirá os mesmos efeitos negativos anteriores na saúde e nas actividades. Você não pode efectuar mudanças permanentes na sua vida a menos que mude a sua consciência. Portanto, as pessoas devem rezar e esforçar-se a todo momento para alcançar o Amor incondicional.

No século vinte, as habilidades mentais do ser humano deixaram para trás o seu desenvolvimento espiritual. Os cientistas pensaram que poderiam explicar as origens da criação atribuindo-as apenas à casualidade. Como resultado directo disso, as pessoas abandonaram a moralidade e começaram a dar atenção completamente à própria vontade.

Puseram em marcha uma nova ameaça no mundo, uma vez que começaram a criar uma nova forma de “consciência egoica mundial” directamente oposta à NATUREZA do Divino AMOR INCONDICIONAL. A consciência humana bloqueou o fluxo do Divino.

OBSERVE BEM: a imaginação mórbida de algumas pessoas, que seria limitada localmente há um século, agora tornou-se uma INFECÇÃO MENTAL CONTAGIOSA glorificada na literatura, cinema e teatro, espalhando-se pelo mundo todo, criando uma “Consciência Humana” global similar à delas mesmas, expressada nos excessos sexuais, violência e perversões. Esta INFECÇÃO MENTAL primeiro manifesta-se como formas egocêntricas de viver e na criação de engenhos tecnológicos que têm gerado sérios distúrbios na saúde, mudanças climáticas, diminuição de safras, degradação do meio ambiente, extinção de seres vivos e o massacre de populações inteiras de seres humanos. A Infecção Mental manifesta-se na personalidade humana como um comportamento desviado e destrutivo, com o consumo de drogas, com excessos abomináveis de crueldade e depravação, operações mafiosas e excessos sexuais.

Deste modo, um círculo vicioso de actividades malignas e de perversão de pensamentos e actos está a ser criado pelos magnatas do entretenimento e da média. O propósito disto é capturar o interesse pessoal de um público egocêntrico.

A vossa tela de TV e o cinema tornaram-se a nova Bíblia do comportamento humano. Tragédias pessoais desconhecidas para a humanidade há cem anos tornaram-se abundantes e as pessoas têm medo de andar nas ruas. Famílias estão presas atrás de muros altos. Os problemas familiares e sociais expõem-se frequentemente em debates públicos – e assim a história da miséria humana perpetua-se. Esta é a BESTA a invadir os vossos territórios e a alimentar um miasma de bestialidade nas mentes inocentes.

** Isto será perpetuado até que o meu Conhecimento Crístico seja reconhecido, aceite e vivido pela maioria das pessoas na Terra. Este conhecimento irá mostrar-vos como voltar ao verdadeiro CAMINHO DA VIDA, a fim de começarem a criar o tipo de vida que realmente desejam. **

Porque eu sou o AMOR incondicional, eu digo a VERDADE, intuída por muitas mentes espiritualizadas, mas ainda rejeitada por aqueles que são espiritualmente cegos.

Estas palavras não são ditas para o ameaçar ou castigar, mas para o alertar para a fonte dos inqualificáveis horrores que, diariamente, enchem os seus jornais e aparelhos de TV.

**É apenas o amor que tenho por todas as pessoas que me obriga a descer nos vários níveis de consciência e alcançar a dimensão da depravação humana, para vos avisar de suas consequências nas vossas vidas actuais.**

OBSERVE BEM – IMPORTANTE

Você quer saber de onde veio o vírus HIV que ataca o tão prezado sistema de autodefesa humano – o sistema imunológico, e também a sua capacidade para procriar?

Este vírus, se não for controlado – não com remédios mas pela CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL – exterminará os imprudentes. Os Iluminados evitarão esta e outras armadilhas da existência.

Acorde! Perceba o perigo!

Os seus próprios e fortes “impulsos de consciência” são impulsos de vida.

São impulsos electromagnéticos altamente criativos! Quando os seus impulsos de consciência são de uma natureza virulenta – violenta – agressiva e homicida – emitem partículas eléctricas de CONSCIÊNCIA virulenta, violenta, agressiva e homicida que tomam forma de vírus venenosos no ar, propagando-se de uma pessoa inocente a outra.

O que nasce e se nutre numa mente doente, acaba por tomar forma no mundo físico. E isto não é castigo de “Deus”, como as igrejas ensinam. É um FACTO CIENTÍFICO DA EXISTÊNCIA.

Portanto, é um assunto de extrema urgência que todas as pessoas espiritualizadas mantenham distância das imaginações “infantis” para perceberem, claramente, a VERDADE da criação e da existência.

Minha MENSAGEM para todas as IGREJAS.

Eu, o CRISTO, vim expressamente para vos contar a verdade a respeito das origens da “personalidade humana”.

Explicarei com exactidão como e por que tem sido dada à raça humana uma propensão natural para a vontade-própria e um desejo predominante de auto gratificação e auto defesa. Isso não é pecado, mas sim parte dos processos naturais criativos.

Não há “punição” vinda do alto! O homem, por meio do exercício voluntário e prejudicial do “Poder do Ego”, atraiu para si mesmo a sua própria punição.

NOTE BEM: Por esta razão, do mesmo modo que os livros escolares de ciências se tornam desfasados conforme a mente humana vai absorvendo mais conhecimento científico avançado, assim também se deve permitir que a actual forma de “Cristianismo”, construída sobre falsas doutrinas centradas na minha crucificação, tenha uma morte natural.

NOTE BEM: A actual crise mundial, que está a introduzir um novo fracasso das Leis Internacionais e a estabelecer as bases para um futuro terrorismo global, indica claramente que nenhuma religião do mundo possui o conhecimento adequado e a efectiva liderança para iniciar mudanças nos padrões mentais do ser humano, que poderiam conduzi-lo directamente para a paz e a prosperidade.

O VERDADEIRO LÍDER ESPIRITUAL será capaz de ensinar às suas congregações como e por que os esquemas mentais modernos, formados na “consciência”, têm criado as calamidades e os horrores que estão apenas a começar a fazer-se sentir totalmente no vosso meio, nas diversas formas de pestes, terramotos, inundações, fomes, guerras, revoluções e outras tragédias. Esteja certo de que nenhum mal que ocorre na sua terra é um “desastre natural”. Qualquer coisa adversa ao seu bem-estar nasce primeiro na sua “consciência humana” e depois toma forma dentro da experiência global. Isto foi o que eu tentei dizer aos Judeus quando caminhava pela Terra – e CHOREI – quando eles riram e se recusaram a acreditar. Eles chamaram-me de louco.

Que as igrejas não cometam o mesmo erro! As igrejas têm estado agonizantes, cristalizadas em rituais e dogmas e os seus sacerdotes e pastores não têm sido capazes de responder às necessidades espirituais que estão em contínua evolução nos ardentes buscadores da Verdade. Como consequência disso, as igrejas estão a esvaziar-se. Se quiserem durar, as igrejas devem deixar de lado as suas diferenças e ter humildade para aceitar que a inspiração não vem à Terra necessariamente de maneira que lhes pareça aceitável. Devem lembrar que Eu, o Cristo, não era aceitável para os Judeus. As igrejas devem manter as suas mentes e corações abertos para receber aquilo que, intuitivamente, sintam como a mais Alta Verdade, em vez daquelas a que se agarram actualmente, e abandonar as velhas crenças que têm permitido que a BESTA controle o pensamento humano.

Ore sinceramente, com toda a sua alma, mente e coração, – por uma verdadeira iluminação – ao invés de reiterar velhas e falsas crenças. Acorde e aceite que esses rituais e velhas crenças não cumpriram o que prometiam as minhas palavras para a humanidade, quando disse que “coisas maiores daquelas que fiz” vós também fariam.

Enquanto isso, até que a verdadeira iluminação chegue até vós – (depois de muita meditação e oração), – ensinem, demonstrem e vivam:

O AMOR FRATERNAL com toda a força da alma, coração e mente – minuto a minuto na vossa vida diária.

Para combater as forças destrutivas da consciência global, a humanidade deve fazer muitos esforços para se mover rapidamente para o próximo estágio do seu desenvolvimento.

NECESSIDADE URGENTE DE UMA VISÃO MAIS ELEVADA.

Deve ser amplamente aceite que existe uma VISÃO MAIS ELEVADA e que é preciso esforçar-se para a introduzir na vida diária. É somente alcançando essa visão mais elevada que o mundo físico será resgatado da total aniquilação. Sem esta visão, para si mesmo ou para o mundo, não pode haver evolução espiritual, nem se pode alcançar as coisas que mais se deseja. Neste momento, a vossa percepção da vida é a de um fardo e privação. Estas crenças são retratadas e reforçadas de forma chocante pela televisão. Elas acabarão por trazer a miséria que esperava nunca conhecer. Portanto, para o salvar da sua própria insensatez expressada por meio da média, a “consciência humana” deve ser RAPIDAMENTE elevada para ver o que eu vi no deserto – a Realidade do Amor por trás e no interior de toda a existência.

OBSERVE BEM: Quando esta grande verdade for percebida e bem acolhida, a Realidade do Amor vai começar a manifestar-se de várias formas em cada coisa viva, no meio ambiente e em si. A experiência da abundância e felicidade vai reforçar a consciência da abundância e felicidade. E, assim, uma espiral espiritual de vida cada vez mais elevada e maravilhosa será colocada em movimento.

Quando a VERDADEIRA natureza do “Ser” for completamente entendida – a humanidade avançará para o próximo degrau de evolução espiritual e porá em movimento uma nova e abençoada forma de esforço humano e de experiência pessoal. Para alcançar estas metas, a humanidade precisa obter primeiro discernimento sobre o QUE e QUEM é.

Uma nova e importante questão já se está a apresentar para a consciência das pessoas. “Quem é você – realmente – por trás da fachada que apresenta ao mundo? O que é preciso para alguém ser AUTÊNTICO?” É esta pergunta – “Quem é você realmente?” Que se responde, em cada nível do seu ser, nestas páginas. E se puder aceitar – como guia para a sua vida quotidiana – tudo o que eu compreendi durante a minha experiência de seis semanas no “deserto” – você também, finalmente, se tornará ÍNTEGRO e VERDADEIRO, assim como eu me tornei ÍNTEGRO e VERDADEIRO antes de começar o meu ministério de cura e de ensinamento. Uma vez que existem poucas pessoas no mundo que se consideram ÍNTEGRAS neste momento, você reconhece seguramente que há uma necessidade urgente de que eu me introduza na sua mente para o dirigir até uma nova maneira de pensar e sentir. Essa mudança na consciência vai fazê-lo entrar na Divina harmonia com a Realidade, e obter melhores condições de vida e segurança. Para fazer este trabalho de “reconstrução” na sua consciência, eu devo primeiro registar na sua mente – e você deve aceitar – que eu ensinei na Palestina muitas coisas que os homens ainda não estavam prontos para receber.

É significativo que nunca tenha sido publicamente questionada a ausência de registos da minha juventude. Qual foi a verdadeira razão de tão importante omissão? É igualmente significativo que, embora eu tenha passado seis semanas no deserto depois de meu baptismo e tenha saído dessa experiência como um MESTRE e CURADOR, nenhum escritor tentou descrever o que realmente aconteceu durante esse tempo – apenas se disse que eu era “tentado pelo demónio”, que estava “entre as bestas” e que os “anjos estavam comigo”. Não há a menor “indicação” do que aconteceu no deserto que me permitiu voltar às cidades e aldeias a proclamar que “o Reino de Deus está em vós” e falar nas sinagogas com tal autoridade que os anciãos Judeus ficaram atónitos.

A verdade a respeito do meu estado humano, por um acordo comum entre meus discípulos, foi suprimida para dar maior credibilidade à minha suposta “Divindade” e ministério. Segundo os evangelhos, eu era o “único Filho de Deus”. Por que então, frequentemente, eu me referia a mim mesmo como o “Filho do Homem”? Fiz essas afirmações especificamente para confrontar as crenças predominantes a respeito da minha “divindade” e para gravar na mente das pessoas que eu tinha a mesma origem física delas.

A minha intenção era a de que compreendessem que, o que eu podia fazer, elas também poderiam, se tivessem o meu conhecimento e seguissem as minhas instruções para pensar e actuar acertadamente.

Tantos mitos têm surgido a respeito de minha pessoa terrena e de minha CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL, que já é tempo de se livrarem disso tão completamente quanto possível, uma vez que estão a impedir as pessoas de evoluir espiritualmente.

Você, que foi doutrinado com ensinamentos religiosos, deve tentar compreender que os meus discípulos evangelistas, ao relatarem a minha vida, descreveram somente aquilo de que se lembravam pessoalmente e que apoiava plenamente os seus relatos de minhas actividades “sobrenaturais”. Eles também incluíram muitas coisas que outros disseram sobre mim durante os cerca de trinta anos que se seguiram à minha morte. Depois de tamanho lapso de tempo e do inevitável embelezamento da verdade – como é que é possível que tenham escrito uma “biografia” fidedigna a meu respeito e de tudo o que realmente aconteceu, ou explicar correctamente as minhas percepções espirituais verdadeiras, as quais deram origem às minhas palavras e aos meus “milagres”?

Somente uma pessoa pode escrever deste ponto de vista – e essa pessoa, sou eu mesmo. Portanto, estas Cartas vão levar-lhe a minha Verdade de uma forma que nenhum espectador poderia fazê-lo, não importando o quanto eles pensavam que entendiam o meu pensamento. (Por esta razão, durante mais de quarenta anos, a mente do meu “Canal” tem sido sistematicamente purificada de todo o ensinamento ortodoxo e o sistema de comunicação entre nós tem sido aperfeiçoado).

Se a minha Verdade expressa nestas Cartas diferir muito do que está escrito no Novo Testamento, há-de se duvidar dela ou rejeitá-la por essa razão? Portanto, estou a descer em consciência brevemente, tão perto quanto necessário do vosso plano de consciência, para descrever a minha vida e os meus ensinamentos de dois mil anos atrás.

MEU LUGAR NA HISTÓRIA

Em primeiro lugar, devo assinalar que a minha vida e pessoa foram brevemente referenciadas por Josefo na “História dos Judeus”, escrita para o Governador e apresentada ao Imperador Romano. Josefo anotou sucintamente que Jesus, que tentou derrubar a lei e ordem e o governo dos Romanos, foi castigado e crucificado. Tem-se dito que Josefo pode ter-se referido a algum outro Jesus. Mas não é assim. Eu, que mais tarde me tornei o CRISTO que realizou os chamados milagres de cura e materialização, fui o rebelde. Mas eu não era nenhum “agitador”. Não incitei deliberadamente as pessoas a desafiarem os Romanos nem a desafiar a lei e a ordem.

Eu fui um rebelde contra as tradições judaicas existentes. Quando emergi das seis semanas de jejum no deserto, vi uma forma melhor de – pensar – e – viver – e tentei transmitir o meu conhecimento aos meus companheiros Judeus, com pouco sucesso.

É importante que entenda que a pressão da opinião pública pesava sobre os meus seguidores. Enquanto eles realmente acreditavam que eu trazia uma mensagem aos Judeus para “salvar a alma” e que eu era o Messias, o “Filho de Deus”, eles também eram do mundo, tentando relacionar-se com o mundo da melhor forma possível. Portanto, ainda que conhecessem os meus sentimentos contrários às crenças dos Judeus, eles não estavam felizes em dispensar o Velho Testamento por completo, uma vez que este tinha apoiado e unido os Judeus durante toda a sua história. No interesse de preservar o que eles consideravam valioso nos velhos decretos, suprimiram qualquer descrição a respeito da “pessoa” que eu era.

Os meus discípulos e Paulo construíram o seu próprio edifício de “crenças sagradas” com aquilo que queriam preservar de minha vida e ensinamentos. Eles ensinaram e consolidaram somente o que consideravam valioso para as pessoas – Judeus e gentios do mesmo modo – os daquele tempo e do futuro. Consequentemente filtraram o que podiam usar e “deixaram de fora” a maior parte do que eu chamava os “Segredos do Reino de Deus”, pois eles nunca os compreenderam. Tampouco os acharam desejáveis na criação de uma nova percepção do “Divino” – o “Pai”.

Para preservar a crença judaica na “salvação do castigo pelos pecados” por meio dos sacrifícios no Templo – adoptou-se a “pessoa de Jesus” como o “supremo” sacrifício, que pagou pelos pecados dos homens através de sua crucificação. Esta crença servia a muitos propósitos naquele tempo.

Isso deu à minha morte na cruz uma razão válida e heróica. Ela provava às pessoas que eu era o “Filho de Deus” e que havia realizado uma missão específica até ao fim da minha vida. Esta crença também provou ser de grande consolo para os Judeus quando o seu Templo foi destruído pelos Romanos – e levou a muitas conversões. Muitas seitas de Judeus – e gentios também – não acreditavam na vida após a morte, consequentemente, era altamente reconfortante escutar que “Jesus Cristo” havia superado a morte e mantido o seu corpo. Para muitas ideologias humanas daquele tempo, a vida não era possível sem um corpo. Portanto, vida após a morte somente poderia significar ressurreição do corpo. Isso também manteve o meu nome constantemente vivo na mente das pessoas. Eu era a valente “figura histórica” que havia morrido para assegurar que os homens fossem libertados de todo o medo do inferno e da condenação. Desde que eles acreditassem em “mim”, poderiam caminhar como “homens libertos”. É somente por que o meu “nome” se manteve vivo até hoje, que posso vir agora até si para lhe oferecer a VERDADE que eu queria muito compartilhar com as pessoas há dois mil anos.

MINHA JUVENTUDE e as EXPERIÊNCIAS NO DESERTO

Eu nasci na Palestina. Minha mãe estava convencida de que eu era o Messias. Ao contrário da crença popular, eu não era uma criança santa. Aos 12 anos, levaram-me até ao Templo para ser entrevistado pelos Sumo Sacerdotes, para que se determinasse se eu estava pronto para iniciar o Treinamento Religioso Judeu: fui rejeitado por ser demasiado teimoso.

Amargamente decepcionada, minha mãe levou-me para casa e fez o seu melhor para me criar na santidade que marcou o seu próprio comportamento em todos os momentos.

Aquela era uma tarefa impossível já que eu era, acima de tudo, um individualista de comportamento indisciplinado. Fiquei ressentido com as orientações de minha mãe e a sua tentativa de me disciplinar. Como jovem, tornei-me impossível de controlar – um verdadeiro rebelde! Rejeitei a adesão incondicional de minha mãe à fé e tradições judaicas, preferindo o riso às atitudes hipócritas. Recusei-me a aprender um ofício que me confinasse à rotina. Escolhi misturar-me com todo o tipo de gente das classes mais desfavorecidas, bebendo com eles, conhecendo prostitutas e divertindo-me, conversando, discutindo, rindo e sendo um ocioso. Quando precisava de dinheiro, ia trabalhar nos vinhedos por um dia ou dois ou fazia trabalhos que me pagassem o suficiente para comer e beber, propiciando-me o lazer que desejava.

Apesar de todos os meus defeitos como ser humano, as minhas atitudes descuidadas e indolentes, a minha obstinação e determinação egocêntrica para pensar as minhas próprias ideias sem me importar com o que os demais pudessem pensar a meu respeito, eu tinha uma profunda preocupação com as pessoas. Eu era profundamente emocional. Em palavras actuais eu seria chamado de “hipe reactivo”, “hiperemotivo”. Tinha um coração caloroso, compassivo e empático. A presença da doença, da aflição e da pobreza comoviam-me profundamente. Era um acirrado defensor daqueles que você chama de “desamparados”. Poderia dizer-se que eu era “gente do povo”. Vivi muito perto dele num espírito de companheirismo, escutando as suas aflições, compreendendo-o e importando-me.

É importante entender as minhas verdadeiras origens e as minhas características na juventude, pois foram os aguilhões que me incitaram, empurraram e impulsionaram a finalmente ser o Cristo.

O que mais fortemente detestei e combati foi a miséria, a doença e a pobreza que via ao meu redor. Isso enfureceu-me e tornei-me apaixonada e vociferantemente zangado por ver as pessoas maltrapilhas, magras e famintas, doentes e aleijadas, a serem cruelmente intimidadas pelos líderes Judeus que as sobrecarregavam com leis e práticas sem sentido, ameaçando-as com punições de Jeová caso não obedecessem. Declarei a todos os que poderiam escutar-me que aquelas pobres pessoas já suportavam o suficiente para também serem esmagadas por medidas sem sentido e restritivas do prazer. Qual era a razão de viver se não nascíamos para ser felizes?

Recusei-me a acreditar num Deus “justo” segundo as tradições judaicas. As advertências bíblicas proféticas sobre o “julgamento e cólera” de Jeová contra as pessoas indignaram-me. Apesar de tudo, pessoas são pessoas, fazendo o que a sua natureza humana as impulsionava a fazer. Nasceram pecadoras – então por que deveriam ser julgadas e condenadas a levar uma vida de sofrimento e pobreza por não terem cumprido os Dez Mandamentos? Qual era o sentido de tais afirmações?

Para mim, essa crença judaica representava um “Deus” ilógico e cruel e eu não queria nada com “Ele”. Parecia para mim que se existia tal “divindade”, então o homem estava condenado à miséria eterna. 

A simplicidade e liberdade que encontrei nas encostas das colinas, nas planícies, nos lagos e montanhas, refrescaram o meu espírito interior e aquietaram a minha cólera que murmurava contra o Deus Judeu. Assim, neguei-me a acreditar em qualquer palavra do que os anciões Judeus tentavam ensinar-me.

No entanto, lá pelos vinte e cinco anos de idade, uma nova linha de questionamento tomou conta dos meus pensamentos. Enquanto eu caminhava sozinho pelas colinas cada vez com mais frequência, a minha rebeldia foi aos poucos sendo substituída por uma ânsia que me consumia, de saber e compreender a verdadeira natureza DAQUELE que sem dúvida nenhuma devia inspirar e respirar por meio da criação.

Revisei o meu estilo de vida e percebi quanto sofrimento as minhas acções haviam causado à minha mãe e a muitas outras pessoas. Embora eu sentisse profunda compaixão pelos fracos e sofredores, a minha natureza rebelde havia-me levado a um comportamento egoísta e sem consideração para com a minha família. O amor subjacente por eles agora brotava em mim e percebi-me igualmente rebelde contra o meu comportamento anterior. Escutei falar de João Baptista e do trabalho que fazia entre os Judeus que vinham até mesmo de Jerusalém para ouvir as suas palavras. Decidi visitá-lo para que me baptizasse.

A caminho do Rio Jordão, senti-me muito entusiasmado com a possibilidade de ser baptizado e começar uma nova vida. Eu sabia que apesar de meu emocionalismo indisciplinado, também tinha nascido com uma inteligência aguçada e com um dom para o debate inteligente e persuasivo, o qual eu tinha usado caprichosamente e de forma negativa, levando as pessoas a desenfreadas discussões. Eu havia jogado fora o meu talento em troca de uma vida de egoísmo, preguiça e prazer. Como resultado, havia perdido todo o respeito dos demais e nem eu mesmo me respeitava mais. Pela primeira vez, isto pareceu-me intolerável. Ocorreu-me que no futuro eu poderia e deveria empenhar os meus dons naturais para um melhor uso. Ao invés de apenas ficar a fazer barulho, talvez eu pudesse encontrar um caminho para aliviar a carga daqueles de quem eu tanto me compadecia. Até então, eu não havia sido útil para ninguém.

MEU BAPTISMO

Quando entrei na água do Rio Jordão para ser baptizado por João, esperava sentir apenas alívio e a consciência de que pelo menos uma vez havia dado um passo positivo em direcção à reforma de meu comportamento. Esperava sentir uma nova determinação para ir para casa e surpreender minha mãe e meus vizinhos com atitudes novas e amáveis em relação a eles.

O que realmente aconteceu quando João me baptizou foi uma experiência completamente diferente de qualquer coisa que eu poderia ter imaginado possível.

Senti uma grande onda de tremenda energia a surgir no meu corpo. Fiquei literalmente chocado com isso. Ao sair da água cambaleando, senti-me elevado em consciência de um modo extraordinário. Um grande fluxo de brilhante felicidade elevou-me a um estado de êxtase. Estava arrebatado e consciente de uma grande Luz. Tropeçando, afastei-me do rio e fui caminhando e caminhando, sem saber para onde estava a ir. Continuei, e sem me dar conta, entrei no deserto.

Por favor, observe! MINHAS SEIS SEMANAS NO DESERTO foram um tempo de total limpeza de minha consciência humana. Velhas atitudes, crenças e preconceitos foram dissolvidos.

Chegou o momento de compartilhar com as pessoas receptivas tudo o que eu senti, “vi”, percebi e compreendi. (Para ajudar as pessoas a abandonarem a velha imagem de uma “divindade” bíblica, evitarei referir-me a “Deus” por esta palavra e vou usar uma terminologia projectada para ampliar a vossa mente, para abraçar aquilo que “realmente é” para além de toda a forma terrena, cor, som, emoção e compreensão. Esta terminologia tornar-se-á cada vez mais significativa na medida em que você for perseverando na meditação e na oração).

O QUE EU SENTI QUANDO ESTIVE NO DESERTO

Fui elevado no interior de uma luz radiante e senti-me maravilhosamente vibrante, vivo e com poder. Eu estava cheio de êxtase e alegria e sabia, sem dúvida alguma, que AQUELE PODER era o verdadeiro Criador, do qual todas as coisas criadas haviam recebido o seu ser. 

Esta gloriosa harmonia interior, paz e sensação de perfeita realização, nada mais precisando ser acrescentado àquele belo momento, era a própria natureza da Realidade – o Poder Criativo – dando Vida à criação e à existência.

O que eu “vi”, compreendi e percebi quando estive no deserto.

Fui elevado dentro de outra dimensão de percepção consciente, que me permitiu ver a VERDADE com relação à vida e à existência. Vi, lúcida e claramente, o que era real e o que era falso no pensamento do homem.

Compreendi que aquele “Poder Criativo” que eu estava a experimentar era infinito, eterno, universal, que preenchia todo o espaço além do céu, dos oceanos, da Terra e de todas as coisas vivas. Vi que AQUILO era o PODER MENTAL. Era o PODER CRIATIVO da MENTE.

Não havia ponto onde não existisse aquele “PODER CRIATIVO da MENTE DIVINA”. Percebi que a mente humana originava-se da DIVINA MENTE CRIATIVA, mas que era somente uma vela iluminada pelo Sol.

Às vezes, a minha visão humana era tão espiritualmente elevada que eu podia ver através das pedras, da terra e da areia. Estas agora pareciam ser simplesmente “minúsculas partículas de brilho cintilante”.

Eu percebi que nada era realmente sólido!

Quando eu tinha momentos de dúvida de que aquilo pudesse ser assim, as mudanças no fenómeno deixavam de existir, e muito mais tarde eu descobri que os meus pensamentos, se fortemente impregnados de CONVICÇÃO poderiam causar mudanças no “cintilar das partículas” (coisa que a ciência chama hoje de partículas carregadas electricamente) e portanto produzir mudanças na aparência da pedra ou de qualquer outra coisa que eu estivesse a estudar.

Foi nesse momento que eu compreendi o poderoso efeito que a CONVICÇÃO ou a FÉ inquebrantável tinham sobre o ambiente, ao exprimir um comando ou mesmo uma crença. E ainda mais impressionante foi a abertura da minha mente à compreensão em “consciência cósmica” de que tudo o que havia testemunhado era realmente o “Poder Criativo” da Própria Mente Divina tornada visível no “cintilar das minúsculas partículas”. Além disso, a aparência de tudo poderia ser profundamente afitada pela actividade do pensamento humano.

Compreendi que não havia nada sólido no universo, que tudo o que era visível estava a manifestar um “estado de consciência” diferente, que determinava a composição e a forma do “cintilar das partículas”.

Portanto, toda a forma exterior era uma expressão da consciência interna.

Compreendi que a VIDA e a CONSCIÊNCIA eram a mesma coisa.

Era impossível dizer “Isto é VIDA” e “Aquilo é CONSCIÊNCIA”.

A Consciência era a Vida e a Vida era a Consciência e ambas eram o “Poder Criativo”, “MENTE UNIVERSAL DIVINA” mais além, dentro e por trás do universo.

Compreendi que as pessoas davam grande importância à individualidade e à forma.

Elas não podiam imaginar uma mente ou inteligência a operar de modo efectivo senão por meio da forma individual. Por isso, os Judeus haviam criado uma imagem mental de um imenso ser supremo, tendo todos os atributos positivos e negativos do ser humano. Desta forma era possível para os profetas acreditarem em – e falarem da – ira de Jeová, ameaças e castigos e da vinda de enfermidades e pragas em resposta à desobediência humana. Mas percebi que essas imagens mentais eram mitos. Elas não existiam.

Percebi que, em qualquer dimensão da existência, era a MENTE – a inteligência manifestada – que era o factor mais importante no que se refere à criação e ao homem em si. De modo que se deve reescrever o Génesis assim: Antes da criação – era a MENTE UNIVERSAL – o Poder Criativo dentro e por trás da criação em si.

Tendo “visto” tão claramente, para além de toda a discussão, que o Poder Criativo da MENTE UNIVERSAL estava em todo o lugar, no infinito do céu e activo dentro de formas terrenas, fui impulsionado interiormente a olhar ao meu redor. Olhei e vi apenas cascalho e pedra. Então, subitamente, foi-me apresentada a imagem de uma bela paisagem, na qual crescia todo o tipo de plantas, arbustos e árvores, aves a sobrevoar as árvores e animais a pastar na relva. Assistindo a esta visão com admiração, “vi” que as plantas e árvores, cada uma delas – e sim, mesmo os pássaros e os animais – na realidade eram compostos de centenas de infinitas comunidades de minúsculas entidades a trabalhar sem parar (os vossos cientistas modernos chamam-nas de “células”), num espírito de total harmonia e cooperação, para produzir a substância e os diversos órgãos dos sistemas internos e o aspecto exterior das entidades vivas e completas.

Contemplei essa maravilhosa actividade por um longo tempo, ainda que o tempo já não tivesse mais importância para mim. Enquanto eu olhava, pensava: quem poderia ter adivinhado que sob a cobertura de pelagem, plumas e pele, haveria tão intensa actividade em diminutas comunidades de entidades, a trabalhar juntas para dar vida, forma, nutrição, cura, protecção e resistência aos corpos de tantas espécies diferentes?

Era a inteligência do TRABALHO realizado, que atraía a minha atenção. Assim, compreendi que o TRABALHO era uma parte integral da Actividade do Poder Criativo desde a menor “entidade” (célula) dentro dos sistemas viventes até à mais avançada entidade no universo: o homem em si. No sistema de todos os seres vivos, todo o trabalho estava sob a direcção do Poder Criativo Divino, no qual estavam os planos e desígnios da criação. Vi que esses planos e desígnios eram, na verdade, “formas de consciência” e poderiam chamar-se de PALAVRAS, uma vez que cada PALAVRA significa uma forma muito especial de “consciência”.

Assim, a PALAVRA original na “Consciência do Poder Criativo” manifesta-se no mundo visível. A PALAVRA, e portanto o “Padrão da Consciência”, permanece na MENTE CRIATIVA DIVINA a manifestar-se continuamente em si mesma.

Pude “ver” então que tudo no universo “vivia, se movia e tinha o seu ser” no Poder Criativo da MENTE UNIVERSAL, a qual era infinita e eterna e era a única verdadeira Realidade por trás de todas as manifestações de forma individualizada.

Enchi-me de louvor, pois tudo no mundo procedia de, e ainda estava dentro, deste supremo Poder Criativo da Mente Divina. Fiquei maravilhado com toda esta actividade secreta que está sempre a operar em tudo o que é vivo, incluindo o corpo humano.

Perguntei-me como é que unidades tão pequenas funcionavam de forma tão inteligente, de acordo com os planos específicos para produzir sem erro a forma proposta – o tronco da árvore, as folhas, flores, frutos, insectos, pássaros, animais e o corpo humano.

Compreendi, com mais clareza ainda, que o “Poder Criativo” era a própria Fonte de toda a “actividade inteligente” no universo. Se o homem possuía inteligência, era somente porque a havia extraído da “Fonte Universal de Todo Ser”.

Além disso, foi-me mostrado que o Poder Criativo Divino trabalha sempre de acordo com certos princípios de construção exactos e fundamentais. Foi-me mostrado que assim como os homens têm características claras e uma “natureza” bem definida ao se apresentarem frente ao mundo, assim também o PODER CRIATIVO possui uma “Natureza” clara e definida – características distintas – as quais poderiam ser claramente reconhecidas na maneira com que todos os seres vivos – plantas, animais, aves e homens – foram construídos e mantidos.

“Vi” que estes “princípios e características”, claramente observados no processo da criação, eram LEIS invariáveis a governar toda a existência. Estas LEIS são tão partes da vida que nunca são questionadas. São constantes e consistentes – mas não haveria tais leis se não houvesse Poder Criativo Inteligente a manifestar-se por meio do universo. Estes “princípios” da criação, as características do Poder Criativo em Si, são os seguintes (eu traduzo-os para o vosso tempo presente porque estes “princípios” são eternos):

1. A “Natureza” do “Poder Criativo” é CRESCIMENTO.

Tudo o que é vivo cresce sempre. O CRESCIMENTO é uma característica universal, um princípio invariável da existência.

2. A “Natureza” do “Poder Criativo” é ALIMENTAÇÃO e NUTRIÇÃO.

A Alimentação e a Nutrição são um processo maravilhosamente organizado dentro do corpo, que é evidente para todos aqueles que se dão ao trabalho de o considerar. A alimentação é fornecida para todos os seres vivos de acordo com as preferências individuais e o alimento é digerido para promover a saúde e o bem-estar. Quando pequenas criaturas nascem, o leite já está dentro da mãe, pronto, à espera do recém-nascido. Isso também é um princípio misterioso da existência que ninguém pode negar. Nenhuma ciência pode explicar por que teria aparecido na existência esta função do sistema, que assegura a sobrevivência da espécie. A função em si mesma pode actualmente ser compreendida, mas não o “porquê”, a mola-mestra da função.

3. A “Natureza” do “Poder Criativo” é CURA.

A Cura é uma característica natural da existência e pode dizer-se que é um “Processo de Aperfeiçoamento” natural que tem lugar para assegurar o conforto individual, mas ninguém pode explicar o que impele a actividade de cura.

4. A “Natureza” do “Poder Criativo” é PROTECÇÃO.

A Protecção é uma característica integral do Poder Criativo e tudo o que parece ser a sua actividade, aparentemente “milagrosa” no mundo, é dirigida à protecção. Hoje os vossos livros de medicina descrevem os vários sistemas protectores do corpo, mas, quando eu estava no deserto, “vi” a característica de Protecção inerente ao Poder Criativo Inteligente, da seguinte forma: à medida que as plantas, aves e animais estavam a serem-me apresentados para que eu os observasse de forma inspirada, pude ver como cada “necessidade de protecção” havia sido amorosamente fornecida, com grande atenção a cada detalhe.

5. Esta característica de “Protecção” é combinada com outra característica dinâmica de SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES.

Isso é evidente no fornecimento de pelos, pelagem e plumas para proteger a pele dos seres vivos, aquecendo-os no frio e abrigando-os no calor. Vi as delicadas terminações dos importantes e sensíveis dedos a receberem a apropriada protecção de unhas e cascos. As sobrancelhas que protegem os olhos do suor, as pálpebras e cílios a protegerem os olhos da poeira e do dano. Percebi que os animais que atraem moscas foram equipados com o tipo de cauda que os faz livrar-se delas mais rapidamente. 

Que tipo alegre e feliz de amor e cuidado se expressou nestes pequenos atributos físicos que pareciam insignificantes e de pouca consequência e, ainda assim, tinham repercussões profundas para o conforto de todo o ser vivo! Estes “luxos físicos”, somados ao desenho básico dos corpos, foram claramente o resultado de uma inteligência que teve a intenção de que a criação fosse confortável e feliz – livre do stresse que teriam experimentado homens e animais, se não tivessem sido proporcionados com estes “detalhes de luxo”!

Mesmo as funções naturais foram tão inteligente e confortavelmente desenhadas que suscitam o agradecimento. E tudo isso tão bem escondido! Que abençoada, que afortunada a humanidade ao nascer numa vida tão maravilhosamente suprida! Mais uma vez ergui louvores e fui elevado numa dourada luz interior de maravilhoso arrebatamento – pois “via” que, além de estarem livres do stresse, as criaturas viventes haviam sido criadas para expressarem a amorosa e exuberante NATUREZA do Poder Criativo. Por isso foram equipadas com membros – braços, mãos, pernas, pés e dedos que lhes permitem deslocar-se, correr, pular, dançar e expressar os seus pensamentos e sentimentos mais íntimos. Eu senti mesmo que, se a humanidade desejasse voar e desenvolver asas, se acreditasse de todo o coração que poderia fazê-lo, algo adicional começaria a desenvolver-se para que pudesse voar.

Foi nesse momento de compreensão da NATUREZA do “Poder Criativo” que cheguei até à plena consciência do AMOR que dirigia as OBRAS do Poder Criativo Inteligente Universal. Ponderando sobre este AMOR, percebi que a “mãe” na criação nutre, protege, satisfaz as necessidades e tenta promover a cura da sua prole: esta é a actividade do AMOR.

6. A característica inata do PODER CRIATIVO INTELIGENTE E AMOROSO, que tem dado à criação a sua forma individual e “ser”, é o TRABALHO.

Ele trabalha para nós, em nós e por meio de nós. Seu “trabalho” é sempre, sempre, sempre, impulsionado pelo AMOR.

Esta revelação cósmica encheu-me de alegria e admiração. Que mundo mais maravilhoso é este em que moramos! Foi o ponto culminante da minha iluminação e de minha visão global da VERDADE com relação à FONTE de TODO O SER. Eu já havia “visto” a realidade dos corpos físicos compostos de várias comunidades de idênticas “entidades infinitamente minúsculas”, trabalhando num espírito de cooperação e de harmonia para produzir os vários componentes do corpo – desde a carne, ossos e sangue até aos olhos e ao cabelo. A única diferença entre estas comunidades está no tipo de trabalho requerido para os seus objectivos comuns. Com toda a certeza, o IMPULSO DIVINO por trás de toda esta actividade inteligente e determinada no corpo é a inspiração e a base da própria conduta humana, quando as pessoas trabalham em conjunto para produzir um objectivo planeado. Elas extraem a inteligência e o propósito do Poder Criativo. Contudo, o comportamento do homem é diferente quando ocupado na construção terrestre ou em qualquer outro projecto comunitário, já que se caracteriza, inevitavelmente, pelas disputas e pela discórdia.

Fui levado a compreender o PODER INFINITO da “Criatividade Inteligente” sempre activa dentro da criação, que mantém a ordem, a cooperação, a harmonia, a produtividade diária, não igualada pelo homem em nenhum lugar e em nenhum tempo.

7. A SOBREVIVÊNCIA é uma característica natural do “Poder Criativo”. 

Em cada caso, a mais maravilhosa provisão foi feita para que todos os seres vivos cresçam, sejam curados dos ferimentos e das doenças, para que sejam alimentados a fim de manterem o corpo saudável, para procriar a sua própria espécie, a fim de assegurar a sobrevivência nesta Terra. Esta é a única realidade de que o homem pode ter a certeza e a sua actividade é consistente ano após ano. O Sol, a Lua e as estrelas têm ficado nos seus lugares por milénios e é reconhecido que todos eles possuem os seus próprios caminhos de movimento – todo este fenómeno faz parte do grande esquema para a sobrevivência da criação.

Se assim é, como não poderia sobreviver a chama eterna do Amoroso e Inteligente Poder Criativo escondido dentro de todo o tipo de entidades criadas no universo? Portanto, este mundo não é senão uma sombra e imagem dos mundos ocultos do Poder Criativo Inteligente e Amoroso que existe além desta dimensão. A realidade da totalidade da criação estende-se para além deste mundo visível.

8. A característica inerente ao Poder Criativo Inteligente e Amoroso é o RITMO.

Percebi que há um RITMO a operar no mundo.

Tudo está sujeito às estações que dão florescimento e germinação à vida, uma estação de crescimento levando a uma estação de maturação e colheita, assim como a produção de sementes que garante a sobrevivência da vida vegetal. Logo, há o período de deterioração gradual e o descanso trazido pelo inverno. Mas a nada do que é criado e vivo é permitido extinguir-se. O Sol e a Lua expressam estas características dentro do universo. Este ritmo, inclusive, pode ser visto nas fêmeas dos seres vivos.

9. As características inerentes ao Poder Criativo Inteligente e Amoroso são a LEI E A ORDEM.

A constante ordem e a segurança natural na criação, mesmo ao administrar as diminutas entidades (“células”) dentro do corpo, surpreendem e transcendem em muito qualquer esforço humano. Portanto, o universo inteiro opera sob um sistema de perfeita LEI E ORDEM.

Percebi, em níveis cada vez maiores de exaltação espiritual, que o “poder criativo” demonstrou determinação inteligente e preocupação amorosa com todos os seres vivos.

Compreendi que a vida não é algo nebuloso ou amorfo, mas sim um poder criativo inteligente e amoroso que posso, na realidade, sentir dentro de mim mesmo como um tremendo e intensificado estado de ser, uma percepção, um resplendor, êxtase, alegria e amor. Soube que eu era um com isto – preenchido com isto – e era um com tudo aquilo que me rodeava e era um com o céu e as estrelas.

E – o mais maravilhoso e glorioso de tudo – a real “Natureza” e “Função” deste “Pai – Poder Criativo” é: trabalhar para criar alegria, beleza e conforto, assegurando o bem-estar da humanidade; trabalhar na humanidade fornecendo alegria interior, saúde e conforto; trabalhar por meio da humanidade, inspirando-a com novas percepções e compreensões.

Uma visão maravilhosa de gloriosa criatividade chegou à minha mente. Uma vez que nos convertamos verdadeiramente no “um”, canais purificados e instrumentos do “Poder Criativo Inteligente”, poderemos ascender gradualmente em consciência até realmente expressarmos por meio das nossas mentes e corações a própria “NATUREZA” do “Poder Criativo Universal”. Então “a vida na terra” tornar-se-á verdadeiramente um “estado celestial” e, a todo momento, entraremos num estado de vida eterna! Esta certamente deve ser a verdadeira meta por trás da criação, pensei! E isso chegou a mim com uma onda de júbilo e amorosa alegria, de que foi este o propósito pelo qual o homem evoluiu e se desenvolveu!

Mesmo neste momento, ainda que o homem seja tão imperfeito no seu comportamento, não há nada absolutamente impossível para ele no futuro, uma vez que apesar dos seus erros, ele é um com o “Poder Criativo” e o “Poder Criativo” está dentro dele, dando-lhe vida, um corpo e tudo o mais que ele necessita. Toda esta compreensão me elevou às alturas do arrebatamento, exaltação e do êxtase mais sublime, de modo que eu mal conseguia suportar. Senti que o meu corpo dissolver-se-ia com a expansão do Poder dentro de mim. Eu irradiava LUZ e podia vê-la à minha volta, iluminando a paisagem do deserto. O meu coração cantava em louvores. Quão maravilhoso e belo é o Poder Criativo Amoroso que trabalha incessantemente em nós, por meio de nós e para nós!

Que MILAGRE é a criação!

Gritei alto: VOCÊ é a FONTE de todo o SER, o criador e, ao mesmo tempo, a sua manifestação dentro e por meio do que é criado. Não há nada em todo o universo que esteja separado da ilimitada e eterna infinitude da VIDA DIVINA, da Consciência do Poder Criativo que você é. 

Então, como é possível que o homem seja tão pecador? E por que é que as pessoas sofrem de doenças, miséria e pobreza? Diga-me, ó amoroso “Pai” Poder Criativo, pois tenho estado profundamente sobrecarregado com a dor de suas vidas miseráveis.

Então foi-me mostrada a realidade da “condição terrena” de todos os seres vivos.

Senti intensa excitação porque, enfim, eu seria capaz de compreender como é que um amoroso “Poder Criativo” Divino poderia permitir que a sua criação suportasse tal miséria. Foi-me mostrado que cada ser vivo na criação deveria estar radiante de saúde, sendo cuidado, nutrido, protegido, curado, mantido em paz e abundância, com prosperidade, numa sociedade ordenada de “seres”, oferecendo tão-somente amor uns aos outros. (No entanto, no momento da criação, dois IMPULSOS BÁSICOS surgiram no ser, assegurando a sua individualidade e eram estes os que controlavam a consciência humana. Estes IMPULSOS foram-me explicados em detalhes, mas este conhecimento é reservado para uma Carta futura quando estiver melhor preparado para o compreender).

Foi-me mostrada esta vívida visão: Primeiro, eu vi um bebé recém-nascido como “luz”, uma forma de vida do “Poder Criativo”. Enquanto este bebé crescia, tornando-se uma criança e depois um adulto, vi a pura “LUZ” do “Poder Criativo” a enfraquecer nele, gradualmente e, de seguida, a ser completamente obscurecida por um denso invólucro de correntes e ataduras.

Questionei o significado desta visão e chegou à minha mente uma clara compreensão que pode ser expressa com as seguintes palavras: Do nascimento até à morte, as pessoas acreditam e insistem que seus cinco sentidos – visão, audição, tacto, olfacto e paladar – traduzem correctamente a sua própria “realidade” e a do universo que as rodeia. Assim e por que extraem o poder de sua mente directamente do Divino “Poder Criativo”, tudo lhes acontece de acordo com as suas crenças.

Cada atadura representa os pensamentos habituais de uma pessoa, as suas respostas às demais pessoas e aos eventos, seus preconceitos, ódios, inimizades, ansiedades, preocupações e tristezas, os quais lhe amarram e extinguem a LUZ de sua visão interior que provém do “Poder Criativo”. Assim, ela entra na escuridão, mas não sabe disso. Ela pensa que está a crescer e a amadurecer nos caminhos do mundo, que lhe permitem avançar e ter “êxito” – o objectivo da maioria das pessoas na Terra. De facto, quanto mais madura e acostumada a estes caminhos, mais ela se torna aprisionada por suas correntes e amarras, dentro do domínio dos IMPULSOS gémeos de “Ligação-Rejeição”.

Além disso, cada corrente é forjada por desejos egoístas e enganadores: ganância, agressão, violência e violação. Estas correntes pesam à volta da pessoa e sobrecarregam a psique, que é o “poder da consciência criativa” no mais profundo do seu ser. As correntes e as ataduras a apertarão mais firmemente em cada ano que passar, até que ela perceba o que está a fazer a si mesma, até que se arrependa sinceramente de cada amarra e corrente e faça a devida reparação àqueles a quem tenha prejudicado.

Com esta visão, compreendi um aspecto muito valioso da existência. O homem nasce com todo o potencial para construir uma vida preciosa para si mesmo. Porém, ao ceder aos seus desejos egoístas e ódios, ele próprio cria uma prisão de miséria da qual não tem como escapar até que perceba a VERDADE da EXISTÊNCIA.

Todos os problemas de uma existência difícil encontram-se nos processos mentais do próprio homem! Foram somente as “formas de consciência” das pessoas, os seus pensamentos, palavras, sentimentos e acções, que criaram uma densa barreira entre a sua consciência e a Consciência Criativa Universal, que interpenetra o universo em cada folha, árvore, insecto, animal e ser humano.

Também me foram mostradas as LEIS DA EXISTÊNCIA que controlam a capacidade humana para criar novas circunstâncias e ambientes, relações, realizações ou fracassos, prosperidade ou pobreza.

Tudo aquilo que o homem profundamente ACREDITA ser, bom ou mau, nisso se tornará.

Tudo aquilo que TEME que os outros lhe façam, assim eles farão.

Tudo aquilo que ESPERA que os outros lhe façam, deve, primeiro, fazê-lo a eles, uma vez que assim estará a criar um “padrão de consciência” que voltará para abençoá-lo na medida em que ele tenha abençoado os outros.

Será vítima da doença que o APAVORA, por criar um “padrão de consciência” da coisa que menos quer experimentar.

Tudo aquilo que emana da mente e do coração do homem retorna a ele no seu devido tempo, de uma forma ou de outra; lembre-se de que toda a coisa gera sempre o seu igual... Pensamentos fortemente emocionais são “sementes de consciência” plantadas no seu próprio campo de consciência. Estas crescerão, dando uma colheita semelhante à semeadura.

Estes são os frutos do livre-arbítrio.

Não há escapatória para o que o homem pensa, diz ou faz – pois ele nasce do poder da Consciência Criativa Divina, e cria com aquilo que imagina.

Aqueles que anseiam pelo bem para si mesmos devem primeiro concedê-lo aos outros. Deixe que a sua própria existência seja uma bênção para os demais.

Quando estas pessoas estão em harmonia com todos os outros, estão perfeitamente sintonizadas com o poder da Consciência Criativa Universal, e são trazidas para o fluxo da “natureza” do Pai, que é crescimento, protecção, nutrição (física, mental e espiritual), cura e satisfação das necessidades dentro de um sistema de lei e ordem.

Como é que posso descrever-lhe o meu resplendor interior, a minha luz transcendente, o brilho de alegria e os poderosos sentimentos de amor que possuíram e inflamaram intensamente todo o meu ser, até que a pressão dentro da minha mente e coração me fez gritar? Era tão poderoso que parecia que a minha forma física se dissolveria por completo. Ao receber toda essa compreensão suprema e sublime da Realidade, nossa Fonte do Ser e a verdadeira natureza da criação em si mesma e da humanidade, fui elevado em espírito e meu corpo tornou-se leve como o ar.

Nesse momento, quando eu estava elevado no Poder Criativo Divino em Si, eu era de facto quase que uma “Pessoa Divina”, a experimentar um alto grau da “Natureza” do “Pai Poder Criativo” dentro de mim e a sentir sua própria unidade e preocupação amorosa para com a humanidade. Por isso, mais tarde poderia dizer com verdade: Somente eu conheço e vi o “Pai”.

Nesse momento, como eu desejava ensinar, curar, reconfortar, elevar, alimentar e livrar as pessoas da sua dor e miséria. Ansiava por libertá-las do seu medo de um mítico “deus vingativo”! Quando eu retornasse para lhes contar sobre a verdade, como eu enfatizaria a “realidade” do “Pai Poder Criativo” – O Amor-perfeito que supre cada necessidade. Tudo o que elas tinham a fazer era “pedir, buscar e chamar” – e todas as suas necessidades, de qualquer tipo, seriam atendidas. Com que alegria eu contaria a “boa-nova” de que a “redenção do sofrimento” está ao seu alcance, bastando apenas darem os passos necessários para purificar a mente e o coração dos IMPULSOS GÉMEOS do “ser” manifestado. Isto devia ser simples, pensei – a pessoa necessitava apenas ter compreensão e auto controle.

Eu desci até aos vossos níveis de vibrações para remeter-vos ao meu estado de espírito durante o período em que estive no deserto. Ajudará imensamente sua própria compreensão se tentar entrar no meu “estado de consciência” desse momento.

Tantas coisas ficarão claras para si... Como os meus trabalhos de cura e meu “caminhar sobre as águas”. Elas parecerão uma consequência natural da minha nova compreensão do “Pai Poder Criativo”. Se ler os Evangelhos de Mateus e Marcos, os seus registos terão um novo significado para si.

Voltando às horas finais da minha iluminação, lá estava eu no deserto, a possuir a clara compreensão de que o próprio homem cria (sem nenhuma culpa), obstáculos que impedem a sintonia com o “Pai Poder Criativo”. Eu tinha pressa de voltar e ensinar, curar, reconfortar e enxugar as lágrimas desses de quem eu tanto sentia piedade. Eu ainda relutava em deixar este lugar “sagrado” onde eu tinha sido tão iluminado e transformado em espírito.

Por outro lado, que futuro maravilhoso me aguardava! Passaria por todas as cidades, vilas e aldeias e contaria a BOA-NOVA a todos os que eu encontrasse! “O Reino dos Céus”, esse lugar onde toda a doença desaparece e cada necessidade é satisfeita, estava dentro deles! Porque eu sabia que o “Pai” e eu éramos “um”. Agora que a minha mente havia sido purificada dos velhos pensamentos e ideias, iria directo curar as suas doenças e enfermidades. Eu ensinar-lhes-ia como aliviar a sua pobreza.

Quando a CONSCIÊNCIA DO PAI começou a diminuir em mim e eu, gradualmente, comecei a voltar à consciência humana, dei-me conta da tremenda fome que estava a sentir e também do retorno do meu pensamento e condicionamento humanos. As minhas reacções às seis semanas de experiências começaram a mudar. O meu habitual conhecimento humano, a respeito de “mim” mesmo e dos meus desejos, tomou conta do meu pensamento. “Pois bem, a coisa mais surpreendente e completamente inesperada tinha-me acontecido!” – Exultei!

“Foi-me dado conhecimento muito além do que qualquer outro homem já recebeu.” 

Eu estava eufórico com a constatação de que, finalmente, as minhas dúvidas e rebeldia contra o “deus” vingativo dos Judeus ortodoxos tradicionais eram justificadas. Eu estava certo, afinal! Quem algum dia teria suspeitado de que a mente humana poderia ser tão altamente criativa, que um pensamento ou desejo fortemente mantido poderia manifestar-se no reino visível?

Percebi que Moisés teria sabido algo disso, porque ele havia feito algumas coisas estranhas quando os israelitas passaram grande necessidade. Ele tornou-se um líder e mudou o destino dos israelitas que tinham sido escravizados no Egipto. Eu poderia retornar agora e libertar o meu povo do rígido controlo dos seus Mestres.

A minha fome tornou-se dolorosa. Ocorreu-me que poderia transformar pedras em pão e satisfazer a minha necessidade de comida, pois lembrava-me que o “Pai Poder Criativo” trabalhava por meio da minha mente e, portanto, tudo no universo estaria sujeito ao meu comando.

Estive a ponto de pronunciar a “palavra” que transformaria as pedras em pão, mas algo em mim me interrompeu abruptamente. Veio-me fortemente que o “Pai Consciência Criativa” era a perfeita protecção, nutrição, satisfação das necessidades e, assim, a minha fome seria saciada, se eu pedisse ao “Pai” por alívio.

Compreendi que se o pequeno “eu”, meu “eu” humano, na minha necessidade, usasse o “Poder Criativo” por motivos egoístas, eu levantaria uma barreira entre mim e o “Pai Consciência Criativa” e tudo o que eu acabara de aprender poderia muito bem ser tirado de mim.

Isso assustou-me, e rapidamente pediu ao “Pai Poder Criativo” para me conceder novas forças e levar-me de volta às moradias e a Nazaré. Também pedi o alívio da fome, da maneira que fosse a mais correcta par a mim.

Imediatamente a fome diminuiu e senti uma onda de energia a fluir por todo o meu corpo. Assim, eu comprovei que tudo o que eu tinha visto, ouvido e aprendido era “realidade” e não apenas imaginação decorrente do tempo em que estive no deserto, sozinho e em jejum. Esta nova energia tornou-me capaz de andar depressa pelos ásperos caminhos de saída do deserto.

No caminho, encontrei um homem bem-vestido, de semblante agradável e doce.

Cumprimentou-me calorosamente, expressando preocupação ao ver a minha aparência rude, descuidada e desalinhada. Alegremente fez-me sentar numa pedra e compartilhou comigo sua excelente carne e pão. Eu perguntava-me de onde ele havia vindo e por que estava num lugar tão desolado. Em resposta ao meu questionamento ele somente sorriu e não pareceu surpreendido quando eu disse que havia estado tantos dias no deserto que tinha perdido a noção do tempo. Expliquei-lhe como havia sido iluminado sobre a verdadeira natureza do Criador do mundo e que me haviam sido ensinadas as Leis naturais da Existência. Ele apenas sorriu e acenou com a cabeça. 

“Estou a retornar ao meu povo para lhes ensinar tudo isso que aprendi”, falei alegremente, “pois serei capaz de os curar e libertar de toda a doença e problema”. O estranho respondeu tristemente: “Vai demorar muitos milénios”. Estive prestes a repreender a sua falta de fé quando percebi que ele já se havia ido embora.

Então eu soube que um mensageiro Divino havia vindo socorrer-me com um bom pão e carne – e com compaixão tinha-me avisado que a minha missão poderia não ser tão simples, apesar de todo o meu entusiasmo. Fiquei desanimado com o seu aviso. Meu entusiasmo diminuiu. O caminho até à primeira vila pareceu interminável. Como uma mudança no pensamento humano produz mudança de ânimo!

Ocorreu-me que poderia “experimentar” novamente a verdade de tudo o que me havia sido ensinado pulando a borda de um precipício, o que encurtaria bastante a minha jornada. Quando estava a ponto de pular, ocorreu-me fortemente que eu tentava “provar” que meu tempo de iluminação havia sido real. Se eu precisava de tal prova, era porque estava a duvidar e, provavelmente, matar-me-ia; além do mais, haviam-me mostrado que em qualquer situação poderia elevar os meus pensamentos até ao “PAI CONSCIÊNCIA CRIATIVA” e pedir por uma solução para qualquer problema. Com que rapidez me esquecia da Verdade!

Então rezei com grande fervor, pedindo perdão por minha fraqueza e por ser indulgente com as minhas fantasias, buscando a minha própria forma de fazer as coisas.

Novamente, a resposta chegou como força renovada e maior firmeza no passo, enquanto escalava o terreno acidentado. Também percebi que cobria distâncias maiores tão rapidamente que parecia estar fora da contagem normal do tempo; e encontrava-me numa dimensão mais leve onde a experiência humana era elevada acima da pesada escravidão do esgotante gasto de energia. Caminhar era tão fácil quanto revigorante.

Exultei pelo facto de ter encontrado a chave para uma “vida mais abundante”!

Um pouco depois, ao sentir-me mais à vontade, a minha mente começou a vagar e pensei no encontro com o viajante e toda a bondade que ele me demonstrara. Mas também relembrei o aviso e novamente a minha natureza anterior reafirmou-se e senti uma profunda rebeldia, uma vez que ele pretendia dizer-me como se passaria o meu trabalho. Decidi que ele não sabia nada a respeito do meu futuro e deixei de lado o seu aviso, “pois”, pensei, “com o meu conhecimento eu poderia realizar coisas que nenhum homem jamais havia feito antes”, ao invés de lutar numa vida difícil, eu poderia começar a acumular riquezas com facilidade, atrair seguidores por onde quer que fosse, compartilhar os meus conhecimentos com eles e também aliviar um pouco as suas vidas. Eu poderia eliminar toda a dor e todo o sofrimento.

Enquanto considerava os muitos lugares que poderia visitar tão facilmente, senti-me a tocar de leve a superfície do solo e a elevar-me até alcançar o pico mais alto de uma montanha escarpada, dominando a região em volta. Tudo estava lá, diante de mim. Senti voltar o meu entusiasmo. Como seria simples reunir as pessoas e compartilhar todo o meu conhecimento com elas! Eu tornar-me-ia poderoso, até mesmo famoso, como o homem que salvou a humanidade de todas as suas doenças e problemas. Eu ganharia a estima e o respeito de todos e deixaria de ser lembrado como um sujeito ocioso e inútil.

Com um tremendo choque, tudo o que eu havia acabado de aprender há tão pouco tempo, há apenas algumas horas, voltou-me à mente com grande força e clareza.

Eu não havia aprendido que a única maneira pela qual poderia prosperar seria abandonar minha própria vontade e retornar ao “PAI”, para ter ajuda em tudo o que eu empreendesse?

Então lembrei que a criação tinha os seus próprios propósitos a cumprir. O processo de individualização havia criado o “puxar e empurrar”, o “dar e receber” no comportamento humano. Ainda que estas características humanas fossem a causa da grande angústia na vida das pessoas, não era essa mesma angústia que as obrigava a procurar melhores maneiras de viver a fim de encontrarem a verdadeira felicidade? Compreendi que os males da humanidade tinham o seu lugar no esquema da existência humana.

Seria correcto que eu trouxesse informação privilegiada às pessoas, para anular os efeitos do “processo de individualização”?

Percebi que eu pensava desde o “centro” da minha individualidade, o “ego” e era o impulso do ego que levantava barreiras entre a humanidade e o “Pai Consciência Criativa”. Portanto, o meu “centro de desejo humano” teria que ser conquistado caso quisesse viver em perfeita harmonia com o “Pai”, como era minha sincera intenção. E assim eu seguia o meu caminho, pensando a respeito do que poderia acontecer e como eu poderia superar da melhor maneira os impulsos que regiam a minha condição humana, a fim de permanecer no Fluxo de “Consciência do Pai”, da qual extrairia inspiração, orientação, soluções para os problemas, minha alimentação, saúde e protecção diários. De facto, percebi que enquanto eu permanecesse dentro deste “Fluxo diário de Consciência do Pai”, nenhum mal poderia aproximar-se de mim e cada necessidade minha seria atendida.

E o mais importante: a “Consciência do Pai”, a trabalhar por meio de mim, faria tudo o que fosse necessário para ajudar as pessoas com tanta necessidade de cura e conforto. Em todos os momentos, deveria superar a minha rebeldia contra a dura realidade da existência para escutar a “voz interior” e submeter-me à “Vontade Maior” do “Pai”. Esta “Vontade Maior” era o “Amor-perfeito” dirigido unicamente para promover o meu bem maior. Seria uma tolice, pensei, continuar a trilhar o caminho da “vontade própria” que até então ditava o meu comportamento.

Foi então que me veio a inspiração para falar com as pessoas por meio de parábolas.

Aqueles que estivessem preparados para receber o conhecimento entenderiam e fariam bom uso dele.

Mas, como resultado disso, até mesmo os meus discípulos não puderam libertar-se o suficiente da doutrina judaica para poderem entender o princípio da consciência ou a actividade do “Poder Criativo Divino” na criação. (Até agora isto continua a ser um mistério para todos, com excepção dos espiritualmente iluminados). Mesmo as palavras espirituais de iluminação não podem ser plenamente compreendidas de imediato pela mente humana. Por isso, estas Cartas devem ser lidas lentamente e acompanhadas por muita meditação e oração para que sejam bem compreendidas.

Lembre-se, a menos que se torne como uma “criança” – (desfazendo-se de muitas crenças, preconceitos, ressentimentos, ambições e impulsos inúteis do ego), com uma mente cheia de admiração e de uma fé total, não poderá absorver estas páginas como deveria. Para tornar-se uma “criança”, deve fazer um esforço para se despojar de todo o condicionamento mental do passado. Se sofre mental, emocional ou fisicamente, é somente pelo motivo de que as suas mais sinceras crenças não lhe têm sido úteis, não lhe promovem o seu bem-estar.

É tempo de examinar o seu ESQUEMA MENTAL. Está feliz com ele? Pode fazer escolhas, e, assim que as fizer, pode chamar o “Pai” para que o ajude a realizar as mudanças, e esta ajuda certamente ser-lhe-á dada – contanto que não duvide disso.

Portanto, encorajo-o vivamente a continuar a ler e a absorver as páginas que se seguem. Eu quero levá-lo a compreender a força do seu “Esquema Mental” – que é a soma total de toda a programação da sua consciência e do seu subconsciente.

É essencial que compreenda que nada deste esquema mental humano tem as suas origens na dimensão espiritual. É completamente terreno e, provavelmente, cheio de ideias míticas, preconceitos, concepções erróneas, ressentimentos, lembranças ocultas de feridas passadas e métodos habituais para lidar com os altos e baixos da vida. O seu esquema mental (incluindo qualquer ideia ou crença religiosa) determina o seu mundo, seus relacionamentos, suas experiências, suas conquistas, seus fracassos, suas alegrias e suas tristezas. Ele é mesmo responsável pelas suas doenças e acidentes. Nada acontece por acaso. Tudo está tecido desde os fios internos de sua consciência pessoal – pensamentos, expectativas, crenças na vida, destino, “Deus”. Você vive num mundo feito por si mesmo. Esta é a razão pela qual as crianças que crescem num mesmo ambiente se tornam diferentes. Cada uma tem o seu único e individual esquema mental construído de acordo com seus traços de caráter inerentes.

Se, ao nascer, você não tivesse nenhum esquema mental em desenvolvimento, seria tão inconsciente quanto uma estátua – desprovida de sentimentos, respostas e pensamentos. Olharia distraidamente para o mundo e ainda que houvesse muita actividade ao seu redor, nada colidiria com a sua consciência uma vez que não haveria reacção em si.

Nada o faria feliz ou triste, mesmo que uma bomba explodisse na vizinhança.

Sem um esquema mental, você não tem vida, nem desenvolvimento, nem maldade, nem bondade. O seu TIPO de Esquema mental é que determina a qualidade da sua vida. Esta é a primeiríssima Verdade da Existência que eu quero que perceba e compreenda por completo.

Além disso, carrega o seu esquema mental consigo por onde quer que vá. Não há por onde escapar, e, dia após dia, isto continuará a criar para si o tipo de existência que já experimentou no seu passado. Muitas pessoas passam as suas vidas inteiras a acreditar que são desafortunadas. Pensam que os outros têm sido mesquinhos, cruéis e pouco amáveis com elas e que têm tornado suas vidas completamente infelizes. Acreditam que “outras pessoas” brigam com elas e criam dificuldades constantemente, enquanto são completamente inocentes de qualquer provocação.

Ao contrário, “os outros” não têm culpa. É o esquema mental pessoal que atrai as suas condições negativas. Muitas pessoas rejeitam a ideia de que são elas mesmas as únicas responsáveis por suas desgraças. Para algumas pessoas é muito difícil confrontarem-se com as suas incapacidades, enquanto outras têm a força interior e suficiente auto confiança para se olharem de frente de forma honrada.

A oração sincera atrai o “Pai Consciência Criativa” para a nossa mente silenciosa e, secretamente, limpa a consciência humana de tudo aquilo que a pessoa que busca não sente mais como confortável. Isto é, necessariamente, um processo muito gradual de limpeza e desenvolvimento interior.

PADRÕES EMOCIONAIS

Os padrões emocionais podem ser tão prejudiciais ao seu bem-estar como um todo, quanto o seu esquema mental. Seu esquema mental, juntamente com os seus padrões emocionais, são as suas ferramentas criativas. Estes dois juntos criam o necessário esboço para as futuras posses, acontecimentos e circunstâncias. Estas FERRAMENTAS CRIATIVAS trabalham na sua vida, quer tenha a intenção ou não.

É muito mais difícil descobrir as suas atitudes emocionais profundamente arraigadas, conscientes ou subconscientes, do que reconhecer o seu condicionamento mental. As pessoas podem estar submetidas a padrões emocionais negativos e serem completamente inconscientes disso, uma vez que estes esquemas são encobertos, momento a momento, pelas emoções decorrentes da rotina diária.

Para descobrir quais são os seus reais padrões mentais, faça a si mesmo as perguntas das linhas a seguir e seja totalmente honesto. Tentar esconder a verdade sobre os seus padrões emocionais é apenas enganar-se a si mesmo e privar-se de alcançar o estado de existência feliz para o qual está destinado.

- Como se sente, realmente, em relação à VIDA?

Quero que escreva a si mesmo uma calorosa e compassiva carta, dizendo exactamente como se sente ao responder às perguntas seguintes.

- Está feliz em estar vivo ou preferiria poder deixar de viver?

Se a sua verdadeira resposta é a segunda, então tem uma atitude negativa em relação à vida e há uma guerra contra si mesmo num nível profundo. Você sabe, conscientemente, que tem de continuar a sua vida quotidiana, mas no seu nível mais profundo gostaria de a deixar.

A guerra interior impede-o de atrair tudo o que poderia estar a experimentar com um padrão emocional positivo.

- Como se sente, realmente, em relação aos seus parentes?

- Há alguma hostilidade oculta que não quer admitir ou que não sabia existir?

- Como se sente a respeito do seu emprego, colegas, entretenimento, outras raças, etc.?

Anote todas as descobertas a respeito de si mesmo e guarde-as num lugar seguro. Este trabalho é para si mesmo – apenas para o seu próprio benefício. Não faz isto para ser uma pessoa melhor, ou para agradar a “Deus”, ou para ganhar a aprovação das outras pessoas. Você faz este trabalho para remover os bloqueios internos existentes, que impedem o seu desenvolvimento espiritual e a felicidade definitiva.

Se decidir mudar a sua vida lendo estas Cartas diariamente, encorajo-o a datar e a guardar num lugar seguro a carta que escreveu. Releia-a depois de um ano e alegre-se com as grandes mudanças que terão ocorrido no seu esquema mental. Perceberá também que ter-se-ão produzido mudanças nas circunstâncias da sua vida.

Lembre-se de que a oração e a meditação focadas inteiramente no seu Criador trar-lhe-ão novas forças e iluminação, as quais mudarão os seus sentimentos e o seu ambiente.

Quando estiver a rezar, nunca ponha o foco nos seus problemas – peça sempre pela solução correcta. Deixe que o Criador lhe traga a solução certa, que a sua mente humana é incapaz de elaborar.

Por exemplo, nunca diga ao “Pai” Criador o quanto está doente. Concentre-se no Poder que está a receber imediatamente na sua condição (mesmo que a sua consciência esteja muito densamente humana para o sentir), e agradeça pelo rápido restabelecimento e acredite nisso.

Quando “agradece”, está a aceitar, a reconhecer, a acreditar e a impregnar na sua própria consciência a percepção de que a sua prece agora descansa com o “Pai Consciência Amorosa” e está a ser “processada” para a visível manifestação no devido tempo e na hora certa. Quando estive na Palestina, agradecia constantemente por todo o trabalho antes de o realizar.

Quando rezar, nunca saia do aposento indo dizer às pessoas como se sente mal, ou como está terrível a sua situação pessoal ou nacional. Se já pediu ao Pai Criador para resolver os seus problemas financeiros ou de saúde, não será um insulto ao Pai continuar a levantar condições negativas passadas? Se o fizer, desfaz imediatamente o trabalho em que o Pai Criador está engajado.

Se na sua mente, depois da prece, as condições antigas ainda não se tornarem condições positivas do passado, então volte a fazer a oração até que as possa descartar da sua mente e possa realmente acreditar que tudo está a ser solucionado de forma Divina – nesse mesmo instante. Retorne uma e outra vez a agradecer pelos benefícios que está a pedir. Eles, seguramente, materializar-se-ão. 

Há hoje, no seu mundo, milhares de pessoas a confiarem consistentemente no Pai Criador Universal para satisfazer cada necessidade e a testemunharem as múltiplas bênçãos nas suas vidas.

Abandone os seus temores, eles não o beneficiam em nada. Volte-se agora para o “Pai” Criador universal – que é a FONTE DO SEU SER, concepção, crescimento, desenvolvimento, nutrição, regeneração, cura, satisfação de todas as suas necessidades, PROTECÇÃO, tudo dentro de um sistema de LEIS ESPIRITUAIS E ORDEM. Perceba que todo este maravilhoso trabalho é construtivo, intencional e ordenado. Você tem verdadeiramente uma MENTE MESTRA a sustentá-lo, à sua família e às suas condições de vida. CONFIE NELA. Não permita que a sua forma de pensar estrague a Operação Criativa Divina!

Lembre-se, acima de tudo, de que – Eu, o CRISTO, apenas executei os meus chamados milagres porque percebi que “O Reino de Deus” estava dentro de mim e que eu poderia contar sempre com meu “Pai” Criador que trabalhava em mim e através de mim.

Lembre-se de que tem uma consciência individual apenas porque é um esboço do “Pai” Consciência Criativa.

Quando a sua consciência pessoal estiver completamente limpa de negatividades, descobrirá que também se tornou um canal purificado do “Pai” Consciência Criativa.

Também será, para todos os que entrarem na sua órbita, uma alegre fonte de crescimento, nutrição, cura, carinho, protecção, satisfação das necessidades, dentro de um sistema bem organizado de lei e ordem. Esta poderosa influência estender-se-á, por meio da sua mente, aos seus familiares, amigos, vizinhos, fazendas, animais e plantações. Assim como a electricidade ao passar pelas suas mãos acenderá um bico de Bunsen num laboratório, da mesma forma as suas radiações de FORÇA VITAL beneficiarão a todos os que entrarem no seu raio de influência.

Esta foi a intenção primeira da criação. Você estava destinado a expressar a Consciência Criativa Universal por meio da sua mente e do seu coração. Eu, o CRISTO, venho neste momento para mostrar-lhe como fazer isso.

Em primeiro lugar, considere o “estado de consciência” em que realizei os meus chamados milagres. Não fiz nenhuma oração específica. Apenas pedi ao Pai Criador, que estava a irradiar por meio da minha própria consciência, por qualquer coisa que fosse necessária. Fortemente percebi e visualizei que o “Pai Consciência Criativa” era uma Força dinâmica operante manifestada por meio do mundo visível, como: criatividade, intenção inteligente, crescimento, nutrição e alimentação, protecção, cura, regeneração, satisfação de todas as necessidades – tudo dentro de um sistema de lei e ordem.

Percebi que o “Pai Consciência Criativa” irradiaria toda a Sua Natureza através da minha consciência para entrar na consciência dos que me pedissem a cura e sinceramente acreditassem que poderiam recebê-la. Também sabia que se não tivessem “fé e esperança de cura”, esse tipo de consciência negativa não permitiria o fluxo da NATUREZA da “Consciência do Pai”, e a cura não aconteceria.

Também percebi que o trabalho de cura feito pelo Pai Consciência Criativa era realmente o Amor manifestado de forma visível na Terra. 

Também compreendi que todo o trabalho realizado pelo Pai Consciência Criativa no mundo visível era o amor manifestado – e agradeci por isso.

Tive consciência de que todas as substâncias do universo se originavam na Consciência Universal – e agradeci por isso.

Compreendi que o “Pai Consciência Criativa” era o “trabalhador” e que Ele era eterno e infinito, e nada – nada excepto a mente humana – poderia impedir que fizesse o seu trabalho.

Portanto, livrei a minha mente de todos os sentimentos e pensamentos humanos e soube que eu era um canal perfeito do “Pai Amoroso” e que a Sua vontade perfeita seria cumprida na pessoa que precisasse de cura.

Mas tome nota disto: eu também soube que, o que quer que fosse que na consciência da pessoa tivesse levado à sua invalidez, mutilação ou doença tinha sido apagado de seu corpo naquele momento. A questão era: a “consciência” habitual da pessoa faria voltar os males divinamente apagados de seu corpo? Por isso eu dizia à pessoa que havia sido curada: “Vá e não volte a pecar”.

Quero que saiba e acredite de todo o coração que o meu estado de consciência, quando estive na Terra, descrito nos parágrafos acima, é o “estado de consciência” a que deve aspirar com toda a sua mente e todo o seu coração.

As minhas experiências de iluminação no deserto permitiram-me alcançar a CONSCIÊNCIA CRÍSTICA em grande medida enquanto estive na Terra. Mas você pode seguir os meus passos se tiver vontade de o fazer e com certeza eu estarei disponível para o ajudar na sua jornada. Poderá sentir a minha presença se for suficientemente sensível para isso. Mas se num primeiro momento não sentir nada, não desanime, porque enquanto faz o trabalho de mudar a sua consciência, pode estar absolutamente certo de que estará a sintonizar com a minha CONSCIÊNCIA CRÍSTICA e eu estarei a par de tudo o que estiver a acontecer consigo.

SAIBA que o seu propósito na Terra é ascender na consciência espiritual até que transcenda tudo aquilo de humano que actualmente o impede de avançar, até que, finalmente, também possa controlar os elementos e tornar-se um mestre.

Compreenda também que, quando a consciência mundial estiver plenamente sintonizada com o “Pai Consciência Criativa”, todas as coisas adversas ao perfeito bem-estar do homem desaparecerão. Não haverá mais mosquitos portadores de malária, gafanhotos que acabem com as suas plantações, condições climáticas extremas, infecções, vírus e tudo o mais que actualmente causa problemas para os seres-vivos. Você viverá sob o manto da protecção universal. Quando a sua própria consciência estiver em perfeita consonância e harmonia com o Pai Amoroso – então também será divinamente protegido e tornar-se-á um canal de intenção criativa, crescimento, nutrição e alimentação, protecção, cura, regeneração, satisfação das necessidades, lei e ordem.

O PAI AMOROSO estará a operar na sua mente, coração, corpo e nos seus assuntos. Estará a operar em todos aqueles para quem você direccionar o seu poder.

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