segunda-feira, abril 30, 2007

SER JUSTO

Os maus inclinam-se perante a face dos bons, e os perversos junto às portas do justo. Pv. 14:19.

Os maus inclinam-se diante dos bons por respeitarem a força do bem, mesmo que seja no silêncio da consciência.

Somente a evolução da alma é capaz de mostrar humildade, reconhecendo a superioridade dos que a possuem.

Ser justo é melhorar as condições do coração para a entrada da paz.

O justo é dotado de coragem indomável; não teme o maior inimigo do caminho que é a ignorância, porque já a venceram em si mesmo.

O perverso não é capaz de encarar face a face o homem de bem; é a inferioridade que o faz abaixar a cabeça e a vergonha fá-lo impaciente junto ao ser honrado.

Querer ser justo é uma coisa e ser justo é outra bem diferente. Há uma distância imensurável entre uma atitude e uma vivência, no entanto, a força de vontade pode-te levar de uma a outra em pouco tempo, pela educação e a disciplina que deves aceitar.

Lembra-te de Deus todos os dias e pede, pela oração, à Sua magnânima assistência, que os Seus agentes de luz te dêem, com a tua assistência e recepção, os meios de conquistar os maiores valores que te levam à felicidade.

Qualquer um reconhece a superioridade do homem de bem sem ser preciso ter escolaridade para esta verificação. Já nascemos com o sentido de compreensão desenvolvido, do certo e do errado. Quem contraria essa inspiração divina, na atmosfera humana, enerva-se a si mesmo.

O Espírito puro continua na sua pureza sem se modificar pela negação do inconsequente.Sê grato pelo que recebes dos bons; é provável que a tua sensibilidade não registe a caridade que eles te fazem, no entanto, a bondade desses seres irradia amor para todos.

Os justos são sóis de Deus nos umbrais da Terra. São luzes da luz maior.

De “Gotas de Ouro”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos

sexta-feira, abril 27, 2007

CONCLUSÃO DA VIDA















Diante dos problemas e obstáculos do quotidiano,
convém estabelecer, de quando em quando pelo menos, ligeira pausa para pensar, de maneira a observarmos o rendimento das horas que a vida nos atribui, no território do tempo.

E se no curso de nossas reflexões ponderarmos:
No montante das bênçãos que temos recebido;
Nas vantagens que usufruímos em confronto com as lutas e contratempos que assinalam milhares de irmãos na retaguarda;
Nos resultados contraproducentes da irritação;
No carácter destrutivo de quaisquer manifestações de rebeldia ou azedume;
No lado escuro das reclamações;
No peso morto das aflições sem proveito;
Nas calamidades da violência;
Nos prejuízos do desânimo;
Nas lições que podemos extrair das provas dignamente atravessadas;
Na importância da indulgência;
Nos donativos de calma e bondade que os outros aguardam de nós, a fim de consolidarem a própria segurança;
No poder da gentileza para construir a benemerência e o respeito em torno de nossa vida;
No alto significado da compreensão e da tolerância que decidamos a exercitar em benefício de nós mesmos;
E nos testemunhos de amor e cooperação de que somos capazes para contribuir com os Mensageiros do Cristo na preservação da paz e do bem sobre a Terra;
Decerto que, acima de quaisquer desgostos e insucessos, saberíamos colocar a luz da esperança com o privilégio do trabalho, sem nos afastarmos da paciência, hora alguma.

EMMANUEL

In ENCONTRO DE PAZ (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)

quinta-feira, abril 26, 2007

CANTIGAS DAS PALAVRAS

Quando escutes na estrada, alma querida e boa.
A palavra que fira,
Recordando a pedrada que se atira
Quando alguém se conturba e amaldiçoa,
Coloca-te em lugar da pessoa acusada
E, se na luz da fé que te inspira e sustém
Nada possas fazer, não digas nada,
Nem censures ninguém.

Pelo caminhos do quotidiano,
Quem se afeiçoa à queixa renitente
É igual a nós: um coração humano,
Às vezes enganado, outras vezes doente!...
Muita afeição que cai ou se arroja, de todo,
No azedume infeliz,
Não sabe que remexe uma furna de lodo,
Nem pondera o que diz...

Injúria, humilhação, sarcasmo, treva
Na comunicação verbal que te procura
São canais de mais dor, quando a dor se subleva
E cria delinquência, expiação, loucura!...
Ante as palavras rudes ou sombrias,
Considera, também, por outro lado,
De quanta compreensão precisarias
Se tivesses errado!...

Palavras de ferir, palavras de humilhar,
Mágoas de quem falhou, reclamações de alguém,
Violência, agressão, amargura, pesar,
Entrega tudo a Deus nas vibrações do bem!...
Nunca leves adiante a sombra que te prova;
Lembra a lição do Sol, sereno e superior,
Que, abrindo cada dia em luz de vida nova,
Tudo cobre de amor.

MARIA DOLORES

In ENCONTRO DE PAZ (Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos)

segunda-feira, abril 09, 2007

SE TODOS PERDOASSEM...

Imaginemos, por um minuto, que mundo maravilhoso seria a Terra, se todos perdoassem!...

Se todos perdoassem, a ventura celeste começaria em casa, onde todo o companheiro de equipe doméstica perceberia que a experiência na reencarnação é diferente para cada um e, por isso mesmo, teria suficiente disposição para agir em apoio dos associados da edificação em família, a fim de que venham a encontrar o tipo de felicidade pessoal e correcta a que se dirigem.

Se todos perdoassem, cada grupo na comunidade terrestre alcançaria o máximo de eficiência na produção do bem comum, porquanto, em toda a parte, existiria entendimento bastante para que a inveja e o despeito, o azedume e a crítica destrutiva fossem banidos para sempre do convívio social.

Se todos perdoassem, o espírito de competição, no progresso das ciências e na efectivação dos negócios, subiria constantemente de nível moral, suscitando as mais belas empresas de aprimoramento do mundo, porque o golpe e a vingança desapareceriam do intercâmbio entre pessoas e instituições, com o respeito mútuo revestido de lealdade, com menores impulsos à concorrência, que se fixaria exclusivamente no bem com esquecimento do mal.

Se todos perdoassem, a guerra seria automaticamente abolida do Planeta, uma vez que o ódio seria erradicado das nações, com a solidariedade traçando aos mais fortes a obrigação de socorro aos mais fracos, não se verificando mais a corrida aos armamentos e sim a emulação incessante à fraternidade entre os povos.

Se todos perdoassem, a saúde humana atingiria prodígios de equilíbrio e longevidade, porquanto a compreensão recíproca extinguiria o ressentimento e o ciúme, que deixariam, por fim, de assegurar, entre as criaturas, terreno propício à obsessão e à loucura, à enfermidade e à morte.

Se todos perdoarmos, reformaremos a vida na Terra, apagando de todos os idiomas a palavra "ressentimento", para convivermos, uns com os outros, acreditando realmente que somos irmãos diante de Deus.

Quando todos aprendermos a perdoar, o amor entoará hossanas, de pólo a pólo da Terra, e então o Reino de Deus fulgirá em nós e junto de nós para sempre.

Da obra: “Passos da Vida” - Francisco Cândido Xavier/Emmanuel