quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O CREDO, A RELIGIÃO DO ESPIRITISMO

O credo, a religião do Espiritismo – Allan Kardec

Crer em Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom;

Crer na alma e na sua imortalidade;

Na preexistência da alma como única justificativa do presente;

Na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral;

Na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos;

Na felicidade crescente na perfeição;

Na equitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras;

Na igualdade da justiça para todos, sem excepções, favores nem privilégios para nenhuma criatura;

Na duração da expiação limitada à da imperfeição;

No livre arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal;

Crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível, na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados, considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da Vida do Espírito, que é eterno;

Aceitar corajosamente as provações, tendo em vista o futuro mais invejável do que o presente;

Praticar a caridade em pensamentos, em palavras e em acções na mais ampla acepção da palavra;

Esforçar-se cada dia para ser melhor do que na véspera, extirpando alguma imperfeição de sua alma;

Submeter todas as suas crenças ao controle do livre exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega;

Respeitar todas as crenças sinceras, por irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém;

Ver, enfim, nas diferentes descobertas da ciência a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, quer dizer, com todas as maneiras de adorar a Deus.

É o laço que deve unir todos os Homens (Espíritas e não Espíritas) numa santa comunhão de pensamentos, esperando que una todos esses homens sob a bandeira da fraternidade universal.

Com a fraternidade, filha da caridade, os homens viverão em paz, poupando-se aos males inumeráveis que nascem da discórdia, filha, a seu turno, do orgulho, do egoísmo, da ambição, do ciúme e de todas as imperfeições da Humanidade.

O Espiritismo dá aos homens tudo o que é preciso para a sua felicidade neste Mundo, já que os ensina a contentarem-se com aquilo que têm;


Que os Espíritas sejam, então, os primeiros a aproveitarem os benefícios que ele traz, e que inaugura entre eles o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras.

Os Espíritos que aqui nos cercam são inumeráveis, atraídos pelo objectivo que nos propusemos ao reunirmo-nos, a fim de darem aos nossos pensamentos a força que nasce da união.


Doemos àqueles que nos são caros uma boa lembrança e um testemunho de nossa afeição, os encorajamentos e as consolações àqueles que deles têm necessidade.

Façamos de maneira que cada um receba a sua parte dos sentimentos de caridade benevolente, da qual estaremos animados, e que esta reunião traga os frutos que todos estão no direito de esperar.

Extraído do Discurso de Abertura pelo Sr. Allan Kardec na Sessão Anual Comemorativa dos Mortos, na Sociedade de Paris, em 10 de Novembro de 1868, sob o tema “O Espiritismo é uma Religião?”, que poderá ser lido integralmente na Revista Espírita, Jornal de Estudos Psicológicos, 11º ano, nº 12, de Dezembro de 1868 – Revue Spirite Journal d’ Études Psychologiques, publié sous la direction de ALLAN KARDEC.


Paz em Jesus!

http://groups.msn.com/Alegriaeeespiritualidade

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