segunda-feira, fevereiro 27, 2006

A ÚLTIMA VIAGEM!

Era já tarde na noite, quando o taxista recebeu a chamada. Dirigiu-se para a rua e número indicados.

Tratava-se de um prédio simples, com uma única luz acesa no andar térreo.

Pensou, logo, em buzinar e aguardar. Mas também pensou que alguém que chamasse o táxi, tão tarde, poderia estar com alguma dificuldade.

Por isso, saiu do carro, foi até à porta e tocou a campainha. Ouviu som como de algo a arrastar-se e uma voz débil a dizer:

- “Estou indo. Um momento, por favor.”

Uma senhora idosa, pequena, franzina, com um vestido estampado, abriu a porta.

Equilibrava-se numa bengala, e, na outra mão, trazia uma pequena valise.

Ele olhou para dentro e percebeu que todos os móveis estavam cobertos com lençóis.

- “Pode me ajudar com a mala?” Disse a senhora.

Ele apanhou a mala e ajudou a passageira a entrar no táxi. Ela forneceu-lhe o endereço e pediu:

- “Podemos ir pelo centro da cidade?”

- “Mas o caminho que a senhora sugere é o mais longo”, observou o taxista.

- “Não tem importância”, afirmou ela, resoluta.

- “Não tenho pressa. Desejo olhar a cidade, pela última vez. Estou indo para um asilo, porque não tenho mais família e o médico me disse que morrerei breve.”

O taxista, que começara a dar partida, desligou o taxímetro, subtilmente. Olhou para trás, fixou-a nos olhos e perguntou:

- “Aonde mesmo a senhora gostaria de ir?”

Levou-a até um prédio, na área central da cidade. Ela mostrou o edifício onde fora ascensorista, quando era ainda mocinha.

Depois, foram a um bairro onde ela morou, recém-casada, com seu marido.

Apontou, mais adiante, o clube onde dançou, com seu amor, muitas vezes.

De vez em quando, ela pedia que ele fosse mais devagar ou parasse em frente a algum edifício.

Parecia olhar na escuridão, no vazio. Suspirava e olhava.

Assim, as horas passaram e, ela, manifestou cansaço:

- “Por favor, agora estou pronta. Vamos para o asilo.”

Era uma casa cercada de arvoredo e, apesar do horário, ela foi recebida de forma cordial por dois funcionários.

Logo mais, já numa cadeira de rodas, perguntou ao taxista.

- “Quanto lhe devo?”

- Nada”, disse ele. “É uma cortesia.”

- “Você tem de ganhar a vida, meu rapaz!”

- “Há outros passageiros”, respondeu ele.

E, sensibilizado, inclinou-se e envolveu-a num abraço afectuoso. Ela retribuiu com um beijo e palavras de gratidão:

- “Você deu a esta velhinha um grande presente. Deus o abençoe.”

Naquela madrugada, o taxista resolveu não mais trabalhar. Ficou a cismar:

- “E se tivesse, como muitos, apenas tocado a buzina duas ou três vezes e ido embora? E se tivesse recusado a corrida, pelo adiantado da hora? E se tivesse querido encerrar o turno, de forma apressada, para ir para casa?”

Deu-se conta da riqueza que é ser gentil, dedicar-se a alguém.

Dois dias depois, retornou à casa de repouso. Desejava saber como estava a sua passageira.

Ela havia morrido, na noite anterior.
*******

Por vezes pensamos que grandes momentos são motivados por grandes feitos.
Contudo, existem coisas mínimas que representam muito para uma vida.
O importante é estar atento, a fim de não perder essas ricas oportunidades de dar felicidade a alguém.
Mesmo que seja um simples passeio pela cidade, uma ida ao cinema, um volta pelo jardim, um bate-papo num final de tarde, atender um telefonema na calada da noite.
Pense nisso! E esteja atento para as coisas mínimas, os gestos quase insignificantes.
Eles podem representar, para alguém, toda a felicidade."

***
"A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros."
Baden-Powel
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Recebido de:
www.momento.com.br

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

A ESMOLA MAIOR

"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus..." – JOÃO.

No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar.

Ela é o próprio coração a derramar-se, irradiando o amor por sol envolvente da vida.

No lar, ela surge no sacrifício silencioso da mulher que sabe exercer o perdão sem alarde para com as faltas do companheiro; na renúncia materna do coração que se oculta, aprendendo a morrer cada dia, para que a paz e a segurança imperem no santuário doméstico; no homem recto que desculpa as defecções da esposa enganada sem lhe cobrar tributos de aflição; nos filhos laboriosos e afáveis que procuram retribuir em ternura incessante para com os pais sofredores as dívidas do berço que todo ouro da Terra não conseguiria jamais resgatar.

No ambiente profissional é o esquecimento espontâneo das ofensas entre os que dirigem e os que obedecem, tanto quanto o concurso desinteressado e fraterno dos companheiros que sabem sorrir nas horas graves, ofertando cooperação e bondade para que o estímulo ao bem, seja o clima de quantos lhes comungam a experiência.

No campo social é a desistência da pergunta maliciosa; a abstenção dos pensamentos indignos; o respeito sincero e constante; a frase amiga e generosa; o gesto de compreensão que se exprime sem paga.

Na via pública é a gentileza que ninguém pede; a simplicidade que não magoa; a saudação de simpatia ainda mesmo inarticulada e a colaboração imprevista que o necessitado espera de nós muita vez sem coragem de nos endereçar qualquer apelo.

Acima de tudo, lembra-te da esmola maior de todas, da esmola santa que pacifica o ambiente em que o Senhor nos situa, que nos honra os familiares e enriquece de bênçãos o ânimo dos amigos, a esmola de nosso dever cumprido, porquanto, no dia em que todos nos consagrarmos ao fiel desempenho das próprias obrigações o anjo da caridade não precisará desfalecer de angústia nos cárceres das provações terrenas, uma vez que a fraternidade estará a reinar connosco na exaltação da perfeita alegria.

In:”CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

A ESCALA DO NOSSO CRESCIMENTO...

Nem todas as pessoas se dão conta de que o nosso crescimento interior é tão ou talvez mais importante que o nosso crescimento físico.

Você vê o crescimento físico. Mas, o crescimento interior… sente. Quanto mais cresce melhor se sente, porque crescer resulta na consciencialização cada vez melhor do valor de nosso mundo interior. É o sentimento que nos indica se a nossa vida vai bem ou não.

Imagine a escala do crescimento interior como uma escada de muitos degraus. Cada degrau acima representa um tipo de evolução e, no topo da escada, encontra-se a emoção mais apreciada por nós, denominada amor.

Sentindo amor, você se abre para a vida, utiliza todo o seu potencial, sente uma grande harmonia interior, que tem reflexos positivos sobre o seu trabalho e a sua saúde.

Este sentimento positivo não é algo que aparece e desaparece. Como somos seres vivos e não máquinas, é evidente que temos vacilações de humor, porém o sentimento de bem-estar, harmonia, que pode ser compreendido como a nossa consciencialização da descoberta de nossa riqueza interior, permanece.

No topo da escada você é emocionalmente crescido e amadurecido e sente vontade de realizar algo em agradecimento. Quem chegou ao topo da escada compreendeu a sua ligação ao infinito e agradece sempre.

A nossa capacidade de compreensão é a chave para o nosso bem-estar e é ela que nos abre o mundo.

Compreender o mundo na sua totalidade faz sentir-se em casa.

Uma coisa da qual você deve consciencializar-se é que quanto mais degraus sobe, tanto mais recua o sentimento, que mantém presos os que estão nos degraus de baixo, que se chama medo.

À medida que o medo recua ou diminui, a confiança em si desenvolve-se.

Já mencionei que cada um de nós vive no mundo que nós mesmos criamos. Podemos viver no mesmo bairro e até na mesma rua, mas em mundos muito diferentes.

A finalidade do crescimento interior é fazer com que cada um de nós viva num mundo melhor, e isto consegue-se evoluindo. A evolução amplia a nossa capacidade de compreensão não só quanto a nós mesmos, mas também quanto a tudo que nos rodeia. Aumenta a nossa capacidade de percepção de nosso mundo interno e externo.

Não basta o nosso mundo externo ser positivo para nós.

Sem satisfação com o nosso mundo interno não seremos felizes. E, como já sabem, o nosso mundo interno é produto de nossa cabeça.

Não é o que nos acontece, mas como interpretamos aquilo que nos acontece é que cria a nossa realidade. É bom lembrarmo-nos disto sempre que houver algum problema.

Nesta escada que representa a nossa escala de crescimento existem inúmeras diferenças, pois cada degrau que subimos acrescenta algo de positivo à nossa vida.

Para dar uma ideia do que representa a vida nos diferentes degraus vou dar quatro exemplos.

1) O mundo mais elementar.

Neste mundo, representado pelos degraus mais baixos da escada, reina a ignorância e o medo. O indivíduo que nele vive só se interessa pelo que o beneficia sem se importar se fere ou destrói outros. É corrupto, capaz de qualquer acção prejudicial ou criminal. Nele não existe consciência, porque aquela parte do ser humano ainda não foi desenvolvida. É inseguro, sente-se sozinho, é agressivo e qualquer argumento serve para iniciar violência. Desconfia de tudo e de todos. O mundo dele é um verdadeiro mundo cão.

2) Despertando a consciência.

Subimos alguns degraus da escada e o nosso mundo transforma-se. O indivíduo que vive neste mundo já tem noção do "certo" e do "errado". Evita actos criminais, não por ser é algo que possa prejudicar outros, mas porque tem medo das consequências que sabe, poderem vir a ser muito negativas.

3) Desenvolvendo a consciência.

Agora estamos no meio da escada e o nosso mundo transforma-se de novo. Já subimos bastantes degraus, mas faltam também bastantes degraus para subir. À medida que o homem melhor se começa a compreender, a ter confiança em si e nas suas realizações, a sua mente abre-se ao que há de bom e construtivo na vida. A auto-estima cresce, fortalece-se e ele sente-se satisfeito com o próprio desempenho. Compreende que não está só no mundo, mas é parte da humanidade. Ele sabe compartilhar, abraçar outros. Vive num mundo bem diferente do mundo elementar.

4) O indivíduo que se descobriu (ou se encontrou).

Este indivíduo chegou ao topo da escada. Descobriu a sua força e a sua riqueza interior. Sente satisfação e harmonia e está totalmente aberto para a vida. Não ignora os aspectos negativos da vida em geral, mas dirige a sua atenção ao que existe de bom e positivo e colabora até onde pode para melhorar a vida de outros, pois sente-se rico e quer retribuir. Sente amor. O amor é na verdade o sentimento positivo mais potente que existe, porque nele não há sombra de medo.


Todos nós projectamos aquilo que sentimos. Para contribuir para a felicidade de outros, você tem de se sentir feliz.

A pessoa infeliz ou descontente não consegue acrescentar nada de positivo à vida de alguém. Irradiamos e respondemos de acordo com aquilo que sentimos, porque o sentimento é a essência de nossa vida.

Tanto falámos de sentimentos que já compreenderam que os nossos sentimentos são os nossos termómetros que nos indicam a qualidade de nossa vida.

Todos temos capacidade de subir os degraus da escada que representa o crescimento emocional e quando damos conta que a finalidade é a conquista da harmonia, do amor e da felicidade, sabemos que vale a pena. Que o nosso esforço é nada, comparado com o resultado que teremos.

Crescendo, o nosso mundo torna-se cada vez mais amplo e belo. Sabemos que no mundo existe o bem e o mal. A natureza, que tem o equilíbrio como uma de suas leis, quer que tudo continue existindo, mas ela dá-nos a liberdade de escolher de que mundo queremos fazer parte.

Portanto reflicta e escolha:

Que mundo quer para si e para os seus filhos.

Escolhendo o mundo do mal, do ódio e da destruição, tem de dar conta que atrai o ódio e a destruição para a sua vida e para a de seus familiares. Se bem que às vezes, por algum tempo, possa parecer que o mal esteja a vencer, no fim… é sempre o bem que surge como vencedor.


Se o mal vencesse, toda a vida na Terra seria extinta.

No entanto, desde que a vida surgiu na Terra, não sei há quantos biliões de anos, continua sempre a evoluir. Isto é um sinal claro que a evolução, que aumenta o que há de bom e positivo na nossa vida, é a Lei número um da natureza.

Continuando sempre a evoluir, aumentamos o nosso potencial para a compreensão, para o bem e para o amor e, o nosso mundo tornar-se-á cada vez melhor.

O mundo do bem representa evolução. O mundo do mal representa regressão, estagnação, destruição. O avanço do homem em termos de evolução é vagaroso, porque a natureza que é eterna e não tem pressa.

Como muito bem nos elucida nossa Dulcíssima Mãe Maria: “A Natureza não dá saltos”!

O importante é darmo-nos conta e contribuir, subindo cada vez mais degraus da escada que representa a evolução, atraindo assim o bem e a harmonia para a nossa vida. Para que haja paz no mundo é necessário haver paz dentro de nossa cabeça, paz na nossa vida interior.

Só então é que a paz mundial, que tanto almejamos, poderá tornar-se uma efectiva realidade.

... E VIVERÁS!

Foto: Espírito de Joanna de Ângelis (Como aparece à vidência do Médium)

Estás extenuado...

Cansaço, dúvida, infortúnio são as expressões que enlutam os teus lábios.

Desencorajado pelos companheiros que abusaram das fontes generosas da tua confiança pura, não te animas a encetar novas actividades.

Sabes, porém, que o desânimo é implacável inquilino do domicílio espiritual.

Entretanto, acreditas em abandono e não reages.

Não ignoras que a lâmina aguçada não é responsável pelos cortes que produz...

Mas entregas o instrumento da produção à ferrugem, sem o necessário esforço de o movimentar em sentido edificante...

Sempre podes recomeçar, amigo.

Interioriza a busca da felicidade e descobre os tesouros de que podes dispor em favor dos outros.

Teu cansaço é também o cansaço de muitos que te deixaram a sós...


Tua dúvida é o resultado da aflição dos que fugiram do teu círculo...

Teu infortúnio é a desesperação daqueloutros que soçobraram nas ondas encrespadas do testemunho...

Não creias necessário te ausentares do lar para ajudar a renovação do mundo.

Renova-te primeiro, onde vives.

Tens, no reduto em que moras e nas ruas por onde transitas, mil oportunidades de aprimoramento.

Vibre o verbo nos teus lábios, escorra a luz nos teus olhos, movimente-se a força nas tuas mãos, divida-se o amor no teu coração, e distribuirás tesouros em favor dos que estão contigo.

Sem que o saibas, és pedagogo para outros aprendizes.

Há consideração em redor dos teus passos.

O carinho aguarda momento de te falar.

A alegria não é tua adversária.

Vai àqueles que não podem vir a ti.

Esquece mágoas que não têm fundamento.

Quem fere propositadamente está doente da razão.

Quem mantém inimigos ignora as leis de trocas que sustêm a vida na Natureza.

Todos necessitamos de algo ou de alguém para galgar os degraus na vida da ascensão.

Espírito algum se libertará da Terra a caminho de um céu pessoal, para gozo próprio.

Não esqueças de que o bem que se faz é o único trabalho que faz bem, e esse serviço em favor dos outros é a caridade única em favor de nós mesmos, que pode atingir o cerne da alma, libertando-a para o sacerdócio do soerguimento do mundo.

Encerrando a entrevista com o sacerdote que procurava confundi-Lo, disse o Mestre, na Parábola do Samaritano: "Vai e faz o mesmo!"

Não abandones a oportunidade de ajudar, somente porque o cansaço, a dúvida e o infortúnio teimam em adquirir existência real para dominarem a tua alma, estrangulando-a nos vigorosos tentáculos da aflição pessimista.

Vence todo o mal e... viverás.

(Joanna de Ângelis / Médium: Divaldo Pereira Franco - In: "Messe de Amor")

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O CREDO, A RELIGIÃO DO ESPIRITISMO

O credo, a religião do Espiritismo – Allan Kardec

Crer em Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom;

Crer na alma e na sua imortalidade;

Na preexistência da alma como única justificativa do presente;

Na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral;

Na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos;

Na felicidade crescente na perfeição;

Na equitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras;

Na igualdade da justiça para todos, sem excepções, favores nem privilégios para nenhuma criatura;

Na duração da expiação limitada à da imperfeição;

No livre arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal;

Crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível, na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados, considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da Vida do Espírito, que é eterno;

Aceitar corajosamente as provações, tendo em vista o futuro mais invejável do que o presente;

Praticar a caridade em pensamentos, em palavras e em acções na mais ampla acepção da palavra;

Esforçar-se cada dia para ser melhor do que na véspera, extirpando alguma imperfeição de sua alma;

Submeter todas as suas crenças ao controle do livre exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega;

Respeitar todas as crenças sinceras, por irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém;

Ver, enfim, nas diferentes descobertas da ciência a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, quer dizer, com todas as maneiras de adorar a Deus.

É o laço que deve unir todos os Homens (Espíritas e não Espíritas) numa santa comunhão de pensamentos, esperando que una todos esses homens sob a bandeira da fraternidade universal.

Com a fraternidade, filha da caridade, os homens viverão em paz, poupando-se aos males inumeráveis que nascem da discórdia, filha, a seu turno, do orgulho, do egoísmo, da ambição, do ciúme e de todas as imperfeições da Humanidade.

O Espiritismo dá aos homens tudo o que é preciso para a sua felicidade neste Mundo, já que os ensina a contentarem-se com aquilo que têm;


Que os Espíritas sejam, então, os primeiros a aproveitarem os benefícios que ele traz, e que inaugura entre eles o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras.

Os Espíritos que aqui nos cercam são inumeráveis, atraídos pelo objectivo que nos propusemos ao reunirmo-nos, a fim de darem aos nossos pensamentos a força que nasce da união.


Doemos àqueles que nos são caros uma boa lembrança e um testemunho de nossa afeição, os encorajamentos e as consolações àqueles que deles têm necessidade.

Façamos de maneira que cada um receba a sua parte dos sentimentos de caridade benevolente, da qual estaremos animados, e que esta reunião traga os frutos que todos estão no direito de esperar.

Extraído do Discurso de Abertura pelo Sr. Allan Kardec na Sessão Anual Comemorativa dos Mortos, na Sociedade de Paris, em 10 de Novembro de 1868, sob o tema “O Espiritismo é uma Religião?”, que poderá ser lido integralmente na Revista Espírita, Jornal de Estudos Psicológicos, 11º ano, nº 12, de Dezembro de 1868 – Revue Spirite Journal d’ Études Psychologiques, publié sous la direction de ALLAN KARDEC.


Paz em Jesus!

http://groups.msn.com/Alegriaeeespiritualidade

domingo, fevereiro 19, 2006

IRMÃ LÚCIA...

QUESTÃO DE FACTO

Hoje, dia 19 de Fevereiro do ano de 2006, os restos mortais de nossa Irmã Lúcia, última vidente de Fátima a desencarnar, foram transladados, sob fortes medidas de segurança (?), do Carmelo de Santa Teresa de Coimbra para a Cova de Iria – Fátima, onde irão ficar sepultados no corpo da Basílica ali erigida em louvor e honra de nossa dulcíssima Mãe Maria de Nazaré, a quem, vulgarmente, se chama: Nossa Senhora.

Nada, terrenamente falando, se opõe a tal acto, pois que, nós, Espíritos Humanos – Homens e Mulheres encarnados –, devemos saber respeitar quem nos trouxe, traz, deu ou dá exemplos de Fraternidade, Amor e Paz, ao fim e ao cabo, quem nos ensinou e ensina caminhos que nos promovem a ascensão e levam, assim, a DEUS PAI, Todo-Poderoso.

Mas será que, em referência ou no que concerne a este evento, apesar do conhecimento e da fé que alguns já detêm, nos devemos situar, apenas, no terreno, no simplesmente físico-material que, todos sabemos, vira cadáver e tem de ser reintegrado na Mãe Natureza? Não! Absolutamente, não! Por isso, por força disso, vamos imediatamente para a Questão de Direito (Espiritual), que nos importa atender.

QUESTÃO DE DIREITO (ESPIRITUAL)

A nossa Irmã Lúcia, no dia, hora, minuto e segundo exactos, deixou de ser Mulher, passando a ser Espírito. Desencarnou de seu corpo físico feminino que lhe serviu de vestimenta terrena durante essa sua peregrinação terráquea que acabara de findar.

Antecedendo esse exacto momento, porém, muitas foram as Entidades Espirituais, entre elas, nossa dulcíssima Mãe Maria, que junto dela vieram em visita amorosamente fraternal e a acolheram nesse seu desencarne, a fim de, após isso, a poderem levar consigo para o Plano Espiritual de Vibrações de Luz e Paz onde ela, necessariamente, acordou e passou a viver.

Tendo esse Plano como sua residência Espiritual, dele irá fazer parte das hostes da Legião de Maria, desdobrando-se em trabalhos de auxílio aos mais carenciados – encarnados e desencarnados – de amor, cura e luz, nesse Santo Serviço que Deus Pai, por Jesus, o Cristo, dispensa, consoante seus méritos, a todos os de Boa-Vontade, titulares dessa Fé que já move montanhas.

No dia de seu desencarne grande foi o movimento de Espíritos de Luz junto de seu corpo, em ordem a poderem ajudá-la na sua desencarnação, todos bendizendo e louvando o facto dela se juntar, finalmente, a todos eles, por via de seu regresso a essa Morada/Casa/Plano de Deus Pai.

Os Homens e Mulheres terrenos – Espíritos Encarnados – olhavam, velavam e choravam a Saudade dessa nossa Irmã benfazeja, traduzida na factualidade do corpo cadáver, abandonado e frio, enquanto que a seu lado, na dimensão espiritual, se cantavam hossanas e se davam Graças a Deus por esta Irmã ser mais uma estrela a brilhar no Seu Firmamento de Paz e Amor.

Durante as exéquias e orações sacerdotais… ninguém ouviu, porém, falar disto… e foi pena!

Hoje, um ano e uma semana após essa data, translada-se para a Basílica de Fátima – facto que não comentamos – o que resta de seu corpo físico, mas… das Dimensões Superiores da Vida ninguém já virá… Pois que esta cerimónia não passa de simples cerimonial terráqueo, fruto da vontade dos Homens – que ninguém comenta –, nada tendo a ver com qualquer necessidade desta Irmã, ou, indo mais longe, nada tendo a ver com o que, hoje, se passa com ela, nessa Vida Superior.

Como devia ser de todos conhecido, o corpo físico de nossa Irmã Lúcia, como de todos em geral, terminou a sua tarefa no exacto momento em que o seu Espírito, que lhe deu vida e o fruiu, dele saiu pelo processo da desencarnação. A partir desse momento, perante qualquer falecimento, apenas um Ser, o Espírito, deve merecer toda a nossa efectiva preocupação e amor, em função do que supomos sejam suas necessidades. Se a entidade desencarnante – falecida –, for comummente julgada Ser de Luz, como é o caso de nossa Irmã Lúcia, uma Oração de Paz, Amor, Luz e Agradecimento lhe devemos enviar, rogando ao Senhor a ajude em sua desencarnação e a receba em Seu Coração, possibilitando-nos a nós, por sua intercessão, a misericórdia (ditos Milagres) que Lhe rogamos.

Por todos os que não forem julgados Seres de Luz, devemos, outrossim, orar e pedir Misericórdia, Paz e Luz, não apenas para a sua desencarnação, como também para e durante sua passagem pelo Umbral, por todo o seu processo de reabilitação clínica e futuro estágio, antes de sua volta, pela reencarnação.

Agora que a nossa Irmã Lúcia se encontra liberta de dogmas e clausuras terrenas, tudo o que se possa pedir e esperar desta Irmã, nomeadamente em situação de grande necessidade e aflição, deverá ser feito através de Orações bem sentidas e profundas a DEUS dirigidas, em nome de Cristo, evocando a intercessão desta Irmã, aguardando que tenhamos mérito par podermos beneficiar de tudo o que Lhe rogamos.

Se ao sepulcro desta nossa Irmã, bem como de seus primos, companheiros das lides pastorícias e das aparições nos idos de 1917: Francisco Marto e Jacinta Marto, formos em romagem de Amor e Saudade, apenas, orando, mentalmente, lhes devemos agradecer tudo o que, de seus Planos de Luz, nos possam enviar, por Deus e em Cristo Jesus.

Pense-se, ame-se e venere-se o Espírito, pois que a matéria é Pó e ao pó regressará… naturalmente!

Ficai em Paz!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

NATURAL E INATURAL...

Foto: O Amor!

Comentando Homossexualiades:

Quando conhecemos DEUS, consoante seja nossa efectiva evolução, conhecemos necessariamente, nessa evolução, a Sua Lei.

Essa evolução adquire-se de forma lenta, mas continuamente e, cada um, sem erro, tem a sua.

Logo, a minha razão, fruto dessa minha evolução, não é melhor nem pior que as dos outros... é, apenas, diferente!

O que d'Ele já sabemos, diz-nos que tudo n'Ele é Natural, mas... também sabemos que esse NATURAL não pode dar 'saltos', pois que, conforme nos ilustra nossa dulcíssima Mãe Maria:

- 'A Natureza não dá saltos'!

Se alguns desses 'saltos' forem dados, será, então, em violação dessa dita Natureza que... não os dá, nem pode dar... pois que... o NATURAL... para ser isso mesmo, terá de ser sempre NATURAL!

Pode o NATURAL sofrer, devido aos interesses menos luminosos do Homem, algum dano, antes desse Homem perceber seu erro e lhe restituir o estatuto que o NATURAL sempre teve!

Essa Lei de DEUS, tanto quanto a conhecemos, é Cósmica, é Pluri Universal, está dentro e fora do Espaço/Tempo, está no ontem, no hoje, no amanhã, no eterno AGORA, sem nunca sair, já que vivifica TUDO no TODO!

É Alfa e Ómega, Princípio e Fim de tudo, sendo que esse tudo está muito para lá da actual compreensão humano-terrena.

Não começa nem se esgota no terráqueo, pois que está muito para além do que se sabe neste planeta azul chamado Terra, ainda de baixas vibrações... devido à NATURAL ignorância e ao erro abusador do homem.

Homem e Mulher, macho e fêmea! Dois em UM, pelo AMOR! Nada de mais belo e divino que, a ninguém será lícito violar!

Seja no Humano, seja no animal menor, seja no vegetal...

Assim fez DEUS... o Seu NATURAL, que o Homem... por ainda ser pequeno... vem violando...
DESNATURANDO, pensando que, com isso, goza alguma coisa!

Será gozo violar a sua fêmea? Abortar o que devia ser co-criação, em parceria com esse DEUS que nos permite voltar para corrigir e seguir adiante? Será gozo o inatural? Se for (não nos cumpre julgar nem condenar), será ainda gozo menor, sem referir sua escala!

Estude, medite e reflicta então o Homem, a fim de que saiba Ser o que É e, depois... continuar a ser o que deve SER!

Quando isso acontecer, sem reservas... dirá:

- Estou em União e Comunhão com o Pai. Eu e o Pai somos... UM!

Foi isso que o Cristo, através de Jesus de Nazaré, nos disse a todos, sem reservas e dúvidas, há 2.000 anos.

Cresça, então, o Homem!

Guerreiro da Luz

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

ORAÇÃO A JESUS

Jesus, meu Divino Mestre!

Muitas vezes nós te encontramos a chorar por aquelas criaturas que leram o teu Evangelho, compreenderam todos os teus ensinamentos, mas que te deram as costas, Jesus.

Trancafiaram-se dentro das grandes mansões e não acolheram, lá no meio da rua, aquelas criaturinhas que muitas vezes estavam caídas pelas calçadas, muitas vezes passando fome, muitas vezes passando frio.

E outros mais, meu Jesus Amado, foram confinados no fundo dos manicómios, esquecidos pelos seus entes queridos.

Mas tu, meu Mestre, na tua bondade infinita, por eles tu choravas!

Lágrimas puras como o orvalho sobre as folhas das florestas.

E hoje, neste instante, eu peço-te a humilde permissão para que eu possa, também, chorar por ti.

Deixa que as lágrimas banhem meu rosto, como verdadeiros cristais que saem do fundo de minha alma, como um grito de reconhecimento e de amor que possa subir até ti, por toda esta humanidade desvalida!

Obrigado, meu Mestre!

ISMAEL ALONSO

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

ASSIM ENSINARÁ A "IGREJA D' O CAMINHO" RECONSTRUIDA!

Foto: JESUS, o HOMEM do CAMINHO, sendo Ele mesmo, O CAMINHO. Veja, no final, o Link onde se explica o porquê de a: "IGREJA D' O CAMINHO".

"Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus." -JESUS. (MATEUS, 5:9.)

Efectivamente, precisamos dos artífices da inteligência, habilitados a orientar o progresso das ciências no Planeta.


Necessitamos, porém, e talvez mais ainda, dos obreiros do bem, capazes de assegurar a paz no mundo.

Não somente daqueles que asseguram o equilíbrio colectivo na cúpula das nações, mas de quantos se consagram ao cultivo da paz no quotidiano:

- Dos que saibam ouvir assuntos graves, substituindo-lhes os ingredientes vinagrosos pelo bálsamo do entendimento fraterno;

- Dos que percebem a existência do erro e se dispõem a saná-lo, sem lhe alargar a extensão com críticas destrutivas;

- Dos que enxergam problemas, procurando solucioná-los, em silêncio, sem conturbar o ânimo alheio;

- Dos que recolhem confidências aflitivas, sem as passar adiante;

- Dos que identificam os conflitos dos outros, ajudando-os, sem referências amargas;

- Dos que desculpam ofensas, lançando-as no esquecimento;

- Dos que pronunciam palavras de consolo e esperança, edificando fortaleza e tranquilidade onde estejam;

- Dos que apagam o fogo da rebeldia ou da crueldade, com exemplos de tolerância;

- Dos que socorrem os vencidos da existência, sem acusar os chamados vencedores;

- Dos que trabalham sem criar dificuldades para os irmãos do caminho;

- Dos que servem sem queixa;

- Dos que tomam sobre os próprios ombros, toda a carga de trabalho que podem suportar no levantamento do bem de todos, sem exigir a cooperação do próximo para que o bem de todos prevaleça.

- Paz no coração e paz no caminho.

- Bem-aventurados os pacificadores – disse-nos Jesus –, de vez que todos eles agem na vida reconhecendo-se na condição de fiéis e valorosos filhos de Deus.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)


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A "IGREJA D' O CAMINHO" (A reconstruir), será assim, um dia, como já foi em 34 DC...

http://www.novaespiritualidade.com/igreja.htm

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

DIVULGANDO... PEDAÇOS DE LUZ!!!


















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"CARIDADE NA PRÁTICA":
A visão de que basta o estudo do Espiritismo, seu conhecimento e a sua propagação, sem prática efectiva desses conhecimentos na vida como um todo, a começar de dentro da Casa Espírita, tem permitido o perigoso surgimento no seio dos Centros Espíritas do predomínio de grupo dominador, apenas por ser culturalmente melhor dotado, mas sem qualquer vivência doutrinária.
Leia:
http://www.se-novaera.org.br/conteudos/caridade_na_pratica.html
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"VIRTUDES PARA UMA NOVA CONSCIÊNCIA":
"Os sentimentos de humildade e proximidade criam unidade nos relacionamentos. São os nossos sentimentos puros que fazem surgir sentimentos da mesma natureza nos outros. Assim como uma luz é capaz de acender outra luz, da mesma forma, quando agimos com os outros com doçura e gentileza, isso fará com que as sementes da cooperação germinem dentro deles. Ao serem tratados com tal valor, eles terão o desejo de corresponder com o mesmo valor."
António Sequeira, "Virtudes para uma Nova Consciência"
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“MITO PESSOAL E DESTINO HUMANO”:
O texto a seguir pertence a um capítulo do novo livro de Adenáuer Novaes, "Mito Pessoal e Destino Humano". A obra trata da análise do perfil da vida humana nos seus aspectos macros e das experiências que formam o existir. No seu conteúdo, o autor apresenta uma ideia do destino pessoal e como vem sendo traçado pelo espírito. Contém também algumas formas de se enxergar o mito pessoal vivido e como alterá-lo.
Por Adenáuer Novaes.
Leia:
http://www.se-novaera.org.br/conteudos/mito_pessoal.html

ANSIEDADE

Ansiedade no domínio do espírito, de certo modo, assemelha-se ao defeito de instalação no engenho eléctrico, que provoca curto-circuito.

Imprevidência que atrai desastre. Consumo desnecessário de energia que impede a função oportuna da máquina.

E não é só. Quanto desgaste inútil em forma de doença, a revelar-se através de obscuros desequilíbrios no corpo e na alma?

Ansiedade não é esperança, porque a esperança é paciência operosa, a trabalhar pela realização daquilo que espera. Expectação aflitiva é tensão destruidora, a criar obstáculo no construtivismo da acção.

A vida não avança e não melhora, nem com inércia, nem com inquietação. Se dificuldades atravessam a estrada, apoie-se na confiança.

Os Poderes Maiores que garantem os movimentos da Terra, no espaço cósmico, tanto quanto asseguram a existência da clorofila no talo de erva no vale, zelam por você.

Não tema senão a si mesmo, nos pontos vulneráveis de nossas íntimas fraquezas.

Conserve o destemor na consciência pacificada.

A nuvem que estrondeia nos céus não é senão chuva que fertiliza a secura da gleba e electricidade que purifica a corrupção do ar.

As dores costumam ser os mais preciosos avisos da natureza.

As provações quase sempre constituem recursos de elevação que talvez jamais recebêssemos sem elas.
Detenhamos a certeza de que opressão não é factor que ajude a resolver problema algum. Ao revés, agrava as menores necessidades de paz, transformando a insignificância de um sintoma no drama da agonia.


Usemos em nós o conhecimento superior na edificação da tranquilidade.

Recordemos as longas fileiras dos fronteiriços da loucura e da obsessão que os processos da angústia desnecessária tangem no rumo dos manicómios.

Lembremo-nos dos milhares de irmãos que a ansiedade escraviza nos tranquilizantes anulando-lhes, não raro, as forças com substâncias tóxicas de que não precisam.

Ouçamos as palavras do Cristo, quando nos adverte, claramente: "não estejais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu trabalho."

(Waldo Vieira por Kelvin Van Dine. In: Técnica de Viver)

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

CASOS DE HOMOSSEXUALIDADE














ELUCIDANDO

2006.02.02

Caríssimos:

Sobre a reivindicação jurídico-legal que as nossas Irmãs espirituais: D. Helena e D. Teresa, homossexuais femininas assumidas, nos trouxeram nestes últimos dias, diremos, à luz da Espiritualidade:

- Merecem elas a nossa Amizade? Claro que merecem!

- Merecem elas o nosso Respeito? Sem dúvida que sim!

- Merecem elas o nosso Carinho? Também, sem reservas!

- Merecem elas a nossa Compreensão? Nem se fala!

- Merecem elas a nossa Ajuda Fraterno-Espiritual? Inteiramente!

- Porque merecem elas tudo isto?

- Porque são Seres Humanos – Espíritos Encarnados – porque são tão Filhas de Deus, como qualquer um de nós! Depois, por força dessa sua filiação divina, têm direito a tudo o que o Pai dá e atribui a cada um de Seus Filhos bem-amados, em ordem a que cresçam e evoluam, em perfeição, para Ele, escopo ou desiderato final de toda a Criatura!

- Têm elas direito a serem tratadas de igual, como todos têm, neste caso, segundo a Constituição da República Portuguesa?

- Absolutamente que sim!

- Essa Tutela Constitucional permitir-lhes-á arguir o direito de verem legalizado o seu casamento em Conservatória?

- Simplesmente, ou, liminarmente, não!

- Porque não?

- Porque esta sua específica pretensão jurídica ultrapassa o Direito terreno. O Amor, seja o fraternal, o filial, ou o conjugal (este oferecido e praticado entre seres de sexo diferente), tem o seu fundamento e razão no Espírito, não na carne.

- Logo, não cabe ao Direito terreno legislar em área, olhando ao pedido, que não seja de sua lavra. O Direito terreno deve, sim, conformar-se, sem o ofender, no de origem Divino-Universal, em ordem a que seja, efectivamente, Direito.

- Depois, porque o gozo sexual praticado entre dois seres do mesmo sexo é um desvio Humano, que atenta contra a Lei da Natureza (Universal) que advém, como se sabe, de Deus.

- Também, porque nem DEUS viola essa (Sua) Lei! Logo, se Deus não viola essa (Sua) Lei, não cabe nem é permitido ao Homem violá-la. Todo o Ser possui, dentro da normalidade das coisas, o seu natural parceiro para se unir (casar) e se realizar.

- A homossexualidade é criação de Deus?

- Não! Deus não Cria nada que viole ou seja contrário à Sua Lei, Lei esta que é a Sua própria Vontade.

O erro ou o desvio à norma Divina é da responsabilidade total do Espírito que já atingiu ser da espécie Humana.

Deus, todavia, convive com a homossexualidade, porque convive e conviverá necessariamente com os Espíritos, estejam encarnados e sejam, portanto, Homens ou Mulheres, ou estejam desencarnados, uma vez que estes Espíritos, como se reconhece, são de Sua Criação, feitos à Sua Imagem e Semelhança.

Deus, na Sua Omnipotência, sabe que todos os Seus filhos a Ele regressarão, após terem atingido a Perfeição que vão conquistando, degrau a degrau. Convém, pois, que não haja atrasos, nem desvios, que atrase essa ascensão.

- Porque criam os Espíritos esses erros ou desvios, nos quais se inclui a homossexualidade?

- Porque os Espíritos ao subirem, forçosamente, a escada evolutiva em ordem a poderem regressar, após mérito próprio, ao seu Criador, e, nessa subida, dada a sua manifesta e reconhecida imperfeição – daí a necessidade de encarnarem e reencarnarem sucessivamente na carne –, durante essas suas ditas encarnações, vão, em vez de se edificarem nos liames da Luz e Perfeição, vão-se desviando, aqui e ali, de sua efectiva meta que culmina, como se sabe, na Iluminação e Ascensão espiritual.

- O que nos cumpre então fazer, para nos vencermos a nós mesmos?

- Cumpre-nos estar atentos, sermos disciplinados, viver no Amor Incondicional (o divino), na situação do “Orai e Vigiai”, para a qual o Cristo de Deus nos soube alertar, e, sem desânimos… subirmos, degrau a degrau, essa dita escada que nos conduz, como já conduziu a milhões de outros Irmãos vencedores, ao amplexo do Pai Divino, a quem chamamos DEUS!

- E estas duas Irmãs, a Helena e a Teresa, que devem fazer?

- Devem, sem hesitação, amarem-se sim, mas como Irmãs Espirituais que são uma da outra, como o são de todos nós, promovendo, cada uma de per si, serena e calmamente, apesar do sacrifício da renúncia que reconhecemos à empreitada, a sua libertação da paixão carnal, pois que, em verdade, nem elas nem nenhum de nós é, apenas corpo físico que temos e fruímos, o qual nos permite subir a aludida escada. Importa-nos, assim, saber que somos mais que isso, e, ao sabermos… cuidarmos desse outro Ser que somos.

- Aconselhamos, sinceramente, que renunciem a essa sua paixão carnal que, por ser fruto desse desvio humano-espiritual nefasto para suas Almas, nada de Luminoso lhes trará, antes pelo contrário.

- Como dissemos, merecem elas tudo o que afirmámos, razão porque nenhum de nós as pode julgar ou condenar, mas sim, a contrário, amar e ajudar a vencerem-se, sem reservas, rumo à LUZ.

Ficai em Paz e na Luz, com Cristo Jesus!

INDICAÇÃO FRATERNA

"Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu..." – PEDRO. (I Pedro, 4:10.)

Este o caminho para o necessário burilamento: trabalhar, aprender, sofrer, dar presença e colaboração na Causa do Bem.

O amor encerra em si as leis do Universo e tudo o que fizermos contra o amor é algo que criamos contra nós mesmos. Aceita, desse modo, no sacrifício, a mais alta norma de acção.

Não fujas dos encargos que a Sabedoria da Vida te entregou. Acima de tudo, promove-te, servindo mais.

O suor do trabalho confere experiência.

A lágrima de aflição acende a luz espiritual.

Quando a dor te visitar, reflecte sobre a sua mensagem.

Não há sofrimento sem significação.

Não fosse a prova e ninguém conseguiria entesourar compreensão e discernimento.

Nos dias de desacerto, ainda quando te reconheças na sombra do fracasso, levanta-te, reinicia a tarefa e contempla, de novo, a bênção do Sol, na convicção de que o erro superado ensina-nos a indulgência, amolecendo-nos o coração, a fim de que venhamos a entender e desculpar as faltas possíveis dos semelhantes.

Mesmo nas crises que te estrangulem a sensibilidade, sê fiel ao ideal de servir e não esmoreças.

Não esperes por descanso externo, quando não tiveres a paz dentro de ti.

Haja o que houver, não te interrompas, na tarefa em execução, para ouvir sarcasmo ou censura.

Oferece o melhor de ti aos que te compartilham a estrada, e, conservando a consciência tranquila, trabalha sempre, lembrando, a cada momento, que, assim como o fruto fala da árvore, o serviço é a testemunha do servidor.

In: “CEIFA DE LUZ” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

A VINGANÇA

"Somos semelhantes a animais quando matamos. Somos semelhantes a homens quando julgamos. Somos semelhantes a Deus quando perdoamos."

Autor Desconhecido

A Vingança

Você considera a vingança como um acto de coragem ou de covardia?
Algumas pessoas acreditam que a vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas, não se pode tolerar uma afronta sem se rebaixar.
Pensam que a tolerância e a indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia.
Todavia, temos de convir que o acto de vingar-se jamais constitui prova de coragem.
Geralmente, quando buscamos revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião pública.
Não importa que a nossa consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a sociedade não nos julgue assim.
O mesmo não ocorre com relação ao acto de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade.
Enquanto a vingança é uma ladeira fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir.
Algumas pessoas costumam enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para tolerar uma pequena ofensa.
Escalam, com ousadia, altas montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura, mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça.
Dão grande prova de coragem em alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do cinismo, da falsidade, da infidelidade.
Realmente fortes são aqueles que conseguem conter-se diante de uma agressão.
A verdadeira fortaleza está nas almas que não se descontrolam quando são ofendidas.
Que não se impacientam quando são incomodadas.
Que não se perturbam, quando são incompreendidas.
Que não se queixam, quando são prejudicadas.
Verdadeira coragem é aquela de que o Cristo nos deu o exemplo.
Ele sofreu a ingratidão daqueles a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado, caluniado, cuspiram-Lhe no rosto e crucificaram-No, tendo Ele tomado uma única atitude: a do perdão.
Por várias vezes, na sua passagem pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas sempre optou pela dignidade de se calar.
Diante das agressões recebidas, o Meigo Rabi da Galileia passava lições grandiosas, como aconteceu com o soldado que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas.
Sem perder a serenidade habitual, o Cristo olhou-o nos olhos e perguntou-lhe: “se eu errei, aponta meu erro, mas se não errei, por que me bates?”
Essa é a atitude de uma alma verdadeiramente grande.
Se Jesus tivesse parado no meio da caminhada para o Gólgota, largado a cruz injusta do suplício, para se voltar contra Seus agressores e exercer sobre eles o direito de vingança, certamente não teria passado à posteridade como Modelo de perfeição e de amor.